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Estudo Dirigido - Anatomia do SNC

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–
 
1.Cite os principais ossos do neurocrânio 
e viscerocrânio. 
O crânio é o arcabouço ósseo da cabeça e 
contém 22 ossos, sem contar os ossos das orelhas 
médias. Divide-se em neurocrânio e viscerocrânio. 
O neurocrânio em adultos é formado por uma série 
de oito ossos: quatro ossos ímpares centralizados na 
linha mediana (frontal, etmoide, esfenoide e 
occipital) e dois pares de ossos bilaterais (temporal e 
parietal). O viscerocrânio é formado por ossos 
irregulares sendo três ossos ímpares centralizados ou situados na linha mediana (mandíbula, etmoide 
e vômer) e seis ossos pares bilaterais (maxilas; conchas nasais inferiores; e zigomáticos, palatinos, 
osso nasal e lacrimal) 
2.Descreva os principais acidentes ósseos do crânio nas normas frontal, lateral, occiptal, 
superior, basilar e face interna da base do crânio. 
Os acidentes ósseos são irregularidades nos ossos e podem ser ponto de passagem de alguma 
estrutura, como artérias e ligamentos, ou ponto de inserção muscular (processo) ou pontos de 
articulação. Na Norma Vertical (crânio visto de cima) tem-se as Suturas: Coronal, sagital, lambdoide; 
os Pontos: bregma e lambda; as Tuberosidades parietais e o Forame parietal. Na Norma Lateral (crânio 
visto de lado) temos os Ossos: frontal, parietal, occipital, temporal, zigomático, esfenoide. As Suturas 
principais: escamosa, coronal, lambdóide, occipitomastóidea. A Fossa temporal, as Linhas temporais, 
o Arco zigomático, o Meato acústico externo, a Fossa mandibular, o Processo estiloide e o Processo 
mastoide. Na Norma Frontal (crânio visto de frente) há os Túberes frontais, os Arcos superciliares, a 
Glabela, a Borda supra-orbital: incisura supra-orbital, o Dorso do nariz: ossos nasais, lâmina 
perpendicular do etmóide, processos frontais da maxila, a Espinha nasal anterior, a Concha nasal 
inferior, o Forame infra-orbital, forame zigomaticofacial e a Mandíbula. Na Norma Occipital (crânio 
visto de trás) há a Protuberância occipital externa, a Linha nucal superior, a Linha nucal suprema, o 
Plano occipital, o Plano nucal, a Linha nucal mediana. A Norma Basal (crânio visto de baixo) é 
formada pelos processos palatinos dos ossos maxilar e palatino, pelo vômer, processos pterigóides, 
faces inferiores das asas maiores, processos espinhosos e parte do corpo do esfenóide, faces inferiores 
da porção petrosa e escamosa dos temporais e pela face inferior do occipital. Há o Palato duro, o Arco 
arveolar, o Forame palatino maior, as Coanas, as Porção basilar do occipital, o Forame oval, a Fossa 
mandibular, o Processo estiloide, o Processo mastóide: incisura mastoidea, o Forame lácero, o Canal 
carótico, o Forame jugular, o Forame estilomastóideo, o Forame magno, o Côndilos occipitais, o Canal 
do núcleo hipoglosso, a Fossa condilar, o Canal condilar. 
Assim, os principais orifícios de cada Norma são: para a Norma anterior: Forame supra-
orbital; Fissura orbital superior; Fissura orbita inferior; canal óptico; Forame infra-orbital; Forame 
mentual e os pontos craniométricos: Násio e glabela. Para a Norma superior tem-se que os Forames 
Parietais e os pontos craniométricos Bregma e Lambda merecem destaque. Na Norma Occipital tem-
se o Forame mastoideo e o ponto craniométrico Ínio. Na Norma Lateral tem-se o poro e meato acústico 
externo e os pontos craniométricos Ptério e Astério. Na Norma Basal tem-se o Forame e canal incisivo, 
Forames palatinos maiores e menores, Fossa Pterigoidea, Forame espinhoso, Forame oval, Canal 
carótico e Forame estilomastoideo (sendo estes visto somente na orientação basilar). Além do Forame 
jugular, Forame Magno, Canal do hipoglosso, Forame mastoideo, canal condilar e os pontos 
craniométricos Básio e Opistio. Na Base interna do crânio temos: Canal do Hipoglosso, Poro e meato 
acústico interno, Canal Optico, Fissura orbital superior, Forame redondo, oval e o espinhoso 
 
3. Descreva morfofuncionalmente o bulbo. 
O bulbo (ou medula oblonga) 
se estende a partir do primeiro 
par de nervos espinais 
cervicais até o sulco 
bulbopontino. A superfície 
anterior (ventral) do bulbo 
está separada da parte basilar 
do osso occipital e do ápice do 
dente do áxis pelas meninges 
e pelos ligamentos 
occipitoaxiais. Inferiormente, 
a superfície posterior (dorsal) 
do bulbo ocupa a incisura da 
linha mediana entre os 
hemisférios cerebelares. Seu 
limite superior se encontra no 
nível do sulco bulbo-pontino 
(margem inferior da ponte) e 
seu limite inferior se encontra 
no nível do forame magno. 
O bulbo é composto de 
núcleos vitais e substância 
branca que formam todos os 
tratos descendentes e 
ascendentes comunicando a 
medula espinal e as várias 
partes do encéfalo. A maioria 
das fibras no interior desses tratos cruzam para o lado oposto através da região piramidal do bulbo, 
permitindo que um lado do encéfalo receba informações do outro lado e mande informações para o 
lado oposto do corpo. Como a medula espinal, o bulbo dá origem a muitas raízes de nervos; no entanto, 
estas são as raízes dos nervos cranianos, e não dos nervos espinais. Seis dos 12 pares de nervos 
cranianos originam-se nesta região. A substância cinzenta do bulbo consiste em vários núcleos 
importantes dos nervos cranianos e retransmissores sensoriais. O núcleo ambíguo e o núcleo 
hipoglosso são os centros de onde surgem os nervos glossofaríngeo (IX), acessório (XI) e hipoglosso 
(XII). Os núcleos vestibulares são os centros de onde se originam os nervos vestibulococleares (VIII). 
Os nervos vagos (X) originam-se dos núcleos do vago, um em cada lado do bulbo, adjacente ao quarto 
ventrículo. O núcleo grácil e o núcleo cuneiforme retransmitem informações sensitivas ao tálamo, e os 
impulsos são então retransmitidos ao córtex cerebral pelos núcleos talâmicos. Os núcleos olivares 
inferiores e os núcleos olivares acessórios da oliva medeiam impulsos que passam do prosencéfalo e 
mesencéfalo através dos pedúnculos cerebelares inferiores ao cerebelo. No interior da substância 
branca do bulbo estão todos os tratos sensitivos (ascendentes) e motores (descendentes), que se 
estendem entre a medula espinal e outras partes do encéfalo. Uma parte da substância branca forma as 
pirâmides, isto é, protuberâncias na face anterior do bulbo. Elas são formadas pelos tratos motores 
maiores que passam do cérebro para a medula espinal. 
No interior da oliva encontra-se o núcleo olivar inferior. Os neurônios deste núcleo 
retransmitem impulsos provenientes dos proprioceptores (receptores que monitoram as posições da 
articulação e dos músculos) para o cerebelo. Os núcleos associados às sensações de tato, propriocepção 
consciente, pressão e vibração estão localizados na parte posterior do bulbo. Estes núcleos, os núcleos 
grácil e cuneiforme, recebem neurônios provenientes dos fascículos grácil e cuneiforme. Muitos 
axônios sensitivos ascendentes formam sinapses nesses núcleos, e os neurônios pós-sinápticos, em 
seguida, retransmitem a informação sensitiva para o tálamo, no lado oposto do encéfalo. 
O Bulbo recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas, 
chamadas de vida vegetativa, como: batimentos cardíacos, respiração, pressão do sangue, reflexos de 
salivação, tosse, espirro e o ato de engolir. Assim, suas principais funções são: via nervosa, centro 
nervoso (tosse, espirro, secreção lacrimal e piscar, deglutição, secreção salivar), centro cardio 
inibitório, centro respiratório. Os acidentes anatômicos principais que diferenciam o bulbo da medula 
espinal são as pirâmides e olivas, presentes na sua extremidade superior ligeiramente expandida. 
4. Descreva morfofuncionalmente a ponte. 
 
