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Resumo Processo Cautelar e Sentença Penal

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Estude Direito 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
Prisão provisória (cautelar) Prisão pena 
Ocorre no curso da persecução 
penal (inquérito + processo). 
 
Não viola princípio da presunção 
de inocência – resguardar o bom 
andamento da persecução penal. 
 
Necessita cumprir requisitos. 
 
(1) Em flagrante; 
(2) Temporária; 
(3) Preventiva. 
 
 
 
 
Pressupõe o trânsito em julgado 
da sentença penal condenatória 
 
• PRISÃO EM FLAGRANTE: 
 
REGRA: CF/88, Art 5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante 
delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou 
crime propriamente militar, definidos em lei. 
 
CF/88, Art 5º,XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial. 
 
 Controle judicial (mandado de prisão): analisa a legalidade 
Prisão temporária e preventiva – anterior a prisão. 
Prisão em flagrante – posterior a prisão. 
 
 Conceito de flagrante: 
 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 
I - está cometendo a infração penal; 
 
II - acaba de cometê-la; 
 
 
III - é perseguido, logo após, pela 
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir 
ser autor da infração; 
Flagrante próprio/real 
Flagrante impróprio 
Estude Direito 
 
 
*Prazo: 2h a 6h após o crime. 
*Existe prazo para iniciar a perseguição, mas sendo a perseguição 
ininterrupta, não há prazo limite para efetuar a prisão em flagrante 
delito. 
 
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro 
município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar 
onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, 
que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará 
para a remoção do preso. 
 
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, 
quando: 
 
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois 
o tenha perdido de vista; 
 
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha 
passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o 
procure, for no seu encalço. 
 
 
IV - é encontrado, logo depois, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração. 
 
*Prazo: 6h a 10h após o crime. 
*Não há perseguição ininterrupta, mas o encontra ocasionalmente, 
com instrumentos/situação, que torna o agente presumidamente 
autor do crime. 
 
 Flagrante facultativo (povo) x flagrante obrigatório (autoridade policial, 
numa situação ordinária, quando estiver em serviço) 
 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus 
agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante 
delito. 
 
Autoridade policial/ qualquer 
pessoa efetua a captura em 
flagrante do agente
Agente é encaminhado para a 
delegacia e delegado homologa 
a prisão e lavra o Auto de 
Prisão em Flagrante (APF), 
caso identifique a existência 
de flagrante delito
Flagrante presumido 
Estude Direito 
 
 
 Classificação de crimes x situação flagrancial: 
 
Classificação dos crimes Situação flagrancial 
Crime formal: se consuma quando 
o agente pratica a conduta, mesmo 
que o resultado não se consume. 
NÃO (se for feita captura, não 
é feito o APF) 
Crime material: se consuma 
quando o resultado acontece. 
SIM 
Crime permanente: aquele cuja 
consumação se prolonga no tempo. 
Ex: extorsão mediante sequestro. 
SE O CRIME ESTIVER EM 
CURSO, SIM. 
Crime mera conduta: não tem 
resultado. Se consuma na conduta 
Ex: art. 150 CP. 
 
 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em 
flagrante delito enquanto não cessar a permanência. 
 
*Crime continuado é regra de aplicação de pena e não uma das formas 
de classificação. Poderá ser aplicado a qualquer crime. 
 
• Lavratura do título prisional: 
 
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, 1.ouvirá esta 
o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este 
cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à 
2.oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao 3.interrogatório do 
acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva 
suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. 
 
 
 
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, 
a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se 
Ouvir condutor:
qualquer pessoa
Ouvir testemunhas 
e, em seguida, as 
vítimas (se houver) 
Ouvir investiado: 
direito ao silêncio. 
Presença advogado 
não é obrigatória
Delegado decide 
pela lavratura do 
ADF (juízo de 
legalidade da 
captura)
Nota de culpa:
entregue ao preso 
documento com o 
motivo da prisão. 
prazo de 24h, sob 
pena de nulidade
Estude Direito 
 
solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou 
processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à 
autoridade que o seja. 
 
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de 
prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão 
assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a 
apresentação do preso à autoridade. 
 
*Se não houver pelo menos uma testemunha da infração, serão 
nomeadas 2 testemunhas de apresentação/fedatárias (não prestam 
declaração, mas dão fé ao ato lavrado). 
 
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder 
fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas 
testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. 
*Testemunha de leitura/fedatárias 
 
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a 
informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se 
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual 
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
 
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa 
designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o 
compromisso legal. 
 
