Buscar

Histologia - introdução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
Histologia 
Bases da técnica histológica 
Introdução 
COMO UM MATERIAL BIOLÓGICO SE 
TRASNFORMA EM UMA LÂMINA? 
 ainda é um método muito 
dependente do humano, há pouco maquinário relativo 
à transformação de um material biológico em lâmina. 
Esse processo depende de algumas etapas bem 
determinadas, com utilização de substâncias químicas, 
para que o tecido fique mais firme e seja cortado por 
um aparelho, chamado micrótomo. Após isso, é corado 
e a lâmina é colocada no microscópio. 
HISTÓRIA DA TÉCNICA HISTOLÓGICA 
 século xvii 
❖ 1590 – Janssen (pai e filho) e o aparelho 
rudimentar; 
❖ Galileu Galilei: luneta é um microscópio (micro 
= pequeno); 
❖ Robert Hooke: lentes de vidro líquido para 
ampliação da imagem; 
❖ 1714 – Antoni Van Leeuwenhoek, 
aprimoramento do microscópio e as linhas do 
tecido (era um vendedor de tapetes); 
❖ Marcello Malpighi: anatomia microscópica. 
O que há de limites na microscopia ótica, a microscopia 
eletrônica vem para completar. 
Técnica histológica 
DEFINIÇÃO 
 é o conjunto de operações que 
tem por fim transformar as células e os tecidos em 
preparações destinadas ao exame microscópico.
INÍCIO DA TÉCNICA 
 Trillat implantou o formol (1892) como fixação 
do material humano (literalmente fixa tecido e garante 
que esse não apodreça – também o endurece). 
Edwin Klebs inclui o material em parafina 
(1864) para endurecer o tecido. 
Micrótomo foi descoberto em 1848, é um 
aparelho para cortar o material humano. Foi inventado 
o micrótomo rotativo em 1885. 
É necessária a coloração para que seja 
visto, pelo feixe de luz, no microscópio (se não fica tudo 
branco). Antonius Mizaldus coloria com rúbia (ficava 
tudo com a mesma cor). Alfonso Corti utilizava carmin 
para coloração de células do aparelho auditivo. Mas foi 
Joseph Gerlach que deu o pontapé inicial da coloração 
 (utiliza duas colorações, a primeira 
para o núcleo e a segunda para o citoplasma). É 
considerado pai da técnica histológica pois “com a arte 
de tingir, inicia-se de fato a histologia”. 
PASSOS DA TÉCNICA HISTOLÓGICA 
 é a retirada de 
material celular ou fragmento de tecido para 
um determinado diagnóstico.
 Recepção e tratamento prévio do material. 
 do material / descalcificação 
 
e o tempo para fixação é variável. 
 (que é inevitável após 
retirada, mas é retardada por temp fria, 
acelerada por temp acima de 30°C e inibida 
por aquecimento a 50°C). 
 (tem como 
objetivo possibilitar a inclusão na parafina). 
Desidrata e diafaniza (álcool etílico retira a água 
do tecido e, depois, substitui-se o álcool por um 
dissolvente de parafina) 
 . Impregnação ou penetração pela 
parafina (entre 56 e 58°C). 
 (cortar). Depende do técnico. 
adesão, acerto e aparagem do bloco; 
obtenção dos cortes; formação de fitas; 
estendimento no banho histológico; 
estendimento e colagem nas lâminas; secagem 
dos cortes na estufa. 
 . Corante básico (hematoxilina) e 
ácido (eosina). 
 Montagem. 
 Microscopia. 
formol a 10% é o fixador universal, bouin 
(medula óssea, testículo e rim), álcool absoluto 
(citologia), refrigeração (líquidos corpóreos) e 
substâncias químicas. 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
formaldeído a 37% (CH2O) é estocado em temp 
ambiente, hermeticamente fechado. Demora entre 8 e 
48h para fixação, com tempo máximo indeterminado. 
Seu mecanismo de ação é a ligação cruzada com as 
proteínas (penetra na membrana celular e forma um 
gel, por isso endurece e muda de cor). É irritante aos 
olhos, trato respiratório superior e à pele. 
Manuseio do microscópio 
Microscópio 
PARTES DO MICROSCÓPIO 
MICROSCÓPIO ÓTICO 
Microscópio de luz, transluminação. 
 canhão, revólver, platina, base, parafusos 
micrométrico e macrométrico, charriot e braço. 
 espelho (fonte de luz), condensador ou 
diafragma (concentra a luz da lâmpada e projeta o feixe 
luminoso), objetivas (recebe a luz e projeta uma 
imagem aumentada, corrige defeito das cores dos raios 
luminosos) e oculares (amplia a imagem e a projeta na 
retina ou tela). 
a imagem é ampliada, 
invertida da esquerda para a direta e invertida de baixo 
para cima. 
 