A ponte é uma grande massa ovóide 
e está situada no tronco encefálico e 
localizada entre o bulbo e o mesencéfalo. 
Está situada ventralmente ao cerebelo e 
repousa sobre a parte basilar do osso 
occipital e o dorso da sela turca do 
esfenoide. Inferiormente, é delimitada pelo 
sulcobulbo-pontino e superiormente, é 
dividida do mesencéfalo pelo sulco ponto-
mesencefálico. Na sua base, apresenta estriações transversais em razão dos numerosos feixes de fibras 
que a percorrem. As fibras convergem de cada lado para formar um feixe, o pedúnculo cerebelar 
médio, que penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Na parte ventral da ponte emergem os 
nervos abducente, facial e vestibulococlear. 
Os núcleos na ponte recebem impulsos sensitivos para as sensações somáticas provenientes 
da cabeça e face, e fornecem impulsos motores que controlam a mastigação por meio dos nervos 
trigêmeos. Os núcleos na ponte fornecem impulsos motores que controlam o movimento do bulbo do 
olho por meio dos nervos abducentes. Os núcleos também recebem impulsos sensitivos para o paladar 
e fornecem impulsos motores para regular a secreção de saliva e lágrimas, e a contração dos músculos 
da expressão facial por meio dos nervos faciais. Além disso, recebem impulsos sensitivos provenientes 
do aparelho vestibular e fornecem impulsos nervosos para o aparelho por meio dos nervos 
vestibulococleares. Estes nervos conduzem impulsos relacionados com a estabilização e equilíbrio. 
Ela atua no controle da respiração, é um centro de transmissão de impulsos para o cerebelo e 
atua ainda, como passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula. A região anterior da 
ponte forma uma grande estação de retransmissão sináptica, consistindo em centros de substância 
cinzenta espalhados, chamados núcleos da ponte. Numerosos tratos da substância branca entram e 
saem destes núcleos, cada um dos quais fornece uma conexão entre o córtex de um hemisfério cerebral 
e aquele do hemisfério oposto do cerebelo. A região posterior contém tratos ascendentes e 
descendentes com os núcleos dos nervos cranianos. Outros núcleos localizados na ponte são: a área 
pneumotáxica e a área apnêustica. Com a área respiratória rítmica, as áreas pneumotáxica e apnêustica 
ajudam a controlar a respiração. 
 
 
 
5. Descreva 
morfofuncionalmente o mesencéfalo. 
É a menor parte do tronco 
encefálico. Interpõe-se entre a ponte e 
o diencéfalo. É atravessado por um 
estreito canal, o aqueduto cerebral, que 
une o III ao IV ventrículo. Na face 
anterior encontra uma depressão que 
separa o mesencéfalo da ponte 
chamada de sulco pontino superior. Na 
face posterior do mesencéfalo 
distingue-se uma lâmina quadrigêmea, 
os colículos. Os colículos superiores 
recebem informações visuais e os 
colículos inferiores fazem parte da via 
auditiva. O mesencéfalo é responsável por algumas funções como a visão, audição, movimento dos 
olhos e movimento do corpo. 
A parte anterior do mesencéfalo contém um par de tratos chamados pedúnculos cerebrais. Eles 
contém axônios de neurônios motores corticospinais, corticobulbares e corticopontinos, que conduzem 
impulsos nervosos do cérebro para a medula espinal, bulbo e ponte, respectivamente. Os pedúnculos 
cerebrais também contêm axônios de neurônios sensitivos, que se estendem do bulbo até o tálamo. A 
parte posterior do mesencéfalo, chamada teto, contém quatro elevações arredondas chamadas de 
colículos. Os colículos superiores atuam como centros reflexos para determinadas atividades visuais. 
Por intermédio dos circuitos neurais da retina para os colículos superiores, e destes para os músculos 
extrínsecos do bulbo do olho, os estímulos visuais induzem os movimentos do bulbo do olho a 
acompanhar as imagens em movimento e a examinar imagens estacionárias. Outros reflexos dos 
colículos superiores são o reflexo de acomodação, que ajusta o formato da lente para visão de perto 
em relação à visão à distância, e os reflexos que controlam os movimentos dos olhos, cabeça e pescoço 
em resposta aos estímulos visuais. Os colículos inferiores, são parte da via auditiva retransmitindo 
impulsos dos receptores para a audição, situados na orelha, para o tálamo. Estes dois núcleos também 
são centros reflexos para o reflexo de sobressalto. 
O mesencéfalo contém as substâncias negras direita e esquerda, que são núcleos grandes com 
pigmentação intensamente escura. Os neurônios que liberam dopamina se estendem da substância 
negra até os núcleos da base, e ajudam a controlar as atividades musculares subconscientes. A perda 
desses neurônios está associada à doença de Parkinson. Além disso, existem os núcleos rubros direito 
e esquerdo, que parecem avermelhados em razão do rico suprimento sanguíneo e de um pigmento 
contendo ferro nos seus corpos celulares neuronais. Os axônios provenientes do cerebelo e do córtex 
cerebral formam sinapses nos núcleos rubros, que atuam com o cerebelo para coordenar os 
movimentos musculares. O núcleo mesocefálico, presente na substância cinzenta que envolve o 
aqueduto do mesencéfalo, é o único núcleo na parte central do sistema nervoso que não é uma estação 
de retransmissão sináptica entre neurônios. Este núcleo contém corpos celulares de neurônios 
sensitivos (unipolares) que conduzem sinais proprioceptivos (a percepção ou sensibilidade da posição 
e tensão do músculo) provenientes dos músculos esqueléticos da cabeça. 
Os núcleos oculomotores no mesencéfalo fornecem impulsos motores que controlam os 
movimentos do bulbo do olho, enquanto os núcleos oculomotores acessórios fornecem controle motor 
para os músculos lisos, que regulam a constrição da pupila e as alterações no formato da lente por meio 
dos nervos oculomotores. Os núcleos trocleares no mesencéfalo fornecem impulsos motores que 
controlam os movimentos do bulbo do olho por meio dos nervos trocleares. 
6. Descreva morfofuncionalmente o cerebelo. 
 
Está localizado no 
metencéfalo e ocupa a face inferior 
e posterior da cavidade do crânio. 
O cerebelo encontra-se 
posteriormente ao bulbo e à ponte, 
e inferiormente à parte posterior do 
cérebro. A fissura transversa do 
cérebro, é ocupada pelo tentório do 
cerebelo, ou seja, uma prega de 
dura-máter, semelhante a uma 
tenda, que está presa ao temporal e 
ao occipital, que suporta a parte 
posterior do cérebro, separando-o 
do cerebelo. 
A área central é o verme, e os lobos são os hemisférios do cerebelo. Cada hemisfério consiste 
em lobos separados por fissuras profundas e distintas. Os lobos anterior e posterior controlam os 
aspectos subconscientes dos movimentos do músculo esquelético. O lobo floculo- nodular, na face 
inferior, contribui para o equilíbrio e a estabilização. O córtex do cerebelo, consiste em substância 
cinzenta em uma série de cristas paralelas finas, chamadas folhas. Abaixo da substância cinzenta 
encontram-se os tratos da substância branca, chamados, em conjunto, de árvore da vida, pois se 
assemelham aos ramos de uma árvore. Os pedúnculos cerebelares inferiores conduzem informação 
sensitiva do aparelho vestibular da orelha interna e dos proprioceptores espalhados por todo o corpo 
para o cerebelo; seus axônios se estendem do núcleo olivar inferior do bulbo, e dos tratos 
espinocerebelares da medula espinal, até o cerebelo. Os pedúnculos cerebelares médios são os maiores; 
seus axônios conduzem impulsos para os movimentos voluntários (aqueles que se originam nas áreas 
motoras do córtex cerebral) para os núcleos da ponte. Dos núcleos, os impulsos passam para o cerebelo. 
Os pedúnculos cerebelares superiores contêm axônios que se estendem do cerebelo até os núcleos 
rubros do mesencéfalo e a diversos núcleos do tálamo. 
O cerebelo consiste em dois hemisférios e uma comprimida área central chamada de verme. 
A foice do cérebro é a porção das meninges que se estende parcialmente entre os hemisférios. Três 
pares de feixes de fibras nervosas chamados pedúnculos cerebelares sustentam o cerebelo e lhe 
proporcionam os tratos para comunicação com o restante do encéfalo. O cerebelo, órgão do sistema 
nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e 
à ponte, contribuindo para a formaçãodo teto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do 
osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do 
cerebelo. Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos 
pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente. 
7. Descreva as estruturas e as suas localizações no diencélafo. 
O diencéfalo estende-se do tronco encefálico até o cérebro e circunda o terceiro ventrículo; 
inclui o tálamo, hipotálamo e epitálamo. Projetando-se do hipotálamo encontra-se a hipófise. Partes 
do diencéfalo na parede do terceiro ventrículo são chamadas de órgãos circunventriculares. Os tratos 
ópticos que conduzem os neurônios provenientes da retina entram no diencéfalo. O tálamo está 
disposto na porção laterodorsal do diencéfalo. A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do 
assoalho do ventrículo lateral, sendo revestida por epitélio ependimário. A porção medial, junto com 
o teto do terceiro ventrículo, constitui o assoalho da fissura transversa do cérebro. O hipotálamo é 
separado do tálamo pelo sulco hipotalâmico. O epitálamo limita posteriormente o terceiro ventrículo 
acima do sulco hipotalâmico na transição com o mesencéfalo. O subtálamo não está relacionado 
diretamente com as paredes do terceiro ventrículo. Ele está localizado abaixo do tálamo sendo limitado 
lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. Ele pode ser observado em cortes 
frontais. 
 
