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NERVOS CRANIANOS

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NERVOS CRANIANOS 
Lara Camila | 4º Semestre 
 
Os nervos cranianos são nervos periféricos que se conectam 
com o SNC através do encéfalo. A maioria desses nervos se 
conectam ao SNC pelo tronco encefálico, no entanto, os 
nervos olfatórios se conectam através do telencéfalo e os 
ópticos através do diencéfalo. 
 
Os nervos cranianos são compostos por: (1) fibras 
aferentes e (2) fibras eferentes. 
As fibras nervosas aferentes, nos nervos espinais, eram 
classificadas apenas como somáticas ou 
viscerais/autônoma, no entanto, as fibras aferentes dos 
nervos cranianos podem ser: somática geral, visceral geral, 
somático especial, visceral especial. 
 
 
• Somáticas Geral 
Inerva pele, músculos esquelético, tendões e articulação; 
Função: dor, temperatura, propriocepção e tato; 
CN V, VII, IX, X 
• Somático Especial (sentido especial) 
Receptores celulares altamente especializados, originados 
na retina e no ouvido interno; 
Visão, audição, equilíbrio (vestibular); 
CN II, VIII 
• Visceral Geral 
Receptores em mucosas e músculos em vísceras do corpo; 
Barorrecepção, quimiorrecepção, dor; 
CN IX, X 
• Visceral Especial (sentido especial) 
Receptores em terminações nervosas livres (quimiocepção); 
Olfação, gustação; são considerados viscerais pois estão em 
sistemas viscerais – digestório e respiratório 
CN I, VII, IX, X 
As fibras nervosas eferentes são divididas em somáticas 
geral e visceral, sendo que as fibras nervosas eferentes 
sensoriais são subdivididas em gerais e especiais. 
 
*** MEQ Miotômicos -> músculos estriados esqueléticos 
derivados dos somitos; 
*** MEQ Branquiméricos -> músculos estriados esqueléticos 
derivados dos arcos faríngeos; 
 
• Somáticos Geral 
Motricidade de músculos esqueléticos derivados dos 
somitos, ou seja, os músculos estriados miotômicos; 
➢ Os somáticos irão inervar o músculo estriado 
esquelético no caso dos nervos espinais, já os 
nervos cranianos irão inervar o músculo estriado 
esquelético derivados dos somitos. 
CN III, IV, VI, XII 
• Visceral Geral 
Motricidade de músculo liso, cardíaco e glândulas; 
CN III, VII, IX, V 
• Visceral especial 
Motricidade de músculos esqueléticos derivados dos arcos 
faríngeos (que dão origem às estruturas da cabeça); 
CN V, VII, IX, X, XI 
FIBRAS 
NERVOSAS 
AFERENTES
SOMÁTICAS
GERAIS 
ESPECIAIS
VISCERAIS
GERAIS
ESPECIAIS
FIBRAS NERVOSAS 
EFERENTES 
SOMÁTICAS MEQ MIOTÔMICOS 
VISCERAIS
GERAIS
M. LISO, 
CARDÍACO,GLÂNDULAS
ESPECIAIS
MEQ 
BRANQUIOMÉRICOS
CN I – NERVO OLFATÓRIO 
 
O nervo olfatório, por ser o primeiro par craniano, é o par 
mais rostral e, assim, ele vai do mais rostral ao mais 
caudal. 
O nervo olfatório faz parte de um sistema antigo na 
natureza e, nos seres humanos, não é tão desenvolvido. No 
entanto, é muito importante e funciona como uma 
estrutura de proteção que nos protege contra elementos 
tóxicos, alimentos nocivos etc. Os seres humanos mais 
primitivos tinham esse sistema mais desenvolvido, com 
papel de farejamento. 
As fibras que formam o nervo olfatório saem do epitélio 
olfatório atravessando a lâmina (também conhecida como 
lâmina crivosa) e se dirigem para fazer sinapse no bulbo 
olfatório – localizado no telencéfalo. 
No epitélio olfatório, observamos células de suporte com 
vilosidades que produzem um muco que irá apreender as 
partículas/moléculas odoríferas, que são moléculas que se 
espalham pelo ar e quando entram em contato com os 
receptores das terminações olfatórias, elas são capazes de 
ativar e sensibilizar o sistema olfatório. 
 
