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Educação em Direitos Humanos - completo

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Virgílio do Nascimento 
EDUCAÇÃO E 
DIREITOS HUMANOS 
AULA 1 
Conceito de Educação 
INTRODUÇÃO 
Neste capítulo iremos compreender um dos principais teóricos da 
educação, Jean Piaget, a formulação de seus estudos e teorias. 
Faremos uma breve reflexão com um de seus pensamentos sobre a 
educação e conheceremos os aspectos sociais, cognitivos, afetivos e 
morais de sua teoria. 
Navegaremos ainda nos múltiplos significados da palavra educação e 
verificaremos alguns dos fatores de transformação da educação. 
JEAN PIAGET (1896-1980) 
Nascido em 9 de agosto de 1896 em 
Neuchâtel, Suíça, Piaget era filho de pai 
universitário de Literatura Medieval. 
Se tornou um renomado filósofo e psicólogo 
,ficando conhecido por seu trabalho no campo 
da inteligengia infantil. Seus estudos causaram 
grandes impactos na psicologia e pedagogia. 
PENSAMENTO PARA REFLEXÃO 
“O principal objetivo da educação é criar 
pessoas capazes de fazer coisas novas e não 
simplesmente repetir o que outras gerações 
fizeram.” 
Jean Piaget 
DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS 
EDUCAÇÃO 
 
Substantivo Feminino 
Ação ou efeito de educar, de aperfeiçoar as capacidades intelectuais e 
morais de alguém: educação formal; educação infantil. 
Processo em que uma habilidade se desenvolve através de seu exercício 
contínuo: educação musical. 
Capacitação e/ou formação das novas gerações de acordo com os ideais 
culturais de cada povo. 
 
DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS 
 Civilidade; conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas 
maneiras. 
 Delicadeza; expressão de gentileza, sutileza. 
 Cortesia; amabilidade e polidez na maneira com que se trata alguém. 
 Prática de ensinar, adestrando animais domésticos para as atividades 
que por eles devem ser praticadas. 
DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS 
 Didática; reunião dos métodos e teorias através das quais algo é 
ensinado ou aprendido; relacionado com pedagogia: teoria da 
educação. 
 Educação Física. Formação de hábitos e comportamentos que 
incentivem o desenvolvimento corporal e mental, através de 
exercícios sistemáticos, jogos ou esportes. 
 Etimologia (origem da palavra educação). Do latim, educatio.onis. 
 
EDUCAÇÃO: ETIMOLOGIA 
Iniciamos nossa jornada pela definição 
dada pelo dicionário sobre o que é 
educação. Nota-se que ela possui 
múltiplos significados que podem ser 
compreendidos em contextos 
completamente diferentes. Tomemos 
aquela que aparenta estar mais próxima 
do pensamento de Piaget. Educação 
como ação, aperfeiçoamento das 
capacidades intelectuais e morais. 
TEORIA DE PIAGET SOBRE A EDUCAÇÃO 
É sabido que Jean Piaget desenvolveu seus estudos e teorias sobre 
sólidas bases e tornou seu trabalho grandioso. Este mestre apresentou o 
conceito de Epistemologia Genética como uma lógica intrínseca da 
organização do pensamento. 
Nos escritos de Piaget, podemos encontrar sua inquietação que o 
acompanhou durante sua vida. Como se produz o conhecimento? 
 
TEORIA DE PIAGET SOBRE A EDUCAÇÃO 
A expressão Epistemologia Genética nos induz inicialmente a ideia de 
estudos vinculados à área da biologia, envolvendo questões de 
pesquisas sobre genes, devido a formação inicial de Piaget como 
biólogo. 
Porém, neste caso, a genética se refere à gênese, ou seja, estuda a 
origem do processo de formação do conhecimento, não se detendo às 
formas prontas que possibilitam o conhecimento. A seguir, iremos 
abordar os aspectos que ocorrem este processo. 
ASPECTO SOCIAL 
Na teoria de Piaget, o aspecto social 
é um dos menos conhecido. Em 
alguns momentos foi percebido que 
algumas pessoas não davam 
importância à questão social, 
revelando desconhecimento sobre os 
estudos de Piaget. 
ASPECTO SOCIAL 
Para ele, a interação social é um dos 
alicerces fundamentais para a construção 
da cognição, chegando afirmar que “as 
sociedades humanas repousam quase que 
exclusivamente sobre uma transmissão e 
uma formação educativas, isto é, pela 
ação ‘exterior’ dos indivíduos uns sobre 
os outros.” 
(PIAGET, 1977, p. 321). 
 
ASPECTO COGNITIVO 
Ao contrário do aspecto social, o 
aspecto cognitivo é o campo no 
qual não havia dúvidas quanto 
sua importância visto que a 
maioria das pessoas convergiam 
para esta perspectiva. 
ASPECTO COGNITIVO 
Greenfield (2000) constata a presença 
do papel social na teoria de Piaget , mas 
concorda que, nesta abordagem, “o 
social é muito subordinado ao 
cognitivo”. 
 
ASPECTO COGNITIVO 
O desenvolvimento cognitivo refere-
se ao desenvolvimento mental, 
especificamente no que diz respeito 
ao significado da cognição. 
 
ASPECTO COGNITIVO 
Piaget (1964, p.176) resume a questão 
da cognição afirmando que “para 
entender o desenvolvimento do 
conhecimento, devemos começar com 
uma ideia que me parece central – a 
idéia de uma operação. Conhecimento 
não é uma cópia da realidade.” A 
partir deste núcleo, elabora a teoria 
construtivista operacional. 
ASPECTO COGNITIVO 
O aprendizado cognitivo é o 
processo que compreende fatores 
próprios do pensamento, sendo 
particular ao ser humano e 
constituiu um recorte muito 
comum nas análises da 
Epistemologia Genética. 
ASPECTO COGNITIVO 
Essa aprendizagem aparece como 
conseqüência da atividade 
operacional, pois “uma operação é 
assim a essência do conhecimento; 
é uma ação interiorizada que 
modifica o objeto de 
conhecimento” (PIAGET, 1964, 
p.176). 
 
ASPECTO AFETIVO 
“É totalmente evidente que para a 
inteligência funcionar, faz-se necessário 
um motor que é o afetivo. Nunca se 
conseguirá resolver um problema se o 
problema não é de seu interesse. O 
interesse, a motivação afetiva, isto é o 
que move tudo.” (BRINGUIER, 1977, 
p.80). 
ASPECTO AFETIVO 
Apesar de ser outra área 
relativamente desconhecida nos 
estudos de Piaget, inclusive porque 
ele próprio demonstrou interesse 
principal na cognição. Sua teoria 
revelou a importância do aspecto 
afetivo. 
ASPECTO AFETIVO 
Ao analisar a organização das 
capacidades afetivas, Piaget elaborou 
um modelo que nos permite 
acompanhar a evolução do individuo 
em sua busca da maturidade 
emocional, cuja construção acontece 
simultaneamente ao 
desenvolvimento cognitivo. 
ASPECTO MORAL 
Ao tratarmos a educação, a moral possui um 
significado fundamental. 
Neste contexto, o desenvolvimento do 
individuo se relaciona com os valores 
assimilados e praticados pelo processo 
praticado pela educação. 
ASPECTO MORAL 
“O desenvolvimento moral é visto como similar ao desenvolvimento 
cognitivo, porém diverso dele na função: ao passo que este último 
funciona com respeito ao mundo físico, a função do desenvolvimento 
moral é ordenar o mundo social. O desenvolvimento moral carrega 
cada vez mais um compromisso de agir (grifo do A.) em relação aos 
valores específicos da pessoa. Onde esse compromisso é fraco, como 
na fase egocêntrica ou na fase pré-convencional, a escolha do 
comportamento num dilema moral tem probabilidades de relacionar-se 
com benefícios de custo ou com hábitos; em fases mais elevadas, a 
escolha do comportamento tem maiores probabilidades de concordar 
com os valores morais da pessoa. “(BIGGS, 1980, p. 229) 
EDUCAÇÃO: UM MUNDO EM MUDANÇA 
Para iniciarmos nossa compreensão 
sobre os fatores que influenciaram as 
transformações na educação, 
necessitaremos nos apropriar de fatos 
históricos que ocorreram e ainda 
ocorrem em nossa sociedade. 
PROCESSOS PRODUTIVOS 
Mudanças no processo de 
produção industrial vinculadas 
aos avanços tecnológicos e 
científicos, do perfil da força 
de trabalho, e qualificação para 
processo produtivo. 
COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO 
Novas tecnologias da comunicação 
e informação, expansão e 
divulgação da informação, formas 
novas de produção, apropriação 
da cultura, rompimento da divisão 
entre realidade e imagem, vida e 
arte. 
MUDANÇA DE PARADIGMA 
Transformação nos paradigmasde 
conhecimento, alicerçando a não 
divisão entre sujeito e objeto, a 
construção social do 
conhecimento, o caráter da ciência, 
a acentuação da linguagem. 
POLÍTICA 
Mudanças nas formas de fazer 
política: descrédito nas formas 
mais tradicionais, surgimento de 
movimentos novos, sujeitos 
sociais, novas identidades 
culturais e sociais. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao considerarmos a educação sob o ponto de vista da teoria de Jean 
Piaget, verificamos que ela ocorre não apenas por um processo 
cognitivo, mas social, afetivo e moral. 
Notamos que ambos se desenvolvem simultaneamente no individuo 
enquanto cresce e amadurece sua intelectualidade. 
Verificamos ainda que a educação está em constante transformação, 
influenciada por fatores produtivos, políticos e de mudança de 
paradigma. 
SUGESTÃO DE LEITURAS E DE FILMES 
Leitura 
 