 Comunicação da prisão: 
 
 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público 
e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
 
24h para encaminhar ao juiz 
competente o ADF e o preso
Juiz tem 24h para realizar 
audiência de custória (não 
analisa o mérito, mas faz o juízo 
de legalidade da prisão e da 
documenação relativa)
Estude Direito 
 
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, 
será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, 
caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral 
para a Defensoria Pública. 
 
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota 
de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome 
do condutor e os das testemunhas. 
 
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo 
máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, 
o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do 
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública 
e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, 
fundamentadamente: 
*os policiais da captura não precisam participar da audiência de 
custódia, pois não se analisa o mérito, mas a necessidade de se manter 
o investigado preso. 
 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
*problemas de legalidade (captura ou documentação). 
 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, 
quando presentes os requisitos constantes do art. 312 
deste Código, e se revelarem inadequadas ou 
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão(art. 319 e 320); ou 
 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO CAUTELAR E SENTENÇA PENAL 
 
Analisa a 
necessidade 
de manter o 
investigado 
preso. 
Estude Direito 
 
 
Procedimento Comum 
• DA INSTRUÇÃO CRIMINAL – REGRAS GERAIS 
 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou 
sumaríssimo: 
*identificação pela quantidade da pena 
*as causas de aumento interferem na adoção do rito. 
 
I - ORDINÁRIO, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima 
cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de 
liberdade; 
 
MP recebe os autos do 
inquérito policial e poderá 
promover o arquivamento ou 
oferecer denúncia (prazo 5 
dias com o réu preso e 15 dias 
se o réu estiver solto, regra 
geral).
Se todas as condições estiverem 
presentes, o MP deverá oferecer 
a denúncia
Juiz poderá rejeitar (cabe 
recurso em sentido estrito. Não 
faz coisa julgada material - pode 
ser oferecida nova denúncia 
contra mesmo fato e mesmo 
autor) ou receber (cabe HC, mas 
não cabe recurso. Juiz não 
precisa fundamentar o 
recebimento da denúncia). Após 
isso há a citação do acusado.
Procedimentos
Comum: caráter 
residual (o que não é 
especial)
Ordinário
= ou > 4 anos
Sumário
< 4 anos e > 2 anos
Sumaríssimo
Até 2 anosEspecial
Estude Direito 
 
II - SUMÁRIO, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima 
cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de 
liberdade; 
 
III - SUMARÍSSIMO, para as infrações penais de menor potencial 
ofensivo, na forma da lei (até 2 anos). 
 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo 
disposições em contrário deste Código ou de lei especial. 
 
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o 
procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 
497 deste Código. 
 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a 
todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não 
regulados neste Código. 
 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, 
sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. 
 
Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo 
terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. 
 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
*denúncia oferecida pelo MP ou queixa oferecida pela vítima e poderá 
ser recebida ou rejeitada pelo juiz. 
 
I - for manifestamente inepta; 
 
*Denúncia genérica/criptoimputação - falta da imputação clara 
(quem, como, quando, onde e por quê?) 
*Possibilidade de mitigação – a jurisprudência dá uma relativizada no 
rigor da análise da imputação de alguns crimes, em razão de sua 
natureza. Ex: crimes societários, ambientais, tributário. 
*Fere o contraditório e a ampla defesa – dificulta a plena defesa, se não 
sabe quais fatos rebater. 
 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, 
com todas as suas circunstâncias (imputação), a qualificação do 
acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a 
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
 
*A imputação é obrigatória, mas a qualificação do acusado não é, desde 
que seja possível a identificação física do sujeito (art. 259). 
 
Estude Direito 
 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da 
ação penal; ou 
 
*falta de uma das condições da ação. Ex: representação. 
 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
 
*Lastro mínimo provatório – de autoria e materialidade do crime. É 
extraído da investigação (Inquérito, Comissão Parlamentar de 
Inquérito ou Processo Administrativo Disciplinar) – art. 30 da lei de 
Abuso de Autoridade. 
 
• DAS REGRAS DOS RITOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO 
 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a 
denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á 
e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por 
escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
 
*Decisão de recebimento da denúncia – não precisa ser fundamentada. 
*Citação válida do acusado – completa a formação do processo, 
trazendo o réu para a relação jurídico-processual 
Triangulação da citação jurídico processual: MP, AUTOR E RÉU. 
Ela é a exteriorização do princípio constitucional da ampla defesa, 
pois através dela o acusado toma conhecimento 
Sua ausência, gera nulidade no processo. 
 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada 
a citação do acusado. 
§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por 
edital (citação ficta). 
 
