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PERCEPÇÃO SENSORIAL: ORELHA AUDIÇÃO Orelha externa: pavilhão auditivo (aurícula) e meato acústico externo ➢ Aurícula: estrutura cartilaginosa, tem como grande função capitar as ondas sonoras no exterior e direcionar essas ondas para o meato acústico externo. ➢ Meato acústico externo: estrutura tubular, com média de 25 mm de extensão. Vai ter uma parte cartilaginosa e uma parte óssea (2/3), a óssea vai estar escavada dentro da parte petrosa do osso temporal. Ele vai ser todo revestido por um epitélio, que vai ter alguns pelos na entrada, além de glândulas de cerumes, ajudando na captação de partículas estranhas que entram na orelha, impedindo que forme um obstáculo para passagem do som. A orelha externa e o meato acústico externo terminam na membrana timpânica, que limita uma cavidade que vai esta escavada no osso temporal que é a orelha média. A membrana timpânica é uma membrana fibrosa recoberta de pele, tem uma importância porque quando a onda sonora entra no meato acústico externo, vai bater nessa membrana gerando a sua vibração, e essa vibração vai ser transmitida para os ossículos e labirinto, para que essa informação chegue ao nosso sistema nervoso central. Otoscópio é um aparelho que insere na entrada do meato acústico externo, de forma que visualize a membrana timpânica e as características dela. Não existe nenhuma abertura na membrana timpânica conectando a orelha externa com a orelha média, é por isso que quando tem algum tipo de infecção na orelha média e essa infecção gera o acúmulo de exsudato, ou líquido e precisa drenar, é necessário fazer uma incisão na membrana timpânica, para assim ter acesso a orelha média. Essa incisão é chamada de miringotomia. Essa drenagem é essencial, pois caso esse exsudato se torne uma fibrose, isso pode prejudicar na condução de ondas sonoras. Orelha média: onde se encontra os ossículos (martelo, bigorna e estribo). A grande função dos ossículos é receber a vibração sonora que chegou através da membrana timpânica, os ossículos (martelo, bigorna e estribo) vão vibrar nessa ordem. O último, o estribo, vai vibrar causando uma pressão hidráulica que vai ser transmitida para orelha interna. Para a condução ocorra de forma satisfatória, ou seja, a membrana timpânica vibre de forma satisfatória, é preciso que a pressão da face externa seja igual a face interna da membrana. A parte externa tem comunicação direta com o meio exterior, já parte interna não tem essa comunicação, pois a membrana não tem nenhum buraco que permita essa comunicação. Mas a face interna vai ter uma comunicação indireta com o meio exterior com fora a equilibrar a comunicação, essa comunicação vai se dar através da tuba auditiva, que liga a orelha média a nasofaringe, a qual tem uma comunicação com o meio externo. A tuba auditiva normalmente ela vai se encontrar fechada, no entanto ela vai se abrir com alguns movimentos do nosso palato mole (ex: viagem de avião). A tuba auditiva é uma estrutura ostéocartilaginosa, 1/3 ósseo e 2/3 cartilaginosos (ântero-medial). Ela é envolvida por dois músculos: M. levantador do véu palatino (movimenta o palato mole) e M. tensor do véu palatino. Orelha média = cavidade timpânica vai ter também em seu interior a presença de dois músculos: M. tensor do tímpano e M. estapédio (M. do estribo). Esses dois músculos têm como função principal controlar a intensidade dos sons que chegam à cavidade timpânica. Lesão desses músculos leva a uma hiperacusia, caracteriza pela hipersensibilidade auditiva. Logo qualquer som leva uma vibração muito intensa, e um som alto pode levar a uma lesão na membrana timpânica. A orelha média tem uma ligação com as células mastoides do osso temporal, através do recesso epitimpânico. Orelha interna: local onde está a vestíbulo Vai ser uma parte do nosso sistema auditivo e de equilíbrio, que vai estar escavada no osso temporal. Envolta dessas estruturas que encontramos na orelha interna, vamos ter uma “moldura” que é uma parte do osso temporal mais rígida. E esse conjunto que abriga as estruturas