 
Filme 
 
 
GLOSSÁRIO 
Cognição: Aquisição de conhecimento; capacidade de discernir, de 
assimilar esse conhecimento; percepção. 
Epistemologia: Reflexão sobre a natureza, o conhecimento e suas 
relações entre o sujeito e o objeto; teoria do conhecimento. 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS 
Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/jean-piaget-
biografia/53974. 
Disponível em: https://www.dicio.com.br/educacao/. 
GREENFIELD, P. Culture And Universals: Integrating Social And Cognitive Development. 
In: NUCCI; SAXE; TURIEL (Ed.). Culture, thought and development. New Jersey: 
Lawrence Erlbaum Ed, 2000. p. 231-278. 
BIGGS, J.B. A Educação E O Desenvolvimento Moral. In: VARMA, V. P.; WILLIAMS, P. 
(Org.). Piaget, Psicologia E Educação. Tradução Octavio Cajado. São Paulo: Cultrix, 1980. 
p. 209-232. 
LIBÂNEO, José Carlos. Educação Na Era Do Conhecimento Em Rede E 
Transdisciplinaridade. São Paulo: Alínea, 2005. 
BRINGUIER, J-C. Conversations Libres Avec Jean Piaget. Paris: Ed. Robert Laffont, 1977. 
Development and learning. Journal of Research in Science Teaching, v.2, p. 176-186, 1964b. 
Virgílio do Nascimento 
EDUCAÇÃO E 
DIREITOS HUMANOS 
AULA 2 
A Importância da 
Educação no Processo da 
Formação Humana 
INTRODUÇÃO 
Em nosso estudo sobre a importância da educação na formação do ser 
humano iremos nos encontrar com Aristóteles, filósofo que se 
preocupou em estudar a essência do ser humano. 
Navegaremos nas percepções do corpo e do mundo por meios 
sensoriais e motores próprios do ser humano que busca compreender o 
mundo e a si próprio. 
Vamos nos deparar com a questão do que é o ser e principalmente o 
que é o ser humano e como a educação é uma ferramenta em seu 
processo de construção. 
 
ARISTÓTELES 
Aristóteles (384 a.C.–322 a.C.) foi um 
importante filósofo grego. Pensador com 
maior influência na cultura ocidental. Foi 
discípulo de Platão. Formulou um sistema 
filosófico no qual abordou e pensou sobre 
praticamente todos os assuntos existentes, 
como a geometria, física, metafísica, botânica, 
zoologia, astronomia, medicina, psicologia, 
ética, drama, poesia, retórica, matemática e 
lógica. 
PENSAMENTO PARA REFLEXÃO 
“A educação tem raízes amargas, 
mas os frutos são doces.” 
 
Aristóteles 
 
O homem, bicho da Terra tão 
pequeno 
Chateia-se na Terra 
Lugar de muita miséria e 
pouca diversão, 
Faz um foguete, uma cápsula, 
um modulo 
Toca para a Lua 
Desce cauteloso na Lua 
Pisa na Lua 
Planta bandeirola na Lua 
Experimenta a Lua 
Coloniza a Lua 
Civiliza a Lua 
Humaniza a Lua. 
Lua humanizada: tão igual à 
Terra. 
O home chateia-se na Lua. 
Vamos para Marte – ordena 
suas máquinas. 
Elas obedecem, o homem 
desce em Marte, pisa em 
Marte 
Experimenta 
Coloniza 
Civiliza 
Humaniza Marte com 
engenho e arte. 
Marte humanizado, que lugar 
quadrado. 
Vamos a outra parte? 
Claro, diz o engenho 
Sofisticado e dócil. 
Vamos a Vênus. 
O homem põe o pé em 
Vênus, 
Vê o visto – é isto? 
Idem 
Idem 
Idem 
O homem funde a cuca se 
não for a Júpiter 
Proclamar justiça junto com 
injustiça 
Repetir a fossa 
Repetir o inquieto 
Repetitório. 
O HOMEM; AS VIAGENS 
Outros planetas restam para 
outras colônias. 
O espaço todo vira Terra-a-
terra. 
O homem chega ao Sol ou dá 
uma volta só para tever? 
Não-vê que ele inventa 
Roupa insiderável de viver 
no Sol. 
Põe o pé e: 
Mas que chato é o Sol, falso 
touro 
Espanhol domado. 
Restam outros sistemas fora 
Do solar a colonizar. 
Ao acabarem todos 
Só resta ao homem 
(estará equipado?) 
A dificílima dangerosíssima 
viagem 
De si a si mesmo: 
Pôr o pé no chão 
Do seu coração 
Experimentar 
Colonizar 
Civilizar 
Humanizar 
O homem 
 
Descobrindo em suas 
próprias inexploradas 
entranhas 
A perene, insuspeitada 
alegria 
De com-viver. 
 
 
 
DRUMMOND DE 
ANDRADE, Carlos. Poesia 
completa. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 2004. p. 718-
719 
O HOMEM; AS VIAGENS 
O MUNDO 
Desde tempos muito antigos, o 
ser humano se pergunta: 
Quem sou eu? 
De onde vim? 
Para onde vou? 
Esta tríade conduziu 
investigações em cenários 
distintos e amplos com a 
intenção de obter respostas. 
O MUNDO 
Da mitologia antiga até a atual 
ciência foram elaboradas 
inúmeras explicações sempre 
despertando novas questões. Isto 
convergiu para o problema do 
mundo e da realidade no qual os 
seres humanos estão inseridos. 
METAFÍSICA: A PROCURA DA REALIDADE 
ESSENCIAL 
As crianças na sua descoberta do 
mundo. Reparemos que nesta 
fase da vida, nossa investigação 
da realidade é acima de tudo 
sensorial e motora. Você é capaz 
de se recordar de experiências 
como estas? 
METAFÍSICA: A PROCURA DA REALIDADE 
ESSENCIAL 
Num berço, um bebê observa 
encantado um colorido móbile 
rodopiando sobre ele, enquanto 
chupa os dedinhos do pé, 
descobrindo assim o próprio 
corpo e o mundo ao seu redor. 
METAFÍSICA: A PROCURA DA REALIDADE 
ESSENCIAL 
As expressões corporais e olhos 
curiosos e atentos parecem dizer: 
O que é isto que estou 
experimentando a cada 
momento? O que é isto que vejo 
e ouço? Que cheiro e sabor são 
estes? Como funciona tudo isto? 
METAFÍSICA: A PROCURA DA REALIDADE 
ESSENCIAL. 
Como podemos perceber, 
investigar o mundo ao nosso 
redor é uma experiência básica 
do ser humano e fundamental 
para nossa existência e 
adaptação à vida. Contudo, com 
o decorrer do tempo, após 
aprendermos o que se 
apresentava como relevante para 
nossa subsistência, tendemos a 
esquecer estes momentos. 
 
METAFÍSICA: A PROCURA DA REALIDADE 
ESSENCIAL 
A filosofia, no entanto, mantém 
esta chama acesa, questionando 
de forma metódica e 
fundamentada na razão, o que é 
este mundo e esta realidade que 
envolve e penetra profundamente 
os seres humanos. Neste sentido, 
as mais radicais investigações se 
denomina metafísica. 
METAFÍSICA: A PROCURA DA REALIDADE 
ESSENCIAL. 
Ela é uma área de estudo 
filosófico em que se busca a 
realidade fundamental das coisas, 
ou seja, sua essência. 
Por esta razão, Aristóteles a 
definiu como a ciência do ser 
enquanto ser. Mais o que é o ser? 
 
O QUE É O SER 
É deveras delicada a tarefa de 
definir o substantivo ser no 
contexto da filosofia. Assim 
como em diversos conceitos 
filosóficos, cada pensador deixou 
sua contribuição, ora tirando, ora 
acrescentando algo. 
O QUE É O SER 
Entretanto, é possível dizer de 
forma simplista que ser é uma 
definição genérica usada para 
referir-se a qualquer coisa que é, 
quaisquer coisa que existe – por 
exemplo, uma pedra, uma 
mulher, um pássaro. Neste 
sentido, o termo específico e 
adequado seria ente. 
 
O QUE É O SER 
Geralmente, como estes entes se 
apresentam para nós de forma 
distinta e própria, ou seja, de 
maneira que um não se confunde 
com o outro, assim como a pedra 
não se confunde com o homem, 
estaremos inclinados a pensar 
que eles são algo 
caracteristicamente distinto e 
próprio um do outro. 
O QUE É O SER 
Ao supormos quetodas estas 
coisas são de forma característica 
distintas e próprias, acabamos 
por inferir que cada uma delas 
tem algo que é intrínseco, 
inerente e essencial que a 
determina e a constitui. 
 