Esses receptores são células bipolares (neurônios) que 
estendem um dendrito fino que, em sua terminação, possui 
vários cílios que se espalham pelo muco. Assim, a molécula 
odorífera apreendida pelo muco será captada por essas 
terminações e, assim, será capaz de ser transduzida – 
transformada em potenciais de ação por meio de segundos 
mensageiros. Uma vez que as moléculas odoríferas foram 
transduzidas, a informação seguirá pelos neurônios 
bipolares (que estão localizados no teto do epitélio 
olfatório/cavidade nasal), e seus axônios perfuram a lâmina 
cribiforme do osso etmoide, e irão fazer sinapse no bulbo 
olfatório (1ª sinapse), considerado uma parte do 
telencéfalo. 
No bulbo, encontraremos os segundos neurônios sensitivos 
da via olfatória, que podem ser de dois tipos: (1) células 
mitrais e (2) células tufais. Esses neurônios emitem seus 
axônios em direção posterior, formando o trato olfatório. O 
trato olfatório se bifurca ao chegar na substância 
perfurada anterior, formando a estria olfatória medial, e a 
estria olfatória lateral. Essa região é chamada de trígono 
olfatório. 
➢ Estria olfatória medial: as estrias olfatórias 
mediais se juntam na região inter-hemisférica (na 
comissura anterior – que fica na parede anterior 
do diencéfalo), e suas fibras cruzam para o bulbo 
oposto da sua origem; 
➢ Estria olfatória lateral: via responsável por 
conduzir informações olfatórias para o córtex 
cerebral, especificamente para o córtex olfatório 
primário, que se localiza no giro para-hipocampal 
(que fica na porção anterior do lobo temporal). 
Essa via olfatória está relacionada com os 
reflexos, comportamentos primitivos, com o 
significado emocional (sistema límbico) e 
aprendizagem. 
OBS: a via olfatória lateral não passa pelo tálamo, ou seja, 
elas têm um processamento cortical no bulbo e as 
informações vão diretamente para o sistema límbico. 
O epitélio olfatório também é composto por células basais 
que são capazes de renovar as células nervosas do epitélio. 
Essa é uma das poucas regiões do sistema nervoso capaz 
de realizar a renovação das células nervosas. 
O giro para-hipocampal bifurca-se em duas cabeças: (1) 
unco (úncus) e (2)hipocampo. O córtex olfatório primário 
fica em uma parte do unco chamada de área piriforme + 
área periamigdaloide. A partir dessa região, que é córtex 
olfatório primário, a informação irá para o córtex olfatório 
secundário, que está na região anterior do gira para-
hipocampal conhecida como área entorrinal. 
Do bulbo olfatório até a área entorrinal, chamamos essa 
região de rinencéfalo, que por muito tempo acreditou-se ser 
a área responsável por tudo relacionado ao olfato. No 
entanto, a área piriforme, periamigdaloide e entorrinal são 
um tipo de córtex chamado de paelocórtex, que é um tipo de 
córtex mais antigo, que possui menos camadas de neurônios 
que o neocortex – um tipo de córtex mais recente. 
➢ Rinencéfalo = via sensitiva olfatória 
extratalâmica. 
O tálamo traduz as informações para o córtex, 
simplificando as informações que chegam no córtex. No 
rinencéfalo, temos o paleocórtex, que são informações que 
não passaram pelo córtex, e por isso, não foram 
sintetizadas pelo tálamo. Por isso, essa área não justifica 
a capacidade que temos de especificar um odor, como 
diferenciar o cheiro do café x da gasolina. A capacidade de 
especificar um odor é uma característica do neocortex, ou 
seja, das vias sensitivas que passam pelo tálamo. 
No neocortex, temos o córtex orbitofrontal, que se localiza 
na base do telencéfalo, adjacente ao bulbo olfatório e 
próximo à orbita dos olhos. Uma lesão nessa região faz com 
que a pessoa deixe de conseguir identificar cheiros, embora 
continue respondendo a eles (como salivando, lembrando de 
momentos), pois seu rinencéfalo não foi lado. Ou seja, a 
pessoa sabe dizer se gosta ou não de determinado cheiro, 
mas não sabe dizer que cheiro é aquele. 
Essa área do neocortex também se comunica com o núcleo 
talâmico, chamado de núcleo medial dorsal do tálamo. No 
entanto, ainda não se sabe como as informações olfativas 
chegam no eixo do tálamo para o córtex orbitofrontal. 
 