 
Passos para uso do microscópio 
VISUALIZAÇÃO DA LÂMINA 
 Acender a lâmpada do sistema de iluminação. 
 Colocar a amostra a ser analisada sempre na 
parte superior, colocar a lâmina sobre a platina 
(tomando cuidado para que a parte a ser 
examinada esteja centrada com a objetiva). 
 Abrir totalmente o diafragma e colocar o 
sistema condensador (diafragma na posição 
mais elevada, onde permite melhor iluminação). 
 Focalizar a preparação para a obtenção de 
uma imagem nítida, movimentando o parafuso 
macrométrico e abaixando a platina até que se 
possa visualizar a imagem. 
 Utilizar parafuso macrométrico para focalização 
fina. 
Sempre que for remover o microscópio, ter certeza 
de segurar o braço com uma das mãos e a base sobre 
a palma da outra mão. 
Não deixar a luz ligada sem necessidade, ela tem vida 
útil de 50 a 100 horas. 
Tecidos do organismo 
Introdução 
COMO VISUALIZAR? 
A visualização de tecidos depende do foco e do 
aumento do microscópio. 
A coloração mais comum é a HE (hematoxilina - colore 
o núcleo de roxinho, pois é um corante básico e o 
núcleo possui os ácidos nucleicos, e eosina - colore o 
citoplasma de rosa). Porém, existem outras colorações 
e, também, colorações especiais. 
Em alguns tipos celulares conseguimos ver também 
nucléolos, cromatina, limites celulares e se a célula é 
binucleada ou não. 
Todos os tecidos são formados por células e matriz 
extracelular (MEC). 
TECIDOS BÁSICOS 
formado por células justapostas com 
pouca matriz extracelular. Revestimento e secreção.
 grande quantidade de matriz 
extracelular produzida por suas próprias células (vários 
tipos, podem ser fixas ou migratórias). Apoio e 
proteção.
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
células alongadas contráteis com 
quantidade moderada de matriz extracelular. 
Movimento.
células com longos prolongamentos e 
muito pouca matriz extracelular. Produção e 
transmissão de impulsos nervosos. 
Tecido epitelial 
Introdução 
FUNÇÕES 
As principais funções dos epitélios são e 
. 
CARACTERÍSTICAS 
Os epitélios são constituídos de (de 
muitas faces) justapostas, com 
. Suas células geralmente se aderem 
firmemente umas às outras por meio de 
. É um tecido , nutrido pelos 
vasos sanguíneos do tecido conjuntivo. 
A forma de células epiteliais varia muito, e a forma dos 
núcleos geralmente acompanha o formato da célula. A 
forma e posição dos núcleos é importante para 
determinar se as células epiteliais estão organizadas em 
camada única ou várias camadas. 
A porção da célula epitelial voltada para o tecido 
conjuntivo é chamada de , enquanto a 
extremidade oposta (geralmente voltada para uma 
cavidade ou espaço), é denominada . 
é uma fina camada de moléculas entre 
as células epiteliais e o tecido conjuntivo. É visível 
apenas ao microscópio eletrônico. Seus componentes 
são secretados pelas células epiteliais, musculares, 
adiposas e de Schwann. Têm várias funções, sendo a 
principal delas 
. 
é o nome dado para uma camada 
situada abaixo do epitélio, visível ao microscópio óptico. 
interdigitações, zônulas de 
oclusão, zônulas de adesão, desmossomo, 
hemidesmossomo e junções comunicantes. 
microvilosidades, 
estereocílios, cílios e flagelos. 
 