O SER HUMANO 
Em nossa breve investigação 
sobre o mundo e a realidade, nos 
deparamos com outros elementos 
para iniciarmos outra 
investigação, quem sabe, 
essencial para todos nós: aquela 
que corresponde à nossa 
humanidade. 
CULTURA OU NATUREZA: UM SER EM MEIO A 
DOIS MUNDOS 
O ser humano é diferente um do 
outro ao mesmo tempo que é igual. 
Sustentar a ideia de igualdade é 
reconhecer a existência de uma 
unidade que o coloca sob as forças 
das mesmas leis. Afirmar a 
diferença é valorizar a rica 
diversidade da vida. 
CULTURA OU NATUREZA: UM SER EM MEIO A 
DOIS MUNDOS 
Poderíamos falar de homens e 
mulheres, idosos, crianças e 
adultos, brancos, negros, amarelos, 
ricos e pobres, heterossexuais e 
homossexuais. Entretanto, apesar 
desta imensa diversidade, em 
todos os casos estamos falando do 
ser humano. 
CULTURA OU NATUREZA: UM SER EM MEIO A 
DOIS MUNDOS 
Isto nos induz à inevitável 
questão, que motivou atenção de 
muitos filósofos e estudiosos das 
diversas disciplinas ao longo do 
tempo: o que é o ser humano? 
HUMANOS E ANIMAIS 
Podemos concluir que, o ser 
humano, diferentemente dos 
outros animais, não são apenas 
seres biológicos produzidos pela 
natureza. São seres que 
modificam o próprio estado da 
natureza. Isto que dizer que 
somos seres culturais. 
SÍNTESE DO SER HUMANO 
A característica mais peculiar do 
ser humano é a capacidade de 
aprender e inventar, de perceber, 
interpretar e comunicar o que 
percebeu, transformar a si 
próprio e o mundo ao seu redor. 
Isto parece estar intimamente 
ligado ao seu sistema nervoso, 
mais especificamente, o cérebro. 
EDUCAÇÃO: FERRAMENTA DE 
TRANSFORMAÇÃO DO SER HUMANO 
Baseando-se em nossos estudos, 
verificamos com certo assombro 
a complexidade do ser humano. 
Começaremos, a partir de agora, 
a verificar a importância da 
educação na construção do ser 
humano. 
EDUCAÇÃO: FERRAMENTA DE 
TRANSFORMAÇÃO DO SER HUMANO 
A educação como ação, ou seja, 
ato de aprimoramento intelectual, 
social, afetivo e moral é uma 
ferramenta poderosa na 
transformação do ser humano e 
conseqüentemente na sociedade 
onde vive e interage. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS: ARTIGO 26 
Todos os seres humanos têm direito à educação. A educação será 
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A educação 
elementar será obrigatória. A educação técnico-profissional será 
acessível a todos, bem como a educação superior, esta baseada no 
mérito. 
A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da 
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos 
humanos e pelas liberdades fundamentais. A educação promoverá a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos 
raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em 
prol da manutenção da paz. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao finalizarmos nosso breve estudo sobre um assunto gigantesco como 
este, podemos considerar modestamente que o ser humano é um ser 
complexo e fascinante por natureza. 
Compreendemos que em sua jornada em busca de perceber o mundo e 
a si próprio é deveras uma tarefa árdua. Contudo, a educação é a chave 
que possibilita o seu aprimoramento fazendo com que o ser humano 
contribua com uma sociedade justa e igualitária para a presente e futura 
geração. 
 
SUGESTÃO DE LEITURAS E DE FILMES 
Leitura 
 
 
Filme 
GLOSSÁRIO 
Móbile: A escultura tradicional se expressa por intermédio do arranjo 
de formas sólidas. Os móbiles são geralmente compostos de frágeis 
elementos ligados frouxamente por um sistema de hastes finas. Esses 
elementos balançam suavemente e giram livremente, descrevendo uma 
infinita variedade de movimentos curvos. Os escultores se servem de 
várias cores, texturas e materiais para os móbiles. 
Metafísica: Teoria filosófica que busca entender a realidade de modo 
ontológico (natureza do ser), teológico (essência de Deus e da religião) 
ou suprassensível (além dos sentidos). 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS 
Disponível em: https://www.ebiografia.com/aristoteles/. Acesso em 
10/6/19. 
Disponível em: https://br.depositphotos.com/161096184/stock-photo-
afro-american-businessman-touching-face.html. Acesso em 10/6/19. 
Disponível em: https://www.dicio.com.br/mobile/Acesso em 10/6/19. 
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 2ª Edição. São 
Paulo:Saraiva, 2013. 
 
 
 
 
 
Virgílio do Nascimento 
EDUCAÇÃO E 
DIREITOS HUMANOS 
AULA 3 
Introdução aos Conceitos 
de Direitos Humanos 
INTRODUÇÃO 
Neste capítulo iremos abordar os aspectos históricos e conceituais nos 
quais os direitos humanos foram concebidos. 
Faremos uma breve reflexão introdutória sobre os direitos humanos e 
ainda veremos por meio da letra da música “Comida” da banda Titãs 
que os direitos essenciais estão presentes nela. 
Jürgen Habermas foi um dos teóricos que abordaram a questão dos 
direitos humanos em seus estudos, como veremos a seguir. 
JÜRGEN HABERMAS 
Jürgen Habermas (1929) é um 
filósofo alemão e um dos mais 
influentes sociólogos do pós-
guerra. É conhecido por suas 
teorias sobre a razão 
comunicativa e considerado um 
dos mais importantes intelectuais 
contemporâneos. 
 
PENSAMENTO PARA REFLEXÃO 
“Envergonhe-se de morrer até 
que você tenha alcançado uma 
vitória para a humanidade. 
 
 
Jürgen Habermas 
Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de quê? 
Você tem fome de quê?... 
 
A gente não que só comida 
A gente quer comida 
Diversão e arte 
A gente não quer só comida 
 
A gente quer saída 
Para qualquer parte... 
A gente não quer só comida 
A gente quer bebida 
Diversão, balé 
A gente não quer só comida 
A gente quer a vida 
Como a vida quer... 
Bebida é água! 
Comida é pasto¹ 
Você tem sede de quê? 
Você tem fome de quê?... 
A gente não quer só comer 
A gente quer comer 
E quer fazer amor 
Agente não quer só comer 
A gente quer prazer 
Pra aliviar a dor... 
COMIDA (TITÃS) 
A gente não quer só dinheiro 
A gente quer dinheiro e 
felicidade 
A gente não quer 
Só dinheiro 
Agente quer inteiro 
E não pela metade ... 
Diversão e arte 
Para qualquer parte 
Diversão, balé 
Como a vida quer 
Desejo, necessidade, vontade 
Necessidade, desejo! 
Necessidade, vontade! 
Necessidade... 
Arnaldo Antunes/ 
Marcelo Fromer/ 
Sérgio Britto. Comida. 
Intérprete: Titãs. In: 
Jesus não Tem dentes no 
País dos Banguelas. 
Rio de Janeiro: WEA, 1987. 
COMIDA (TITÃS) 
DIREITOS HUMANOS 
A ideia de direitos humanos 
apareceu depois da Segunda 
Guerra Mundial, mediante as 
barbaridades e conseqüências 
destrutivas produzidas por ela. 
DIREITOS HUMANOS 
A Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, aprovada em 
10/12/1948 pela Organização das 
Nações Unidas (ONU), que foi 
criada em 1945, tinha por 
objetivo fomentar o diálogo e 
impedir conflitos entre países, por 
fatores políticos, econômicos e 
culturais. 
 
DIREITOS HUMANOS 
A Declaração Universal dos 
Direitos Humanos teve, por 
fundamento, os direitos essenciais 
à liberdade, vida e o 
reconhecimento da diversidade 
como forma de combater ações 
discriminatórias. 
DIREITOS HUMANOS 
Diversos tratados internacionais 
de direitos humanos e outros 
dispositivos adotados a partir de 
1945 ampliaram o corpo do 
Direito Internacional sobre os 
direitos humanos. 
 
DIREITOS HUMANOS 
Estes tratados incluem a 
Repressão do Crime de 
Genocídio e a Convenção para a 
Prevenção (1948). A Convenção 
Internacional sobre a Eliminação 
de Todas as Formas de 
Discriminação Racial (1965). 
DIREITOS HUMANOS 
A Convenção sobre a Eliminação 
sobre Todas as Formas de 
Discriminação contra as 
Mulheres (1979).A Convenção 
sobre os Direitos da Criança 
(1989). E a Convenção sobre os 
Direitos das Pessoas com 
Deficiência (2006), dentre outras. 
 
DIREITOS HUMANOS 
Os direitos humanos são valores 
inegociáveis e universais, que 
objetivam o respeito mútuo em 
detrimento a restritos privilégios 
de determinados grupos. Por esta 
razão, não devem ser pensados 
como benefícios particulares da 
elite. 
DIREITOS HUMANOS 
É sabido que a simples 
declaração de direito não faz com 
que ele realmente seja 
implementado na prática. No 
entanto, ele abre espaço para sua 
reivindicação. Os direitos 
humanos não toleram a injustiça e 
a desigualdade. 
 
DIREITOS HUMANOS 
É necessário perceber que os 
indivíduos não são tão somente 
beneficiários neste processo 
histórico de consolidação dos 
direitos humanos. São também 
autores responsáveis pela 
construção e reivindicação da 
ampliação e garantia destes 
direitos. 
DIREITOS HUMANOS 
A maioria das conquistas 
vinculadas aos direitos humanos 
são resultados de processos 
históricos e frutos das 
mobilizações sociais e demandas 
impostas pela própria população 
que, por sua vez, fazem parte 
destes processos. 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Desta forma, as lutas pela 
liberdade e igualdade expandiram 
os direitos políticos e criaram 
espaços de reivindicação para a 
criação de direitos sociais para as 
minorias: mulheres, negros, 
homossexuais, crianças, índios, 
jovens, idosos. 
DIREITOS HUMANOS 
As lutas populares pela 
participação política ampliaram 
os direitos civis: direito de 
oposição à censura, tortura, 
tirania. Direito de fiscalização do 
Estado por meio de partidos 
políticos, sindicatos e 
associações. Direito à informação 
sobre as decisões do governo. 
DIREITOS HUMANOS 
Entretanto, este cenário 
aparentemente ideal não é a 
realidade de muitos países, onde o 
acesso aos direitos de humanos e 
de cidadania são limitados ou 
nulos. É inconcebível a ideia de 
que alguns países do mundo ainda 
se encontram nesta situação. 
DIREITOS HUMANOS 
A divisão dos direitos políticos, sociais e 
civis não deve nos induzir a perder de vista 
uma característica intrínseca dos direitos 
humanos que seria a sua indivisibilidade, ou 
seja, os direitos humanos não podem ser 
exercidos parcialmente. 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Todos os cidadãos devem 
usufruir do conjunto total dos 
direitos humanos e de cada 
direito em sua totalidade. Este 
fato nos remete à Declaração e 
Programa de Ação de Viena 
(1993), que declara a 
universalidade dos direitos, sua 
indivisibilidade e 
interdependência. 
DIREITOS HUMANOS 
Com esta premissa, os direitos devem ser tratados de maneira global, 
equitativa e justa. Apesar da existência de características específicas de 
cada localidade, cultura e contexto devam ser consideradas, o Estado 
tem o dever de proteger de forma integral os direitos humanos, 
independentemente de sistemas econômicos, políticos, sociais e 
culturais de cada país. 
DIREITOS HUMANOS 
Aprendemos que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi 
criada em 1948, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, são 
necessários aprimoramentos constantes em seus postulados para garantir 
sua cobertura satisfatória. 
Órgãos internacionais como a ONU, monitora a ocorrência de abusos 
aos direitos humanos no mundo. As guerras entre nações, conflitos 
militares oficiais e forças de oposição costumam desrespeitar os direitos 
humanos fazendo-se necessária a intervenção de instituições 
internacionais. 
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
Em nossa base constitucional, em seus princípios fundamentais, a 
Constituição Federal, quanto às relações internacionais, estabelece em 
seu Art. 4º a garantia de direitos que protejam a pessoa humana. 
Já nas Disposições Constitucionais Transitórias existe também um 
artigo que ressalta o compromisso do Brasil com a causa dos direitos 
humanos. 
 