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu 
estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver 
ordenado. 
 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais 
característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 
Estude Direito 
 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz 
processante, será citado mediante precatória. 
 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa 
começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do 
defensor constituído. 
 
*A preferência será sempre pela citação pessoal do acusado por 
mandado. 
*Pressuposto da citação por edital (exceção) – estar em local incerto e 
não sabido (esgotou todas as tentativas de citação pessoal). 
 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do 
prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção 
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar 
prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
 
*A produção antecipada de provas (ex: depoimento das testemunhas 
de acusação) pode ser necessária para não prejudicar o andamento do 
processo, quando o acusado voltar. Isso deverá ser requerido e 
comprovada necessidade pelo MP (fundamento concreto). 
 
Súmula 455 STJ A decisão que determina a produção antecipada de 
provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente 
fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do 
tempo. 
 
*Presunção da citação por edital – réu não sabe da existência do 
processo 
 
*Prazo da suspensão: 
Processo penal: até encontrado o acusado. 
 
Curso prazo prescricional: 
1ª orientação (clássica / julgados antigos) – até encontrar o acusado – 
qualquer crime pode se tornar imprescritível. 
2ª orientação (prova / STJ) – tempo determinado, do art. 109 do CP, e 
depois volta a correr. 
súmula 415 STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é 
regulado pelo máximo da pena cominada. 
 
 
CP Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença 
final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312.
Estude Direito 
 
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-
se: 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
 
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e 
não excede a doze; 
 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não 
excede a oito; 
 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não 
excede a quatro; 
 
V - em quatro anos, se o máximoda pena é igual a um ano ou, sendo 
superior, não excede a dois; 
 
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
 
RÉU PRESO 
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
 
Súmula 351 STF: É nula a citação por edital de réu preso na mesma 
unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
*leitura contrário senso da súmula: Se o réu estiver preso em unidade 
de federação distinta da que o juiz exerce sua jurisdição, poderá ser 
feita citação por edital. 
 
MILITAR: citação pessoal. 
Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do 
respectivo serviço. 
 
SERVIDOR PÚBLICO: citação pessoal. 
Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em 
juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de 
sua repartição. 
 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e 
alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e 
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, 
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
*Resposta tem conteúdo amplo – antes da Audiência de Instrução e 
Julgamento (AIJ), o juiz já tem conhecimento das informações trazidas 
pelo MP e pela defesa. 
Absolvição Sumária - Pode ser que o conteúdo da resposta oferecida 
pelo réu seja tão evidente pela absolvição que o juiz já o inocenta, 
desde a resposta da acusação. 
Estude Direito 
 
 
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 
a 112 deste Código. 
 
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, 
citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-
la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. 
*Resposta à acusação é obrigatória! 
 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, 
deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando 
verificar: 
*julgamento antecipado da lide penal (antes da AIJ). 
 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do 
agente, salvo inimputabilidade; 
 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
 
IV - extinta a punibilidade do agente. 
 
*Recurso da acusação: 
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária 
caberá apelação. 
 
*Raro ocorrer a absolvição sumária – por esse motivo, na prática, traz 
na resposta apenas o rol de testemunhas. Não informar a linha 
defensiva para acusação se preparar, com mais tempo. 
 
 *se não apresentar o rol de testemunhas, preclui o direito. 
 Art. 401. Na instrução poderão ser 
inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas 
pela acusação e 8 (oito) pela defesa. 
§ 1o Nesse número não se compreendem as 
que não prestem compromisso (pai, mãe) e as referidas (testemunha 
x cita a testemunha y, que será ouvida, mesmo não estando no rol). 
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das 
testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste 
Código. 
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha. 
*Obrigações da testemunha: comparecer + dizer a verdade - falso 
testemunho é crime. 
 
RITO DIAS 
ORDINÁRIO 8 
SUMÁRIO 5 
Estude Direito 
 
*Revelia: acusado deixará de ser comunicado dos atos, mas seu 
patrono sim. Na prática, não tem qualquer consequência. 
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado 
ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer 
sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não 
comunicar o novo endereço ao juízo. 
 
*Citação por hora certa: ao perceber que o acusado está se ocultado 
para não ser citado, o oficial de justiça avisa a alguém da data e hora 
da citação. Caso o réu não apresente defesa ou constitua advogado, o 
processo prossegue (presunção de que o réu sabe do processo). 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial 
de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, 
na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de 
janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado 
não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
 
*Existem doutrinas que sugerem ser a citação por hora certa 
inconstitucional, pois existe a possibilidade do réu ser citado sem 
nem tomar ciência do processo e, por isso, violaria o princípio do 
contraditório e ampla defesa. Por outro lado, o STF manteve o 
entendimento de ser constitucional. 
 
