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ARTIGO BARBARA 1

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2 
 
A IMPORTÃNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Autora: Bárbara Mendes Antunes 
Prof. Orientador: Gilsoni Mendonça Lunardi 
 
Faculdade de Capivari de Baixo - FUCAP 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa, descritiva, com o 
objetivo de demonstrar a importância do brincar no processo de ensino-aprendizagem na 
educação infantil. A pesquisa reflete a problemática da necessidade de que as brincadeiras 
sejam inseridas no processo educacional infantil já que a escola deve ser um espaço para os 
alunos vivenciarem o brincar como um meio de evolução de pontos como a atenção, o 
raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa. A coleta de dados foi realizada em 
bases de dados bibliográficas, além de livros, teses e dissertações, com textos publicados 
nos últimos 15 anos. Com o estudo, foi possível perceber que há necessidade de aderir a 
prática inclusiva de jogos e brincadeiras dentro da proposta pedagógica das escolas de 
educação infantil, por demonstrar inúmeros benefícios que podem auxiliar no cumprimento do 
objetivo educacional da mesma. 
 
Palavras chave: Brincar. Brincadeiras. Criança. Educação Infantil. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho apresenta uma breve discussão sobre a importância do 
brincar na educação infantil, enfatizando que os jogos e brincadeiras são importantes 
instrumentos no processo de aprendizagem da criança, não devendo serem vistos 
apenas como ações para momentos de diversão e entretenimento, mas, como fonte 
de auxílio para formação e assimilação de conhecimentos para as crianças. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010) dispõem 
que a criança é sujeito histórico e de direitos que nas suas interações, relações e 
práticas cotidianas, constroem sua identidade pessoal e coletiva. Essas relações 
acontecem por meio da brincadeira, imaginação, fantasia, desejos, aprendizagens, 
observações, experimentações, narrativas, questionamentos através da contação de 
história contadas no dia-a-dia. 
3 
 
O ato de brincar se destaca, desta forma, pela fundamental importância no 
processo de ensino e aprendizagem infantil, pois ao mesmo tempo que se insere como 
um instrumento prazeroso e de livre imaginação, também propicia desenvolvimento 
pedagógico. O brincar e também o contexto da infância atual adquirem novos 
contornos, e a escola precisa se adaptar a essas mudanças, de modo que, as 
instituições de educação infantil, que tem como valor o respeito aos direitos e as 
necessidades das crianças, não devem deixar de inserir o brincar em seu plano 
curricular, com planejamento, estruturação, espaço próprio e incentivo por parte da 
direção e dos professores (NAVARRO, 2009). 
Nesta direção, percebendo que o brincar, cada vez mais passa a ser o foco de 
estudos e interesses das escolas e de seus professores, qual a importância do brincar 
no desenvolvimento da criança pequena? 
O objetivo principal deste trabalho foi apresentar a importância da inserção do 
brincar dentro da educação infantil, como também, relatar sobre a educação infantil 
no Brasil; demonstrar os conceitos de brincar e suas especificidades além de destacar 
o papel fundamental do professor na inclusão do brincar no plano pedagógico. 
 
2. METODOLOGIA 
 
Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura onde a coleta de dados foi 
realizada entre julho e setembro de 2019, sendo selecionados artigos publicados nos 
últimos 15 anos, através da pesquisa das seguintes palavras-chave: brincar; 
brincadeiras; criança e educação infantil, no idioma português, em bases de dados 
bibliográficas, além de livros, teses e dissertações. Foram excluídos artigos que não 
possuíam livre acesso ao texto. 
 
 
3. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
A inserção das brincadeiras no ambiente escolar proporciona momentos de 
aprendizagem que colaboram para o desenvolvimento de forma integral da criança, 
no entanto, os jogos e brincadeiras, em muitas escolas, ainda são tidos como uma 
atividade para preencher “buraco”, ou uma atividade para passar tempo, sendo mais 
4 
 
usada no final da aula, como forma de entreter os alunos, sem uma finalidade 
educativa (RODRIGUES, 2013; KIYA, 2014). 
Portanto, de acordo com Rodrigues (2013) a escola deve ser percebida como 
um espaço para os alunos explorarem o brincar, processo natural a fase da infância, 
como meio para evoluírem em pontos como a atenção, o raciocínio, a criatividade e a 
aprendizagem significativa etc. 
 
