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Duda Luizeto Aula Beto AVA Reanimação Neonatal – PRN · Intervenções para reduzir a morbidade e mortalidade neonatal ao nascimento: · 1 em cada 10 RN (10% das crianças) necessita de ajuda para iniciar a respiração efetiva · 1 em cada 100 precisa de intubação traqueal · 1-2 em cada 1.000 requer intubação acompanhada de massagem cardíaca e/ou medicações, desde que a ventilação seja aplicada adequadamente · A necessidade de procedimentos de reanimação é maior quanto menor a idade gestacional e/ou peso ao nascer · 6% dos RN atermo · 14% dos RN pré-termo tardio · 60% dos RN de muito baixo peso · No geral: 10% necessita alguma intervenção e 1% exigirá medidas de reanimação prolongada · O parto cesarea, entre 37 e 39 semanas de gestação, mesmo sem fatores de risco antenatais para asfixia, também eleva a chance de que a ventilação ao nascer seja necessária · Estima-se que, no país a cada ano, ao redor de 300.000 crianças necessitem de ajuda para iniciar e manter a respiração ao nascer · Toda sala de parto exige a necessidade de estar preparado para uma reanimação · No mundo: · 1,1 milhão de bebes por ano · Terceira causa de morte neonatal · 23% da mortalidade de RN no mundo · Principal causa de paralisia cerebral permanente em RN · Recém nascido a termo · No momento do nascimento, o bebe vem de uma situação intra útero (dependente da placenta) tendo que ocorrer varias modificações para que ele possa respirar e ocorrer a hematose (troca de CO2 e O2) e uma boa oxigenação · O ponto crítico para o sucesso da reanimação neonatal é a ventilação pulmonar adequada, fazendo com que os pulmões do recém-nascido se inflem e, com isso haja dilatação da vasculatura pulmonar e hematose apropriada · A ventilação pulmonar é o procedimento mais simples, importante e efetivo na reanimação do RN em sala de parto e, precisa ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida: “The Golden Minute” · Como melhorar a oxigenação após o nascimento sem dar oxigênio? · No útero, o pulmão está cheio de fluido e com vasos em vasoconstricção (devido a hipóxia intra útero). Há tanto fluido nos pulmões quanto haverá ar posteriormente · No momento que a criança respira O2 a 21%, expande pulmão m absorve liquido, aumento PO2 causando uma vasodilatação pulmonar e um pulmão preparado para uma boa troca gasosa (esses mecanismos precisam ocorrer no primeiro minuto, estando o profissional preparado para intervir caso necessário) · Ao nascer, parte deste fluido diminui, mas os pulmões continuam cheio de fluido · Dar oxigênio não vai fazer diferença, porque não tem uma interface gasosa · Para oxigenar é necessário eliminar o fluido das vias aéres e alvéolos · Assim, precisamos ajudar o bebe e desenvolver a capacidade funcional residual antes de pensar em oxigênio. A ventilação com pressão positiva na sala de parto é um procedimento importante, efetivo e dentro do “minuto de ouro” · Quanto maior a demora para iniciar a reanimação, mais difícil esta se torna e mais elevado é o risco de lesão cerebral preparo para a estabilização/ reanimação · Anamnese materna · Detecção antecipada das condições perinatais que elevam o risco de a transição respiratória.e cardiocirculatória ao nascer ser inadequada · Intercorrências clínicas, gestacionais, no trabalho de parto e durante o parto · Material · Manter normotermia: · Sala de parto entre 23-26 graus · A criança que nasce com asfixia ou prematura ou pós termo tem que ser encaminhada a unidade de calor (36-36,5 graus · Avaliar o RN: · Se a criança estiver bem, pode fazer os procedimentos com a criança pele a pele com a mãe · Aspirar vias aéreas · Ventilar com pressão positiva · Equipe