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CONTROLE DO FLUXO E DA PRESSÃO ARTERIAL DÉBITO CARDÍACO: o Como podemos avaliar a eficácia do coração como uma bomba? Uma forma de medir é usando o débito cardíaco. o O que é Débito Cardíaco? o volume de sangue bombeado por cada ventrículo em um minuto (é possível medir a eficácia cardíaca por meio do DC). o Quanto mais o débito cardíaco, maior a eficácia desse coração se comparado a um coração que bombeia menos sangue. o A fórmula do DC está diretamente envolvida com a Pressão Arterial • DC – débito cardíaco • FC – frequência cardíaca (está relacionada com as células marca-passo, q que são células que ditam a FC) • VS – volume sistólico (volume ejetado em cada batimento) o Como a FC altera o DC? Se alterar a FC para mais, o DC também aumenta, pois mais sangue vai ser ejetado por minuto. o Quando o VS aumenta, também há um aumento do DC. o Como se aumenta o VS mantendo a FC constante? Ou diminui a pressão arterial ou contrai o coração com mais força, ejetando o volume de sangue que fica “guardado” no coração, aumentando assim o VS. o A fórmula do DC está diretamente envolvida com a Pressão Arterial. o Quando se fala de coração, a principal variável é o DC. o Quando se fala dos vasos sanguíneos, a principal variável é a resistência. o São variáveis que interferem na Pressão Arterial DC e RPT. o Em indivíduos bem treinado o DC chega a ser de 35 litros/min. o Em indivíduos que não praticam atividade física é de: 70 bpm (FC) e ejetar 70 ml de sangue a cada batimento (VS) = 5 litros/min ou 4900 ml/min DC = FC x VS PA = DC X RPT o Então, se compararmos esses 2 corações, o coração do indivíduo que realiza exercício físico tem uma eficácia maior. o Se aumentar o DC, a pressão arterial aumenta? Não necessariamente, pois deve observar se a RPT manteve-se constante ou alterou também. Por exemplo: Aumenta o DC e a RPT é constante = Pressão aumenta. Aumenta o DC e a RPT diminui na mesma proporção do DC = Pressão se mantem igual. o Então só há uma modificação da PA se todas as variáveis se alteram como um todo. o Volume diastólico final (VDF) - Volume de sangue no ventrículo no final da diástole, ou seja, quando o ventrículo está cheio. o Volume sistólico final (VSF) - Volume de sangue que permanece no ventrículo após a sístole, ou seja, a sobra de sangue no ventrículo ( volume de reserva). o A alteração do VDF E VSF pode influenciar no VS que vai afetar o DC e, consequentemente afetar a pressão arterial. o Qual a finalidade do sangue permanecer nos ventrículos ao final de cada contração? Proporciona uma margem de segurança, uma reserva. Com uma contração mais eficaz, o coração pode diminuir essa ”sobra”, enviando mais sangue para os tecidos. CONTROLE DO VOLUME SISTÓLICO – VS: o Fatores que podem alterar o VS: 1. Alterações do volume diastólico final = volume de sangue nos ventrículos antes da contração (Pré-carga). Ou seja, quanto mais sangue tem dentro do coração no final da diástole, mais sangue pode ser ejetado na sístole. 2. Alterações na magnitude do impulso do SN simpático para os ventrículos. Quanto maior o impulso simpático para os ventrículos, maior a força de contração que o musculo cardíaco faz e mais sangue é ejetado a cada batimento. 3. Alterações da pós-carga (pressões arteriais contra as quais os ventrículos bombeiam). A pressão na aorta precisa ser menor para que o sangue saia do ventrículo em direção a artéria. 