 (não sendo caso de absolvição sumária) 
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e 
hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu 
defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do 
assistente. 
*Equívoco do legislador: A denúncia ou queixa foi recebida no art 396 
e não há contraditório prévio. 
Recebimento da denúncia >> Citação do acusado >> Resposta à 
acusação >> Juiz designa audiência 
 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no 
prazo máximo de 60 (sessenta) dias, 
proceder-se-á à tomada de 1. declarações do 
ofendido, à 2. inquirição das testemunhas 
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o 
disposto no art. 222 deste Código, bem como aos 3.esclarecimentos 
dos peritos, às 4. acareações e ao reconhecimento de pessoas e 
coisas, interrogando-se, em seguida, o 5.acusado. 
 
* No caso concreto, poderá ser ouvida as testemunhas de defesa 
primeiro, desde que não haja prejuízo à defesa (será aceito pelo seu 
RITO DIAS 
ORDINÁRIO 60 
SUMÁRIO 30 
Estude Direito 
 
patrono). A violação prejudicial ao réu dessa ordem poderá causar a 
nulidade absoluta. 
 
*As testemunhas são ouvidas pelo sistema de inquirição direta – as 
partes perguntam diretamente (atuação do juiz é complementar). 
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à 
testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a 
resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição 
de outra já respondida. 
 
* Perito criminal (isento, trabalha no inquérito policial) – polícia 
judiciária civil ou federal – poderão as partes indicar assistente técnico 
(qualquer perito – parcial – trabalha no processo, em cima do laudo 
pericial, na tentativa de desacreditar as informações alegadas, 
trazendo uma outra versão dos fatos alegados – pluralizar o 
contraditório). 
Art. 159. § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de 
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de 
quesitos e indicação de assistente técnico. 
 
Art 159 § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às 
partes, quanto à perícia: I – requerer a oitiva dos peritos para 
esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o 
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas 
sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, 
podendo apresentar as respostas em laudo complementar. 
 
*O interrogatório do acusado é o ato que encerra a AIJ. Ele já tem 
conhecimento de tudo que aconteceu, o que facilita a sua defesa. 
 
Art. 399 § 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a 
sentença. 
 
*Princípio da Identidade Física do Juiz: O juiz que presidiu a sessão 
será o mesmo que irá prolatar a sentença. A regra é que a audiência 
seja una. 
Esse princípio não é absoluto, pois existem exceções excepcionais 
elencadas no CPC/15 (morte, promoção, etc) que o mitigam. 
 
• DO TRIBUNAL DO JURI 
 
CF/88 Art XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
 
a) a plenitude de defesa; 
 
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b) o sigilo das votações; 
 
c) a soberaniados veredictos; 
 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. 
 
Natureza jurídica: DIREITO E GARANTIA FUNDAMENTAIS – direito 
de, caso cometa um crime doloso contra à vida, ser processado e 
julgado pelos membros da sociedade ao qual ele convive. 
 
Princípios constitucionais do tribunal do júri: 
1. Plenitude da defesa: a doutrina majoritária sustenta que esse 
princípio é mais abrangente que o princípio da ampla defesa, pois 
disponibiliza maiores recursos e meios defensivos para seu exercício. 
 
Reflexos da plenitude da defesa: 
a- Liberdade de argumentação – no tribunal do júri, a defesa possui 
uma liberdade de argumentação muito mais contundente. Dessa 
forma, é possível que ela pouco discuta aspectos relacionados a 
doutrina, a jurisprudência ou mesmo em relação as provas contidas 
no processo. É possível que ela explore a situação pessoal do réu, 
de sua família, do sistema carcerário brasileiro. A ideia é 
convencer/comover os jurados com fatos diversos ao processo. 
OBS: essa liberdade de argumentação, apesar de ampla, não é 
absoluta, estando limitado no art. 478, do CPP. 
 
b- Art. 497, do CPP – estabelece que o juiz, presidente do júri, deverá 
dissolver o conselho de sentença (jurados) quando identificar que a 
defesa técnica do advogado do acusado está comprometendo sua 
defesa. Tal medida, declara o réu indefeso e anula o julgamento 
para evitar que termine. 
 
2. Sigilo das votações: esse princípio pretende dar aos jurados 
liberdade de consciência para que tenham a liberdade de votar em 
que realmente acreditam. 
 
Reflexos do sigilo das votações: 
a- Jurado julga pelo sistema da intima convicção: o jurado não 
precisa motivar, diferente das decisões judiciais, regra geral, que se 
orientam pelo princípio da persuasão racional ou do livre 
convencimento motivado. 
 
b- Jurados não podem conversar sobre o julgamento entre si e 
deverão manifestar o voto sozinhos, sob pena de invalidação do 
conselho. 
 