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
Na legislação específica é contemplada a garantia plena da segurança 
social, democratização das instituições, respeito aos direitos 
fundamentais, fortalecimento da cidadania como engrenagens essenciais 
no condicionamento da qualidade de vida dos cidadãos. 
Como exemplos de leis que garantem os direitos humanos no Brasil, 
temos: 
Direito à Vida 
Lei N.o 9.807 de 13/7/99. Estabelece normas para programas de 
proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas. 
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
Lei N.o 9.474 de 22/7/1997. Define mecanismos para a implementação 
do Estatuto dos Refugiados, de 1951. 
Direitos e Garantias Individuais 
Lei N.o 9.455 de 7/4/1997. Define os crimes de tortura. 
Direitos dos Segmentos Sociais 
Negros e minorias étnicas. Lei N.o 7.716 de 5/1/1989. Define os crimes 
resultantes de preconceito de raça ou de cor decorrentes de racismo. 
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
Mulheres. Lei N.o 11.340 de 7/8/2006. Elabora mecanismos de coibição 
da violência domestica contra a mulher. 
Pessoa com deficiência. Lei N.o 10.098 de 19/12/2000. Cria normas e 
critérios para garantir a acessibilidade. 
Diversidade sexual. PLC N.o 122/06. Objetiva criminalizar a 
homofobia. 
Idosos. Lei N.o 10.741 de 1/10/2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso. 
Crianças e Adolescente. Lei N.o 8.069 de 13/7/1990. Dispões sobre o 
Estatuto da Criança e do Adolescente. 
PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 
No ano de 1996, o governo brasileiro lançou a primeira versão do 
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-I), que abordava 
somente os direitos políticos e civis. 
Em maio de 2002, foi lançado o PNDH-II, onde se incorporava ao 
primeiro os direitos sociais, econômicos, ambientais e culturais. 
Já o PNDH-III de dezembro de 2009 tratou dos direitos universais como 
educação, saúde, agricultura, meio ambiente, desenvolvimento social, 
entre outros. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como vimos em nossos estudos, os direitos humanos foram criados em 
decorrência dos horrores produzidos pela Segunda Guerra Mundial em 
1945. 
Verificamos ainda que, atualmente a Organização das Nações Unidas 
monitora os abusos que ainda são praticados em pleno século XXI 
oriundos de relações belicosas entre países ou conflitos militares 
internos. 
No Brasil, constatamos que a nossa legislação tem aderência com os 
objetivos e propósitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
SUGESTÃO DE LEITURAS E DE FILMES 
Leitura 
 
 
Filme 
GLOSSÁRIO 
Intrínseco: Que faz parte da essência de alguém; que é característico, 
próprio, essencial ou fundamental; inerente: qualidade intrínseca. Que 
existe por si só e se estabelece fora de qualquer convenção: o valor 
intrínseco de uma moeda. Que está no interior, na parte interna de; 
interno. 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Sociologia em movimento. 1ª Edição. São Paulo. Moderna, 2013. 
Disponível em: https://w.zww.ebiografia.com/jurgen_habermas/. 
Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-
geografia/exercicios-sobre-declaracao-universal-dos-direitos-
humanos.htm#resp-4. 
Disponível em: https://www.gabarite.com.br/questoes-de-
concursos/disciplina/61-direitos-humanos. 
Disponível em: https://www.dicio.com.br/intrinseco/. 
Imagens disponíveis em: google.com.br. 
Virgílio do Nascimento 
EDUCAÇÃO E 
DIREITOS HUMANOS 
AULA 4 
Direitos Humanos, 
Democracia e Cidadania 
INTRODUÇÃO 
Nesta aula faremos uma introdução aos direitos humanos buscando 
enfatizar a importância da conscientização do povo frente ao Estado 
Democrático de direitos, para que se torne evidente a necessidade da 
participação da sociedade para a construção de uma cultura em 
Educação e Direitos Humanos. 
THOMAS HUMPREY MARSHALL 
Foi um sociólogo britânico, 
conhecido principalmente por 
seus ensaios, entre os quais se 
destaca "Cidadania e Classe 
Social”, publicado em 1950, a 
partir de uma conferência 
proferida no ano anterior. 
PENSAMENTO PARA REFLEXÃO 
“Somentecom a legítima liberdade de expressão, pluralidade de 
informação, respeito a cidadania, e permanente vigilância contra as 
tentativas de cercear o Estado democrático de direito, é que poderemos 
pensar em transformar Regimes de Força, em Regimes de Direito.” 
 
Paulo Miranda 
Ô pacato cidadão, te chamei 
a atenção 
Não foi à toa, não 
C'est fini la utopia, mas a 
guerra todo dia 
Dia a dia não 
E tracei a vida inteira planos 
tão incríveis 
Tramo à luz do sol 
Apoiado em poesia e em 
tecnologia 
Agora à luz do sol 
Pacato cidadão 
Ô pacato da civilização 
Pacato cidadão 
Ô pacato da civilização 
 
Ô pacato cidadão, te chamei 
a atenção 
Não foi à toa, não 
C'est fini la utopia, mas a 
guerra todo dia 
Dia a dia não 
E tracei a vida inteira planos 
tão incríveis 
Tramo à luz do sol 
Apoiado em poesia e em 
tecnologia 
Agora à luz do sol 
Pra que tanta TV, tanto 
tempo pra perder 
Qualquer coisa que se queira 
saber querer 
Tudo bem, dissipação de vez 
em quando é bão 
Misturar o brasileiro com 
alemão 
Pacato cidadão 
Ô pacato da civilização 
Ô pacato… 
 
PACATO CIDADÃO (SKANK) 
DEMOCRACIA 
A ideia de democracia como 
“poder do povo” nasceu na 
Antiga Grécia, em meados do 
Século V a.C. A terminologia 
demokratia é composta por 
demos (povo) e kratos (poder). 
DEMOCRACIA 
A democracia é então um regime 
político que pressupõe um 
governo direto ou indireto da 
população em face de eleições 
regulares para cargos 
administrativos do país, estado 
ou município. 
 
 
DEMOCRACIA 
Logo, o conceito de iniciativa 
popular vai de encontro ao 
Estado controlado pelo rei 
(autocracia) ou por um grupo 
específico (aristocracia ou 
oligarquia). 
DEMOCRACIA 
O significado exato de “poder do 
povo” depende da época 
histórica e sociedade que 
tomamos como referência, além 
de diferenças ideológicas e 
conceituais. O atributo cidadão 
já foi usado exclusivamente 
como proprietário de terras. 
 
 
DEMOCRACIA 
Para algumas sociedades, o 
conceito de democracia refere-se 
apenas à esfera política (votar e 
ser votado). Em outras, aplica-se 
à área econômica (participação 
do orçamento público). 
DEMOCRACIA 
Estas diferenças apontam a 
grande variedade de matizes 
conceituais e ideológicas entre as 
formas de governo que se 
denominam democráticas. Existe 
ainda nações que pretendem 
impor a democracia. 
 
 
DEMOCRACIA 
Quais as características para um 
governo democrático? 
É difundida em nossa sociedade 
a ideia de que todos devem ter 
direitos e deveres iguais 
independente de classe social. 
DEMOCRACIA 
No entanto, o que aparenta ser 
óbvio é na verdade um dilema da 
sociedade contemporânea e uma 
luta de classes e atendimento de 
interesses particulares. 
 