1. Relação entre o VDF e o VS: Mecanismo de Frank-Starling o O volume sistólico aumenta quando o volume diastólico final aumenta, pois quanto mais sangue enche o coração, mais sangue pode ser ejetado. o Gráfico: quanto maior o volume de sangue que volta para o coração mais sangue pode ser ejetado em casa sístole. o Como aumenta o VDF? Através do retorno venoso o Retorno venoso: quantidade de sangue que retorna ao coração pela circulação venosa. o Fatores que influenciam o retorno venoso: a) Contração ou compressão das veias que levam sangue ao coração: bomba do músculo esquelético b) Mudança na pressão do abdome e do tórax durante a respiração: bomba respiratória c) Inervação simpática das veias Bomba do músculo esquelético: o Há uma contração do músculo esquelético (pernas principalmente), comprimindo as veias e empurrando o sangue em direção ao coração. o Lembre-se: a pressão dentro das veias é baixa, portanto, elas possuem valvas para impedir o retorno sanguíneo. o Importante durante o exercício. o Essa bomba só funciona durante o movimento, pois é quando os músculos estão sendo utilizados. o EX: em uma viagem, as pernas incham devido a um prejuízo no retorno venoso. Bomba respiratória: o Há uma contração dos músculos da caixa toráxica – pressão diminuída que vai diminuir a pressão na veia cava. o Pressão no abdome aumenta, aumentando assim a pressão nas veias abdominais. o Permite a passagem de mais sangue em direção ao coração. Inervação simpática das veias: o Inervação simpática Libera a NA Se liga aos receptores alfa-adrenérgicos Constrição do músculo liso ao redor das veias Empurrar mais sangue Aumento do retorno venoso o Quanto maior o retorno venoso, maior o VDF e quanto maior o VDF maior será o VS. 2. Regulação simpática: ocorre diretamente no coração o Noradrenalina se liga nos receptores beta-adrenérgicos do coração, aumentando a contratilidade e ejetando uma quantidade de sangue maior, aumentando o VS. o A adrenalina também exerce este mesmo efeito. 1. Pós-carga: o Quanto maior a pós-carga, maior a pressão que o ventrículo tem que exercer para fazer o sangue sair de dentro dele. o O aumento da pressão arterial tende a diminuir o volume sistólico, isso porque a pressão arterial representa uma carga contra a qual o coração deve bombear. o Indivíduos que não tem a pressão controlada, vão prejudicar o VS através do aumento de pós carga, pois quanto mais a pós-carga menor vai ser o VS. FREQUÊNCIA CARDÍACA o A frequência cardíaca é dada pelos nós sino atrial e atrioventricular. o Esses nós recebem inervação tanto simpática quanto parassimpática e essa inervação faz com que a FC possa ser modulada para mais ou para menos. o Inervação Parassimpática (Libera ACH se liga aos receptores muscarínicos diminui a FC): Nos nós que ditam a FC tem um potencial que demora muito mais tempo para chegar ao limiar (despolarização lenta), ocasionando em uma demora do potencial de ação. Logo em seguida há uma hiperpolarização (deixa a membrana muito mais negativa do que já era) e dificulta a ocorrência de um novo potencial. Dessa forma, devido a lentificação, vai ocorrer menos potenciais e, consequentemente, diminui a FC. o Inervação Simpática: faz com que a despolarização do marca-passo seja muito mais rápida, com isso mais potenciais de ação acontecem em uma mesma unidade de tempo, tornando mais rápida a ocorrência de um potencial de ação e aumentando a FC. Então, a partir de modulação da FC, podemos ter um controle do DC. o Outra variável importante para o controle da pressão arterial é a RPT. o Qual a importância do tecido elástico nas artérias? Necessitam para suportar e manter a pressão PRESSÃO: o Pressão sistólica: relacionada com a contração ventricular o Pressão diastólica: relacionada com a diástole ventricular. o A aorta mantém a pressão diastólica. PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA – PAM: o Significa o real movimento do fluxo sanguíneo pelo sistema. o Tem que levar em conta todas as resistências do organismo para que a PAM mude.o Determinada pelo balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro e para fora das artérias. o PAM só muda se o produto aritmético da DC pela RPT mudar. o Fatores que podem alterar a PAM: Volume sanguíneo; Débito Cardíaco; Resistencia do sistema ao fluxo sanguíneo; Distribuição relativa do sangue entre os vasos. PAM = DC x RPT o Qual vaso confere a maior RPT ao fluxo sanguíneo? As arteríolas, pois elas distribuem o fluxo sanguíneo para os tecidos de acordo com a sua necessidade a partir da regulação do tônus do músculo liso. Então regulando o fluxo sanguíneo, elas conferem maior ou menor resistência ao sistema. o Porque são os elementos que controlam a resistência periférica total? Devido o: 1. Grande diâmetro do leito vascular 2. Tônus do músculo liso é regulável EX: Se aumentarmos a resistência, mantendo o DC igual, o que acontece com a PA? Aumenta PA – INFLUÊNCIA DA RPT: o Fatores que afetam o tônus do músculo liso: 1. Sist. Nerv. Autônomo (exemplo: ligação da NA nos receptores alfa- adrenérgicos constrição) 2. Hormônios (Adrenalina, Angiotensina...) 