8) Descreva morfuncionalmente o tálamo. O tálamo é constituído por duas massas ovoides 
de tecido nervoso situadas bilateralmente ao 
III ventrículo (de modo que ele compõe a sua 
parte lateral). Sua extremidade anterior é o 
tubérculo anterior do tálamo e a posterior é o 
pulvinar do tálamo (localizado acima do 
corpo geniculado medial). A aderência 
intertalâmica une os dois corpos ovoides 
talâmicos. O tálamo é composto por 
substancia cinzenta e possui vários núcleos. 
Sua parte dorsal é revestida por uma fina 
lâmina de substancia branca (extrato zonal do 
tálamo). Os núcleos talâmicos são numerosos 
e podem ser divididos em posterior, mediano, 
anterior, medial e lateral. Uma lâmina de 
substância branca, em forma de Y, chamada lâmina medular medial, divide a substância cinzenta dos 
lados direito e esquerdo do tálamo. A lâmina medular medial consiste em axônios mielinizados que 
entram e saem dos diversos núcleos do tálamo. 
Funcionalmente, o tálamo atua distribuindo às áreas especificas do córtex impulsos que recebe 
das vias sensitivas, exceto os impulsos olfatórios. Atua, também na motricidade, através dos núcleos 
ventral anterior e lateral, interpostos com os circuitos pálido corticais e cerebelo corticais. O tálamo 
contribui com as funções motoras, transmitindo informação do cerebelo e dos núcleos da base para a 
área motora primária do córtex cerebral. Também retransmite impulsos nervosos entre áreas diferentes 
do cérebro e participa na regulação das atividades autônomas e na manutenção da consciência. Os 
axônios que conectam o tálamo ao córtex cerebral passam pela cápsula interna, uma faixa espessa de 
substância branca lateral ao tálamo. Relaciona-se com o comportamento emocional por meio dos 
núcleos do grupo anterior, integrantes do sistema límbico e do núcleo dorsomedial com suas conexões 
com a área pré frontal. 
9) Descreva morfofuncionalmente o hipotálamo. 
O hipotálamo encontra-
se abaixo do tálamo, 
sendo responsável pela 
formação da parede e 
assoalho do terceiro 
ventrículo. O 
hipotálamo é composto 
por substância cinzenta 
que se agrupa em vários 
núcleos. O Fornix 
divide o hipotálamo em 
uma área medial e uma 
área lateral. Ele é 
composto por corpos 
mamilares, estruturas pequenas e arredondadas que salientam na face inferior do encéfalo, 
posteriormente ao infundíbulo, e que funcionam como relés para os neurônios olfatórios. O túber 
cinéreo, contem neurônios que transportam hormônios reguladores do hipotálamo para a adeno-
hipofise através do infundíbulo pelas veias do sistema porta-hipofisário. O infundíbulo é uma estrutura 
em forma de pedúnculo. Por ele há a passagem de fibras nervosas dos núcleos hipotalâmicos e do túber 
cinéreo em direção à neuro hipófise, transportando oxitocina e ADH. O quiasma óptico é formado pela 
decussação de alguns neurônios do nervo óptico. 
A região mamilar (área hipotalâmica posterior), adjacente ao mesencéfalo, é a parte mais posterior do 
hipotálamo. Inclui os núcleos mamilares e os núcleos posteriores do hipotálamo. Os núcleos mamilares 
são duas pequenas projeções arredondadas que atuam como estações retransmissoras para a sensação 
do olfato. A região tuberal (área hipotalâmica intermédia), a parte mais larga do hipotálamo, inclui os 
núcleos dorsomedial, ventromedial e arqueado, mais o infundíbulo peduncular, que conecta a hipófise 
ao hipotálamo. A eminência mediana é uma região ligeiramente elevada que envolve o infundíbulo. A 
região supraóptica (área hipotalâmica rostral) situa-se acima do quiasma óptico (ponto de cruzamento 
dos nervos ópticos) e contém os núcleos paraventricular es do hipotálamo, supraóptico, anterior do 
hipotálamo e supra- quiasmático. Os axônios provenientes dos núcleos supraóptico e paraventriculares 
formam o trato hipotálamo-hipofisial, que se estende do infundíbulo até o lobo posterior da hipófise. 
A região pré-óptica (área hipotalâmica lateral), anterior à região supraóptica, é normalmente 
considerada parte do hipotálamo, porque participa com o hipotálamo na regulação de determinadas 
atividades autônomas. A região pré-óptica contém os núcleos pré-ópticos laterais e mediais 
 O hipotálamo controla e integra atividades da divisão autônoma do sistema nervoso, que 
regula a contração dos músculos liso e cardíaco, e a secreção de muitas glândulas. Os axônios 
estendem-se do hipotálamo até os núcleos simpáticos e parassimpáticos no tronco encefálico e na 
medula espinal. Com o sistema límbico, o hipotálamo participa nas expressões de raiva, agressão, dor 
e prazer, e nos padrões comportamentais relacionados com a excitação sexual. O hipotálamo produz o 
ADH e a Ocitocina. Além disso, regula a ingestão de alimento por meio dos núcleos arqueado e 
paraventriculares. Também contém um centro da sede. Quando determinadas células no hipotálamo 
são estimuladas pela elevação da pressão osmótica do líquido extracelular, provocam a sensação de 
sede. A ingestão de água restaura a pressão osmótica ao normal, removendo a estimulação e aliviando 
a sede. Se a temperatura do sangue que flui pelo hipotálamo está acima do normal, o hipotálamo instrui 
a divisão autônoma do sistema nervoso a estimular atividades que promovam a perda de calor. Atua 
também na regulação dos ritmos circadianos e dos estados de consciência, pois o núcleo 
supraquiasmático estabelece os padrões de despertar e do sono, que ocorrem em um ritmo circadiano. 
10) Descreva morfofuncionalmente o epitálamo e subtálamo. 
O epitálamo está localizado superiormente ao mesencéfalo e, separado deste pela comissura 
posterior. Apresenta formações endócrinas e não endócrinas. A principal formação endócrina é a 
glândula pineal (localizada inferiormente o esplênio do corpo caloso). A glândula pineal atua sobre as 
gônadas (testículos ou ovários), e produção cíclica de melatonina. O órgão subcomissural é outra 
formação endócrina do epitálamo, está localizado abaixo da comissura posterior e participa do controle 
da glândula supra-renal. As formações não endócrinas do epitálamo são: Trígono das habênulas 
(contendo os núcleos habenulares); Comissura das habênulas; Estrias medulares; E a comissura 
posterior. Com exceção da comissura posterior, todos os outros estão relacionados com o sistema 
límbico. A comissura posterior apresenta fibras nervosas provenientes do núcleo parassimpático do 
nervo oculomotor, influenciando no reflexo consensual. O subtálamoestá localizado entre o tálamo 
(superiormente) e o mesencéfalo (inferiormente), e entre a cápsula interna (lateral) e hipotálamo 
(medial). O subtálamo é a menor formação diencéfalica, sua principal formação é o núcleo 
subtalâmico, relacionado com o controle do movimento somático. 
11) Descreva as estruturas e limites do telencéfalo. 
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a 
substância cinzenta do córtex aumenta muito mais rápido do que a substância branca mais profunda. 
Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. As pregas resultantes são 
denominadas giros ou convoluções. Os sulcos mais profundos entre as pregas são as fissuras; os sulcos 
mais rasos entre as pregas são os sulcos. A fissura longitudinal, separa o cérebro em metades direita e 
esquerda, chamadas hemisférios cerebrais. Os hemisférios estão conectados internamente pelo corpo 
caloso, uma faixa larga de substância branca contendo axônios, que se estende entre os hemisférios no 
assoalho da fissura longitudinal. Cada hemisfério cerebral subdivide-se ainda em diversos lobos. Os 
lobos são nomeados segundo os ossos que os recobrem: lobos frontal, parietal, temporal e occipital. O 
sulco central separa o lobo frontal do lobo parietal. Um giro principal, o giro pré-central - localizado 
imediatamente anterior ao sulco central -, contém a área motora primária do córtex cerebral. O giro 
pós-central, localizado imediatamente posterior ao sulco central, contém a área somatossensitiva 
primária do córtex cerebral. O sulco lateral do cérebro separa o lobo frontal do lobo temporal. O sulco 
parietoccipital separa o lobo parietal do lobo occipital. A ínsula, não é vista na superfície do encéfalo, 
porque se situa no interior do sulco lateral do cérebro, profundamente aos lobos temporal, frontal e 
parietal. 
12. Quais são os limites anatômicos dos lobos cerebrais. 
Cada hemisfério do cérebro é 
dividido em lobos: frontal, 
parietal, temporal, occipital e 
insular. O lobo parietal está 
separado posteriormente do lobo 
occipital por um sulco pouco 
delimitado na face lateral do 
cérebro mas bem visível em sua 
face medial, o sulco parieto-
occipital. Os lobos temporais se estendem anteriormente, nas faces laterais dos hemisférios. Cada lobo 
temporal está separado das porções inferiores dos lobos frontal e parietal por um profundo sulco lateral. 
Cada hemisfério cerebral é subdividido em cinco lobos por sulcos e fissuras profundas. O sulco central 
(sulco de Rolando) separa o lobo frontal do lobo parietal. O sulco central se estende 
perpendicularmente da fissura longitudinal ao sulco lateral. O sulco lateral (sulco de Silvius) se estende 
lateralmente da face inferior do cérebro para separar os lobos frontal e temporal. O giro pré-central, 
uma importante área motora, está posicionado imediatamente na frente do sulco central. As funções 
do lobo frontal incluem a iniciação dos impulsos motores voluntários para os movimentos dos 
músculos esqueléticos, análise de experiências sensoriais e respostas relacionadas com a 
personalidade. Os lobos frontais também medeiam respostas relacionadas com memória, emoções, 
raciocínio, julgamento, planejamento e comunicação verbal. O lobo parietal funciona na compreensão 
da fala e na articulação de pensamentos e emoções. Ele também interpreta as texturas e formas dos 
objetos quando eles são manipulados. 
O lobo temporal, localizado abaixo do lobo parietal e da porção posterior do lobo frontal, está 
separado de ambos pelo sulco lateral e contém centros da audição que recebem fibras sensoriais da 
cóclea da orelha interna. Este lobo também interpreta um pouco de experiências sensoriais e armazena 
memória de experiências auditivas e visuais. O lobo occipital forma a porção posterior do cérebro e 
não está separado distintamente dos lobos temporal e parietal. Encontra-se superiormente ao cerebelo 
do qual está separado por uma expansão da camada meníngea chamada tentório do cerebelo. As 
principais funções do lobo occipital referem- se à visão. Ele integra os movimentos do olho 
direcionando e enfocando o olho, e também é responsável pela associação visual - correlaciona 
imagens visuais com experiências visuais prévias e outros estímulos sensoriais. O lobo insular, um 
lobo profundo do cérebro que não pode ser visto na superfície, encontra-se profundamente ao sulco 
lateral e está coberto por porções dos lobos frontal, parietal e temporal. Sua função é pouco conhecida, 
exceto que integra outras atividades cerebrais. Supõe-se também que tem alguma função na memória. 
13. Descreva funcionalmente as áreas do cérebro. 
 