 
Epitélios de Revestimento 
CLASSIFICAÇÃO 
❖ uma única camada de 
células conectada diretamente à 
lâmina basal.
❖ duas ou mais 
camadas de células, mas só uma 
está ligada à lâmina basal.
❖ apenas 
uma camada de células 
diretamente ligada à lâmina basal, 
mas com núcleos em diferentes 
alturas, promovendo sensação de 
várias camadas.
❖ células achatadas, seu contorno 
pode ser oval ou alongado e seu núcleo 
geralmente é elíptico. Aspecto de um ‘ovo 
frito’ (onde o núcleo seria a gema). Muitas 
dessas células possuem prolongamentos(desmossomos), que aumentam a aderência.
❖ poucas células são, de fato, cúbicas. A 
maioria é, na verdade, aproximadamente 
cúbicas (chamadas de cubóides). Geralmente 
têm várias pequenas faces, em vez das seis 
faces de um cubo verdadeiro.
❖ tem forma de 
paralelepípedos com várias pequenas faces ou 
forma de cilindros.
❖ variação entre células globosas e 
pavimentosas.
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
Epitélios Glandulares 
CLASSIFICAÇÃO 
❖ mantêm conexão com o epitélio do 
qual se originaram, com ductos tubulares: 
secreção é eliminada e alcança superfície ou 
cavidade. um ducto não ramificado. 
ductos ramificados.
❖ a conexão com o epitélio é 
obliterada e reabsorvida. Não tem ductos: suas 
secreções são lançadas no sangue.
❖ 
❖ 
❖ 
❖ secreção é liberada junto com 
toda a célula.
❖ secreção é liberada por meio de 
exocitose, sem perda de outro material celular.
❖ a secreção apresenta porções do 
citoplasma das células secretoras.
as glândulas também podem ser classificadas 
conforme a complexidade e forma de seus túbulos.
GLÂNDULAS SEROSAS 
São aquelas que secretam um . As células 
serosas possuem um formato poliédrico ou piramidal, 
tem núcleos centrais arredondados e polaridade bem 
definida. São o e o . As 
células acinosas do pâncreas e das glândulas salivares 
parótidas são exemplos de células serosas. 
GLÂNDULAS MUCOSAS 
São aquelas que secretam um 
, , denominado . As células 
mucosas possuem geralmente um formato cubóide ou 
colunar, seu núcleo é oval e encontra-se pressionado 
junto à base da célula. A célula mucosa melhor estudada 
é a célula caliciforme dos intestinos e trato respiratório. 
Tecido Conjuntivo 
Introdução 
FUNÇÕES 
A principal função dos tecidos conjuntivos é o 
estabelecimento e manutenção da forma do corpo. 
Garante sustentação, estrutura e função. 
É um meio para trocas: nutrientes e oxigênio. 
CARACTERÍSTICAS 
O tecido conjuntivo é agregado com todos os tecidos. 
Formado por diversos tipos de células separadas por 
. Fibras + células + MEC. 
Possui alta vascularização. 
formado por , 
 e a 
 (é um complexo viscoso e hidrofílico formado 
por glicosamidoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas 
de adesão). 
COMPONENTES CELULARES 
são residentes nos locais em que 
exercem sua função. Possuem vida longa. 
❖ 
produção de moléculas da matriz extracelular 
(fibras e substância fundamental). 
❖ estocagem de gordura, reserva de 
energia, isolante térmico. 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
❖ liberação de moléculas 
farmacologicamente ativas, participação em 
reações alérgicas. 
❖ células endoteliais de capilares e 
vênulas 
são produzidas principalmente na 
medula óssea e, sob a presença de um estímulo, ficam 
livres e migram para exercerem suas funções. 
❖ produção e secreção de 
anticorpos. Presentes principalmente em áreas 
de inflamação crônica, penetração de 
subtâncias. estranhas ou microrganismo. 
❖ participação na resposta 
imunológica. 
❖ fagocitose, processamento e 
apresentação de antígenos, secreção de 
citocinas e fatores que participam na 
inflamação. 
❖ glóbulos brancos. 
❖ fagocitose e digestão de 
bactérias em áreas de inflamação aguda. 
❖ atraídos por fatores quimiotáticos 
para leucócitos; liberam citotoxinas para 
combater parasitas. 
❖ liberam agentes farmacológicos que 
iniciam, mantêm e controlam o processo 
inflamatório. 
 