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Art. 466. § 1o O juiz presidente também advertirá os jurados de 
que, uma vez sorteados, não poderão comunicar-se entre si e com 
outrem, nem manifestar sua opinião sobre o processo, sob pena de 
exclusão do Conselho e multa, na forma do § 2o do art. 436 deste 
Código. 
 
§ 2o A incomunicabilidade será certificada nos autos pelo oficial 
de justiça 
 
c- Sala especial: local em que os jurados se dirigem para realizar a 
votação. 
Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, 
os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o 
defensor do acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à 
sala especial a fim de ser procedida a votação. 
*O réu não estará na sala, apenas seu patrono. Entretanto, se o réu 
estiver se autodefendendo, o juiz nomeia defensor ad hoc (para este 
ato). 
 
3. Soberania dos vereditos: reflete a impossibilidade de os juízos 
togados se substituírem aos julgados na decisão da causa. 
*da decisão do júri, cabe apelação, o qual não ofenderá o princípio da 
soberania dos vereditos (art. 593, III, d). 
Caso o tribunal dê provimento ao recurso, não há a reforma da decisão, 
mas sim determinar que um novo júri seja realizado. 
 
4. Competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida: 
Homicídio (tentado ou consumado); induzimento, instigação ou 
auxílio a suicídio, infanticídio, aborto provocado pela gestante ou 
com o seu consentimento 
*Latrocínio não é julgado pelo tribunal do júri – bem jurídico protegido 
é o patrimônio. 
 
*É possível que lei infraconstitucional ampliar a competência do júri, 
o que não pode é abolir. 
JÚRI = DOLOSOS CONTRA A VIDA + CONEXOS, exceto se tiver foro 
por prerrogativa de função. 
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou 
continência, serão observadas as seguintes regras: I - no concurso 
entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, 
prevalecerá a competência do júri. 
Ex: Juiz contrata pistoleiro para matar alguém. O juiz responde pela 
competência do foro e o pistoleiro responde pelo júri, pois é um direito 
fundamental. 
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Procedimentos do tribunal do júri: o júri possui um procedimento 
bifásico (escalonado) e que deve ser observado nos crimes dolosos 
contra a vida e, se for o caso, nos crimes conexos. 
 
 
A primeira fase desse procedimento destina-se ao juízo de 
admissibilidade da acusação. Tem seu início com o oferecimento da 
denúncia e termina, em regra, com a prolação da decisão de 
pronúncia. 
*Ministério Público: ao oferecer denúncia o MP não pede a condenação 
do acusado, mas arrola até 8 testemunhas e requerer a pronunciação 
do acusado. 
*Juiz: Oferecida a denúncia, caberá ao juiz recebê-la ou rejeitá-la (art. 
406, CPP). A rejeição da denúncia se dá com os mesmos fundamentos 
do art. 395, do CPP, sendo que não faz coisa julgada material (poderá 
ser oferecida nova denúncia após a rejeição). Da rejeição caberá 
recurso em sentido estrito (art. 501, I, CPP). 
*Da citação: Caso aceite a denúncia, citará o acusado para apresentar 
resposta em 10 dias (art. 406, CPP). Se ele for citado pessoalmente ou 
por hora certa e não apresentar defesa, o juiz nomeia defensor dativo 
para representá-lo (art. 408, CPP) – a resposta à acusação é 
obrigatória. Todavia, se for feita citação por edital e o acusado não 
apresentar defesa, aplica-se o art. 366, CPP (suspenso o curso do prazo 
prescricional). 
Se a resposta trazida pelo réu juntar documentos, ou suscitar 
preliminares, sob eles deverá se manifestar o Ministério Público (art. 
409, CPP). Diferentemente do que ocorre nos procedimentos ordinário 
e sumário, em que a lei não prevê a oitiva do MP para se manifestar 
nos autos (abre vista). 
 
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou 
o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias. 
 