 
A área motora primária 
(área 4) está localizada 
no giro pré-central do 
lobo frontal. Cada região 
na área motora primária 
controla as contrações 
voluntárias de músculos 
ou grupos de músculos 
específicos. A 
estimulação elétrica de 
qualquer ponto na área 
motora primária provoca 
a contração de fibras musculares esqueléticas específicas, no lado oposto do corpo. 
A área da fala de Broca (áreas 44 e 45) está localizada no lobo frontal, próxima do sulco lateral 
do cérebro. A fala e a compreensão da linguagem são atividades complexas que abrangem diversas 
áreas motoras, de associação e sensitivas do córtex. Na maioria das pessoas essas áreas da linguagem 
estão localizadas no hemisfério esquerdo. O planejamento e a produção da fala, na maioria das pessoas, 
ocorrem no lobo frontal esquerdo. A partir da área da fala de Broca, os impulsos nervosos passam para 
as regiões pré-motoras que controlam os músculos da laringe, faringe e boca. Os impulsos da área pré-
motora resultam em contrações musculares coordenadas específicas. 
A área de associação somatossensitiva (áreas 5 e 7) encontra-se imediatamente posterior e 
recebe influxos da área somatossensitiva primária, bem como do tálamo e de outras partes do encéfalo. 
Esta área nos permite determinar a forma e a textura exatas de um objeto sem precisarmos olhar para 
ele, determinar a orientação de um objeto com relação a outro quando são palpados e sentir a relação 
de uma parte do corpo com a outra. Também atua no armazenamento de memórias de experiências 
passadas, permitindo que comparemos sensações atuais com experiências anteriores. O córtex pré-
frontal (área de associação frontal) é umaárea extensa, na parte anterior do lobo frontal, áreas 9,10,11 
e 12. Esta área apresenta numerosas conexões com outras áreas do córtex cerebral, tálamo, hipotálamo, 
sistema límbico e cerebelo. O córtex pré-frontal relaciona-se com a formação da personalidade, 
intelecto, capacidade complexa de aprendizado, lembrança de informação, iniciativa, julgamento, 
previsão, raciocínio, consciência, intuição, humor, planejamento para o futuro e desenvolvimento de 
ideias abstratas da pessoa. A área de associação visual (áreas 18 e 19), localizada no lobo occipital, 
recebe impulsos sensitivos da área visual primária e do tálamo. Relaciona experiências visuais 
presentes e passadas, e é essencial para o reconhecimento e a avaliação do que é visto. A área de 
associação auditiva (área 22), localizada inferior e posteriormente à área auditiva primária, no lobo 
temporal, permite que reconheçamos um som específico como fala, música ou ruído. A área de 
Wemicke (área posterior da linguagem) (área 22 e, possivelmente, as áreas 39 e 40), uma ampla região 
nos lobos parietal e temporal esquerdos, interpreta o significado da fala, por meio do reconhecimento 
das palavras faladas. Está ativa quando traduzimos palavras em pensamentos. 
A área de integração comum (áreas 5, 7, 39 e 40) é limitada pelas áreas de associação 
somatossensitiva, visual e auditiva. Recebe impulsos nervosos provenientes destas áreas e da área 
gustatória primária, área olfatória primária, tálamo e partes do tronco encefálico. Esta área integra as 
interpretações sensitivas provenientes das áreas de associaçãoe os impulsos originados de outras áreas, 
permitindo a formação de pensamentos com base em uma variedade de influxos sensitivos. A área pré-
motora (área 6) é uma área de associação motora, situada imediatamente anterior à área motora 
primária. Os neurônios nessa área se comunicam com o córtex motor primário, áreas de associação 
sensitiva no lobo parietal, núcleos da base e tálamo. A área pré- motora lida com o aprendizado das 
atividades motoras de natureza complexa e sequencial. Gera impulsos nervosos que induzem a 
contração de grupos específicos de músculos em uma sequência específica como, por exemplo, quando 
escrevemos nosso nome. A área pré- motora também atua como um banco de memória para tais 
movimentos. A área dos campos oculares frontais (área 8), no córtex frontal, é algumas vezes incluída 
na área pré-motora. Esta área controla os movimentos voluntários de busca dos olhos - como estes que 
estamos usando para ler esta frase. 
Área sensitiva Primária (1, 2, 3) está localizada posteriormente ao sulco central no giro pos 
central do lobo parietal. Há terminações das vias sensitivas que transportam informações de 
sensibilidade geral relativas a temperatura, tato, pressão, dor, propriocepção do corpo para o córtex do 
cérebro. Essas sensações atingem a área sensitiva somática primária. A área visual primária (área 17), 
localizada na extremidade posterior do lobo occipital principalmente na face medial (próxima da 
fissura longitudinal), recebe impulsos que conduzem informação visual e está implicada na percepção 
visual. A área auditiva primária (áreas 41 e 42), localizada na parte superior do lobo temporal, próxima 
do sulco lateral do cérebro, recebe informação dos receptores auditivos e está implicada na percepção 
auditiva. A área gustatória primária (área 43), localizada na base do giro pós-central, superiormente ao 
sulco lateral do cérebro no córtex parietal, recebe impulsos gustatórios e está implicada na percepção 
gustatória. A área olfatória primária (área 28), localizada na face medial do lobo temporal, recebe 
impulsos para o olfato e está implicada na percepção olfatória. 
14) Descreva a organização interna do cérebro. 
A substância branca cerebral 
consiste em axônios 
mielinizados agrupados em 
três tipos de tratos, sendo eles 
os Tratos de associação, que 
contêm axônios que 
conduzem impulsos nervosos 
entre os giros no mesmo 
hemisfério, podendo ser 
curtos (conexão de giros 
adjacentes) ou longos 
(conectam giros separados, 
formando fascículos). Os 
Tratos comissurais que 
contêm axônios que 
conduzem impulsos nervosos 
dos giros em um hemisfério 
cerebral para os giros 
correspondentes no outro 
hemisfério cerebral. Três 
importantes grupos de tratos 
comissurais são o corpo caloso, a comissura anterior e a comissura posterior. Os Tratos de projeção 
contêm axônios que conduzem impulsos nervosos do cérebro para as partes inferiores do SNC (tálamo, 
tronco encefálico ou medula espinal) ou a partir das partes inferiores do SNC para o cérebro. Um 
exemplo é a cápsula interna, uma faixa espessa de substância branca que contém axônios ascendentes 
e descendentes. As fibras de projeção corticofugais convergem de todas as direções para formar a 
densa massa de substância branca subcortical da coroa radiada. Grande número de fibras segue para o 
corpo estriado e para o tálamo e atravessa fibras comissurais do corpo caloso a caminho. A coroa 
radiada é contínua com a cápsula interna, a qual contém a maioria das fibras de projeção corticais. Em 
cada hemisfério encontram-se os núcleos da base (massas de substância cinzenta). Dois dos núcleos 
da base estão lado a lado, imediatamente laterais ao tálamo. Eles são o globo pálido, que está mais 
próximo do tálamo, e o putame, que está mais próximo do córtex cerebral. Juntos, o globo pálido e o 
putame são chamados de núcleo lentiforme. O terceiro dos núcleos da base é o núcleo caudado, que 
possui uma “cabeça” grande conectada a uma “cauda” menor por um “corpo” recurvado fino e 
alongado. Juntos, o núcleo lentiforme e os núcleos caudados são conhecidos como corpo estriado. 
Estruturas próximas que estão funcionalmente ligadas aos núcleos da base são a substância negra, do 
mesencéfalo, e os núcleos subtalâmicos, do diencéfalo. O claustro é uma lâmina fina de substância 
cinzenta situada lateralmente ao putame. 
15) Qual a composição estrutural e funcional do sistema 
límbico. 
O sistema límbico é um grupo funcional de estruturas que 
forma um anel ao redor do diencéfalo. O sistema límbico participa 
nos comportamentos emocionais (medo, raiva, prazer e excitação 
sexual) e na interpretação de estímulos internos e externos 
(unindo funções conscientes com as funções autônomas e 
aspectos de memória e restauração). Formado por um grupo de 
estruturas que desempenham papel no controle das respostas 
emocionais e comportamentais. Composto por bulbos olfatórios, 
septo pelúcido, fórnice (feixe de fibras que passam abaixo do 
corpo caloso em direção aos corpos mamilares do hipotálamo), giro do cíngulo, corpo amigdaloide, 
hipocampo (parte do cérebro localizada no assoalho do ventrículo lateral próximo ao corpo 
amigdaloide), corpos mamilares e núcleos talâmicos e hipotalâmicos. O lobo límbico é uma margem 
do córtex cerebral na face medial de cada hemisfério. Inclui o giro do cíngulo, que se situa acima do 
corpo caloso, e o giro para- hipocampal, que se encontra no lobo temporal abaixo. O hipocampo é uma 
parte do giro para-hipocampal que se estende até o assoalho do ventrículo lateral. O giro denteado 
situa-se entre o hipocampo e o giro para-hipocampal. A tonsila é composta de diversos grupos de 
neurônios localizados próximos da cauda do núcleo caudado. Os núcleos septais estão localizados 
dentro da área septal, formada pelas regiões sob o corpo caloso e o giro paraterminal. Os corpos 
mamilares do hipotálamo são duas massas arredondadas próximas da linha mediana, perto dos 
pedúnculos cerebrais. Dois núcleos do tálamo, o núcleo anterior e o núcleo medial, atuam nos circuitos 
límbicos. Os bulbos olfatórios são corpos achatados da via olfatória, que repousam na lâmina 
cribriforme. O fórnix, as estrias terminais, as estrias medulares, o fascículo medial do telencéfalo e o 
trato mamilotalâmico são ligados por feixes de axônios mielinizados interligados. 
 