3.1 EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
O atendimento da educação da infância no Brasil é composto por inúmeros 
desafios e conquistas ao longo dos tempos. Segundo Corsino (2005), este 
atendimento se delineou de duas formas distintas: a Educação voltada para as 
crianças das classes economicamente mais favorecidas, a qual era norteada pelas 
idéias de Froebel, os jardins de infância e o atendimento voltado para as crianças 
pobres, ou seja, de caráter meramente assistencialista. 
A partir do século XIX tanto no Brasil como em outros lugares, se iniciaram os 
interesses e a preocupação em compreender melhor a infância, pois até então, a 
educação em si era igual para todas as idades, e as crianças eram vistas como um 
mini adulto, e segundo a obra de Ariès (1978) não havia o sentimento de infância ou 
uma representação elaborada dessa fase da vida. Pois há muito tempo, para a 
sociedade a criança não possuía valor nenhum, a educação era rígida e violenta. As 
crianças não podiam estar inseridas no mesmo local que os adultos, não podiam 
utilizar nada em comum, eram de famílias pobres e pais analfabetos. 
Segundo Montessori (s.d), as primeiras escolas foram montadas paras crianças 
entrarem a partir de três anos de idade, com objetivo de não somente ingressa-las, 
mas oferecer uma educação mais completa, para que desta forma as crianças fossem 
alfabetizadas. Nas classes dominantes, a atenção e a preocupação dos adultos pelas 
crianças do meio em que viviam aumentaram, pois envergavam a criança como ser 
dependente e fraca. 
Porém, Durkheim (1978), também foi um dos primeiros que buscou tecer fios 
da infância aos fios da escola, a fim de disciplinar a criança. Mas, apenas com a 
institucionalização da escola é que o conceito de infância começa a ser lentamente 
alterado, através da escolarização das crianças. A infância, portanto, é um período da 
5 
 
vida humana caracterizado por eventos de origem biológica e social. Esta é uma fase 
de desenvolvimento e crescimento da criança, e tem como marco importante a 
entrada em um ambiente escolar. 
A educação infantil, de acordo com o Referencial Curricular Nacional para 
Educação Infantil (1998), é uma etapa muito importante para as crianças, pois com 
ela se ampliam os conhecimentos, habilidades e aptidões necessárias para a faixa 
etária que corresponde de 0 a 6 anos e pretende atender todas as especificidades e 
necessidades existentes na infância, não apenas sendo assistencialista como 
acontece frequentemente. 
 Educar e cuidar são termos intrínsecos da educação infantil e permeia todas 
as atividades relacionadas ao atendimento das crianças, sendo um complemento a 
família, por esse motivo é impossível cuidar de crianças sem educá-las. 
Ao conceituar o termo educar, o Referencial Curricular para a Educação Infantil 
(1998) diz que educar é propiciar situações de cuidado, brincadeiras, e aprendizagens 
orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das 
capacidades infantis. Montessori descreve algumas de suas transformações 
pedagógicas com as crianças, da seguinte forma: 
Mandei construir mesinhas de formas variadas, que não balançassem, e tão 
leves que duas crianças de quatro anos pudessem facilmente transportá-las, 
cadeirinhas de palha ou de madeira, igualmente bem leves e bonitas, e que 
fossem uma reprodução em miniatura, das cadeiras dos adultos [...]. Também 
fazparte dessa mobília uma pia bem baixa, acessível às crianças de três ou 
quatro anos, guarnecida de tabuinhas laterais laváveis, para o sabonete, as 
escovas e a toalha [...]. Pequenos armários fechados por cortina ou por 
pequenas portas, cada um com uma chave própria, a fechadura, ao alcance 
das mãos das crianças que poderão abrir e fechar esses móveis e acomodar 
dentro deles seus pertences (MONTESSORI, 1965, p. 42). 
 
 
Sendo assim, na educação infantil, além dos cuidados e brincadeiras, as 
crianças realizam atividades educacionais e lúdicas que contribuem para o 
desenvolvimento de suas capacidades, por tanto se deve desapegar do modelo 
tradicional, de que todos os materiais ficam fora do alcance das crianças, impedindo 
a sua liberdade de escolha, pelo fato de que tudo uma criança toca consequentemente 
destrói, ou ocuparão muito tempo em sala e tumultuam as aulas se tornam bagunça. 
Ao contrário do modelo tradicional a Educação Infantil nos aspectos de hoje, a criança 
é envolvida no seu próprio desenvolvimento educacional, trabalhando suas limitações 
e os orientando de forma social, tal como onde se aprende a tirar e colocar no mesmo 
lugar. 
6 
 
 A criança tem contato com diversas pessoas, músicas e objetos que propiciam 
seu contato com o mundo e com as práticas sociais letradas, que é tão importante 
quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita. Assim, ao ingressarem no 
ensino fundamental, as crianças irão aprimorar seus conhecimentos, pois o processo 
de alfabetização é continuo. 
Educação infantil e Ensino Fundamental são indissociáveis: ambos envolvem 
conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção; seriedade e 
riso. O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na Educação 
Infantil; a alegria e a brincadeira também. E, nas práticas realizadas, as 
crianças aprendem. Elas gostam de aprender. Na Educação Infantil e no 
Ensino Fundamental, o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a 
apropriação e a construção do conhecimento por todos (KRAMER 2006, p. 
20). 
 