*Absolvição sumária: As hipóteses de absolvição sumária (art. 397, 
CPP) aplicam-se nesta fase do júri, ou seja, o juiz após recebimento da 
resposta à acusação poderá absolver sumariamente o réu. 
Primeira fase
Juízo de 
admissibilidade
Do 
oferecimento 
da denúncia 
até prolação 
da pronúncia
Segunda fase
Julgamento 
de mérito
Da preclusão 
da pronúncia 
até sentença 
condenatória
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Depois de encerrada a fase de instrução e debate, na audiência prevista 
no art. 411, CPP, ingressasse na fase de pronúncia. Nesta fase, o juiz 
togado poderá proferir uma das seguintes decisões: 
1- Pronunciar o réu (art. 413, CPP); 
2- Impronunciar o réu (art. 414, CPP); 
3- Absolvê-lo sumariamente (art. 415, CPP); 
≠ Absolvição sumária (art. 397, CPP) – prolatada logo após o juiz 
receber a resposta de acusação (julgamento antecipado da lide 
penal) 
4- Desclassificar o crime para outro delito de competência do juiz 
singular. 
 
Nesse momento processual (fase da pronúncia), vigora o princípio do 
in dubio pro societate, ou seja, quando houver dúvida da pronúncia, 
ele será pronunciado. 
 
*Prazo da 1ª fase: a contar da prisão em flagrante ou preventiva. A 
extrapolação do prazo gera constrangimento ilegal, sanado por HC. Se 
ele estiver solto, não há problemas, caso haja extrapolação. 
Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 
(noventa) dias. 
 
1.Pronúncia: tecnicamente não se trata de uma sentença porque 
não há o julgamento do mérito. De acordo com a doutrina, ela possui 
natureza jurídica de decisão interlocutória mista não terminativa. 
Ela declara admissível a acusação, submetendo o réu a julgamento do 
Oferecimento da 
denúncia pelo MP: 8 
testemunhas + pedido 
de prolação do acusado
Juiz rejeita ou aceita. 
Aceitando, cita o 
acusado para 
apresentar resposta: 
dependendo do conteúdo 
poderá ser dado vista ao 
MP
*absolvição sumária art. 
397
Audiência de Instrução e 
Debate: ouve ofendido, 
testemunhas da denúncia, 
testemunhasde defesa,peritos 
prestam esclarecimentos, 
reconhecimento de pessoas e 
coisas, interrogar o acusado.
Juiz profere uma das 
cinco decisões 
possíveis.
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Tribunal do Júri. Da pronúncia cabe recurso em sentido estrito (art. 
581, IV). 
 
A pronúncia admite e delimita a acusação: MP não pode acusar além 
da pronúncia. 
 
Pressupostos da pronúncia: para o juiz, ao final da primeira fase, 
declarar admissível a acusação. 
1- Prova sobre a existência do crime - efetiva comprovação da 
materialidade do fato criminoso. Feito através exame de corpo de 
delito (conjunto de vestígios sensíveis deixados pela infração penal, 
perpetuando a materialidade do fato criminoso). Se os vestígios 
desapareceram, qualquer prova lícita poderá suprir-lhe a falta (art. 
167, CPP); 
 
2- Indícios suficientes de autoria ou de participação do agente no 
fato criminoso 
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se 
convencido da materialidade do fato e da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação. 
 
Caso um desses requisitos não se façam presente, o réu deverá ser 
impronunciado. 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da 
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, 
fundamentadamente, impronunciará o acusado. 
 
Ex: Não há dúvidas sobre a existência do crime (materialidade), mas 
há dúvidas quanto a autoria do réu, se foi doloso ou culposo – 
pronúncia. 
 
A decisão de pronúncia deve ser fundamentada, sob pena de nulidade 
absoluta da decisão, em razão do art. 93, IX, da CF/88 (princípio da 
fundamentação das decisões judiciais). 
 
Art 413 § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação 
da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de 
autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal 
em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias 
qualificadoras e as causas de aumento de pena. 
 
Não será permitido ao juiz da pronúncia fazer referência ao elencar 
circunstâncias agravantes e atenuantes, nem fazer alusão a concurso 
material/formal ou a continuidade delitiva. Esses são temas próprios 
de aplicação de pena, a serem vistos na segunda fase, pelo juiz 
presidente, após julgamento pelo júri. 
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Pela lei, também não é permitido ao juiz se pronunciar sobre causa 
especial de diminuição de pena. 
 
Lei de Introdução as Normas de Processo Penal Art. 7º O juiz da 
pronúncia, ao classificar o crime, consumado ou tentado, não poderá 
reconhecer a existência de causa especial de diminuição da pena. 
 
O excesso de fundamentação também pode sofrer nulidade absoluta. 
A ideia é garantir a imparcialidade do juiz perante os jurados, 
responsáveis pelo julgamento do réu. 
 
Art. 472 Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá cópias da 
pronúncia ou, se for o caso, das decisões posteriores que julgaram 
admissível a acusação e do relatório do processo. 
 
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de 
nulidade, fazer referências: I – à decisão de pronúncia, às decisões 
posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do 
uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou 
prejudiquem o acusado. (fase de julgamento pelo júri). 
 