16) Descreva 
morfofuncionalmente os ventriculos 
cerebrais. 
O ventrículo lateral é habitualmente 
dividido numa parte central e em cornos 
frontal (anterior), occipital (posterior) e 
temporal (inferior). O corno frontal se situa 
no lobo frontal. Ele é limitado anteriormente 
pela face posterior do joelho e do rostro do 
corpo caloso e seu teto é formado pela parte 
anterior do tronco do corpo caloso. Os cornos 
frontais dos dois ventrículos laterais são 
separados pelo septo pelúcido. O contorno coronal do corno frontal é aquele de um triângulo achatado 
em que a cabeça arredondada do núcleo caudado forma a parede lateral e o assoalho. O corno frontal 
se estende posteriormente até o forame interventricular. A parte central se situa entre os lobos frontal 
e parietal e se estende do forame interventricular até o esplênio do corpo caloso. As partes centrais dos 
ventrículos laterais estão separadas pelo septo pelúcido, que contém as colunas dos fórnices em sua 
margem inferior. A parede lateral da parte central do ventrículo é formada pelo núcleo caudado 
superiormente e pelo tálamo inferiormente. O limite entre o tálamo e o núcleo caudado é marcado por 
um sulco, que é ocupado por um fascículo de fibras nervosas, a estria terminal, e pela veia 
talamoestriada. O limite inferior da parte central do ventrículo e sua parede medial são formados pelo 
corpo do fórnice. O fórnice é separado do tálamo pela fissura corióidea. O plexo corióideo oclui a 
fissura corióidea e cobre parte do tálamo e do fórnice. A parte central do ventrículo lateral se alarga 
posteriormentee se torna contínuo com os cornos occipital e temporal no trígono colateral ou no átrio. 
O corno occipital se curva posteromedialmente até o lobo occipital. Seu contorno tem geralmente a 
forma de um diamante ou de um quadrado e os dois lados são frequentemente assimétricos. As fibras 
do tapete do corpo caloso separam o ventrículo da radiação óptica e formam o teto e a parede lateral 
do corno occipital. As fibras do esplênio do corpo caloso (fórceps occipital) passam medialmente ao 
se curvarem de volta ao lobo occipital e produzem uma elevação arredondada na parede medial 
superior do corno occipital. 
O terceiro ventrículo é uma cavidade na linha mediana semelhante a uma fenda, situado entre 
o tálamo e o hipotálamo. Caudalmente o terceiro ventrículo é contínuo com o aqueduto do 
mesencéfalo, um tubo estreito que passa por toda a extensão do mesencéfalo e que é contínuo, por sua 
vez, com o quarto ventrículo, uma ampla cavidade em forma de tenda situada entre o tronco cerebral 
e o cerebelo. O teto do terceiro ventrículo é uma fina camada ependimal que se estende de suas paredes 
laterais até o plexo corióideo, que cobre a fissura corióidea. Acima do teto está o corpo do fórnice. O 
limite posterior do terceiro ventrículo é marcado por um recesso suprapineal acima da glândula pineal, 
um recesso pineal (epifisial), que se estende até o pedículo da glândula pineal, e pela comissura 
posterior. Abaixo da comissura o terceiro ventrículo é contínuo com o aqueduto do mesencéfalo. 
O quarto ventrículo se comunica com o espaço subaracnóideo da cisterna magna pela abertura 
mediana do quarto ventrículo e com aquele do ângulo cerebelopontino pela abertura lateral do quarto 
ventrículo, caudalmente ele é contínuo com o canal central vestigial da medula espinal. O sistema 
ventricular contém o líquido cerebrospinal (LCS), que é secretado principalmente pelos plexos 
corióideos localizados nos ventrículos laterais, no terceiro e no quarto ventrículos. O LCS flui dos 
ventrículos laterais para o terceiro ventrículo, passa depois pelo aqueduto do mesencéfalo e chega ao 
quarto ventrículo. Ele sai do quarto ventrículo pela abertura mediana do quarto ventrículo e pela 
abertura lateral do quarto ventrículo para chegar ao espaço subaracnóideo que circunda o encéfalo. O 
quarto ventrículo se situa entre o tronco encefálico e o cerebelo. Rostralmente ele é contínuo com o 
aqueduto do mesencéfalo e caudalmente com o canal central da medula espinal. Ao corte sagital o 
quarto ventrículo tem um perfil triangular característico e o ápice de seu teto em forma de tenda faz 
protrusão na face inferior do cerebelo. O aqueduto do mesencéfalo é um pequeno tubo, quase circular 
ao corte transversal. Ele se estende por um quarto dorsal do mesencéfalo e é circundado pela substância 
cinzenta central. Ele começa imediatamente atrás e abaixo da comissura posterior, onde é contínuo 
com a face caudal do terceiro ventrículo. Caudalmente ele é contínuo com a luz do quarto ventrículo 
na junção do mesencéfalo com a ponte. Os colículos superior e inferior são dorsais ao aqueduto do 
mesencéfalo e o tegumento do mesencéfalo é ventral. 
17) Descreva onde o líquido cérebro espinal (líquor) é produzido? 
O líquido cerebrospinal (LCS) é um líquido claro incolor, composto basicamente de água, que 
protege o encéfalo e a medula espinal contra lesões químicas e físicas. Além disso, transporta pequenos 
volumes de oxigênio, glicose e outras substâncias químicas necessárias do sangue para os neurônios e 
neuróglia. O LCS contém pequenas quantidades de proteínas, ácido láctico, ureia, cátions (Na+, K+, 
Ca2+, Mg2+), ânions (CL e HC03) e alguns leucócitos. O liquido é secretado para o interior dos 
ventrículos pelos capilares do plexo coroide, e também por células do epêndima que circundam os 
vasos sanguíneos do cérebro e formam o canal central da medula espinal. As células epiteliais do plexo 
corióideo têm as características de células de transporte e secretoras. Suas superfícies apicais, através 
das quais é secretado o LCS, possuem microvilosidades e suas superfícies basais apresentam 
interdigitações e dobras. Há junções de oclusão nas extremidades apicais das células epiteliais, que são 
permeáveis a substâncias de pequeno peso molecular. Em virtude das junções oclusivas entre as células 
ependimárias, a substância que entra no LCS proveniente dos capilares corióideos não vaza por entre 
as células; pelo contrário, precisa passar através das células ependimárias. Esta barreira 
hematoliquórica permite que determinadas substâncias entrem no LCS, mas exclui outras, protegendo 
o encéfalo e a medula espinal contra substâncias potencialmente prejudiciais transmitidas pelo 
sangue.Os capilares fenestrados no estroma do plexo corióideo se situam logo abaixo das células 
epiteliais. Uma barreira hematoliquórica (sangue-LCS) está situada no epitélio do plexo corióideo. A 
maior parte do LCS é secretada pelos plexos corióideos nos ventrículos laterais, no terceiro e quarto 
ventrículos. O terceiro ventrículo é uma cavidade fissiforme estreita ao longo da linha mediana, 
superior ao hipotálamo e entre as metades direita e esquerda do tálamo. O quarto ventrículo situa-se 
entre o tronco encefálico e o cerebelo. Há também uma pequena contribuição do revestimento 
ependimário dos ventrículos e do líquido extracelular do parênquima cerebral. 
 