preparada 1. Recepção do RN e condutas imediatas · Condições a serem avaliadas imediatamente logo após a extração completa do produto conceptual da cavidade uterina: · Tônus muscular: bom tônus · Idade gestacional: pre termo, atermo (possibilidade de pele a pele) ou pos termo · Respiração ou choro · O que fazer após esta avaliação? · Depende da vitalidade do RN e IG: I. Clampear imediatamente ou clampear tardiamente o cordão umbilical independentemente do aspecto do líquido amniótico? II. Coloca no tórax/abdome materno ou levar ao berço aquecido imediatamente? III. Fazer ou não fazer os passos iniciais da estabilização/ reanimação? · A criança atermo, com bom tônus e respirando pode ir direto para o colo da mãe fazendo toda a rotina inicial da criança junto a mãe · Pré termo tardio: 34 – 36 semanas · Se a criança tiver menos de 34 semanas (prematuros), o clampeamento deve ocorrer entre 30 e 60 segundos · Essas crianças vão direto para a UCR · Se a criança for pre termo tadio ou atermo (respirando e com um bom tônus), o clampeamento deve ocorrer entre 1-3 minutos · Se a criança tiver menos de 37 semanas, ela tem que ser levada a UCR após o clampeamento · Acima de 37 semanas, ela fica com a mãe o tempo inteiro · Então, criança com mais de 34 semanas, respirando e com um bom tônus vai ter o clampeamento tardio · Após clampear o cordão: · Gestação de 37-41 semanas e respirando ou chorando e tônus em flexão (independente do aspecto do líquido amniótico): · Posicionar o RN no tórax/abdome materno · Prevenir a perda de calor (temperatura corporal entre 36,5-37,5 graus) · Estimular o aleitamento materno · Garantir a temperatura ambiente de 23-26 graus · Secar corpo e cabeça com compressas aquecidas · Manter contato pele-a-pele no tórax/abdome materno · Cobrir com tecido de algodão seco e aquecido · Manter as vias aéreas pérvias (sem flexão ou hiperextensão) · Verificar excesso de secreções boca/nariz · Avaliar inicialmente FC com estetoscópio, tônus e respiração/choro · Depois avaliação continuada de vitalidade · RN de 34-36 semanas ou RN maior que 42 semanas ou respiração em apneia ou hipotonia: · Encaminhar a UCR · A mesa de reanimação não deve ter qualquer inclinação · Passos iniciais (em 30 segundos e na sequencia abaixo) · Prover calor · Posicionar a cabeça: cabeça voltada para você e em leve extensão · Aspirar a boca e narinas se necessário: primeiro a boca e depois as narinas · Secar e desprezar os campos úmidos: começar pela cabeça para baixo · Reposicionar a cabeça, caso saia da posição · Avaliação da FC após os passos iniciais acima (na criança respirando): · Determina a FC de maneira rápida, acurada e confiável é crítico para a tomada de decisões em sala de parto · Métodos de avaliação da FC nos primeiros minutos incluem: · Palpação do cordão: conta 6 segundos e multiplica por 100 · Ausculta do precórdio: conta 6 segundos e multiplica por 100 · Sinal de pulso pela oximetria: oxímetro de pulso na mão direita (representa a oxigenação pre ductal) · Atividade elétrica do coração pelo monitor cardíaco: mais fidedigno · Queremos a FC acima de 100bpm · Palpação do cordão umbilical, ausculta precordial e sinal de pulso pela oximetria subestimam a FC · O monitor cardíaco permite a detecção acurada, rápida e continua da FC · Ritmos anômalos traçados no ECG não devem ser valorizados em sala de parto · Avaliação da SatO2 · Sensor colocado no braço direito · Resumo: · A criança precisa estar respirando dentro do minuto de ouro. A respiração pode ser: · Ou você estimulou e ela respirou · Ou liberou via área e ela respirou · Ou ela não respirou e você iniciou respiração com ambu e mascara · Atermo, respirando e bom tônus manuseada junto com a mãe · Pre termo ou pós termo, não tem uma boa respiração e/ou tiver hipotônica clampeamento imediato e levada a UCR e iniciado os passos iniciais nos primeiros 30 segundos (prover calor, cabeça em leve extensão, aspirar boca e narinas, secar a criança, tirar campo úmido e reposicionar a cabeça em leve extensão). Depois disso, avaliar a respiração e a FC (>100bpm) · Avaliação após os 30 segundos de passos iniciais: · A criança que não está respirando (apneia) ou respirando mal ou respirando bem com FC < 100 indicações de respiração com pressão positiva· É realizada com ambu com reservatório e ventilador manual IT (melhor para os prematuros) · A criança está respirando e FC boa preparar a criança e entregar para a mãe · Respiração com pressão positiva · Qual a frequência da VPP? 40-60 movimentos/minuto (aperta – solta – solta) · Qual a pressão da VPP? · Individualizar e monitorar a pressão · Meta: alcançar e manter FC>100bpm · Iniciar com 20cmH2O e aumentar se necessário · Após as 5 primeiras ventilações, reajustar a pressão para visualizar movimento torácico leve e auscultar a entrada de ar nos pulmões · Se não houver movimento do tórax, pode ser que a mascara esteja mal colocada ou ocluída, cabeça mal posicionada, via área obstruída com líquido ou está fazendo uma pressão muito baixa · Observar durante a VPP · Adaptação da máscara a face do RN · Permeabilidade das vias aéreas · Expansibilidade pulmonar · Iniciar a VPP imediatamente após os 30 segundos dos passos iniciais (se for necessário) e ai você tem mais 30 segundos para fazer ela respirar com a mascar · RN melhora: aumento da FC (pode suspender a ventilação) · Os primeiros 30 segundos de ventilação sempre com 21% (ar ambiente) · Se a criança não responder, vai abrir o oxigênio para 5L/minuto (100% de O2) por 30 segundos antes de intubá-la · VPP após 1-2 minutos e sem resposta VPP prolongada = intubação · Presença de líquido amniótico meconial · Avaliar a vitalidade do RN: · Chorando ou iniciou a respiração? · Tônus em flexão? · FC > 100bpm? · Ocorre quando a criança que teve hipóxia intra uterino e, por um reflexo, essa criança tem um reflexo do esfíncter liberando o mecônio. Se a criança fizer o movimento de “gasping”, ela tem risco de puxar o liquido meconial para a traqueia · O mecônio é mais comum na criança pós termo · Banhada em mecônio, mas com vitalidade boa rotina igual · Banhada em mecônio e deprimida (respirando mal ou em apneia, bradicardica, hiponica) UCR com 30 segundos para a criança respirar (passos iniciais) · Se a criança não respirou ao final dos passos iniciais, muito provável que esteja com mecônio obstruindo as vias aereas entubar a criança e aspirar a traqueia uma única vez · Intubação traqueal · 1 em cada 100 crianças precisam ser intubadas · A intubação vai ser realizada quandoapós os passos iniciais e a ventilação, a criança não responder · Indicações: · Ventilação com máscara facial não efetiva: após a correção de possíveis problemas técnicos, FC <100bpm · Ventilação com máscara facial prolongada: se o RN não retoma a respiração espontânea após 1-2 minutos de VPP · Aplicação de massagem cardíaca · RN com suspeita de hérnia diafragmática que necessite de VPP indicação absoluta · RN nascida banhada em mecônio, sem respirar e deprimida após os passos iniciais intubar e aspirar a traqueia · RN ventilada com a mascara e sem resposta e com FC muito baixa (<60) indicação de intubação, porque será necessário massagem · Inserção: cânula orotraqueal · Se IG desconhecida peso estimado (kg) + 6 = marca (cm) lábio superior · Verificar se a posição da cânula está correta · Melhora a FC · Inspeção · Ausculta · Detector de CO2 expirado · Como ventilar com balão e