Fibroblastos e fibrócitos 
 
Eosinófilos, fibroblastos e macrófagos 
 
Plasmócitos, mastócitos e adipócitos 
 
FIBRAS 
Um dos principais componentes da matriz extracelular. 
Proporcionam forma, estrutura e resistência ao tecido. 
produzidas pelos fibroblastos. São 
. 
❖ Tipo I: mais resistente; dentina, osso, TCPD. 
❖ Tipo II: cartilagem hialina e elástica. 
❖ Tipo III: órgãos hematopoiéticos. 
❖ Tipo IV: lâmina densa da lâmina basal. 
❖ Tipo V: associada ao colágeno I; placenta. 
❖ Tipo VII: liga a lâmina basal à reticular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reticulares 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
são constituídas por elastina. 
Estão presentes nas paredes das artérias e nos alvéolos 
pulmonares. 
 são pouco resistentes. 
São encontradas em órgãos hematopoiéticos. 
TIPOS DE TECIDOS CONJUNTIVOS 
Existem diversos tipos de tecidos conjuntivos, todos 
formados pelos mesmos componentes supracitados. 
Seus nomes refletem o componente predominante ou 
a organização estrutural do tecido. São eles: 
tecido 
adiposo, tecido elástico, tecido reticular ou 
hemocitopoiético e tecido mucoso. 
tecido cartilaginoso e 
tecido 
ósseo. 
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO 
É dividido em : 
suporta estruturas 
normalmente sujeitas a pressão 
e pequenos atritos. É um tipo 
muito comum. Contém todos 
os elementos estruturais do 
TCPD, não havendo nenhuma 
predominância. Suas células 
mais numerosas são os 
fibroblastos e macrófagos. É de 
, , 
 e 
.
é 
adaptado para oferecer 
resistência e proteção aos 
tecidos. É formado pelos 
mesmos componentes do 
TCPD frouxo, porém, com 
menos células e predominância 
de fibras colágenas. É e 
. É subdividido, ainda, em dois: 
❖ as fibras 
colágenas são organizadas em feixes sem 
orientação definida. 
Formam uma trama 
tridimensional, o que lhes 
confere resistência às 
trações de qualquer 
direção. Presente, por 
exemplo, na derme 
profunda da pele. 
❖ as fibras de colágeno 
são paralelas umas às outras e alinhadas aos 
fibroblastos. Tem 
resistência às 
forças de tração 
exercidas em um 
determinado 
sentido. Como, 
por exemplo, os 
tendões. 
TECIDO ADIPOSO 
Predominam (adipócitos). Estão 
depositadas (ou 
triacilgliceróis – TAG), que são apolares, hidrofóbicas e 
insolúveis em água, também chamadas de gordura 
neutra podem ser metabolizadas para extrair energia, 
os depósitos de TAG do tecido adiposo são as 
principais reservas energéticas do organismo (células 
hepáticas e músculo esquelética também são reservas, 
mas na forma de glicogênio). 
Há , apresentam 
diferenças em distribuição, estrutura, fisiologia e 
patologia: 
quando 
totalmente desenvolvido, suas células contêm apenas 
uma que ocupa quase 
todo o citoplasma. Sua cor varia entre branco e 
amarelo-escuro dependendo da dieta ingerida (acumula 
carotenos nas gotículas de gordura). É bem distribuído 
pelo corpo (mas acumula em alguns locais). Funções: 
❖ Reserva energética; 
❖ Modela a superfície corporal 
; 
❖ Absorve choques mecânicos; 
❖ Isolamento térmico gordura é má condutora 
de calor; 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
❖ Preenche espaço entre outros tecidos e ajuda 
a manter órgãos em suas posições; 
❖ Sintetiza e secreta alguns fatores e hormônios. 
 