18) Descreva as meninges 
A dura máter é a meninge mais externa, ela é espessa 
e resistente, composta por tecido conjuntivo fibroso. Ao redor 
do encéfalo ela apresenta-se como uma estrutura de duplas 
paredes. A camada externa da dura-máter adere intimamente 
aos ossos do crânio, servindo como periósteo dos ossos do 
crânio. A camada interna da dura-máter continua com a dura-
máter da medula espinal. As duas camadas da dura-máter que 
envolvem o encéfalo estão fundidas entre si, na maior parte do 
encéfalo. Diferentemente da dura-máter espinal, há duas 
camadas. Assim, a camada externa é a periosteal e a camada 
interna é a meníngea. As duas camadas da dura-máter em torno 
do encéfalo são fundidas, exceto onde se separam para formar 
os seios venosos da dura-máter. Estes seios drenam o sangue 
venoso do encéfalo, transportando-o até as veias jugulares internas. O espaço epidural (extra-dural) é 
um espaço potencial entre a camada periosteal da dura-máter e os ossos do crânio. Três extensões da 
dura-máter separam as partes do encéfalo. A foice do cérebro separa os dois hemisférios (lados) do 
cérebro. A foice do cerebelo separa os dois hemisférios do cerebelo. O tentório do cerebelo separa o 
cérebro do cerebelo. A aracnoide é a meninge média localizada abaixo da dura-máter. Ela está 
intimamente aderida à superfície interna da dura-máter, sendo separada desta por um curto espaço, o 
espaço subdural. Entre aracnoide e pia-máter há o espalho subaracnoide, que contem liquido 
cerebroespinal. A pia-máter é a mais interna. Ela é uma delicada membrana vascular de tecido 
conjuntivo frouxo. Adere-se ao encéfalo e á medula espinal mergulhando profundamente nos sulcos e 
fissuras dessas estruturas. Nos tetos do ventrículo, a pia-máter e células ependimárias associadas 
tornam-se modificadas e contribuem na formação dos plexos coroides. 
19) Onde o líquor circula e qual o seu trajeto no 
sistema nervoso central? 
O LCS formado nos plexos corióideos de cada 
ventrículo lateral flui para o terceiro ventrículo através 
dos forames interventriculares, que são aberturas ovais 
estreitas. Mais LCS é adicionado pelo plexo corióideo no 
teto do terceiro ventrículo. O líquido flui pelo aqueduto 
do mesencéfalo, que passa através do mesencéfalo, em 
direção ao quarto ventrículo. O plexo corióideo do quarto 
ventrículo contribui com mais líquido. A partir do quarto 
ventrículo, um pequeno volume de LCS desce para o 
canal central da medula espinal, enquanto grande parte 
do LCS entra no espaço subaracnóideo por meio de trêsaberturas no teto do quarto ventrículo, sendo uma 
abertura mediana única e um par de aberturas laterais. O 
LCS circula no espaço subaracnóideo em tomo da 
superfície do encéfalo e da medula espinal. Entretanto, a 
maior parte do LCS flui para as cisternas interpeduncular 
e colicular. O LCS das várias cisternas subaracnóideas 
flui superiormente pelos sulcos e fissuras nas faces 
medial e superolateral dos hemisférios cerebrais. O LCS também penetra nas extensões do espaço 
subaracnóideo ao redor dos nervos cranianos, sendo as mais importantes aquelas que circundam os 
nervos ópticos. O LCS é gradualmente reabsorvido pelo sangue por meio das granulações aracnóideas, 
extensões digitiformes da aracnoide-máter que se projetam nos seios venosos da dura-máter, 
especialmente no seio sagital superior. Como as velocidades de formação e reabsorção são iguais, a 
pressão e o volume do LCS são normalmente constantes. O espaço subaracnóideo contendo LCS 
estende-se para os centros das granulações aracnóideas. O LCS entra no sistema venoso por duas vias: 
(1) a maior parte do LCS entra no sistema venoso por transporte através das células das granulações 
aracnóideas para os seios venosos da dura-máter; (2) parte do LCS desloca-se entre as células que 
formam as granulações aracnóideas 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 
Mulher, 65 anos, sem história prévia de 
hipertensão arterial ou outras comorbidades, foI levada 
à emergência pela filha, apresentando perda súbita da 
consciência após episódio de crise convulsiva e desvio 
da comissura labial para a direita. Após despertar, 
apresentou-se afásica, com paresia grau III, hipoestesia 
e arreflexia em membro superior esquerdo, além de 
paralisia facial central do mesmo lado. A filha relatou 
episódios anteriores semelhantes, com melhora 
espontânea. Realizada RM, evidenciaram-se múltiplas 
áreas hiperintensas em região frontotemporal e 
frontoparietal à direita e temporoccipital à esquerda 
(Figura 1). Após a realização de eco-Doppler de artérias 
vertebrais e carótidas além de nova RM com gradiente 
Echo, foi feito diagnóstico de acidente vascular 
encefálico (AVE) hemorrágico associado a angiopatia 
amiloide. 
A) Descreva a organização do telencéfalo. Delimite os lobos cerebrais e seus principais 
giros e sulcos. 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena 
linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são 
incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma 
larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois 
hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se 
comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. Cada hemisfério possui três pólos: 
Frontal, Occipital e Temporal; e três faces: Súpero-lateral (convexa); Medial (plana); e o Inferior ou 
base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio 
e posteriormente na tenda do cerebelo. O Sulco Lateral é o sulco que separa o lobo frontal do lobo 
temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior. O Sulco Central separa o lobo parietal 
do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro 
posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a motricidade, 
enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a sensiblidade. O Sulco Parieto-occipital 
separa o lobo parietal do occipital. O lobo Frontal apresenta o Sulco Pré-central: mais ou menos 
paralelo ao sulco central. O Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e 
dirigi-se anteriormente no lobo frontal. É perpendicular a ele. O Sulco Frontal Inferior: partindo da 
porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo. Além disso, seus giros são: Giro 
Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora 
principal do cérebro (córtex motor). Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior. 
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior. Giro Frontal Inferior: localiza-
se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical 
da palavra falada 
O lobo temporal apresenta Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e 
dirige-se para trás paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal. Sulco 
Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais partes 
descontinuas. Além disso, seus giros são Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o 
sulco temporal superior. Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o 
temporal inferior. Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com 
o sulco occípito-temporal. Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte 
do giro temporal superior. A porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros 
transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso 
anterior, sendo o centro cortical da audição. 
O lobo Parietal possui Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É 
paralelo ao sulco central. Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central 
(com o qual pode estar unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital. Possui o Giro Pós-
central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se localiza 
uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. Lóbulo Parietal Superior: 
localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal. Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao 
sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvando em torno da 
extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em torno da porção terminal 
e ascendente do sulco temporal superior. O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da 
face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. O 
lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu 
ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula. Sulco Central da Ínsula: parte 
do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula 
em duas partes: giros longos e giros curtos.Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda 
superior. Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula. Giros 
Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula 
B) Identifique os lobos acometidos. Cite as principais funções de cada lobo cerebral. 
A partir da análise do problema, é possível concluir que a paciente teve um acidente vascular 
encefálico (AVE) no hemisfério direito do cérebro, uma vez que teve perda de funções do lado 
esquerdo (hipoestesia e arreflexia em membros superiores esquerdo, além de paralisia facial central do 
mesmo lado). A afasia (perda da capacidade de compreender ou formular a linguagem) indica que os 
lobos frontal e parietal foram acometidos, já que são responsáveis por planejamento, comunicação 
verbal, compreensão da fala e formulações de palavras para expressar emoções. O lobo parietal 
funciona na compreensão da fala e na articulação de pensamentos e emoções. O lobo parietal também 
interpreta as texturas e formas dos objetos quando eles são manipulados. As principais funções do lobo 
occipital referem- se à visão. Ele integra os movimentosdo olho direcionando e enfocando o olho, e 
também é responsável pela associação visual - correlaciona imagens visuais com experiências visuais 
prévias e outros estímulos sensoriais. O lobo temporal contém centros da audição que recebem fibras 
sensoriais da cóclea da orelha interna. Este lobo também interpreta um pouco de experiências 
sensoriais e armazena memória de experiências auditivas e visuais. As funções do lobo frontal incluem 
a iniciação dos impulsos motores voluntários para os movimentos dos músculos esqueléticos, análise 
de experiências sensoriais e respostas relacionadas com a personalidade. Os lobos frontais também 
medeiam respostas relacionadas com memória, emoções, raciocínio, julgamento, planejamento e 
comunicação verbal. 
C) Descreva as principais áreas de Brodmann. Quais áreas de Brodmann foram 
provavelmente acometidas neste caso? 
A classificação de Brodmann determinou a correspondência entre áreas especificas do córtex 
com funções determinadas. As áreas de Brodmann 1, 2 e 3 são o córtex somatosensorial primário, área 
4 é o córtex motor primário, área 17 é o córtex visual primário, e áreas de 41 e 42 correspondem ao 
córtex auditivo primário. A área motora primária corresponde a área 4 de Brodmann, determinando 
movimentos de grupos musculares do lado oposto. A área da Broca corresponde as áreas 44 e parte da 
área 45 de Brodmann no hemisfério dominante. Assim, Segundo as descrições da RM e os sintomas 
relatados pela filha da paciente, provavelmente houve comprometimento da Área da fala de Broca, 
pois a paciente se apresentava afásica (perda da fala e da compreensão da linguagem). Além disso, 
pode ter ocorrido comprometimento da Área Motora Primária que envolve o controle voluntario de 
músculos, já que ela apresentou paresia grau III, hipoestesia e arreflexia em membro superior esquerdo, 
além de paralisia facial. A área somatossensitiva primária (1, 2 e 3) pode ter sido acometida em razão 
da perda da sensação de tato. 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
1) Quais estruturas compõe o Sistema Nervoso Periférico? Qual a diferença de um núcleo 
para um gânglio? 
O SNP inclui todos os neurônios, exceto os do SNC. Consiste em vias de fibras nervosas entre 
o SNC e todas as estruturas do corpo. Composto por 12 pares nervos cranianos e 31 pares de nervos 
espinais. O gânglio se restringe aos acúmulos de neurônios fora do sistema nervoso central, enquanto 
um núcleo diz respeito aos corpos celulares de neurônios no SNC. 
2) Quais são os componentes funcionais dos neurônios aferente e eferente? Quais são as 
suas respectivas funções. Qual a função do neurônio internuncial? 
Os neurônios Aferentes recebem as informações da pele ou outros órgãos sensoriais e levam 
para o SNC. Eles relacionam o meio interno com o externo. Os Eferentes conduzem impulso nervoso 
do SNC ao efetuador (musculo ou glândula). Os Neuronios Internunciais fazem a união entre os 
neurônios eferentes e aferentes. O corpo celular destes está localizado dentro do SNC. Pode atuar 
conectando os hemisférios. 
3) Um paciente apresenta Acidente Vascular 
Cerebral no lobo parietal esquerdo. Em qual 
hemicorpo (direito ou esquerdo) ele apresentará 
restrição motora? Após definir o hemicorpo 
acometido, explique o motivo da sua escolha. 
Como o AVC ocorreu no lobo parietal esquerdo, houve 
comprometimento do hemicorpo direito, o qual é o lado 
não dominante, pois ele relaciona-se com a capacidade de 
entendimento espaço temporal. Dessa forma, pode 
ocorrer apraxias (incapacidade de realizar movimentos de 
forma voluntária) e as agnosias (incapacidade de 
reconhecer objetos) nesse tipo de AVC. 
 