Efeitos da decisão de pronúncia: 
1- Submeter o réu a julgamento perante o júri; 
2- Interromper a prescrição (art. 117, CP); 
3- Decretar, manter ou revogar a prisão preventiva, sempre 
observando os requisitos do art. 312, CPP; 
Art. 413, § 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de 
manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva 
de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, 
sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de 
quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. 
 
* Despronuncia: impronúncia em grau de recurso. 
 
2.Impronúncia (art. 414, CPP): juiz declara inadmissível a 
acusação, extinguindo o processo sem análise do mérito. O réu será 
impronunciado quando: 
1- Não houver provas sobre a existência material do fato 
criminoso; 
2- Inexistirem nos autos indícios suficientes de autoria (art. 414, 
CPP). 
 
A natureza jurídica da impronúncia é de sentença terminativa. Ela 
produz apenas os efeitos da coisa julgada formal. Poderá ser promovida 
Estude Direito 
 
novo processo penal condenatório contra aquele mesmo sujeito, sob o 
mesmo fato, se surgir novas provas. Ela não decide sobre o mérito, 
apenas sobre a inadmissibilidade da acusação. 
 
Art 414 Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da 
punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se 
houver prova nova (materialmente nova). 
 
Existem duas espécies de provas novas: formalmente novas (não 
alteram o quadro probatório anterior, que ensejou a decisão de 
impronúncia. Não é possível novo processo) ou materialmente novas 
(prova que altera o quadro probatório anterior, que ensejou a decisão 
de impronúncia). 
A natureza jurídica da exigência de novas provas para instauração de 
novo processo penal é de condição de procedibilidade da ação penal. 
Nos autos da nova ação penal deverá juntar o processo anterior porque 
é necessário demonstrar ao juiz a existência de prova nova. 
Enquanto não houver a prescrição do crime, o réu fica suscetível a 
novo processo. 
 
Contra a decisão de impronúncia cabe apelação. 
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária 
caberá apelação. 
 
3.Absolvição sumária: sentença de mérito dada ao final da 
primeira fase. Essa decisão produz os efeitos da coisa julgada material. 
 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, 
absolverá desde logo o acusado, quando: 
 
I – provada a inexistência do fato; 
(crime não aconteceu) 
 
II – provado não ser ele autor ou partícipe 
do fato; 
(negativa de autoria) 
 
III – o fato não constituir infração penal; 
 
IV – demonstrada causa de isenção de pena 
ou de exclusão do crime. 
 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste 
artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do 
Inexistência do fato – 
absolvição sumária 
Não há comprovação da 
materialidade ou há dúvida – 
impronúncia 
Comprovada materialidade – 
pronúncia 
------------------------------------------ 
Acusado não é o autor do 
fato – absolvição sumária 
Acusado é autor do fato ou se 
existe dúvida - pronúncia 
Estude Direito 
 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo 
quando esta for a única tese defensiva. 
(absolvição sumária imprópria – terá medida de segurança imprópria) 
Alegando mais de uma tese defensiva, haverá a pronúncia, o que 
permite ao cliente uma chance de obter a absolvição própria. 
 
Antes do ano de 2008, se ao final da primeira fase do júri o juiz 
constatasse de forma cabal a inexistência do fato ou a negativa de 
autoria, ele não poderia absolver sumariamente o réu. Estas hipóteses 
ensejavam a possibilidade de impronúncia. 
 
Absolvição sumária e crime conexo: a absolvição sumária só é cabível 
em relação ao crime de competência própria do tribunal do júri. Ela 
não alcança o crime conexo. O crime conexo, após o trânsito em 
julgado da decisão de absolvição sumária, será remetido ao juiz 
singular competente. 
 
Recurso cabível contra decisão de absolvição sumária: apelação (art. 
416). 
 
Preclusa a decisão de pronúncia (não cabe mais recurso), inicia-se a 
segunda fase desse procedimento. Nesta fase, ocorre o julgamento do 
mérito da acusação. Ela se inicia na preclusão da pronúncia até a 
prolação da sentença condenatória. 
 
4.Desclassificação (art. 419): quando o juiz, ao final da primeira 
fase, entende que o réu praticou um crime diverso de um crime 
doloso contra a vida → remete o processo ao juiz competente.O 
recurso cabido contra essa decisão é o recurso em sentido estrito 
(art. 581, II). 
 