 
DEMOCRACIA 
Até entre os antigos gregos a 
ideia da existência de um povo 
contemplava apenas os cidadãos, 
ou seja, a minoria (homens 
adultos, nativos e que fossem 
proprietários). 
DEMOCRACIA 
O conceito de povo que compartilha direitos e deveres só aparece 
séculos depois na Idade Contemporânea (Pós Revolução Francesa no 
fim do século XVIII). A partir daí, o homem é visto como 
juridicamente igual, podendo se pesar em democracia como um 
governo de todos, “do povo, pelo povo e para o povo”. 
DEMOCRACIA 
A democracia, entretanto, não foi o sistema político adotado de 
maneira predominante na história. Desde sua elaboração, em Atenas, 
até o século XIX, poucos governos a adotaram e, quando assim o 
fizeram, sempre foi em resposta à luta de classe, ou seja, grupos 
excluídos do processo de tomada de decisões políticas. A democracia 
foi de fato conquistas das sociedades. 
CIDADANIA 
Para Émile Durkheim, o conceito 
de cidadania estava vinculado à 
idea de coesão social 
fundamentada com base na 
solidariedade orgânica, que é 
gerada pela divisão do trabalho 
expressa no direito civil. 
CIDADANIA 
Em seu livro “Cidadania, classe social e status”, o sociólogo britânico 
Thomas H. Marshall analisou a relação da cidadania e os direitos no 
contexto da história. 
O conceito de cidadania segundo ele começou surgir apenas nos 
séculos XVII e XVIII e de maneira bem tímida por meio dos direitos 
civis. 
Estes direitos começaram a constar nas leis européias, não significando 
que chegaram a todas as pessoas. O cidadão, em pleno gozo de seus 
direitos, eram os proprietários de terras. 
CIDADANIA 
Atualmente, o conceito de ser cidadão é ter garantidos todos os direitos 
civis, sociais e políticos que afirmam a possibilidade de um vida plena 
e com qualidade. 
Estes direitos não foram simplesmente conferidos, mas reivindicados, 
assumidos e integrados pelas leis, autoridades e pela sociedade em 
geral. A cidadania não é dada, mas construída num processo de 
organização, intervenção e participação de indivíduos e grupos. 
CIDADANIA 
Em resumo, o conceito de cidadania veio por meio das lutas de classes 
que estruturaram os direitos universais do cidadão. 
Desde o século XVIII,várias ações e movimentos foram necessários 
para que se expandisse o conceito e prática da cidadania. 
Desta forma podemos pensar que defender a cidadania é lutar pelos 
direitos pelo exercício da democracia. 
CIDADANIA 
Thomas H. Marshall analisou a evolução da cidadania, baseando-se na 
situação da Inglaterra em meados do século XX. Dividiu a cidadania 
em formal e real. 
A cidadania formal decorre da Constituição e leis específicas de cada 
país. É a que estabelece que todos somos iguais perante a lei. 
A cidadania real (substantiva) é a que está presente no cotidiano. Ela 
revela que apesar das leis existe desigualdade. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos tem como o 
ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o 
objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo 
sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da 
educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela 
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por 
assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, 
tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os 
povos dos territórios sob sua jurisdição. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
Artigo I 
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. 
São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos 
outros com espírito de fraternidade. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
Artigo II 
1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as 
liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer 
espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de 
outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou 
qualquer outra condição. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
Artigo II 
2 - Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição 
política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença 
uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem 
governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
Artigo III 
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
 
Artigo IV 
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o 
tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
Artigo V 
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo. 
 
Artigo VI 
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, 
reconhecido como pessoa perante a lei. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Sendo o Tratado Internacional do Direitos Humanos, através da 
Organização das nações unidas, um dos meios de se garantir os direitos 
fundamentais inerentes da pessoa humana, e setratando a Democracia 
de um regime político em que a soberania é exercida pelo povo, e 
sendo uma de suas principais funções a proteção dos direitos humanos 
fundamentais. Cabe ao povo perceber e pronunciar-se 
democraticamente, participando de sua fomentação social através dos 
foros e conferencias sobre o tema, a fim de serem empoderados quanto 
aos meios de garantir seus direitos e por fim seguirem construindo uma 
sociedade digna e dotada de funcionais garantias constitucionais. 
SUGESTÃO DE LEITURAS E DE FILMES 
Leitura 
 
 
Filme 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Sociologia em movimento. 1ª Edição. São Paulo. Moderna, 2013. 
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino medio. 3ª Edição. 
São Paulo. Saraiva, 2013. 
Imagens disponíveis em: google.com.br 
Virgílio do Nascimento 
EDUCAÇÃO E 
DIREITOS HUMANOS 
AULA 5 
Educação em Direitos Humanos como 
Instrumento para Efetivação dos 
Direitos Fundamentais e Garantia da 
Cidadania 
INTRODUÇÃO 
Neste capítulo iremos analisar como a educação em direitos humanos é 
uma ferramenta importante para a construção da cidadania. 
Conheceremos Abraham Magendzo Kolstrein, um pensador da 
educação que contribuiu com seu trabalho para a construção deste 
conceito. 
Veremos ainda um amplo debate jurídico sobre a distância entre o 
diálogo sobre a educação em direitos humanos e sua efetivação 
propriamente dita. 
 
ABRAHAM MAGENDZO KOLSTREIN 
Professor de Estado em 
Educação da Universidade do 
Chile, Doutorem Educação pela 
Universidade da Califórnia, 
Estados Unidos e Pós-doutorado 
em Currículo do Instituto de 
Educação da Universidade de 
Londres, Inglaterra. 
 
PENSAMENTO PARA REFLEXÃO 
“A educação em direitos humanos é um meio propício para encarnar e 
recriar valores, porque situa a dignidade humana como valor fundante 
de uma ética e uma moral e porque desde a vigência dos direitos 
humanos se articulam os valores de liberdade, a justiça e a igualdade, a 
democracia, o pluralismo e o respeito.” 
 