 
 
4) Defina brevemente o Sistema Nervoso Autônomo. 
O sistema nervoso autônomo é composto por dois sistemas, sendo eles o Simpático e o 
Parassimpático. A divisão autônoma do sistema nervoso pertence a parte periférica do sistema nervoso 
e consiste em neurônios sensitivos autônomos, nos órgãos viscerais e nos vasos sanguíneos que 
conduzem informações para centros de integração, no sistema nervoso central (SNC); em neurônios 
motores autônomos que se propagam do SNC para diversos tecidos efetores, regulando a atividade do 
músculo liso, do músculo cardíaco e de muitas glândulas; e em parte entérica, uma rede especializada 
de nervos e gânglios formando uma rede de nervos independentes no interior da parede do trato 
gastrintestinal. Depois que o sistema nervoso autônomo recebe informações sobre o corpo e o ambiente 
externo, ele responde estimulando os processos corporais, geralmente pela divisão simpática, ou 
inibindo-os, pela divisão parassimpática. O caminho de um nervo autônomo envolve duas células 
nervosas. Uma delas está localizada no tronco cerebral ou na medula espinhal. É conectada por fibras 
nervosas à outra célula, localizada em um grupo de células nervosas (chamada gânglios autônomos). 
As fibras nervosas desses gânglios se conectam com os órgãos internos. A maioria dos gânglios para 
a divisão simpática está localizada bem do lado de fora da medula espinhal, dos dois lados. Os gânglios 
para a divisão parassimpática estão localizados próximos ou nos órgãos a que estão conectados. 
5) Defina os nervos cranianos. 
Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os núcleos que dão origem a dez 
dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas verticais no tronco do encéfalo e 
correspondem à substância cinzenta da medula espinhal. Os 12 pares de nervos cranianos recebem 
uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem 
aparente, no sentido rostrocaudal. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras 
corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente 
na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo. Os nervos cranianos sensitivos ou 
aferentes originam-se dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou 
situados em periféricos órgãos dos sentidos. Os nervos cranianos motores são III Nervo Oculomotor, 
IV – Nervo Troclear, VI – Nervo Abducente, XI – Nervo Acessóri e XII – Nervo Hipoglosso. Os 
nervos cranianos sensitivos são I – Nervo Olfatório, II – Nervo Óptico e VIII – Nervo Vestibulococlear. 
Os nervos mistos são V – Trigêmeo, VII – Nervo Facial, IX – Nervo Glossofaríngeo e o X – Nervo 
Vago. 
6) Descreva morfofuncionalmente (brevemente) os doze pares de nervos cranianos. 
O nervo olfatório é um nervo sensitivo. 
Tem início na mucosa olfatória, localizada 
no terço superior da cavidade nasal. É 
formado por neurônios bipolares, cujo 
prolongamento periférico se estende para a 
mucosa, enquanto que o prolongamento 
central atravessa a lâmina cribriforme do 
osso etmóide, penetrando na fossa anterior 
do crânio. Esses axônios fazem sinapse com 
células mitrais que formam os bulbos 
olfatórios. Os axônios das células mitrais se 
projetam formando os tratos olfatórios, que 
após um curto trajeto se dividem em duas 
estrias olfatórias: medial e lateral. O nervo 
óptico origina-se nas células ganglionares 
da retina. Os axônios dessas células 
atravessam o canal óptico, alcançando a 
fossa média do crânio. As fibras do nervo 
óptico sofrem cruzamento parcial, 
formando o quiasma óptico (estrutura 
pertencente ao hipotálamo). As fibras 
provenientes da parte nasal da retina 
cruzam no quiasma óptico para o lado 
oposto, enquanto que as fibras da parte temporal da retina permanecem do mesmo lado. Após o 
cruzamento das fibras no quiasma óptico, forma-se o trato óptico, que contém fibras cruzadas do olho 
contralateral (fibras da parte nasal da retina), e fibras não cruzadas do olho ipsilateral (fibras da parte 
temporal da retina). 
O nervo óptico é sensitivo e está envolvido com a visão. O nervo oculomotor contém fibras 
pré-ganglionares parassimpáticas. É um nervo motor, que realiza a maior parte da inervação dos 
músculos extra-oculares.Possui dois núcleos no mesencéfalo (um somático e outro visceral). O nervo 
oculomotor alcança a orbita após atravessar a fissura orbitária superior. Inerva os músculos: levantador 
da pálpebra, reto inferior, reto superior, reto medial e obliquo inferior. Envia fibras autônomas 
parassimpáticas para a inervação do músculo ciliar (realiza acomodação visual) e o músculo esfincter 
da pupila (miose). A estria olfatória lateral envia os estímulos para o únco e giro parahipocampal. 
O nervo troclear é o único a ter origem posterior no tronco encefálico. É um nervo motor, que 
controla o músculo oblíquo superior. O nervo trigêmeo é misto, com uma pequena parte motora e uma 
grande parte sensitiva (conectada com o gânglio do trigêmeo). Possui três raízes, cada uma delas forma 
os nervos: ofltálmico (primeira divisão do trigêmeo V1), maxilar (segunda divisão do trigêmeo V2) e 
mandibular (terceira divisão do trigêmeo V3). Todas as divisões são sensitivas, exceto a V3 que é 
mista (motora e sensitiva). O trigêmeo é responsável pelas sensibilidades geral e proprioceptiva da 
cabeça, cavidades nasal e oral e, inervação dos músculos da mastigação (musculo masseter, musculo 
temporal, músculo pterigóideo lateral e músculo pterigóideo medial), e ventre anterior do músculo 
digástrico. 
O nervo abducente é motor, que supre o músculo reto lateral do olho, responsável pela abdução 
do olho (desvio lateral). O nervo abducente em seu trajeto intra-craniano, passa no interior do seio 
cavernoso. O nervo facial, é misto, contendo fibras pré-ganglionares parassimpáticas. Ele contém uma 
grande raiz motora e uma pequena raiz sensitiva. O facial entra no meato acústico interno (junto do 
núcleo vestibulococlear), atravessa a parede posterior da cavidade timpânica (orelha média), local onde 
emite um ramo denominado de núcleo corda do tímpano (que se liga ao nervo lingual do trigêmeo), 
suprindo os dois terços anteriores da língua (inervação gustativa). O facial deixa o crânio pelo forame 
estilomastóideo, emite ramos para os músculos estilo-hióideo e o ventre posterior do músculo 
digástrico. Atravessa o parênquima da glândula parótida (sem inervá-la), e na margem anterior dessa 
glândula se divide em cinco ramos terminais, que se distribuem para os músculos da expressão facial 
(incluindo o m. platisma do pescoço). Os ramos terminais são: temporais, zigomáticos, bucais, 
marginal da mandíbula e cervical. O nervo facial apresenta componentes autônomos parassimpáticos 
que suprem as glândulas submandibulares, sublinguais e lacrimais. O oitavo par de nervo craniano. É 
um nervo sensitivo, formado pelos nervos: vestibular e coclear. Suas fibras se originam da orelha 
interna nas cristas ampulares do vestíbulo, e no ducto coclear. Atravessam o meato acústico interno 
(junto do núcleo facial). Este nervo está relacionado com o equilíbrio (posição e manutenção da cabeça 
em relação ao tronco) e a audição. 
O nervo Glossofaríngeo é misto. Sua parte sensitiva recebe informações provenientes do terço 
posterior da língua, úvula, faringe. Inerva os músculos estilofaríngo e o constritor superior da faringe. 