cânula? · Frequência: 40-60mpm · Pressão: · Individualizar e monitorar a pressão · Meta: alcançar e manter FC > 100 · Iniciar com 20cmH2O e raramente 30-40cm H2O · Após as 5 primeiras ventilações, reajustar a pressão para visualizar movimento torácico leve e auscultar entrada de ar no pulmão · Sinais de melhora aumento da FC, melhora do tônus até que a criança assuma a respiração · Massagem cardíaca · Sempre quando a FC < 60 · Ficar atrás da cabeça da criança, porque se houver a necessidade de droga, a principal via é o coto umbilical · Local de compressão: terço inferior do esterno · Comprimir 1/3 do diâmetro do tórax (3-4cm) · A técnica dos dois polegares é a de escolha: envolve o tórax e pressiona com os dois polegares · Maior pico de pressão sistólica · Melhor perfusão coronariana · Menos cansativa · Preferir 2 polegares sobrepostos: · Maior pico de pressão sistólica · Maior pressão de pulso · Menos lesão de pulmões e fígado · Aplicar a massagem coordenada a ventilação por 60 segundos, antes de reavaliar a FC, pois este é o tempo mínimo para que a massagem cardíaca efetiva possa restabelecer a pressão de perfusão coronariana · Relação 3:1 durante 1 minuto · Se não melhorar, é candidato a associar drogas (adrenalina EV) · Utiliza-se a adrenalina, porque, na maioria das vezes, o RN para por assitolia secundária a hipóxia · O cateter venoso umbilical deve ser inserido de emergência, assim que há indicação de adrenalina · Se a criança tiver doença cardíaca congênita dentro de uma UTI, você pode usar a relação 15:2 · Determinar a FC de maneira rápida, acurada e confiável é critico para a tomada de decisões em sala de parto · Profissionais de saúde demoram até 17 segundos para detectar a FC pela ausculta na reanimação avançada · A oximetria de pulso não é capaz de detectar um sinal confiável em RN bradicardicos · O monitor cardíaco é útil para avaliar de forma contínua e instantânea a VPP e a massagem · Adrenalina: · Concentração: 1/10.000 · Preparo: 1mL de adrenalina 1/1.000 + 9mL SF · Administrar EV · Pode-se aplicar por via traqueal uma única vez enquanto a veia umbilical é caracterizada (eficácia questionável) · A dose do tubo é 1/3 da dose EV · Nunca aplicar a adrenalina pura! · Durante esse período, a criança está sendo massageada e ventilada · Se a criança não responder a primeira dose, pode dar mais 2-3 doses pela veia umbilical com intervalo de 3 minutos · Se a criança não responder a todos os passos anteriores, temos que considera-la hipovolêmica · Reposição de volume com soro fisiológico · Indicações: · RN com evidencias de perda sanguínea (DPP ou placente prévia) e/ou sinais de choque (palidez, má perfusão periférica, pulsos finos e taquicardia ou bradicardia persistente) · RN sem aumento da FC apesar da VPP, massagem e adrenalina · Como usar? · Soro fisiológico · Preparo: 2 seringas de 20mL · Dose: 10mL/kg repetir s/n · Via de infusão: veia umbilical · Tempo de infusão: 5-10 minutos · Se a criança continuar não respondendo, temos que avaliar outros diagnósticos diferenciais · Dentro da UTI neonatal · Pneumotórax (raio x), cardiopata, mal formação pulmonar, hérnia diafragmática 2. Procedimentos para minimizar a lesão de SNC durante a reanimação · Recepcionar RN por equipe treinada · Manusear o RN delicadamente · Evitar hipotermia e hipertermia · Evitar Trendelemburg: aumenta os problemas de hemorragia intracraniana no RN · Evitar Pinsp e PEEP excessivas · Ajudar a ventilação e a concentração de O2 de forma gradual e adequada · Não infundir o volume de forma rápida · Não utilizar soluções hipertônicas EV, principalmente bicabornato · 10 minutos de assitolia, você para a reanimação
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