Abraham Magendzo Kolstrein 
É!A gente quer valer o nosso 
amor 
A gente quer valer nosso suor 
A gente quer valer o nosso 
humor 
A gente quer do bom e do 
melhor...A gente quer carinho 
e atenção 
A gente quer calor no coração 
A gente quer suar, mas de 
prazer 
A gente quer é ter muita saúde 
A gente quer viver a liberdade 
A gente quer viver felicidade... 
É! 
A gente não tem cara de 
panaca 
A gente não tem jeito de 
babaca 
A gente não está 
Com a bunda exposta na 
janela 
Prá passar a mão nela...É!A 
gente quer viver pleno direito 
A gente quer viver todo 
respeito 
A gente quer viver uma nação 
A gente quer é ser um cidadão 
A gente quer viver uma 
nação...É! É! É! É! É! É! É!... 
É! 
A gente quer valer o nosso 
amor 
A gente quer valer nosso suor 
A gente quer valer o nosso 
humor 
A gente quer do bom e do 
melhor...A gente quer carinho 
e atenção 
A gente quer calor no coração 
A gente quer suar, mas de 
prazer 
A gente quer é ter muita saúde 
A gente quer viver a liberdade 
A gente quer viver felicidade... 
É (GONZAGUINHA) 
É! 
A gente não tem cara de 
panaca 
A gente não tem jeito de 
babaca 
A gente não está 
Com a bunda exposta na 
janela 
Prá passar a mão nela... 
É! 
A gente quer viver pleno 
direito 
A gente quer viver todo 
respeito 
A gente quer viver uma nação 
A gente quer é ser um cidadão 
A gente quer viver uma nação 
A gente quer é ser um cidadão 
A gente quer viver uma nação 
A gente quer é ser um cidadão 
A gente quer viver uma 
nação... 
É (GONZAGUINHA) 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
Nos dias atuais, nos deparamos com um amplo debate jurídico acerca 
da educação em direitos humanos como fator determinante para a 
efetivação destes mesmos direitos e a garantia da plena cidadania. 
Sólidas contribuições foram realizadas nas análises entre a educação 
em direitos humanos, essencialmente por pesquisadores jurídicos, que 
investigaram o papel da educação para o desenvolvimento efetivo dos 
direitos humanos. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
O conhecimento produzido por meio destas pesquisas, que levou vários 
acadêmicos à conclusões uniformes, dever ser matéria da atenção de 
outras especialidades, em função de suas implicações diretas e indiretas 
nas instituições educacionais, sociais, políticas e econômicas. 
Vários pesquisadores têm considerado que a educação em direitos 
humanos é uma assunto contemporâneo. Tendo como base esta 
afirmação, seria possível concluir que educar e formar cidadãos, sem 
no entanto adicionar os conteúdos de cidadania, seria alienação da 
cidadania. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
Da mesma forma que o Direito, os direitos humanos são vistos sob um 
perspectiva muito simplória pela maioria da sociedade. São percebidos 
apenas como dispositivos para proteção dos próprios interesses 
individuais ou coletivos, e não como uma garantia destinadas a todos 
os seres humanos. 
Diante desta ótica, a educação em direitos humanos deve romper essa 
visão, fomentando, em cada indivíduo, a concepção de que estes 
direitos são inerentes ao homem, e que é inconcebível que seja privado 
deles. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
No entanto, é fatídica que em nossa cultura é bombardeada com vícios 
e preconceitos que são repetidos no dia a dia. 
Presenciamos ou praticamos, de maneira constante, alguma forma de 
discriminação, desrespeito ao direito alheio ou colocando à margem o 
que é diferente. Para que isto seja subjugado, devemos nos 
conscientizar destes aspectos de cultura negativa e procurarmos 
promover mudanças efetivas. 
 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
Não conseguiremos mudar a realidade sem transformar a cultura que a 
determina, e apenas se altera a cultura por meio da educação que 
promove mudanças. 
Por isto, a relevância de uma educação libertadora, que estimula o 
aluno a ter uma visão crítica do mundo, avisando-o das problemáticas 
pertencentes à sociedade que o cerca oportunizando sua discussão e 
enfrentamento dos mesmos. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
Esta matéria relativa à educação e direitos humanos perfazem um dos 
eixos temáticos mais importantes do mundo acadêmico em termos de 
pesquisas nos últimos anos da esfera das ciências jurídicas. 
É um tema aberto e complexo e possui repercussões de âmbito 
educacional, social, político econômico, questionando a realidade e 
qualidade democrática das sociedades e o papel do Estado mediante a 
grande importância deste tema. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
Como confirmam alguns teóricos, a observância e o respeito aos 
direitos humanos devem ser premissas essenciais e devem adquirir 
validade global. 
Para que isto ocorra de fato, é necessário considerar o ser humano 
como sujeito de direitos, cuja essência e natureza são a dignidade 
humana. 
É preciso que os valores sejam resgatados onde atualmente são 
relegados a segundo plano diante de uma sociedade que enfatiza o ter e 
não o ser. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
A temática da educação e direitos humanos tem desafiado os 
pesquisadores de vários campos do conhecimento em relação à 
implantação da cidadania de direitos que produza a dignidade, 
liberdade e igualdade entre as pessoas de maneira individual e coletiva, 
especialmente aqueles expostos a riscos mais intensos. 
As violações práticas contra os direitos humanos distancia a efetivação 
destes direitos tidos como humanos, pois não encontrar um cenário 
propício à sua plena afirmação se estas violações se transformarem em 
algo natural. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
É necessário a promoção que assegure e garanta o respeito aos direitos 
humanos, sendo a educação um ferramenta fundamental para o 
cumprimento desta função. 
Aeducação em direitos humanos e para os direitos humanos, 
apresenta-se como uma proposta internacional, assim como 
movimentos sociais, cujo objetivo é o enfrentamento dos desafios 
modernos das sociedades. 
Tais desafios devem ser superados para o benefício e avanço da 
sociedade e desta forma a educação é colocada a serviço da 
humanidade. 
 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
O aumento das preocupações em relação à educação, em geral, 
especialmente a baseada em valores, são expressas em várias 
declarações. 
O interesse pela educação se manifesta no contexto global onde se 
confirma que ela é um fator determinante para o pleno 
desenvolvimento cultural, social, político e econômico. 
A educação em valores, apesar de estar centralizada nas instituições de 
ensino, não se finaliza nela mesma. 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
Ela faz parte de toda a sociedade, fazendo-se necessário o 
desenvolvimento de processos formais e não formais que contribuam 
com a integração e a estabilidade social. 
É papel da educação à formação da consciência e da capacidade de 
criar e compreender a si mesmo e o mundo, o que vai muito além dos 
espaços escolares. 
Os desafios são enormes, mas a superação destes se faz necessário para 
a construção de um mundo melhor partindo do princípio que o ser 
humano deve aprender a priorizar o próprio homem e a educação é este 
meio. 
 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
O objetivo é a discussão de como promover uma sociedade mais 
comprometida com a própria humanidade respeitando a dignidade 
humana e o próprio mundo que ele convive. 
Partindo deste princípio de que a educação possui como finalidade 
última o desenvolvimento integral do indivíduo, os direitos humanos 
servirão de base para contextualizar todo o seu conteúdo. 
 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A 
GARANTIA DA CIDADANIA 
Estes processos de educação são permanentes, ou seja, se iniciam com 
o nascimento e apenas terminam com a morte natural do indivíduo. 
É esta educação que qualifica o próprio indivíduo e conseqüentemente 
a sociedade, fazendo com que estes tenham uma visão crítica do 
ambiente que estão inseridos, que lutem para promover mudanças 
necessárias e concretizem os direitos fundamentais. 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
E função da realidade enfrentada pelos cidadãos brasileiros em sua luta 
pela sobrevivência que se trava no cotidiano em precárias, miseráveis e 
desiguais condições, não podendo visualizar, no horizonte de sua 
existência, o momento em que de fato poderão ter direito a uma vida 
digna, trabalho, felicidade, saúde e a própria educação acabam se 
transformando em seres desumanizados, marginalizados, excluído e 
discriminados. 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
É visível a importância e urgência de estudos articulados as práticas no 
sentido de modificar esta realidade. 
Todo cidadão é o próprio titular dos direitos humanos fundamentais 
devidamente postulados e garantidos pela Constituição Federal 
Brasileira de 1988, que consolidou um Estado Democrático de Direito, 
consagrando como princípio balizador de todo o ordenamento o 
princípio da dignidade da pessoa humana. 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
A Constituição Cidadã estabelece um portfólio de direitos 
fundamentais nos quais o direito social a educação que tem por 
objetivo o desenvolvimento pleno do homem. 
De acordo com Paulo Cesar Carbonari (2006,p. 141), “os processos de 
educação em direitos humanos tomam a cada humano a partir de dentro 
e por dentro, em relação com os outros. Ora, educar em direitos 
humanos é promover a ampliação das condições concretas de vivencias 
da humanidade.” 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
A educação em direitos humanos propicia conhecimento dos 
fundamentos do direito, contribuindo assim para sua concretização e 
efetivar a própria liberdade. 
Joaquim Salgado (1996,p.422) influi que “o indivíduo livre participa 
do Estado como seu fim último [...]. É cidadão na relação de 
participação no Estado [...], de modo que, cumpridos os deveres de 
cidadão, isto é, atendendo ao interesse público, receba a satisfação dos 
seus interesses particulares.” 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
O Estado possui como escopo fundamental a busca da justiça social e a 
promoção do bem estar social, o que implica intervenções positivas do 
Estado e a implementação de políticas públicas com o objetivo de 
garantir os direitos essenciais mínimos para o estabelecimento da 
igualdade. 
No entanto, o abismo que existe entre a positivação dos direitos 
humanos fundamentais e sua efetivação é profundo. 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
Vivemos uma pós modernidade sem que ao menos a maioria das 
promessas da modernidade sejam cumpridas. Para o cumprimento 
destas promessas, com a efetivação dos direitos fundamentais é 
necessário lutar por eles. 
Esta luta pelos direitos encerra o conhecimento dos mesmos, sendo 
conveniente a elaboração de um plano de estudo sobre os mesmos. 
Tendo como base este pressuposto, visualizamos a educação como um 
fator elementar na luta pela garantia e efetivação dos direitos e a 
minimização das violações. 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
Neste sentido, as instituições de educação, tanto da básica como na de 
ensino superior, devem repensar os seus currículos e conteúdos. Os 
educadores devem reavaliar suas didáticas. As universidades devem 
articular e fomentar pesquisas voltadas para as políticas dos direitos 
humanos dentre outras maneiras de engajamento nos espaços políticos 
de integração social. 
 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
A conscientização do povo com relação aos direitos humanos é de 
suma importância para o desenvolvimento da cidadania plena. 
Como ferramenta eficaz para atingir esta consciência, o processo de 
educação tem um papel importante a desempenhar. 
Apenas por meio da educação em direitos humanos é que se consegue 
alterar valores que virão a ser condizentes com a democracia tais como 
justiça, liberdade, respeito e igualdade. 
DIREITO À EDUCAÇÃO: CONDIÇÃO PARA A 
PLENA EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA 
Desta maneira, é possível constatar que os direitos humanos fazem 
parte de um processo de construção histórica por meio de lutas 
organizadas. 
Os direitos humanos apenas se cumprem se as pessoas que em algum 
momento foram ou são marginalizadas historicamente da participação e 
do usufruto dos bens coletivos se protagonizarem como sujeitos de 
direitos, ou seja, como aquele que participa e compreende o mundo no 
qual vive. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Compreendemos, em nossos estudos, a importância das pesquisas 
voltadas para a educação em direitos humanos do ponto de vista 
jurídico . 
No entanto, percebemos certa carência de outras áreas do 
conhecimento a fim de fomentar a discussão sobre a educação em 
direitos humanos e a efetivação da cidadania. 
Por fim, evidenciamos que a consolidação destes direitos se deu tão 
somente por meio de lutas organizadas para o estabelecimento e 
garantia destes direitos. 
SUGESTÃO DE LEITURAS E DE FILMES 
Leitura 
 