OBS: é o único 
nervo craniano 
processado pelo 
córtex sem 
passar 
previamente 
pelo tálamo. 
 
 
 
 
>> Desordens clínicas do CN I 
O epitélio olfatório é sujeito a lesões,como: trauma 
craniano com lesão das fibras nervosas na placa etmoide; 
lesões na mucosa nasal; meningioma de sulco olfativo. 
CN II – NERVO ÓPTICO 
 
OBS: origem aparente no crânio é o local onde ele sai do 
interior do crânio e aparece. No caso do nervo óptico, ele sai 
do interior do crânio pelo forame óptico; origem aparente no 
encéfalo é o local onde ele se conecta ao encéfalo. No caso do 
nervo óptico, ele se conecta através do diencéfalo (quiasma 
óptico). 
Após o quiasma óptico, não temos mais nervos ópticos e sim 
o trato óptico. Assim como após o telencéfalo, tínhamos o 
trato olfatório. Isso porque, saímos do SNP e entramos no 
SNC, e por isso, a nomenclatura muda. 
>> Motricidade ocular e o sistema óptico 
Quando a luz entra pela córnea irá sofrer uma refração, 
passará pela pupila e irá atravessar o cristalino. O 
cristalino está suspenso por cílios que estão relacionados ao 
músculo ciliar, isso é importante porque quando esses 
músculos contraem, a lente do cristalino fica arredondada 
e, quando relaxam, eles alongam a lente. Assim, se 
arredondarmos mais, a refração da luz será mais inclinada, 
e se alongarmos mais, a refração da luz será menos 
inclinada. 
 
 
Assim, por meio do nível de arredondamento da lente do 
cristalino, conseguimos gerar foco na imagem ao 
aproximar/afastar objetos. 
Essa regulação do nível de arredondamento do cristalino é o 
reflexo de acomodação – que ocorre por meio dos músculos 
ciliares, inervados pelo nervo oculomotor. 
Enquanto o cristalino regula o local onde a luz irá incidir na 
retina – o ponto focal -, a pupila regula a intensidade 
luminosa e, por isso, temos músculos diferentes atuando. 
A dilatação da pupila é uma resposta simpática (m. radial 
da pupila), que não é mediada por nervos cranianos – 
lembrar que a emergência dos nervos simpáticos é 
toracolombar. O nervo oculomotor, que inerva o esfíncter 
da pupila ou músculo circular, é responsável pela contração 
da pupila e, por isso, participa do reflexo fotomotor (quando 
incide a luz, a pupila contrai). 
O nervo óptico entra na caixa craniana por meio do canal 
óptico, e é o responsável pela visão. As terminações 
nervosas do nervo óptico localizam-se na retina. 
O músculo radial ou dilatador da pupila é um nervo que 
possui um componente visceral parassimpático, que irá 
liberar acetilcolina no músculo radial. 
 
Na imagem, vemos a hemi-retina nasal e a hemi-retina 
lateral ou temporal. Na hemi-retina temporal, percebemos 
que campo de visão dela é medial/nasal, e o campo visual 
da hemi-retina nasal é temporal. Isso ocorre porque os 
raios luminosos incidem na retina formando um X. 
Na retina, temos os receptores cones e bastonetes, sendo 
que os bastonetes são para cores escuras e os cones para 
cores claras. Haverá, então, um processamento complexo da 
informação e ao chegar nas células neurais bipolares, deixa 
o canal óptico. 
As fibras da retina temporal seguem ipsilateralmente, já 
as fibras da retina hemi-retina nasal cruzam no quiasma 
óptico. Por isso, o que segue de um lado pelo trato óptico 
são as fibras ipsilaterais da hemi-retina temporal e as 
fibras contralaterais da hemi-retina nasal. 
 