 são grandes. Quando 
isoladas, esféricas, porém, quando se reúnem para 
formar o tecido adiposo, tornam-se poliédricas devido à 
compressão. Tem o núcleo geralmente alongado. Cada 
célula adiposa é envolvida por uma lâmina basal, e sua 
membrana plasmática tem vesículas de pinocitose. As 
gotículas de gordura, independente do tamanho, não 
possuem membrana envolvente (encontram-se no 
citosol da célula). 
O tecido unilocular apresenta septos de tecido 
conjuntivo propriamente dito, contendo vasos e nervos 
que servem às células adiposas. A vascularização do 
tecido adiposo é muito abundante (considerando a 
quantidade relativamente pequena de citoplasma ativo). 
formado por células 
que contêm e muitas 
mitocôndrias. Sua cor característica vem da 
vascularização abundante e numerosas mitocôndrias 
(são avermelhadas devido aos citocromos). É de 
distribuição limitada, localiza-se em áreas determinadas 
(o tecido não cresce, então, em adultos, é muito 
reduzido). 
 são menores, com 
formato poligonal. O citoplasma é carregado de 
inúmeras gotículas lipídicas de vários tamanhos, assim 
como numerosas mitocôndrias (com cristas longas). 
Apresentam um arranjo epitelioide, formam massas 
compactas (associadasa muitos capilares sanguíneos). 
TECIDO ELÁSTICO 
É composto por 
. O espaço entre essas fibras é ocupado por 
finas fibras de colágeno e fibrócitos. Possui 
. Presente nos ligamentos 
amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor 
do pênis. 
TECIDO RETICULAR/HEMOCITOPOIÉTICO 
É muito delicado e forma uma rede tridimensional que 
. É constituído 
por 
 ( ). Cria um ambiente 
especial para órgãos linfoides e hematopoiéticos 
(medula óssea, linfonodos, nódulos linfáticos e baço). 
As células reticulares estão dispersas ao longo da matriz 
e cobrem parcialmente (com seus prolongamentos 
citoplasmáticos) as fibras reticulares e a substância 
fundamental. Esse arranjo forma uma 
 (parece uma esponja), dentro da qual as 
células e fluidos movem-se livremente. Ao lado delas, 
encontram-se células do sistema fagocitário, 
estrategicamente dispersas ao longo das trabéculas 
(monitorando o fluxo de materiais que passa 
lentamente através de espaços semelhantes a seios, 
removendo organismos invasores por fagocitose). 
TECIDO MUCOSO 
Tem graças à preponderância 
de MEC composta, predominantemente, por 
. É o principal 
componente do cordão umbilical, porém, nos adultos, é 
restrito apenas à polpa jovem dos dentes. 
TECIDO CARTILAGINOSO 
Tem e desempenha função de 
suporte de tecidos moles, reveste superfícies 
articulares, absorvendo choques mecânicos e diminui o 
atrito, facilitando o deslizamento dos ossos nas 
articulações. A cartilagem é essencial para a formação 
e o crescimento dos ossos longos na vida intrauterina 
e depois do nascimento. É composto por condrócitos 
e abundante MEC. Os condrócitos alojam-se em 
 (cavidades pequenas da matriz), cada lacuna 
pode conter um ou mais condrócitos. 
Suas funções dependem, principalmente, da estrutura 
da matriz (pode ser formada por colágeno ou colágeno 
e elastina). Há ainda grande quantidade de 
proteoglicanos, ácido hialurônico, e diversas 
glicoproteínas (associadas às fibras de colágeno e 
elásticas). 
As cartilagens, com exceção das articulares e do tipo 
fibroso, são envolvidas por uma bainha conjuntiva 
chamada de (tecido conjuntivo denso), que 
contém nervos e vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido 
cartilaginoso não contém vasos sanguíneos, então, é 
nutrido por capilares do pericôndrio. E é desprovido, 
também, de vasos linfáticos e de nervos. As cartilagens 
que revestem a superfície dos ossos nas articulações 
móveis não têm pericôndrio, recebem nutrientes do 
líquido sinovial. 
Há : 
é a mais comum, mais 
frequentemente encontrado no corpo. Sua matriz 
contém fibrilas constituídas, principalmente, de 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
. A fresco, tem coloração branco-azulada e 
translúcida. É o tipo de cartilagem que constitui o 
primeiro esqueleto do embrião (posteriormente é 
substituído por um esqueleto ósseo). 
❖ formada 40% por 
colágeno tipo II associadas a ácido hialurônico e 
a outros glicosaminoglicanos, proteoglicanos 
muito hidratados e glicoproteínas. Um 
importante componente proteico é a 
glicoproteína estrutural condronectina 
(participa da associação do arcabouço 
macromolecular da matriz com os condrócitos). 
Além de colágeno e glicoproteínas, grande 
parte da matriz é ocupada por 
glicosaminoglicanos, combinados por ligação 
covalente com proteínas, formando 
proteoglicanos. Como o colágeno e a elastina 
são flexíveis, a consistência firme das 
cartilagens deve-se principalmente, pelas 
ligações eletrostáticas (entre 
glicosaminoglicanos sulfatados e o colágeno) e 
grande quantidade de água presas aos 
glicosaminoglicanos (confere turgidez à matriz). 
❖ além de fonte de novos 
condrócitos para o crescimento, o pericôndrio 
é responsável pela nutrição, oxigenação e 
eliminação dos refugos metabólicos da 
cartilagem, uma vez que nele estão localizados 
vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes no 
interior do tecido cartilaginoso. É formado por 
um tecido conjuntivo com muitas fibras de 
colágeno tipo I. Suas células são semelhantes 
aos fibroblastos, mas as situadas próximas à 
cartilagem podem facilmente multiplicar-se (por 
mitose) e originar condrócitos, caracterizando-
se funcionalmente como . 
❖ na periferia da hialina, 
apresentam-se de forma alongada, com o eixo 
maior paralelo à superfície. Já mais 
internamente, são arredondados e 
frequentemente aparecem em grupos 
(grupos isógenos) suas células são pequenos 
clones, originados por divisão de um único 
condroblasto. Tem forma estrelada ao ver no 
microscópio (pq sofrem tração no processo 
histológico). São 
 (principalmente do tipo II), 
 e . 
contém menos fibrilas de 
cartilagem tipo II e . É 
encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo 
externo, na tuba auditiva, na epiglote e na laringe. É 
semelhante à cartilagem hialina, mas inclui, além das 
fibrilas de colágeno, uma abundante 
 contínuas com as do pericôndrio. 
também é chamada de 
fibrocartilagem, apresenta matriz constituída 
principalmente por . É um 
tecido com características intermediárias entre o tecido 
conjuntivo denso modelado e a cartilagem hialina. É 
encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em 
que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos 
e na sínfise pubiana. Está 
, e os limites entre os dois são 
imprecisos. . 
TECIDO ÓSSEO 
É composto por e (MEC 
calcificado). É o principal componente do esqueleto. 
Funções: 
❖ Suporte para tecidos moles; 
❖ Proteção de órgãos vitais 
; 
❖ Aloja e protege a medula óssea; 
❖ Apoia a musculatura esquelética 
; 
❖ Sistema de alavancas 
; 
❖ Depósito de cálcio, fosfato e outros íons 
; 
❖ Absorve toxinas e metais pesados 
 