 
Filme 
GLOSSÁRIO 
Simplória: Pessoa que possui essa característica; tolo, ingênuo. 
Homem simples, ignorante. 
Inconcebível: Que não se pode conceber, compreender, elaborar. 
elucidar: é inconcebível o que você diz: é inconcebível viver sem água. 
Característica de inimaginável ou surpreendente. Capaz de causar 
espanto ou admiração. 
Marginalizado: Indivíduo mais ou menos improdutivo, indigente, 
subempregado ou que como trabalhador, embora amparado pela 
legislação trabalhista, não tem condições demanter uma família, 
vivendo por isso à margem da sociedade. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Disponível em: http://www.uchile.cl/portal/presentacion/historia/grandes-
figuras/premios-nacionales/educacion/136449/abraham-magendzo-kolstrein. 
Acesso em 17/6/19. 
Disponível em: https://www.letras.mus.br/gonzaguinha/16456/. Acesso em 
17/6/19. 
Disponível em: https://www.dicio.com.br. Acesso em 17/6/19. 
Disponível em: 
http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1719/1/PDF%20-
%20Everaldo%20da%20Silva%20Ribeiro.pdf. Acesso em 17/6/19. 
SALGADO, Joaquim Carlos. A ideia de justiça em Hegel. São Paulo: Loyola, 
1996, p. 422. 
Virgílio do Nascimento 
EDUCAÇÃO E 
DIREITOS HUMANOS 
AULA 6 
O Plano Nacional de 
Educação em Direitos 
Humanos Parte I 
INTRODUÇÃO 
Neste capítulo abordaremos a ideia embrionária do plano nacional de 
educação em direitos humanos e sua articulação com a legislação 
brasileira a partir da constituição federal de 1988. 
Veremos aspectos dos objetivos gerais, desenvolvimento normativo e 
institucional, produção de informação e conhecimento, realização de 
parcerias e intercâmbios internacionais, produção e divulgação de 
materiais, formação e capacitação de profissionais, gestão de 
programas e projetos, avaliação e monitoramento. 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
A Constituição Federal Brasileira e a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional - LDB (Lei Federal n° 9.394/1996) afirmam o 
exercício da cidadania como uma das finalidades da educação, ao 
estabelecer uma prática educativa “inspirada nos princípios de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, com a finalidade do 
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), 
lançado em 2003, está apoiado em documentos internacionais e 
nacionais, demarcando a inserção do Estado brasileiro na história da 
afirmação dos direitos humanos e na Década da Educação em Direitos 
Humanos, prevista no Programa Mundial de Educação em Direitos 
Humanos (PMEDH) e seu Plano de Ação. 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
São objetivos balizadores do PMEDH conforme estabelecido no artigo 
2°: a) fortalecer o respeito aos direitos humanos e liberdades 
fundamentais; b) promover o pleno desenvolvimento da personalidade 
e dignidade humana; c) fomentar o entendimento, a tolerância, a 
igualdade de gênero e a amizade entre as nações, os povos indígenas e 
grupos raciais, nacionais, étnicos, religiosos e lingüísticos; d) estimular 
a participação efetiva das pessoas em uma sociedade livre e 
democrática governada pelo Estado de Direito; e) construir, promover e 
manter a paz. 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
Assim, a mobilização global para a educação em direitos humanos está 
imbricada no conceito de educação para uma cultura democrática, na 
compreensão dos contextos nacional e internacional, nos valores da 
tolerância, da solidariedade, da justiça social e na sustentabilidade, na 
inclusão e na pluralidade. 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
A elaboração e implementação de planos e programas nacionais e a 
criação de comitês estaduais de educação em direitos humanos se 
constituem, portanto, em uma ação global e estratégica do governo 
brasileiro para efetivar a Década da Educação em Direitos Humanos 
1995-2004. 
Da mesma forma, no âmbito regional do MERCOSUL, Países 
Associados e Chancelarias, foi criado um Grupo de Trabalho para 
implementar ações de direitos humanos na esfera da educação e da 
cultura. 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
Os Planos Nacionais e os Comitês Estaduais de Educação em Direitos 
Humanos são dois importantes mecanismos apontados para o processo 
de implementação e monitoramento, de modo a efetivar a centralidade 
da educação em direitos humanos enquanto política pública. 
A educação em direitos humanos é compreendida como um processo 
sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de 
direitos, articulando as seguintes dimensões: 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
a) apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre 
direitos humanos e a sua relação com os contextos internacional, 
nacional e local; 
b) afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a 
cultura dos direitos humanos em todos os espaços da sociedade; 
c) formação de uma consciência cidadã capaz de se fazer presente em 
níveis cognitivo, social, ético e político; 
 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
d) desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de 
construção coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos 
contextualizados; 
e) fortalecimento de práticas individuais e sociais que gerem ações e 
instrumentos em favor da promoção, da proteção e da defesa dos 
direitos humanos, bem como da reparação das violações. 
 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
Sendo a educação um meio privilegiado na promoção dos direitos 
humanos, cabe priorizar a formação de agentes públicos e sociais para 
atuar no campo formal e não-formal, abrangendo os sistemas de 
educação, saúde, comunicação e informação, justiça e segurança, 
mídia, entre outros. 
Desse modo, a educação é compreendida como um direito em si 
mesmo e um meio indispensável para o acesso a outros direitos. A 
educação ganha, portanto, mais importância quando direcionada ao 
pleno desenvolvimento humano e às suas potencialidades, valorizando 
o respeito aos grupos socialmente excluídos. 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS 
Nos termos já firmados, no Programa Mundial de Educação em 
Direitos Humanos, a educação contribui também para: 
a) criar uma cultura universal dos direitos humanos; 
b) exercitar o respeito, a tolerância, a promoção e a valorização das 
diversidades (étnico-racial, religiosa, cultural, geracional, 
territorial, físico-individual, de gênero, de orientação sexual, de 
nacionalidade, de opção política, dentre outras) e a solidariedade 
entre povos e nações; 
c) assegurar a todas as pessoas o acesso à participação efetiva em 
uma sociedade livre. 
OBJETIVOS GERAIS DO PNEDH 
a) destacar o papel estratégico da educação em direitos humanos para 
o fortalecimento do Estado Democrático de Direito; 
b) enfatizar o papel dos direitos humanos na construção de uma 
sociedade justa, eqüitativa e democrática; 
c) encorajar o desenvolvimento de ações de educação em direitos 
humanos pelo poder público e a sociedade civil por meio de ações 
conjuntas; 
d) contribuir para a efetivação dos compromissos internacionais e 
nacionais com a educação em direitos humanos; 
OBJETIVOS GERAIS DO PNEDH 
e) estimular a cooperação nacional e internacional na implementação 
de ações de educação em direitos humanos; 
f) propor a transversalidade da educação em direitos humanos nas 
políticas públicas, estimulando o desenvolvimento institucional e 
interinstitucional das ações previstas no PNEDH nos mais diversos 
setores (educação, saúde, comunicação, cultura, segurança e 
justiça, esporte e lazer, dentre outros); 
g) avançar nas ações e propostas do Programa Nacional de Direitos 
Humanos (PNDH) no que se refere às questões da educação em 
direitos humanos; 
OBJETIVOS GERAIS DO PNEDH 
h) orientar políticas educacionais direcionadas para a constituição de 
uma cultura de direitos humanos; 
i) estabelecer objetivos, diretrizes e linhas de ações para a elaboração 
de programas e projetos na área da educação em direitos humanos; 
j) estimular a reflexão, o estudo e a pesquisa voltados para a 
educação em direitos humanos; 
k) incentivar a criação e o fortalecimento de instituições e 
organizações nacionais, estaduais e municipais na perspectiva da 
educação emdireitos humanos; 
OBJETIVOS GERAIS DO PNEDH 
l) balizar a elaboração, implementação, monitoramento, avaliação e 
atualização dos Planos de Educação em Direitos Humanos dos 
estados e municípios; 
m) incentivar formas de acesso às ações de educação em direitos 
humanos a pessoas com deficiência. 
DESENVOLVIMENTO NORMATIVO E 
INSTITUCIONAL 
a) Consolidar o aperfeiçoamento da legislação aplicável à educação 
em direitos humanos; 
b) propor diretrizes normativas para a educação em direitos humanos; 
c) apresentar aos órgãos de fomento à pesquisa e pós-graduação 
proposta de reconhecimento dos direitos humanos como área de 
conhecimento interdisciplinar, tendo, entre outras, a educação em 
direitos humanos como sub-área; 
DESENVOLVIMENTO NORMATIVO E 
INSTITUCIONAL 
d) propor a criação de unidades específicas e programas 
interinstitucionais para coordenar e desenvolver ações de educação 
em direitos humanos nos diversos órgãos da administração 
pública; 
e) institucionalizar a categoria educação em direitos humanos no 
Prêmio Direitos Humanos do governo federal; 
DESENVOLVIMENTO NORMATIVO E 
INSTITUCIONAL 
f) sugerir a inclusão da temática dos direitos humanos nos concursos 
para todos os cargos públicos em âmbito federal, distrital, estadual 
e municipal; 
g) incluir a temática da educação em direitos humanos nas 
conferências nacionais, estaduais e municipais de direitos humanos 
e das demais políticas públicas; 
h) fortalecer o Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos; 
i) propor e/ou apoiar a criação e a estruturação dos Comitês 
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal de Educação em 
Direitos Humanos. 
PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO E 
CONHECIMENTO 
a) Promover a produção e disseminação de dados e informações 
sobre educação em direitos humanos por diversos meios, de modo 
a sensibilizar a sociedade e garantir acessibilidade às pessoas com 
deficiências; 
b) publicizar os mecanismos de proteção nacionais e internacionais; 
c) estimular a realização de estudos e pesquisas para subsidiar a 
educação em direitos humanos; 
d) incentivar a sistematização e divulgação de práticas de educação 
em direitos humanos. 
REALIZAÇÃO DE PARCERIAS E INTERCÂMBIOS 
INTERNACIONAIS 
a) Incentivar a realização de eventos e debates sobre educação em 
direitos humanos; 
b) apoiar e fortalecer ações internacionais de cooperação em 
educação em direitos humanos; 
c) promover e fortalecer a cooperação e o intercâmbio internacional 
de experiências sobre a elaboração, implementação e implantação 
de Planos Nacionais de Educação em Direitos Humanos, 
especialmente em âmbito regional; 
REALIZAÇÃO DE PARCERIAS E INTERCÂMBIOS 
INTERNACIONAIS 
d) apoiar e fortalecer o Grupo de Trabalho em Educação e Cultura em 
Direitos Humanos criado pela V Reunião de Altas Autoridades 
Competentes em Direitos Humanos e Chancelarias do 
MERCOSUL; 
e) promover o intercâmbio entre redes nacionais e internacionais de 
direitos humanos e educação, a exemplo do Fórum Internacional 
de Educação em Direitos Humanos, do Fórum Educacional do 
MERCOSUL, da Rede Latino-Americana de Educação em 
Direitos Humanos, dos Comitês Nacional e Estaduais de Educação 
em Direitos Humanos, entre outras. 
PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DE MATERIAIS 
a) fomentar a produção de publicações sobre educação em direitos 
humanos, subsidiando as áreas do PNEDH; 
b) promover e apoiar a produção de recursos pedagógicos 
especializados e a aquisição de materiais e equipamentos para a 
educação em direitos humanos, em todos os níveis e modalidades 
da educação, acessíveis para pessoas com deficiência; 
c) incluir a educação em direitos humanos no Programa Nacional do 
Livro Didático e outros programas de livro e leitura; 
d) disponibilizar materiais de educação em direitos humanos em 
condições de acessibilidade e formatos adequados para as pessoas 
com deficiência, bem como promover o uso da Língua Brasileira 
de Sinais (LIBRAS) em eventos ou divulgação em mídia. 
FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE 
PROFISSIONAIS 
a) Promover a formação inicial e continuada dos profissionais, 
especialmente aqueles da área de educação e de educadores(as) 
sociais em direitos humanos, contemplando as áreas do PNEDH; 
b) oportunizar ações de ensino, pesquisa e extensão com foco na 
educação em direitos humanos, na formação inicial dos 
profissionais de educação e de outras áreas; 
c) estabelecer diretrizes curriculares para a formação inicial e 
continuada de profissionais em educação em direitos humanos, nos 
vários níveis e modalidades de ensino; 
FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE 
PROFISSIONAIS 
d) incentivar a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade na 
educação em direitos humanos; 
e) inserir o tema dos direitos humanos como conteúdo curricular na 
formação de agentes sociais públicos e privados. 
GESTÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS 
a) Sugerir a criação de programas e projetos de educação em direitos 
humanos em parceria com diferentes órgãos do Executivo, 
Legislativo e Judiciário, de modo a fortalecer o processo de 
implementação dos eixos temáticos do PNEDH; 
b) prever a inclusão, no orçamento da União, do Distrito Federal, dos 
estados e municípios, de dotação orçamentária e financeira 
específica para a implementação das ações de educação em 
direitos humanos previstas no PNEDH; 
c) captar recursos financeiros junto ao setor privado e agências de 
fomento, com vistas à implementação do PNEDH. 
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO 
a) Definir estratégias e mecanismos de avaliação e monitoramento da 
execução física e financeira dos programas, projetos e ações do 
PNEDH; 
b) acompanhar, monitorar e avaliar os programas, projetos e ações de 
educação em direitos humanos, incluindo a execução orçamentária 
dos mesmos; 
c) elaborar anualmente o relatório de implementação do PNEDH. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Em nossos estudos, compreendemos que o Plano Nacional de 
Educação em Direitos Humanos está, de fato, articulado com 
ordenamento jurídico nacional, tendo como base a Constituição Federal 
de 1988. 
Vimos os diversos aspectos relativos que o constituem como uma 
ferramenta de suma importância para o desenvolvimento da educação e 
o fomento dos direitos humanos no contexto social brasileiro. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Disponível em: Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos / 
Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. – Brasília: 
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, 
Ministério da Justiça, UNESCO, 2007. 
Virgílio do Nascimento 
EDUCAÇÃO E 
DIREITOS HUMANOS 
AULA 7 
O Plano Nacional de 
Educação em Direitos 
Humanos Parte II 
INTRODUÇÃO 
Neste capítulo iremos abordar as concepções e os princípios da 
educação básica, educação superior, educação não formal e a educação 
dos profissionais dos sistemas de justiça e segurança. 
Vamos compreender a importância do Plano Nacional de Educação em 
Direitos Humanos e sua contribuição para o modelo de educação do 
país. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
A educação em direitos humanos vai além de uma aprendizagem 
cognitiva, incluindo o desenvolvimento social e emocional de quem se 
envolve no processo ensino-aprendizagem (Programa Mundial de 
Educação em Direitos Humanos – PMEDH/2005). A educação, nesse 
entendimento, deve ocorrer na comunidade escolar em interação com a 
comunidade local. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
Assim, a educação em direitos humanos deve abarcar questões 
concernentes aos campos da educação formal, à escola, aos 
procedimentos pedagógicos, às agendas e instrumentos que 
possibilitem uma ação pedagógica conscientizadora e libertadora, 
voltada para o respeito e valorização da diversidade, aos conceitos de 
sustentabilidade e de formação da cidadania ativa. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
A universalização da educação básica, com indicadores precisos de 
qualidade e de eqüidade, é condição essencialpara a disseminação do 
conhecimento socialmente produzido e acumulado e para a 
democratização da sociedade. Não é apenas na escola que se produz e 
reproduz o conhecimento, mas é nela que esse saber aparece 
sistematizado e codificado. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
Ela é um espaço social privilegiado onde se definem a ação 
institucional pedagógica e a prática e vivência dos direitos humanos. 
Nas sociedades contemporâneas, a escola é local de estruturação de 
concepções de mundo e de consciência social, de circulação e de 
consolidação de valores, de promoção da diversidade cultural, da 
formação para a cidadania, de constituição de sujeitos sociais e de 
desenvolvimento de práticas pedagógicas. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
O processo formativo pressupõe o reconhecimento da pluralidade e da 
alteridade, condições básicas da liberdade para o exercício da crítica, 
da criatividade, do debate de idéias e para o reconhecimento, respeito, 
promoção e valorização da diversidade. 
Para que esse processo ocorra e a escola possa contribuir para a 
educação em direitos humanos, é importante garantir dignidade, 
igualdade de oportunidades, exercício da participação e da autonomia 
aos membros da comunidade escolar. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
Democratizar as condições de acesso, permanência e conclusão de 
todos(as) na educação infantil, ensino fundamental e médio, e fomentar 
a consciência social crítica devem ser princípios norteadores da 
Educação Básica. É necessário concentrar esforços, desde a infância, 
na formação de cidadãos(ãs), com atenção especial às pessoas e 
segmentos sociais historicamente excluídos e discriminados. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
A educação em direitos humanos deve ser promovida em três 
dimensões: 
a) conhecimentos e habilidades: compreender os direitos humanos e 
os mecanismos existentes para a sua proteção, assim como 
incentivar o exercício de habilidades na vida cotidiana; 
b) valores, atitudes e comportamentos: desenvolver valores e 
fortalecer atitudes e comportamentos que respeitem os direitos 
humanos; 
c) ações: desencadear atividades para a promoção, defesa e reparação 
das violações aos direitos humanos. 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
São princípios norteadores da educação em direitos humanos na 
educação básica: 
a) a educação deve ter a função de desenvolver uma cultura de 
direitos humanos em todos os espaços sociais; 
b) a escola, como espaço privilegiado para a construção e 
consolidação da cultura de direitos humanos, deve assegurar que 
os objetivos e as práticas a serem adotados sejam coerentes com os 
valores e princípios da educação em direitos humanos; 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
c) a educação em direitos humanos, por seu caráter coletivo, 
democrático e participativo, deve ocorrer em espaços marcados 
pelo entendimento mútuo, respeito e responsabilidade; 
d) a educação em direitos humanos deve estruturar-se na diversidade 
cultural e ambiental, garantindo a cidadania, o acesso ao ensino, 
permanência e conclusão, a eqüidade (étnico-racial, religiosa, 
cultural, territorial, físico-individual, geracional, de gênero, de 
orientação sexual, de opção política, de nacionalidade, dentre 
outras) e a qualidade da educação; 
EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
e) a educação em direitos humanos deve ser um dos eixos 
fundamentais da educação básica e permear o currículo, a 
formação inicial e continuada dos profissionais da educação, o 
projeto políticopedagógico da escola, os materiais didático-
pedagógicos, o modelo de gestão e a avaliação; 
f) a prática escolar deve ser orientada para a educação em direitos 
humanos, assegurando o seu caráter transversal e a relação 
dialógica entre os diversos atores sociais. 
EDUCAÇÃO SUPERIOR: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
A Constituição Federal de 1988 definiu a autonomia universitária 
(didática, científica, administrativa, financeira e patrimonial) como 
marco fundamental pautado no princípio da indissociabilidade entre 
ensino, pesquisa e extensão. 
O artigo terceiro da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
propõe, como finalidade para a educação superior, a participação no 
processo de desenvolvimento a partir da criação e difusão cultural, 
incentivo à pesquisa, colaboração na formação contínua de 
profissionais e divulgação dos conhecimentos culturais, científicos e 
técnicos produzidos por meio do ensino e das publicações, mantendo 
uma relação de serviço e reciprocidade com a sociedade. 
EDUCAÇÃO SUPERIOR: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
A partir desses marcos legais, as universidades brasileiras, 
especialmente as públicas, em seu papel de instituições sociais 
irradiadoras de conhecimentos e práticas novas, assumiram o 
compromisso com a formação crítica, a criação de um pensamento 
autônomo, a descoberta do novo e a mudança histórica. 
A conquista do Estado Democrático delineou, para as Instituições 
de Ensino Superior (IES), a urgência em participar da construção de 
uma cultura de promoção, proteção, defesa e reparação dos direitos 
humanos, por meio de ações interdisciplinares, com formas diferentes 
de relacionar as múltiplas áreas do conhecimento humano com seus 
saberes e práticas. 
EDUCAÇÃO SUPERIOR: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
Nesse contexto, inúmeras iniciativas foram realizadas no Brasil, 
introduzindo a temática dos direitos humanos nas atividades do ensino 
de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão, além de iniciativas 
de caráter cultural. 
Tal dimensão torna-se ainda mais necessária se considerarmos o atual 
contexto de desigualdade e exclusão social, mudanças ambientais e 
agravamento da violência, que coloca em risco permanente a vigência 
dos direitos humanos. 
EDUCAÇÃO SUPERIOR: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
As instituições de ensino superior precisam responder a esse cenário, 
contribuindo não só com a sua capacidade crítica, mas também com 
uma postura democratizante e emancipadora que sirva de parâmetro 
para toda a sociedade. 
As atribuições constitucionais da universidade nas áreas de ensino, 
pesquisa e extensão delineiam sua missão de ordem educacional, social 
e institucional. A produção do conhecimento é o motor do 
desenvolvimento científico e tecnológico e de um compromisso com o 
futuro da sociedade brasileira, tendo em vista a promoção do 
desenvolvimento, da justiça social, da democracia, da cidadania e da 
paz. 
 
