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de espaços de atenção não-tradicionais: Estratégia de Saúde da Família, Assistência Domiciliar nas diversas modalidades, casa de cuidados paliativos, dentre outros. Esses espaços representam esforços na reconstrução de um modelo de atenção o que exige, na sua gênese, repensar o processo de trabalho e a organização das tecnologias nesses novos espaços. * * * Reverter o modelo assistencial implica buscar uma assistência integral, equânime e que garanta a qualidade de vida e autonomia dos sujeitos no processo. * * * Por outro lado, o cuidado domiciliar pode ser apenas um reforço do modelo médico hegemônico, com predomínio de uma medicina tecnológica que estimule a produção de atos e procedimentos onde os sujeitos são meros consumidores. Nessa concepção, o domicílio se torna apenas mais um espaço, sem nenhum impacto na mudança do modelo assistencial. * * * REFLEXÃO Nesta perspectiva, os cuidados domiciliares trazem implicações para o ensino e para o serviço na reorganização das práticas de saúde e de ensino que permitam a reflexão e ação sobre essa estratégia. * * * Mudança de paradigma na atenção à saúde uma modalidade de assistência que privilegia a promoção e prevenção da saúde e a humanização da atenção. Cuidado Domiciliar I Mostra de Produção de Saúde da Família de Minas Gerais * * * VANTAGENS DA ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA (BRUNNER & SUDDARTH, 2002). Evitar internações e suas conseqüências. Diminuir o tempo de internação. Manter o paciente em seu hábitat e no convívio com os seus. Dividir a responsabilidade dos cuidados do paciente com a família. Suprir a dificuldade de locomoção do paciente. Acompanhar doenças crônicas, controlando suas descompensações. Acompanhar a evolução natural das doenças. * * * Controlar a evolução das doenças. Controlar o paciente por intermédio de uma equipe interdisciplinar. Otimizar leitos e recursos hospitalares. Minimizar o estresse e o desgaste familiar. A assistência domiciliária melhora a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, pois, durante uma internação hospitalar, há alterações da rotina de vida do paciente e de quem o cerca. A redução do risco de infecção hospitalar é um assunto muito abordado. (BRUNNER & SUDDARTH, 2002). * * * LEIS, RESOLUÇÕES E PORTARIAS QUE ABORDAM O TEMA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR ( BRASIL, 2003) Resolução 270/2002 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEM). Aprova a regulação de empresas que prestam serviços de enfermagem domiciliária _ Home Care. Lei 9.656, de 03 de junho de 1998. Medida provisória 2.177-44, de 24 de agosto de 2001. Dispõem sobre os planos e seguros providos de assistência à saúde. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990 .Dispõem sobre as condições de promoção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Lei 10.424, de 15 de abril de 2002. Acrescenta capítulos e artigos à lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras providência, regulamentando a assistência domiciliaria no Sistema Único de Saúde. * * * Art. 1º- A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte Capítulo VI e do art. 19-I: CAPÍTULO VI - DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. § 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. * * * § 2º- O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. § 3º- O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua família.“ Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 15 de abril de 2002 * * * AS DIFERENTES ETAPAS DO SERVIÇO NA ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA A assistência domiciliária é sempre um serviço individual e pode ser dividido em etapas: Avaliação, execução e desligamento e alta. (PAPALÉO NETTO, 2007) * * * Etapas de Avaliação Essa etapa tem a finalidade de identificar a elegibilidade do paciente para esse tipo de assistência e o plano de tratamento a ser realizado. Como critério de elegibilidade pode-se citar: dependência técnica, estabilidade do quadro clínico, residência com condições adequadas à prestação do serviço, a presença de um profissional da saúde e ausência de risco. Os critérios de elegibilidade devem ser ponderados conforme cada caso. (DIOGO e DUARTE, 2002) * * * Pacientes Elegíveis Pacientes agudos: casos de duração previsível, com condições de permanência no domicílio: infecções, pós-operatórios, queimaduras em fase aguda, casos ortopédicos, fase aguda de doenças crônicas. Pacientes Crônicos: portadores de diabetes mellitus, neoplasias, seqüelas neurológicas, síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), seqüelas ortopédicas, hipertensão arterial sistêmica (HAS), cardiopatias, demência, pneumopatias etc. Pacientes com necessidade de cuidados especiais: senilidade, pós-operatório e recuperação de trauma. * * * * * * O doente, uma das formas integrantes, deve ser esclarecido e educado sobre sua situação. A família, além de informação, deve receber treinamento adequado ao tratamento da doença e orientação quanto à sua postura frente ao paciente. A doença deve ser controlada e tratada rigorosamente. Com esses fatores sob controle, é possível manter o equilíbrio efetivo, evitando internações repetidas. (DIOGO e DUARTE, 2002) * * * Etapa da Execução Essa fase, que é a continuidade da internação hospitalar, é a da execução do plano de atendimento proposto na etapa anterior, enfatizando-se a resolução do problema identificado na avaliação e outros que possam aparecer no decorrer do atendimento. * * * O profissional deve estar ciente que o paciente domiciliar é muito frágil, com grau variado de dependência e alto nível de intercorrências, estando sempre muito alerta para qualquer mudança no estado geral, e se necessário interceder. (BRITTO, 2004) È importante fazer o paciente perceber que ele é o maior responsável pelo seu sucesso e que o profissional é o coadjuvante na sua recuperação e restabelecimento de suas atividades. (MENDES, 2001) * * * Deixar bem claro, desde o inicio, que o atendimento domiciliar tem começo, meio e fim. * * * Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação 1. Coleta de dados: testes, observação, exames, etc. * * * Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação 2. Julgamento Clínico: processo dinâmico de discussão do caso com no mínimo o médico responsável pelo caso * * * Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação 3. Construção do Diagnóstico: determinação das relações de causa e efeito entre as disfunções biopsicossociais encontradas, definição da hierarquia: elaboração do racional. * * * Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação 4. Prognóstico: determinação do nível a ser alcançado em cada uma das disfunções que serão alvo de intervenção, e previsão do prazo para alcançar tal nível. * * * Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação 5. Intervenção: utilização de métodos e técnicas específicas via os diferentes profissionais que estarão responsáveis para o alcance das metas pré-definidas. Interação concreta entre os profissionais, paciente, cuidadores e familiares. * * * Elementos Norteadores do Processo de Reabilitação 6. Resultados: Demonstração quantitativa e qualitativa dos resultados. Reinserção social.