 vem de duas linhagens 
 (formadas pelos osteoblastos e osteócitos, 
derivadas de células osteoprogenitoras) e
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
(são os osteoclastos, originados de monócitos, 
produzidos na medula hematopoiética). 
❖ localizados sempre nas 
superfícies ósseas, lado a lado. Sintetizam a 
parte orgânica da matriz (colágeno tipo I, 
proteoglicanos e glicoproteínas) e fatores que 
influenciam a função de outras células ósseas. 
Quando em intensa atividade sintética, são 
cuboides com citoplasma muito basófilo, mas, 
em estado pouco ativo, são achatados e com 
menos intensidade em sua basofilia. Também 
são capazes de concentrar fosfato de cálcio, 
participando da mineralização da matriz. 
 
. A matriz então 
deposita-se ao redor do corpo da célula e 
passa por deposição de cálcio, formando 
lacunas que contém os osteócitos e os 
canalículos (túneis compostos por 
prolongamentos celulares de osteócito).
a matriz óssea recém-formada (não calcificada 
ainda) recebe o nome de osteoide. 
❖ são células achatadas, encontradas 
no interior da matriz óssea e ocupam 
pequenos espaços chamados lacunas (cada 
lacuna contém apenas um osteócito). São 
responsáveis por manter a matriz extracelular. 
❖ são células móveis, de tamanho 
muito grande e multinucleadas, responsáveis 
pela reabsorção do tecido ósseo. Tem 
citoplasma granuloso (algumas vezes com 
vacúolos), fracamente basófilos em 
osteoclastos jovens e altamente acidófilos nos 
maduros. Situam-se na superfície do tecido 
ósseo ou em túneis no interior das peças 
ósseas. pequenas 
depressões da matriz escavadas pela atividade 
dessas células.
 constituída de parte orgânica e 
inorgânica. Cerca de 95% da da matriz 
é formada por fibras colágenas constituídas 
principalmente por colágeno do tipo I, e o restante, por 
proteoglicanos e glicoproteínas. destacam-se a 
osteonectina (importante para calcificação da matriz) e 
a osteopontina. A representa cerca 
50% do peso da matriz óssea. Os íons mais 
encontrados são o fosfato e o cálcio, mas há, também, 
bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e cirato em 
pequenas quantidades. 
Ainda não existe uma explicação para o mecanismo de 
calcificação ou mineralização da matriz óssea. Sabe-se 
que a calcificação começa pela deposição de sais de 
cálciosobre as fibrilas colágenas (deve ser induzida por 
proteoglicanos e glicoproteínas. É influenciada pela 
concentração desses minerais em vesículas da matriz). 
a superfície externa e interna 
dos ossos é recoberta por uma camada de tecido 
conjuntivo e células osteogênicas. Fornecem novos 
osteoblastos para o crescimento, remodelação e 
recuperação do osso. Além disso, são importantes para 
a nutrição do tecido ósseo (pois apresenta vasos 
sanguíneos em seu interior). 
❖ reveste o osso externamente. Em 
sua camada mais externa há mais fibras 
colágenas e fibroblastos, contém fibras de 
Sharpey (feixes que penetram no tecido ósseo 
e prendem firmemente o periósteo ao osso). 
Sua camada mais interna contém mais células 
osteoprogenitoras. 
❖ Endósteo reveste o osso internamente. Fina 
camada de células osteogênicas achatadas, que 
reveste as cavidades do osso esponjoso, o 
canal medular, o canal de Havers e os de 
Volkmann. 
compacto é formado por 
partes sem cavidades visíveis e o esponjoso possui 
cavidades visíveis, é ocupado pela medula óssea 
amarela ou vermelha. 
do ponto de vista 
histológico, os tecidos ósseos podem ser classificados 
em dois tipos. Ambos contêm os mesmos tipos 
celulares e os constituintes da matriz são muito 
semelhantes. 
❖ 
 é sempre o primeiro a ser formado 