EDUCAÇÃO SUPERIOR: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
A contribuição da educação superior na área da educação em 
direitos humanos implica a consideração dos seguintes princípios: 
a) a universidade, como criadora e disseminadora de conhecimento, é 
instituição social com vocação republicana, diferenciada e 
autônoma, comprometida com a democracia e a cidadania; 
b) os preceitos da igualdade, da liberdade e da justiça devem guiar as 
ações universitárias, de modo a garantir a democratização da 
informação, o acesso por parte de grupos sociais vulneráveis ou 
excluídos e o compromisso cívico-ético com a implementação de 
políticas públicas voltadas para as necessidades básicas desses 
segmentos; 
EDUCAÇÃO SUPERIOR: CONCEPÇÃO E 
PRINCÍPIOS 
c) o princípio básico norteador da educação em direitos humanos 
como prática permanente, contínua e global, deve estar voltado 
para a transformação da sociedade, com vistas à difusão de valores 
democráticos e republicanos, ao fortalecimento da esfera pública e 
à construção de projetos coletivos; 
d) a educação em direitos humanos deve se constituir em princípio 
ético-político orientador da formulação e crítica da prática das 
instituições de ensino superior; 
e) as atividades acadêmicas devem se voltar para a formação de uma 
cultura baseada na universalidade, indivisibilidade e interdependência 
dos direitos humanos, como tema transversal e transdisciplinar, de 
modo a inspirar a

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