➢ As fibras do nervo óptico não passam pelo quiasma 
óptico, elas FORMAM o quiasma óptico. O quiasma 
óptico é uma estrutura visível macroscopicamente 
formada pelo cruzamento das fibras de hemi-retina 
nasal. 
 
CN III – NERVO OCULOMOTOR 
 
No sulco medial do pedúnculo cerebral/fossa 
interpeduncular, emergem as fibras do oculomotor – que 
participa do reflexo fotomotor (inerva o m. constrictor da 
pupila), reflexo de acomodação (inerva o m. ciliar) e do 
reflexo consensual. 
 
Reflexo consensual: se apresentar a luz na pupila do olho 
direito, a pupila do olho direito irá contrair; se a luz for 
jogada do lado direito, o que acontecerá com a pupila do olho 
esquerdo? Também irá contrair. Essa contração da pupila 
é chamada de reflexo consensual, o que significa que a 
informação que está entrando por um olho está chegando 
no núcleo oculomotor tanto do lado ipsilateral, quanto do 
lado contralateral. 
Ou seja, a partir do estímulo luminoso de um olho, ativamos 
os dois núcleos oculomotores. 
 
Os reflexos de acomodação e fotomotor estão relacionados 
à função visceral do nervo oculomotor. No entanto, esse 
nervo também tem função somatomotora, visto que 
inervam a musculatura extrínseca do bulbo ocular, exceto o 
músculo reto lateral e oblíquo superior. 
➢ O reto lateral é inervado pelo nervo abducente; e 
o oblíquo superior é inervado pelo troclear. 
Além disso, o nervo oculomotor é responsável pela inervação 
pré-ganglionar dos músculos intrínsecos ao bulbo ocular: 
músculo ciliar e músculo esfíncter da pupila. 
 
Músculos extrínsecos do bulbo ocular: são os músculos 
esqueléticos responsáveis pela movimentação do olho 
propriamente dito; 
Músculos intrínsecos do bulbo ocular: são os músculos lisos 
que regulam o estado de abertura da pupila (m. esfíncter 
da pupila) e a contração do cristalino (músculo ciliar). 
 
OBS: pela fissura orbital superior não passa apenas o 
oculomotor, mas também o troclear, abducente, oftálmico 
do trigêmeo. Na verdade, todos os nervos relacionados com 
o olho, exceto o óptico, passam pela fissura orbital superior. 
 
Importante!!!! 
O oculomotor inerva o m. elevador da pálpebra superior. 
Assim, um problema nesse nervo irá causar ptose 
palpebral. 
➢ O nervo facial inerva o m. orbicular do olho, que é 
o responsável pelo fechamento do olho. Assim, um 
problema nesse nervo irá fazer com que a pessoa 
não consiga fechar o olho. 
 
CN IV – NERVO TROCLEAR 
 
É o único que tem a emergência no encéfalo na parte 
posterior/dorsal/teto do encéfalo; 
 