(seja embrionário como na reparação de 
fraturas). As fibras de colágeno se dispõem 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
irregularmente, sem orientação definida. É 
temporário, sendo substituído pelo secundário. 
Apresenta menor quantidade de minerais, mas 
maior proporção de osteócitos. 
❖ 
as fibras de colágeno se organizam em lamelas, 
que se organizam em uma disposição muito 
ordenada. As fibras colágenas de cada lamela 
são paralelas entre si, mas de lamela para 
lamela as fibras tem direções diferentes. 
Apresenta substância cimentante (matriz 
mineralizada, mas com pouco colágeno). É a 
variedade mais encontrada no adulto. 
Sistema de Havers: é no tecido ósseo secundário 
que contém sistema de Havers, característico da diáfise 
dos ossos longos. É paralelo a diáfise de ossos longos, 
formado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas. No 
centro desse sistema existe um canal revestido de 
Endósteo (Canal de Havers) que contém vasos e 
nervos, paralelo ao canal medular. canais de 
Volkmann se distinguem por não apresentarem lamelas 
ósseas concêntricas. 
a histogênese do tecido ósseo pode ser 
por 2 processos e, em qualquer um dos dois, o primeiro 
tecido ósseo formado é do tipo primário, que vai sendo 
substituído pouco a pouco pelo lamelar. 
❖ ocorre no 
interior de uma membrana conjuntiva 
❖ se inicia dentro de 
um molde de cartilagem hialina, que 
gradualmente é destruído e substituído por 
tecido ósseo formado a partir de células do 
conjuntivo adjacente. 
Tecido Muscular 
Introdução 
FUNÇÃO 
A principal função do tecido muscular é o 
CARACTERÍSTICAS 
O tecido muscular é constituído por células alongadas 
que contêm grande quantidade de filamentos 
citoplasmáticos compostos de proteínas contráteis (seu 
arranjo torna possível a transformação de energia 
química em energia mecânica). 
O tipo de contração varia conforme a função. 
O tecido conjuntivo que circunda tanto as fibras 
musculares individuais quanto os feixes de fibras 
musculares é essencial para a transdução de força. 
Os componentes das células musculares recebem 
nomes especiais: membrana = sarcolema, citosol = 
sarcoplasma e retículo endoplasmático liso = reticulo 
sarcoplasmático. 
TIPOS DE TECIDOS MUSCULARES 
Existem 3 tipos de tecidos musculares: 
formado por feixes de 
células cilíndricas multinucleadas e muito longas, com 
estriações transversais. Essas fibras têm contração 
rápida e controle voluntário.
também apresentam 
estrias transversais e é formado por células alongadas, 
porém, mais curtas que as do esquelético. Suas fibras 
são ramificadas e se unem por meio de 
(exclusivos da musculatura cardíaca). Sua 
contração é involuntária e rítmica.
formado por células fusiformes que não 
tem estrias. Tem processo de contração lento e 
involuntário. 
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO 
É formado por feixes de células muito longas, cilíndricas, 
multinucleadas (na periferia celular) e com inúmeras 
 (filamentos cilíndricos). As fibras musculares 
estriadas esqueléticas apresentam estriações 
transversais, pela alternância de faixas claras e escuras 
Cada fibra muscular contem centenas de milhares de 
, que, por sua vez, são compostas pelas 
proteínas (cerca de 3000 filamentos – mais fino) 
e (em torno de 1500 filamentos – mais grosso). 
é um segmento das miofibrilas (delimitado 
entre dois discos Z consecutivos). 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
❖ Filamentos mais grossos: . 
❖ Filamentos mais finos: . 
❖ Filamentos parcialmente interdigitados. 
❖ faixa clara, isotrópicos à luz polarizada. 
 