Apresenta inervação especial para a língua (gustação do 1/3 posterior), e componente autônomo 
parassimpático, inervando a glândula parótida. O nervo glossofaríngeo emerge do sulco póstero-
lateral do bulbo, atravessa o forame jugular (junto aos nervos vago e acessório, e a veia jugular interna). 
O nervo vago era denominado de pneumogástrico, por seu trajeto pelas regiões torácica e abdominal. O 
nervo vago é um nervo misto, o maior nervo craniano e parassimpático do corpo. Sua origem é na 
fossa rombóide, no trígono do nervo vago (local do seu núcleo). Emerge no sulco póstero-lateral do 
bulbo e deixa a cavidade craniana pelo forame jugular. Desce no pescoço posteriormente a veia jugular 
interna. Cruza anteriormente a artéria subclávia (medialmente ao nervo frênico). Atravessa a cavidade 
torácica, posteriormente ao hilo do pulmão. Distribui-se na cavidade abdominal até a flexura esquerda 
do colo. Inerva (estímulos parassimpáticos) as vísceras do pescoço, tórax e abdome (até o final do colo 
transverso). O nervo Acessório é um nervo motor, com duas raízes (uma bulbar, outra espinal). A 
origem da raiz espinal do nervo acessório é proveniente da coluna anterior da medula espinal (dos 
cinco primeiros segmentos medulares). Essa raiz ascende em direção ao forame magno, entrando na 
cavidade craniana e, une-se com a raiz bulbar. Juntas, as raízes deixam a cavidade craniana por meio 
do forame jugular. No pescoço o nervo acessório está localizado profundamente ao músculo 
esternocleidomastóideo, seguindo o trajeto sobre o músculo levantador da escápula. Supre os músculos 
esternocleidomastóideo e trapézio. O hipoglosso é um nervo motor, suprindo os músculos da 
língua. Origina-se do núcleo do nervo hipoglosso, localizado no trígono do nervo hipoglosso (no 
bulbo). Atravessa o canal do nervo hipoglosso. Envia fibras nervosas que se comunicam com a alça 
cervical. 
7) Defina morfofuncionalmente os nervos espinais. 
Existem 31 pares de nervos espinais, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 
coccigeo. Com exceção do primeiro par de nervos cervicais, os nervos espinais deixam o canal 
vertebral através dos forames intervertebrais. O promeiro par de nervos cervicais emerge entre o osso 
occipital e o atlas. O segundo até o sétimo emerge entre a sétima vertebra cervical e primeira vertebra 
torácica. Eles são formados a partir da união das raízes ventral e dorsal que deixam ou entram na 
medula espinal. As raízes ventrais apresentam axônios de neurônios motores que saem das colunas 
anterior e lateral da medula. Os corpos celulares desses neurônios motores estão localizados na medula 
espinal. As raízes dorsais apresentam axônios de neurônios sensitivos que penetram nas colunas 
posteriores da medula. Os corpos celulares desses neurônios se situam fora da medula, no gânglio da 
raiz dorsal (gânglio espinal) em cada raiz dorsal. Após a união das raízes, todos os nervos espinais se 
tornam mistos, contendo prolongamentos de neurônios motores e sensitivos (somáticos e viscerais). 
8) Defina um plexo nervoso. 
Os axônios provenientes dos ramos anteriores dos nervos espinais, exceto os nervos torácicos 
T2-T12, não seguem diretamente para as estruturas do corpo que inervam. Ao contrário, formam redes 
nos lados direito e esquerdo do corpo, unindo-se a uma quantidade variável de axônios provenientes 
dos ramos anteriores dos nervos adjacentes. Esta rede de axônios é chamada plexo. O plexo cervical 
(de C1-C4 ) proporciona as ligações nervosas com a cabeça, o pescoço e os ombros. O plexo braquial 
(C5-T1) proporciona as ligações com o tórax, os ombros, os braços, os antebraços e as mãos. O plexo 
lombar (T12-L4 ) proporciona as ligações com as costas, o abdômen, a virilha, as coxas, os joelhos e 
as panturrilhas. O plexo sacral (L4 - S4) proporciona as ligações com a região pélvica, as nádegas, os 
genitais, as coxas, as panturrilhas e os pés. Os nervos espinhais no tórax não se juntam a um plexo. 
São nervos intercostais, localizados entre as costelas. 
9) Defina dermátomo e miótomo. 
Dermátomos são os territórios cutâneos inervados 
por fibras de uma única raiz dorsal. Recebe o nome 
da raiz que o forma, correspondem, portanto, aos 31 
pares de nervos espinhais: 8 cervicais; 12 torácicos; 
5 lombares; 5 sacrais; 1 coccígeo. A pele que 
recobre todo o corpo é inervada por neurônios 
sensitivos somáticos que conduzem impulsos 
nervosos da pele para a medula espinal e tronco 
encefálico. Os miótomos são o grupo de músculos 
inervado pelas fibras motoras de um único nervo 
espinhal. 
 
 
10) Descreva a sintopia de um nervo espinal. Escolha um nervo do Membro Superior 
(MS) e descreva a sua sintopia. 
O nervo ulnar é um nervo espinal e se origina das 
raízes nervosas C8 a T1 (e ocasionalmente carrega 
fibras doC7) que fazem parte do fascículo medial do 
plexo braquial, e descende o aspecto póstero-medial 
do úmero. Ele percorre inferiormente o aspecto 
póstero-medial do úmero, passando por trás do 
epicôndilo medial (no túnel cubital) no cotovelo, 
onde é exposto por vários centímetros. Ele entra no 
compartimento anterior (flexor) do antebraço entre 
as cabeças umeral e ulnar do flexor ulnar do carpo, 
situando-se debaixo das aponeuroses do flexor ulnar 
do carpo, lado a lado da ulna. Ali ele abastece um 
músculo e meio (o flexor ulnar do carpo e a metade 
medial do flexor profundo dos dedos) e segue com a artéria ulnar, viajando inferiormente com ela até 
a parte mais profunda do músculo flexor ulnar do carpo. No antebraço ele se ramifica os ramos 
musculares do nervo ulnar; ramos musculares do nervo ulnar; ramos dorsais do nervo ulnar. Depois 
de viajar pela ulna, o nervo ulnar entra a palma da mão pelo canal de Guyon. O nervo ulnar e a artéria 
passam superficialmente pelo flexor retináculo da mão, via o canal ulnar. Aqui ele se ramifica nos 
seguintes ramos superficial do nervo ulnar e ramo profundo do nervo ulnar. Descrevendo a sintopia de 
um nervo do Membro Superior temos o nervo axilar ou circunflexo. Ele se origina a partir do fascículo 
posterior do plexo braquial na altura da axila levando fibras nervosas das vértebras C5 e C6. O nervo 
axilar percorre através do espaço quadrangular com a artéria umeral circunflexa posterior e a veia, 
inervando os músculos deltoide e redondo menor. O nervo fica primeiro atrás da artéria axilar, e em 
frente do músculo subescapular, e passa para baixo da borda inferior desse músculo. Ele então recua, 
acompanhado da artéria circunflexa posterior do úmero, através de um espaço quadrangular delimitado 
acima pelo redondo menor, abaixo pelo redondo maior, medialmente pela cabeça longa do tríceps 
braquial, e lateralmente pelo colo cirúrgico do úmero, e divide-se em ramo anterior, posterior e 
colateral para o ramo da cabeça longa do tríceps braquial. O nervo axilar inerva três músculos no braço: 
deltóide (músculo do ombro), redondo menor (um dos músculos do manguito rotador) e a cabeça longa 
do tríceps braquial. Ele também carrega informações sensoriais a partir da articulação do ombro, assim 
como a pele cobrindo a região inferior do músculo deltóide (que é inervado pelo ramo do nervo cutâneo 
lateral superior do braço do nervo axilar).

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