O m. oblíquo superior da órbita ocular é o responsável pela 
entorção, ou seja, faz com que a pupila se movimente em 
direção medial e inferior. Assim, uma lesão nesse nervo não 
gerará um tônus para esses movimentos e, assim, o 
paciente apresentará os movimentos contrários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CN VI – NERVO ABDUCENTE 
No sulco bulbo pontinho não sai apenas o nervo abducente, 
sai também o facial e o vestibulococlear. Assim, o abducente 
sai medial, o facial sai intermediário e o vestibulococlear sai 
lateral. 
REVISANDO... 
O nervo óptico sai pelo canal óptico; suas células neurais 
bipolares estão localizadas na retinq. 
Os nervos oculomotor, troclear, abducente e ramo oftálmico 
do trigêmeo entram pela fissura orbitária superior. 
O núcleo dos nervos oculomotor (CN III), troclear (CN 
IV) e Edinger – Westphal (CN III) estão localizados no 
mesencéfalo, na porção do pedúnculo cerebral. Já o núcleo do 
nervo abducente (CN VI) está localizado na ponte. 
OBS: lembre-se que o troclear é o único que emerge 
dorsalmente. 
>> Distúrbios oculomotores (CN III, IV, VI) 
Lesões no CN III (Nervo oculomotor) 
Estrabismo; 
Ptose; 
Diplopia; 
Lesões no CV IV (Nervo troclear) 
Estrabismo; 
Diplopia; 
Lesões no VI (Nervo abducente) 
Estrabismo medial; como o nervo abducente inerva o reto 
lateral, e há uma lesão dele, haverá uma predominância do 
medial. Assim, o paciente terá um estrabismo medial. 
Diplopia; 
➢ Todos apresentam diplopia devido à tentativa de 
correção, o que acaba não fixando o objeto na 
retina. 
CN V – NERVO TRIGÊMEO 
O nervo trigêmeo possui três pares: (1) nervo oftálmico, 
(2) nervo maxilar e (3) nervo mandibular. 
A conexão com o encéfalo ocorre a nível da ponte; a ponto 
está medialmente ao trigêmeo, o pedúnculo cerebelar médio 
está lateralmente. 
O nervo trigêmeo é misto, ou seja, tem inervação sensitiva 
e motora; ele é responsável pela sensação somática da face 
(dor, temperatura, propriocepção etc.) e inerva os 2/3 
anteriores da língua (OBS: não é paladar!!!). 
➢ O responsável pela gustação nos 2/3 anteriores 
da língua é o nervo facial. Já no 1/3 posterior, o 
responsávelpela gustação é o nervo 
glossofaríngeo. 
Já a inervação motora é responsável pelos músculos 
mastigatórios (pterigoideo lateral e medial, masseter e 
temporal). 
 
 
Função sensitiva da face: 
• Pele da face e orelha; 
• Conjuntiva ocular, córnea; 
• Mucosa nasal; 
• Meninge; 
• Mucosa da cavidade oral, palato duro e mole, 
dentes; 
• 2/3 anteriores da língua (sensorial somático); 
• Articulação temporo-mandibular; 
Função motora: m. mastigatórios 
• Temporal; 
• Masseter; 
• Pterigoideo lateral; 
• Pterigoideo medial; 
• Milo-hioideo; 
• Ventre anterior do músculo digástrico. 
Reflexo mandibular 
Ao fazer a percussão no mento, estimula as fibras do 
masseter e, assim, a informação chega no núcleo motor do 
trigêmeo. A partir disso, haverá contração. Esse é um 
reflexo miotático que, ao invés de ser organizado na medula 
espinal, é organizado à nível de tronco encefálico. 
 
Neuralgia do trigêmeo 
Dor paroxística de frequência variada ao longo do dia; 
Áreas dos ramos V2 (nervo maxilar) e V3 (nervo 
mandibular) são as mais afetadas; 
Raramente durante o sono; 
Gatilhos: mastigar, falar, sorrir, ingerir fluidos frios ou 
quentes, tocar a face, barbear, escovar o cabelo, assoar o 
nariz. 
 VII – NERVO FACIAL 
 
O nervo facial possui inervação mista, e por isso, tem dois 
componentes: (1) facial propriamente dito ou raiz motora 
e (2) raiz sensitiva ou nervo intermédio de Wrisberg. 
A parte intermédia tem uma característica: é sensitiva e 
visceral. Ou seja, faz parte do sistema nervoso autônomo. 
Já a motora vai inervar a musculatura da face, 
especificamente, os músculos da expressão facial. Além 
disso, tem inervação parassimpática, que inerva as 
glândulas lacrimais, salivatórias, nasais e palatinas. 
➢ O facial passa por dentro da glândula salivar 
parótida, mas não inerva essa glândula. Ele inerva 
apenas as glândulas submandibulares e 
sublinguais. O nervo que inerva a glândula 
parótida é o glossofaríngeo. 
➢ Por ele ser responsável pela inervação das 
glândulas lacrimais, uma lesão desse nervo 
ocasiona ressecamento de córnea. 
ATENÇÃO: os 2/3 anteriores da língua inervados pelo 
trigêmeo é inervação somática (dor, temperatura, tato), 
já o gosto vem do nervo facial – que inerva os botões 
gustativos dos 2/3 anteriores da língua. 
 
