Tubo digestivo Diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres Aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres Bexiga Pouca ou nenhuma ação Contração das paredes promovendo o esvaziamento Genitais masculinos Vasoconstrição, ejaculação Vasodilatação, ereção Glândula supra-renal Secreção de adrenalina (através de fibras pré-ganglionares) Nenhuma ação Vasos sangüíneos do tronco e das extremidades Vasoconstrição Nenhuma ação, inervação possivelmente ausente Chama-se sistema nervoso autônomo o componente eferente do sistema nervoso visceral. Traz impulsos de certos centros nervosos até estruturas viscerais, terminando, pois, em glândulas músculos lisos ou músculo cardíaco. Ele engloba fibras eferentes viscerais gerais e se define como um sistema exclusivamente eferente ou motor. ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Os elementos fundamentais da organização da parte periférica do sistema nervoso autônomo são neurônios pré e pós-ganglionares, sendo que os corpos dos neurônios pré-ganglionares se localizam na medula e no tronco encefálico. Na medula, eles ocorrem de T11 até S4. No tronco encefálico, eles se agrupam formando os núcleos de origem de alguns nervos cranianos, como o nervo vago. Na porção toraco-lombar (T1 até L2) da medula, os neurônios pré-ganglionares se agrupam formando uma coluna lateral, situada entre as colunas anterior e posterior da substância cinzenta. O axônio do neurônio pré-ganglionar envolvido pela bainha de mielina e bainha de neurilema constitui a chamada fibra pré-ganglionar, assim denominada por estar situasda antes de um gânglio, onde termina fazendo sinaspse com o neurônio pós-ganglionar. Os corpos dos neurônios pós-ganglionares estão situados nos gânglios do SNA, onde são envolvidos por um tipo especial de células neurogliais denominadas anfícitos. O axônio do neurônio pós-ganglionar envolvido apenas pela bainha de neurilema constitui a fibra pós-ganglionar, logo, esta se diferencia da fibra pré-ganglionar por ser amielínica com neurilema. Essas fibras pós terminam nas vísceras em contato com glândulas, músculo liso ou cardíaco. DIFERENÇAS ENTRE SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO O SNA se divide em simpático e parassimpático, sendo que entre ambos existem diferenças, as quais podem ser assim agrupadas: Posição dos neurônios pré-ganglionares No Sistema Nervoso Simpático: esses neurônios se localizam na medula torácica e lombar (entre T1 e L2). Diz-se que ele é, pois, toraco-lombar. No Sistema Nervoso Parassimpático: se localizam no tronco encefálico (dentro do crâsnio, portanto) e na medula sacral (S2,S3,S4). Diz-se que é cranio-sacral. Posição dos Neurônios pós-ganlionares: No SNS: esses neurônios, isto é, os gânglios, se localizam longe das vísceras e próximo da coluna vertebral, formando gânglios paravertebrais e pré-vertebrais. No SNP: esses neurônios se localizam próximo ou dentro das vísceras. Exemplos: células ganglionares dos plexos submucoso e mioentérico. Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares No SNS: a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar é longa. No SNP: a fibra pré-ganglionar é longa e a pós-ganglionar é curta. Ultra-estrutura da fibra pós-ganglionar No SNS: possui fibras pós-ganglionares com vesículas sinápticas do tipo granulares pequenas que contêm noradrenalina; No SNP: possui fibras pós-ganglionares com vesículas sinápticas do tipo agranulares que contêm acetilcolina. Critério Simpático Parassimpático Posição do neurônio pré-ganglionar T1 a L2 Tronco encefálico e S2,S3,S4 Posição do neurônio pós-ganglionar Longe da víscera Próximo ou dentro da víscera Tamanho das fibras pré-ganglionares Curtas Longas Tamanho das fibras pós-ganglionares Longas Curtas Ultra-estrutura das fibras pós-ganglionares Com vesículas granulares pequenas Com vesículas agranulares Classificação farmacológica das fibras pós-ganglionares Adrenérgicas (a