❖ faixa escura, anisotrópicos à luz 
polarizada. 
 
❖ Pontes cruzadas 
 
❖ composto de proteínas filamentosas 
cruzando transversalmente a miofibrila, e de 
uma fibrila a outra, conectando-as desta forma 
por toda a fibra muscular. 
 
❖ formada apenas por filamentos 
grossos e é constituída por miosina. 
❖ divide a banda H ao meio. 
❖ O epimísio é a bainha de tecido 
conjuntivo denso que circunda um conjunto de 
fascículos, constituindo o músculo. O 
suprimento vascular e nervoso adentra o 
músculo através do epimísio. 
❖ camada de tecido conjuntivo mais 
espessa, que circunda um grupo de fibras para 
formar um feixe ou fascículo. São encontrados 
vasos sanguíneos de maior calibre, além de 
nervos. 
❖ a camada delicada de fibras 
reticulares que circunda cada fibra muscular. 
Apenas vasos sanguíneos de pequeno 
diâmetro e os ramos neuronais mais finos são 
encontrados no endomísio, que corre 
paralelamente às fibras musculares. 
 
As fibras musculares estriadas (
) têm estruturas especializadas em conduzir a 
despolarização de membrana para o interior da célula: 
 (ou túbulos T). São milhares de 
invaginações da membrana plasmática da fibra muscular. 
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO 
É constituído por células cilíndricas alongadas e às 
vezes ramificadas. Apresentam estriações transversais, 
mas contem apenas um ou dois núcleos localizados no 
centro da fibra. As fibras são circundadas por uma 
bainha de tecido conjuntivo (equivalente ao endomísio 
do músculo esquelético). 
As fibras cardíacas se prendem entre si por meio de 
junções intercelulares complexas (vistas ao microscópio 
como traços transversais): ou 
escalariformes. 
 são estruturas encontradas apenas 
na musculatura cardíaca e aumentam a adesão entre 
as fibras cardíacas. Nesses discos encontram-se 3 
especializações: 
❖ servem para ancorar os 
filamentos de actina dos sarcômeros terminais. 
❖ unem as células musculares 
cardíacas, impedindo que elas se separem 
durante a atividade contrátil. 
❖ responsáveis pela 
continuidade iônica entre células musculares 
vizinhas. 
 sistema 
T e o retículo sarcoplasmático não são bem 
organizados no cardíaco como no esquelético. Na 
musculatura dos ventrículos os túbulos T são maiores 
do que no esquelético. Os túbulos T cardíacos se 
localizam na altura da Banda Z e não na junção das 
Bandas A e I. No músculo cardíaco existe apenas uma 
expansão de túbulo T por sarcômero e não duas. O 
retículo sarcoplasmático do cardíaco não é tão 
desenvolvido. 
MÚSCULO LISO 
É formado pela associação de células longas e 
fusiformes, mais espessas no centro e afiladas nas 
extremidades, com núcleo único elíptico e central. É 
encontrado nas vísceras e na camada média dos vasos 
Introdução ao Estudo da Medicina | Fernanda Ribeiro – MedUesb XVII 
 
sanguíneos. As células musculares lisas são revestidas 
por lâmina basal e mantidas juntas por uma rede muito 
delicada de fibras reticulares. Essas fibras reticulares 
amarram as células musculares umas às outras, de tal 
maneira que a contração de apenas algumasse 
transforma na contração do músculo inteiro. 
 
O sarcolema dessas células apresenta grande 
quantidade de depressões chamadas de 
contêm íons Ca² que são utilizados para iniciar a 
contração. 
As células musculares lisas apresentam também os 
 estruturas densas que tem importante 
papel na contração das células musculares lisas. 
O mecanismo de contração do músculo liso é diferente 
do observado nos músculos estriados esquelético e 
cardíaco. Não possui troponina nem placa motora. 
Apresenta retículo sarcoplasmático rudimentar (e, às 
vezes, até inexistente).

Continue navegando