3. Fatores locais o Fármaco Nifedipino: bloqueia o canal de Cálcio ocorre a vasodilatação diminui a resistência diminui a PA. o Fármaco Propranolol: antagonista dos receptores beta-adrenérgicos bloqueia os efeitos da NA nos receptores não há aumento da FC e nem da força de contração DC diminui Diminui a PA PA- INFLUÊNCIA DO DÉBITO CARDÍACO: o Os digitálicos são fármacos usados para o tratamento de sintomas de insuficiência cardíaca (patologia em que o coração é incapaz de contrair adequadamente para bombear o sangue, então o VS ejetado é baixo. o EX: Digoxina utilizado para aumentar o DC a partir do aumento do VS, fazendo com que o coração trabalhe de maneira adequada. o Existem 2 mecanismos de controle da PA: 1. Controle NEURAL da pressão arterial: RÁPIDO o Reflexo barorreceptor: envolve receptores que detectam variações de pressão. o Estão localizados no arco da aorta e no seio carotídeo, detectando a variação de pressão do sangue que sai diretamente do coração. o Quando detectam essa mudança, mandam informações até o bulbo (centro de controle cardiovascular) e dependendo da informação recebida terá um tipo de resposta específica. o EX: Pressão baixa devido a Hipotensão ortostática: receptores detectou a PA baixa diminuem a taxa de disparo (é o sinal que o bulbo precisa) bulbo ativa o Sistema Simpático libera NA efeito no coração ( aumenta a FC e a força de contração) e nos vasos sanguíneos realiza vasoconstrição PA aumenta. o EX: Pressão alta: receptores detectam Ativação do sistema Parassimpático libera ACh atua nos receptores muscarínicos do coração Diminui a FC PA diminui. o OBS: Quando há ativação do Simpático, há inibição do Parassimpático e vice-versa. o Hipotensão ortostática: pressão baixa gerada pela posição do nosso organismo em relação ao ambiente. Se estamos deitados, quando levantamos repentinamente, a nossa PA diminui em decorrência da gravidade. Com a PA diminuída, temos a ativação do sistema que faz com que a PA volte ao normal. 2. Controle RENAL da pressão arterial: LENTO o Realizado através da homeostase de água (ação da vasopressina) e Na+ (ação da aldosterona). o Vasopressina - ADH = Hormônio antidiurético (secretado pela hipófise) maior reabsorção de água no Sistema Renal a urina se torna Hiperosmótica. o Mecanismo de ação do ADH: atua no túbulo distal, onde não há canais de água. Mas como a água precisa ser reabsorvida o ADH insere canais de água do tipo aquaporina II ocorre a reabsorção da água no túbulo renal aumenta o volume sanguíneo aumenta a PA. o Outro meio de controle é pelo Sistema renina-angiotensina-aldosterona: é ativado quando a pressão está baixa a células da mácula densa detectam baixa concentração de sódio entendem que a PA está baixa enviam sinais para as células justa glomerulares produzirem renina renina converte o Angiotensinogênio em Angiotensina I ECA converte Angiotensina I em Angiotensina II Angiotensina II atua no córtex da adrenal induzindo a produção de Aldosterona e reaiando constrição dos vasos Aldosterona reabsorve o sódio induz a reabsorção de água porque o soluto nunca pode estar sem um solvente aumenta o volume sanguíneo aumenta a PA. o Fármacos IECA: se não há ação da ECA, não há a formação de angiotensina II. EX: Captopril o Fármacos antagonistas da Angiotensina II. EX: Valsartan o Fármacos que inibem a ação da Aldosterona diminui a pressão.
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