maioria) Colinérgicas CÓRTEX CEREBRAL ÁREAS DE PROJEÇÃO (ÁREAS PRIMÁRIAS) Relacionam-se diretamente com a sensibilidade ou com a motricidade. Na verdade, existe uma só área primária motora, situada no lobo frontal e várias áreas primárias sensitivas nos demais lobos. ÁREAS SENSITIVAS PRIMÁRIAS Área Somestésica A área somestésica primária ou área de sensibilidade somática geral está localizada no giro pós-central, que corresponde às áreas 3,2,1 do mapa de Brodmann. A ela chegam impulsos nervosos relacionados à temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção consciente da metade oposta do corpo. Para representar a SOMATOTOPIA , foi criado um “homúnculo sensitivo” de cabeça para baixo no giro pós-central. Na porção superior desse giro se localiza a área dos órgãos genitais e dos pés, já na parte súpero-lateral do hemisfério, se localiza as áreas da perna, tronco e braço, todas pequenas. Mais abaixo vem a área da mão, que é muito grande, seguida da cabeça, onde a face e a boca têm uma representação bastante grande. SOMATOTOPIA Essa somatotopia reflete que o território de representação da mão, especialmente dos dedos é desproporcionalmente grande uma vez que a representação cortical de uma parte do corpo depende da importância funcional dessa parte para a biologia da espécie e não de seu tamanho. Em caso de lesão a essa área causam perda da snesibilidade discriminativa do lado oposto à lesão, logo, o doente perde a capacidade de discriminar dois pontos, perceber movimentos da partes do corpo ou reconhecer diferentes intensidades de estímulo, perdendo, inclusive a esterognosia, ou seja, capacidade ce reconhecer objetos colocados em sua mão. Contudo, as modalidades mais grosseiras de sensibilidade (sensibilidade protopática), tais como tato não discriminativo e a sensibilidade térmica e dolorosa permanecem praticamente inalteradas, pois, se tornam conscientes a nível talâmico. Área Visual Se localiza nos lábios do sulco calcarino e corresponde à área 17 de Brodmann. Aí chegam fibras do tracto geniculo-calcarino originadas no corpo geniculado lateral. Lesões bilaterais a essa área causam cegueira completa na espécie humana. Área Auditiva Está situada no giro temporal transverso anterior (giro de Heschl) e corresponde às áreas 41 e 42 de Brodmann. Nela chegam fibras da radiação auditiva que se originam no corpo geniculado medial. Lesões bilaterais do giro em questão causam surdez completa, porém lesões unilaterais causam déficits auditivos pequenos, porque, ao contrário de outras vias de sensibilidade, a área auditiva não é totalmente cruzada. Área Vestibular Se localiza no lobo parietal, em um pequeno local próximo ao território da área somestésica correspondente à face.Logo, está mais ligada à sensibilidade proprioceptiva do que com a auditiva. Área Olfatória Ocupa espaço no úncus e no giro para-hipocampal. Área Gustativa /se localiza na porção inferior do giro pós-central próxima à insula e corresponde à área 43 de Brodmann. Lesões dessa área causam diminuição da gustação na metade posta da língua. ÁREA MOTORA PRIMÁRIA Definição segundo o ponto de vista citoarquitetural: é um isocórtex heterotípico agranular caracterizado pela presença das células piramidais gigantes ou células de Betz. (está representada em azul, abaixo). Localização: parte posterior do giro pré-central correspondente à área 4 de Brodmann. A estimulação elétrica da área 4 determina movimentos de grupos musculares do lado oposto, por exemplo, da mão, do braço, dentre outros. Da mesma forma, focos epiléticos nessa área causam movimentos de grupos musculares isolados, podendo se estender progressivamente a outros grupos, à medida que há propagação do estímulo. Segundo o homúnculo motor (abaixo), a extensão da representação cortical - espaço que “ocupa” no córtex - de uma parte do corpo na área 4 é proporcional à delicadeza de movimentos realizados pelos grupamentos musculares aí localizados