da orelha interna é chamada de capsula ótica (arcabouço ósseo). Dentro desse arcabouço ósseo vai existir vai escavações e uma dela é o labirinto ósseo, esse vai ser dividido em: coclear, vestibular e canais semicirculares. Dentro dessas estruturas ósseas vai haver uma estrutura membranosa, que não ocupa todo o labirinto ósseo, e essa estrutura vai ser chamada de labirinto membranoso. O labirinto ósseo, não é totalmente oco, dentro dele vai haver um líquido, chamado de perilinfa, a sua composição é muito parecida a do líquido extracelular. Esse líquido tem como função proteger o labirinto membranoso. O labirinto membranoso também tem um líquido (aquoso) no seu interior, chamado de endolinfa, a sua composição semelhante com a s do líquido intracelular. O arcabouço ósseo possui duas aberturas: janela oval ou janela do vestíbulo e janela redonda ou janela da cóclea. O estribo vai estar encaixado na janela oval, fechando esse espaço da janela oval. E quando tem uma onda sonora que vibra a membrana timpânica e consequentemente vibra os ossículos, o estribo vai vibrar como se fosse um pistão, e nesse momento ele vai estar empurrando a perilinfa, vibrando-a. Essa vibração vai ser conduzida para a porção coclear do labirinto através da perilinfa. No momento que essa perilinfa está conduzindo a vibração ela passa essa vibração para o labirinto membranoso, o qual vai passar a vibração para endolinfa, e a movimentação da endolinfa vai provocar a movimentação dos cílios das células especializadas na captação dessas vibrações que se encontra dentro do assoalho do labirinto membranoso. A movimentação/ vibração desses cílios vai ser transmitida através da parte coclear do nervo vestíbulo coclear para o sistema nervoso central, levando as informações auditivas. Quando essa vibração chega ao centro do labirinto coclear (helicotrema) ela retorna e vai em direção a janela da cóclea, onde essa onda vai ser dissipada. A janela da cóclea também será obliterada por uma membrana, membrana timpânica secundária. Dentro do labirinto coclear o ducto coclear (labirinto membranoso da cóclea) ele separa duas porções do labirinto ósseo que não se comunica na maior parte do trajeto da cóclea. Essas porções são: rampa do vestíbulo e rampa do tímpano. Quando a onda sonora está dentro do labirinto coclear indo em direção ao centro da cóclea ele vai através da rampa do vestíbulo, já na sua volta em direção a janela da cóclea ela percorre a rampa do tímpano PORÇÃO VESTIBULAR O vestíbulo tem a função de detectar movimentações da nossa cabeça, e informar ao sistema nervoso a posição da cabeça, sensor da cabeça. Dentro do labirinto vestibular também vai haver as estruturas membranosas: sáculo, trículo e canais semicirculares (anterior, posterior e lateral) No final de cada canal semicircular vai haver uma dilatação, que é a ampola. Dentro da ampola vai ter a presença de células ciliadas especiais, essas vai formar a crista apolar. Em cima da célula ciliadas vai haver cristais, chamados de otólitos, quando mexemos com a cabeça esses otólitos também vai se movimentar e então movimentar os cílios das células que consequentemente vai gerar a despolarização dessas células, informando o movimento da cabeça ao sistema nervoso, através da porção vestibular do nervo vestíbulo-coclear Dentro do trículo e sáculo vai haver estrutura chamada de mácula que vai haver uma função semelhante aos dos cristais nas ampolas dos canais semicirculares. AULA DE NEUROCIÊNCIAS 11/03/21 O órgão espiral é formado por células sensoriais que vai receber o estímulo mecânico que vai causarvibração que vai chegar até cóclea que transforma em estímulos elétricos e vai até o SNC. ❖ Intensidade • Amplitude das vibrações periódicas das partículas de ar e está associada à pressão e energia sonora (som fraco e forte) • Expressa em decibéis (unidade de sensação sonora) ❖ Frequência • Conceito que caracteriza a altura de um som • Grave, médio ou agudo • Expressa em Hertz (Hz), ou ciclos por segundo • Inversamente proporcional ao comprimento de onda • Fala: 300 e 3000 Hz ❖ Timbre • Qualidade