A segunda fase desse procedimento é iniciada com a pronúncia do 
acusado (decisão interlocutória mista não terminativa). 
*Intimação da pronúncia: poderá ser feita de forma pessoal e, se o réu 
não for encontrado, por edital (art. 420, PU). Dessa forma, poderá o réu 
ser julgado a revelia, pois houve intimação regular (o processo não será 
sobrestado). 
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: 
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério 
Público; 
 
Estude Direito 
 
II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério 
Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370 deste Código. 
Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for 
encontrado. 
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do 
acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver 
sido regularmente intimado. 
Inclusive, a revelia pode ser utilizada como uma estratégia de defesa. 
*Apresentar rol de testemunhas (até 5 testemunhas): Preclusa a decisão 
de pronúncia (não cabe mais recurso), as partes serão intimadas para 
apresentarem o rol de testemunhas, no prazo de 5 dias, que pretendem 
ouvir em plenário do júri (art. 422). 
*Desaforamento: Depois de ocorrer a preclusão da decisão de pronúncia, 
será possível se cogitar eventual desaforamento (art. 427). A sua natureza 
jurídica é causa de modificação de competência territorial do júri para 
julgamento. Dessa forma, o Tribunal de Justiça poderá determinar que o 
julgamento seja realizado por outro tribunal do júri. 
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida 
sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o 
Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do 
querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, 
poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca 
da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as 
mais próximas. 
O juiz presidente do júri poderá representar (pedir) ao TJ a respeito do 
desaforamento e deverá ser ouvido previamente sobre o pedido de 
desaforamento feito pelas partes ao Tribunal de Justiça. 
Nas hipóteses em que o desaforamento tiver sido requerido pelo MP ou 
eventualmente pelo querelante, o TJ, antes de decidir, terá que ouvir o 
acusado, sob pena de nulidade do desaforamento – respeita o 
contraditório (súmula 712, STF). 
Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em razão 
do comprovado excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte 
contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) 
meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. 
 
Hipóteses de desaforamento: 
1- Interesse de ordem pública: risco de algum tipo de tumulto por causa 
do julgamento; 
Estude Direito 
 
2- Dúvida fundada sobre a imparcialidade do júri; 
3- Risco à segurança pessoal do réu; 
Em regra não é possível o reaforamento – retorno do julgamento ao foro 
de origem do processo - exceto na hipótese de surgir no local de novo 
julgamento algumas das hipóteses de desaforamento e que no local do 
foro primitivo as causas que autorizaram o desaforamento tenham 
desaparecido. 
*Alistamento dos jurados: 
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do 
Júri de 800 (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas 
comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, de 300 
(trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) 
habitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor 
população. 
§ 2o O juiz presidente requisitará às autoridades locais, associações de 
classe e de bairro, entidades associativas e culturais, instituições de 
ensino em geral, universidades, sindicatos, repartições públicas e outros 
núcleos comunitários a indicação de pessoas que reúnam as condições 
para exercer a função de jurado. 
*Sorteio e composição dos jurados: 
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, o juiz presidente 
determinará a intimação do Ministério Público, da Ordem dos Advogados 
do Brasil e da Defensoria Pública para acompanharem, em dia e hora 
designados, o sorteio dos jurados que atuarão reunião periódica. 
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, 
cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o número de 25 (vinte e 
cinco) jurados, para a reunião periódica ou extraordinária. 
Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alistamento compreenderá 
os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de notória idoneidade. 
(art. 437 elenca pessoas isentas). 
§ 1o Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri ou deixar 
de ser alistado em razão de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, 
classe social ou econômica, origem ou grau de instrução. 
§ 2o A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no valor 
de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com a 
condição econômica do jurado. 
Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço 
público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral. 
Estude Direito 
 
Art. 440. Constitui também direito do jurado, na condição do art. 439 
deste Código, preferência, em igualdade de condições, nas licitações 
públicas e no provimento, mediante concurso, de cargo ou função 
pública, bem como nos casos de promoção funcional ou remoção 
voluntária. 
Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu 
presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre 
os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença 
em cada sessão de julgamento. 
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, o juiz presidente 
determinará a intimação do Ministério Público, da Ordem dos Advogados 
do Brasil e da Defensoria Pública para acompanharem, em dia e hora 
designados, o sorteio dos jurados que atuarão na reunião periódica. 
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, 
cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o número de 25 (vinte e 
cinco) jurados, para a reunião periódica ou extraordinária. 
Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados pelo correio ou por 
qualquer outro meio hábil para comparecer no dia e hora designados para 
a reunião, sob as penas da lei. 
*Partes podem recusas até 3 jurados sorteados 
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz 
presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão 
recusar os jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a 
recusa. 
*Exortação: formado o conselho de sentença, os jurados deverão fazer o 
juramento do art. 472.

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