Inervação Motora e Sensorial 
• Aferente visceral geral (AVG) 
Porção superior da mucosa nasal; 
Face superior do palato mole; 
• Aferete visceral especial (AVE) 
Língua (2/3 anteriores) = gustação 
• Aferente somático geral (ASG) 
Sensibilidade cutânea da região posterior à orelha e parte 
do meato acústico externo; 
Sistema sensorial trigeminal (n. trigeminal espinal); 
• Eferente visceral geral (EVG) 
Secreção glandular (SNA parassimpático); 
OBS: é a contração do orbicular que causa o fechamento 
dos olhos; portanto, para fechar os olhos precisamos do 
nervo facial. 
>> Paralisia de Bell 
• Perda de tônus muscular facial; 
• Expressão vazia; 
• Ângulo da boca “caído”, sem movimentação; 
• Prejuízo na articulação das palavras e no 
assobiar; 
• Prejuízo em fechar o olho; 
• Acuidade auditiva exacerbada (hiperacusia). 
VIII – NERVO VESTIBULOCOCLEAR 
 
É um nervo sensitivo; não possui origem aparente no crânio 
porque ele não sai do crânio, ele vai para o meato acústico 
do osso temporal. 
Além disso, como ele é sensitivo, ele entra no encéfalo, e 
entra através do sulco bulbopontino. No entanto, ele está 
localizado lateralmente ao nervo facial. 
➢ Sempre que falarmos de sulco bulbopontino, 
precisamos lembrar de três pares: VI, VII e 
VIII; sendo que o VI é o mais medial, o VII é o 
intermediário e o VIII está mais próximo ao 
cerebelo, no ângulo pontocerebelar – lugar 
susceptível de xilanomas (tumor benigno que a 
depender do tamanho acomete não só o nervo 
vestibulococlear, mas também o facial); 
 
Inervação sensitiva 
Aferente Somático Especial (ASE): a inervação irá sair da 
cóclea ou do vestíbulo; nas duas estruturas encontramos as 
células ciliadas que possuem cílios e estão mergulhadas em 
um líquido que permite que vibrações desse líquido causem 
disparos desses neurônios. No entanto, a depender da 
região os neurônio da cóclea irão responder diferente em 
relação aos do vestíbulo. 
O que ativa os neurônios da cóclea é a movimentação 
tonotópica – movimentação das células ciliadas conforme a 
frequência do som. Já no caso do vestíbulo, o que provoca a 
movimentação do líquido é a movimentação da cabeça. Uma 
vez que essas fibras saem do vestíbulo e da cóclea (e 
entram no sulco bulbopontino) elas se juntam e, então, não 
é mais possível definir o que é vestíbulo e o que é coclear. 
 
 
 
 
 
 
 
>> Nistagmo 
O acometimento do sistema 
vestibular ocasiona o nistagmo, 
que são os movimentos rápido do 
olho horizontais, verticais ou 
circulares. 
 Já o acometimento do sistema 
coclear ocasionará surdez. 
 
 
IX – NERVO GLOSSOFARÍNGEO 
O nervo glossofaríngeo é um dos nervos que terá uma 
emergência aparente no crânio através do forame jugular; 
➢ Quando falamos da língua, precisamos lembrar do 
V3 do trigêmeo, facial, hipoglosso e glossofaríngeo; 
entre esses nervos o único motor é o hipoglosso; o 
único sensitivo que pega o 1/3 posterior da língua 
é o glossofaríngeo; já os 2/3 anteriores da língua, 
a parte somática é inervada pelo trigêmeo e a 
parte gustatória será o facial. 
O nervo glossofaríngeo, na bifurcação carotídea, contribui 
para a quimiocepção e barorrecepção; o nervo vago está 
mais relacionado à curva da aorta, e o glossofaríngeo à 
bifurcação carotídea. 
 