do som • É dado pelas diferenças de amplitude dos sons harmônicos - Sons de frequências múltiplas em relação à frequência do som fundamental ORELHA EXTERNA ❖ Constituição • Pavilhão auricular ✓ Pré amplificador natural e quando maior a sua área, maior energia mecânica captada o Idosos: deficiência auditiva → mão em forma de concha → aumento da área efetiva do pavilhão auricular → otimização captação do som • Meato acústico ✓ Tubo ressonador para sons da fala humana (2 a 5 KHz) ✓ Chegada da onda sonora na membrana timpânica → ressonância → transferência da energia mecânica → orelha média Deficiência auditiva → PRESBIOACUSIA ORELHA MÉDIA • Limite com a orelha externa através da membrana timpânica que está em contato com três ossículos articulados entre si (martelo, bigorna e estribo) • Amplifica sinal acústico que chega de fora (ar) para dentro da cóclea (cheia de líquido) ✓ Evita dissipação do som ORELHA INTERNA ❖ Labirinto de membranas que fica dentro do osso temporal ❖ Forma a cóclea e o sistema vestibular • Cóclea ✓ Cheia de líquido ✓ Presença de células sensoriais auditivas • Órgão de Corti ✓ Disperso ao longo da membrana basilar ✓ Microfones da orelha o Cada um reage com impulso elétrico em função da altura (frequência) e volume (intensidade) do som OTITE MÉDIA ❖ Inflamação da orelha média, independente de etiologia ou patogênese especificas. ❖ Pode envolver outros três espaços pneumatizados Todos os espaços pneumatizados do osso temporal são contíguos Mastoides, ápice petroso e células perilabirínticas ❖ Muito frequente em crianças EPIDEMIOLOGIA ❖ Cerca de 2/3 de todas as crianças de um ano de idade terão tipo 1 episodio de otite aguda (OMA) ❖ Aos 7 anos • Em torno de 90% das crianças terão apresentado um episódio de OMA • 75% - Três ou mais episódios ❖ Principal pico de incidência de OMA: entre 6 e 11 meses de idade ❖ 2º pico: entre 4 e 5 anos de idade ❖ Até 2 anos de idade • OMA e OM secretora: bilaterais em sua maioria ❖ Após os 2 anos • Maioria dos episódios de OMA e OM: unilateral ❖ Sexo masculino tem maior tendência a desenvolver otite média que o feminino FATOR DE RISCO ❖ Baixo nível socioeconômico ❖ Compartilhamento de conglomerados populacionais ❖ Falta de acesso adequado ao sistema de saúde ❖ Crianças institucionalizadas (maior incidência de infecção de vias aéreas superiores (IVAS)) ❖ Incidência de otite média e IVAS • Mais frequente: inverno • Cerca de 60% das crianças escolares com IVAS evoluem com OMA ❖ Estudo: papel de poluentes ambientais • Possível fator de risco para desenvolvimento de OM • Fumaça de cigarro, por exemplo → Fumo Hiperplasia das células caliciformes Hipersecreção da mucosa Diminuição do transporte mucociliar FATOR DE PROTEÇÃO ❖ Aleitamento materno • Fator protetor em relação a OM (imunoglobulinas do leite materno) • Diminuição do risco de OMA no primeiro ano de idade OTITE MÉDIA AGUDA Doença com alto índices globais de incidências (10,85%), acomete 709 milhões de pessoas/ano PERDA AUDITIVA OCUPACIONAL ❖ Riscos existentes em determinados ambientes laborais, provenientes da exposição continua a ruídos e barulhos intensos. ❖ Outros fatores • Vibração, calor, exposição a substâncias químicas PAIR – perda da audição gerada pelo tempo prolongado em que o trabalhador fica exposto a ruídos intensos no ambiente laboral SINAIS DE SINTOMAS • Audição de zumbidos • Dificuldades para compreensão da fala durante as conversas com outras pessoas • Dificuldade para localizar a origem da fonte sonora • Dificuldade de atenção e concentração durante a execução das tarefas • Intolerância a exposição a uma carga sonora intensa • Alterações durante o sono • Dores de cabeça • Tontura e dificuldade para manter o equilíbrio do corpo • Irritação e ansiedade • Isolamento e constrangimento causados pela dificuldade auditiva ❖ Métodos de prevenção ❖ Eficiente atendimento médico ocupacional (profissionais especializados) • Realização de exames específicos audiológicos → Diagnóstico saúde auditiva ✓ Surgimento ou agravamento de possíveis doenças (queda da produtividade no trabalho) Afastamento dos funcionários DOENÇA (SÍNDROME) DE MÉNIÉRE A DOENÇA DE MÉNIÈRE É UM DISTÚRBIO CARACTERIZADO POR ATAQUES RECORRENTES DE VERTIGEM INCAPACITANTE (UMA SENSAÇÃO FALSA DE MOVIMENTO OU GIRO), PERDA DE AUDIÇÃO FLUTUANTE (NAS BAIXAS FREQUÊNCIAS) E BARULHO NO OUVIDO (ACUFENO). • Problema raro • Prejudica o ouvido interno • Caracterizado por frequentes episódios de zumbido, perda auditiva e vertigens. • Os sintomas aparecem subitamente e podem durar somente alguns minutos ou até mesmo horas. E a intensidade e quantidade das crises podem variar de pessoa para pessoa. O QUE É? O labirinto é um conjunto de arcos semicirculares que contém endolinfa, apresentando um papel essencial no equilíbrio e na localização espacial do corpo. Todas as vezes que entramos em movimento, a endolinfa se mexe, o que fornece sinais elétricos que serão conduzidos para o cérebro, nos quais são traduzidos para a identificação da nossa posição. Na doença de Ménière, ocorre uma extensão do volume de endolinfa dentro do labirinto, causando uma distensão desse compartimento em decorrência de um aumento da pressão interna. Enxaquecas frequentes, pancadas na cabeça, infecções virais, alergias, alterações anatômicas do ouvido e respostas exageradas do sistema imunológico são algumas das causas que levam ao aumento da pressão da endolinfa. Seja qual for a causa, as alterações da pressão interna do ouvido podem fazer com que os sinais enviados para o cérebro se tornem mais imprecisos, provocando sintomas como desequilíbrio e tontura. A doença, muitas vezes, é confundida com a labirintite em estágio inicial ou um mal estar temporário. No entanto, conforme progride, pode provocar perda auditiva principalmente nas frequências graves. O líquido no ouvido é mantido em uma estrutura em formato de bolsa chamada de saco endolinfático. Esse líquido é secretado e reabsorvido de forma contínua, mantendo-se em uma quantidade constante. Tanto um aumento da produção de líquido do ouvido interno, quanto uma diminuição de sua reabsorção, resultam em excesso de líquido. Não se sabe por que isso acontece. SCHWANOMA VESTIBULAR ❖ Sinônimo de neuroma acústico ❖ Tumor benigno ❖ Geralmente acomete o nervo vestíbulococlear ❖ Local de 60-80% dos tumores no ângulo pontocerebelar ❖ Deriva das células de Schwann. ❖ Relacionado a distúrbios cromossômicos, neurofibromatose e ausência de supressão tumoral. ❖ Crescimento lento (0,25 a 0,4 mm/ano) ❖ Variação: localização • Tumores intracelulares tem crescimento mais lento que os extracanaliculares. ❖ Patogenia dos Schwannomas do VIII par de nervo craniano • Bastante complexa e não totalmente esclarecida • Maior proporção de células tumorais se econtra no ramo e especialmente no gânglio do nervo vestibular, freqeuntemente no conduto auditivo interno (CAI) • Base genética – mutações gênicas do cromossomo 22 • Relação com neurofibromas(especilamnte nnos casos de acometimento bilateral) • Caráter benigno - Encapsulado e bem delimitado ❖ Manifestações clínicas • Tumores pequenos: normalmente, inexistentes https://comunicareaparelhosauditivos.com/zumbido-no-ouvido-conheca-as-causas/ https://comunicareaparelhosauditivos.com/labirintite-como-lidar/ ❖ Sintomatologia • Progressão tumoral - Distúrbios auditivos como hipoacusia, zumbidos, tonturas, vertigem, ataxia, efeitos expansivos de massa e paralisia facial. - Compressão de nervos, de tronco cerebral e cerebelo, sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, e evolução com desorientação e morte. PERCERPÇÃO SENSORIAL: VIA VISUAL, VIA AUDITIVA E VESTIBULAR Cada sistema sensorial fornece informações com caraterísticas únicas, pois cada classe de receptores opera de maneira ótima em frequência e amplitude especificas. VIA VISUAL ➢ Sistema visual • Mais complexo • Funcionamento • Envolve várias estruturas e mecanismos para a obtenção de informações ambientais Refração da luz provenientes das superfícies, objetos, plantas, animais etc. Luz entra através da córnea → projeção na retina → transformação em sinais elétricos pelos fotorreceptores → centros superiores (SNC) vai nervo óptico. VIA