Inervação 
Função motora: 
Visceral especial: m. estilofaríngeo; 
Visceral geral: glândula parótida; 
Função sensorial 
Visceral geral: quimiorreceptores dos corpos carotídeos; 
Visceral especial: quimiorreceptores dos corpos carotídeos; 
botões gustativos do 1/3 posterior da língua; 
Somático geral: somatossensorial; pele da orelha externa, 
orelha interna, tuba auditiva, nasofaringe, tonsila, 1/3 
posterior da língua. 
X – NERVO VAGO 
Também emerge do sulco lateral posterior do bulbo, mas é 
caudal/inferior ao glossofaríngeo. 
➢ No bulbo, temos 4 pares cranianos -> IX, X, XI e 
XII, sendo que o XII é o único que emerge pelo 
sulco lateral anterior e é o único que não emerge 
pelo forame jugular interno. Ele terá um canal 
próprio com o seu nome: canal hipoglosso. 
Inervação e função 
Função sensorial 
Aferente Visceral Geral (AVG) 
• Informações sensoriais viscerais; 
• Via sensorial dos reflexos viscerais 
• Sensibilidade química dos nutrientes; 
• Estiramento da parede do órgão; 
• Barocepção no arco da aorta; 
Aferente Visceral Especial (AVE) 
Aorta 
• Informação sobre O2, CO2 e H+ no sangue; 
Botões gustativos 
• Gustação na epiglote e faringe posterior; 
Aferente Somático Geral 
• Trás da orelha + canal auditivo externo; dor, 
temperatura, pressão, tato; 
Função motora 
Eferente Visceral Especial (EVE) 
• Núcleo ambíguo; 
• Inerva músculos somáticos oriundos do 4º e 5º 
arcos faríngeos; n. faríngeo (faringe e palato 
mole), n. laríngeo superior, n. laríngeo recorrente. 
Eferente Visceral Geral (EVG) 
• Inervação de músculos das vísceras torácias e 
abdominais; 
• Inervação dos plexos do SNE. 
O nervo vago é parassimpático, assim, lesões nesse nervo 
causam dificuldades para desenvolver o reflexo 
barorreceptor; assim, o indivíduo pode ser síncope quando 
muda de posição, distúrbios de funções digestórias etc. 
XI – NERVO ACESSÓRIO 
 
A raiz craniana irá se juntar ao nervo vago para inervar 
os músculos laringofaríngeos; e a raiz espinal irá formar 
uma ramificação externa e irá inervado o 
esternocleidomastoideo e o trapézio. 
>> Paresia do músculo do trapézio 
Quando o indivíduo tem um acometimento do nervo 
acessório, ele terá uma “queda” do ombro. 
➢ Atrofia muscular do trapézio; 
➢ Ombrocaído; 
➢ Instabilidade da cintura escapular; 
 
XII– NERVO HIPOGLOSSO 
É o único nervo do bulbo que não sai pelo forame jugular, e 
sim pelo canal do hipoglosso. 
 
Inervação 
Há uma inervação corticonuclear que permite que o 
hipoglosso controle a língua. 
Músculos extrínsecos da língua -> estiloglosso, hioglosso, 
genioglosso; 
Músculos intrínsecos da língua -> longitudinal superior, 
longitudinal inferior, transverso e vertical; 
>> Paresia língual 
• Redução da movimentação; 
• Atrofia; 
• Desvio para o lado lesionado; 
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Nervos relacionados ao movimento do bulbo ocular -> 
oculomotor, abducente e troclear. 
Qual a inervação do troclear? Mesencéfalo pela parte 
posterior; 
Qual a referência anatômica do nervo abducente? Sulco 
bulbo pontinho, assim como o facial e o vestibulococlear. 
Tumor no ângulo-cerebelar: principais nervos acometidos = 
facial e vestibulococlear. 
Tumor no forame jugular: glossofaríngeo, vago e acessório; 
Síndrome da ardência bucal que acomete os 2/3 anteriores 
da língua: nervo trigêmeo acometido.

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