ADITIVA ❖ Vias auditivas primárias A via auditiva primária é curta (3 ou 4 núcleos), rápida (fibras grossas e mielinizadas) e termina no córtex auditivo primário. Esta via veicula informação codificada pela cóclea e cada núcleo efectua um trabalho específico de descodificação e interpretação que seguidamente transmite aos núcleos superiores. No ser humano, o córtex auditivo localiza-se na parte posterosuperior do lobo temporal, no interior do sulco lateral. VIA VESTIBULAR • Equilíbrio dinâmico • Funcionamento contínuo - Sono (de forma inconsciente) • Assimetria da resposta labiríntica - Estimulação excessiva ou pela hipoestimulação ✓ Vertigem, nistagmo e reflexo vagal (sensações conscientes) VIA OLFATIVA E GUSTAÇÃO Capacidade da célula responder a uma substância química especifica ou a um conjunto de substâncias químicas → TRANSDUÇÃO OLFATIVA OU GUSTATIVA VIAS OLFATÓRIAS ➢ Epitélio olfatório • Contém células receptoras olfatórias (3 cm3) ➢ Bulbo • Conexão com o córtex olfatório do lobo temporal • Tálamo • Córtex do lobo frontal (associação) • Sistema límbico do diencéfalo (memória) Nervo craniano I – Nervo olfatório VIA GUSTATIVA ANOSMIA PÓS TRAUMÁTICA ➢ Perda da olfação • Adultos: 5 – 10% • Crianças: 1,3 – 3,2% ➢ Lesão occipital (5x mais frequente) ➢ Mais frequente em homens (60%) ➢ Grau de perda • Associado a severidade do trauma o Trauma mínimo pode estar associado à anosmia ✓ Traumas na região posterior: mais relacionada a alterações da olfação ✓ Início imediato da perda geralmente ✓ Pacientes só percebem após alguns meses Perda do olfato após o TCE pode ocorrer em média em 23% dos casos. ➢ Risco aumenta conforme a severidade do trauma • Leve 13% • Moderado 19% • Severo 25% ➢ Pacientes com preservação parcial da olfação • Diminuição da discriminação dos odores • Causa: não estabelecida Lesão dos nervos quando estes deixam o topo da lâmina cribriforme Mecanismo de trauma mais frequentemente envolvido o golpe e contragolpe no sentido anteroposterior do crânio ➢ Lesão • Córtex frontal ou temporal (anosmia pós TCE + alterações comportamentais) ➢ Trauma occipital • Mais comumente associado a lesão ou laceração do trato olfatório ➢ Impacto frontal • Causa menos disfunção do que o impacto lateral ou posterior ➢ Tomografia: geralmente normal • Alguns casos: fratura da lâmina cribriforme ➢ Não há tratamento ➢ Recuperação da função • 8 a 39%: em até 12 a 18 meses • 75%: 3 primeiros meses NOCICEPÇÃO Fenômeno pelo qual ocorre a codificação e o processamento dos estímulos ambientais físicos e químicos ou patológicos que resultam na dor, através de uma cascata complexa de eventos da periferia até as estruturas superiores do sistema nervoso central. DOR NEUROPÁTICA É um tipo de dor crônica que ocorre quando os nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central e/ou periférico são feridos ou danificados. Esse tipo de problema está presente em até 10% da população e pode ser incapacitante, causando diferentes sensações de dor. Dor neuropática resulta de lesão ou disfunção do sistema nervoso periférico ou central, em vez da estimulação de receptores de dor. O diagnóstico é sugerido por dor desproporcional à lesão tecidual, disestesia (p. ex., queimação, formigamento) e sinais de lesão de nervos detectada durante o exame neurológico. Embora a dor neuropática responda aos opioides, o tratamento é realizado geralmente com fármacos adjuvantes (p. ex., antidepressivos, anticonvulsivantes, baclofeno, fármacos tópicos). SINAIS E SINTOMAS Disestesias (dor em queimação espontânea ou evocada, geralmente com componente lancinante sobreposto) são típicas, mas a dor também pode ser profunda e contínua. Outras sensações — p. ex., hiperestesia, hiperalgesia, alodinia (dor decorrente de estímulo não nocivo) e hiperpatia (resposta, particularmente desagradável, à dor exagerada) — também podem ocorrer. Os sintomas são duradouros, persistindo normalmente após resolução da causa primária (se houver alguma), visto que o sistema nervoso central foi sensibilizado e remodelado.
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