Portanto, destaca-se a necessidade de iniciar na educação infantil práticas de 
ludicidade, além de aumentar a percepção de importância das brincadeiras, pela 
escola, família e sociedade em geral para que possam ser exploradas todas as 
possibilidades que as mesmas favorecem (DIAS, 2013). 
 
3.2 O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Desde meados do século XVII que se busca um conceito para o termo brincar, 
sempre com um olhar voltado para pensamentos inerentes a diversas áreas, como a 
Biologia, a Psicologia do Desenvolvimento e também das Políticas de defesa infantil, 
procurando, desta forma, uma fundamentação para definição socio-psicopedagógica 
da criança, que tem no ato de brincar um suporte positivo e espontâneo para seu 
desenvolvimento (CRESPO, 2016). 
No entanto, o cenário da brincadeira acompanha as crianças há milhares de 
anos. Bonecos em túmulos de crianças foram encontrados entre achados 
arqueológicos do século IV a. C. Desde a Grécia Antiga a aprendizagem era incitada 
através de brincadeiras e jogos, por já considerarem importante a atividade lúdica 
durante a formação infantil (SOARES, 2010; DIAS, 2013; LEAL, 2017). 
O brincar é algo que está intrínseco ao desenvolvimento do indivíduo e é visto 
como sinónimo de inocência. É um modo essencial de comunicação e, por seu 
intermédio, a criança pode retratar o seu dia a dia, é também uma das atividades 
fundamentais para o desenvolver de sua identidade e autonomia (DIAS, 2013; 
CRESPO, 2016). 
7 
 
Para Leal (2017) o brincar é fundamental para a criança, pois lhe assegura 
confiança, quando através do brincar ela cria o seu mundo imaginário, o autor coloca 
também que o ato é tão importante para a criança quanto ações como estudar, comer 
conviver com a família, já que torna o espaço alegre e mais favorável para a 
aprendizagem e formação da mesma. O brincar se constitui, assim, em ação, 
divertimento, brincadeira, através de jogos, faz de conta, fantasia e expressão livre. 
No entanto, até pouco tempo, o ato de brincar era pouco valorizado a nível 
educativo. Com o passar dos tempos, ocorreu uma transformação no modo como se 
observa o brincar e a importância que se impõe as brincadeiras no processo de 
formação da criança, o brincar pode ser um importante instrumento para que a criança 
progrida as suas qualidades (DIAS, 2013; SOUZA, 2018). 
Através do brincar a criança toma conhecimento do meio em que vive e se 
relaciona com o mesmo, aprende e melhora suas habilidades, motiva a criatividade, 
amplifica sua inteligência e imaginação. A experiência do brincar propicia a criança 
um autoconhecimento que facilita seu processo de socialização, de vivenciar 
momentos com outras crianças, ou seja, brincar é uma atividade lúdica, que 
proporciona prazer e liberdade (SANTOS; PESSOA, 2015). 
Sob esse entendimento, as explicações sobre o brincar vão muito além de 
um simples conceito lúdico, há uma interligação com o pensamento, 
organismo e comportamento da criança em sua etapa de crescimento. De 
fato, o brincar não pode ser mero resultado de algo imaginado ou inventado 
pela criança, mas pela lógica está compondo uma notável vontade de a 
criança se desenvolver com alegria, participar e interagir, o que poderá 
aguçar sua inteligência e seu estilo de vida (LEAL, 2017, p. 21). 
 
De acordo com Souza (2018) a toda criança é dado o direito de brincar que é 
inerente a infância e garantido em Lei. Segundo o mesmo autor, a função do brincar 
não está atrelada ao brinquedo, ou ao material utilizado, mas está no posicionamento 
subjetivo que a criança manifesta na brincadeira, essa atitude vem carregada de 
prazer e satisfação e em cada etapa de evolução da criança, o brincar vai sendo 
transformado, sendo, desta maneira, imprescindível que ela tenha oportunidade de 
descobrir todas as fases do brincar. 
O brinquedo, por sua vez, não é apenas uma ferramenta qualquer para a 
criança, pois a ele, é dado valor, sentimentos, emoções, gerando através dele 
comportamentos específicos quando a criança está brincando. O brinquedo promove 
a autonomia, aumenta a cognição e a imaginação, como também proporciona 
momentos de alegria e prazer. Através dele pode se explorar, tendo um aprendizado 
8 
 
concreto do mundo externo, fazendo uso e estimulando os órgãos dos sentidos, 
através das funções sensoriais, motoras e emocionais (CORDAZZO; VIEIRA, 2007; 
SOUZA, 2018). 
Sobre o brinquedo, Leal (2017) aborda que existe um vínculo dele com a forma 
de educar, de promover interação na escola, já que o mesmo auxilia na função de 
desenvolvimento da criança, aprendizagem das normas e regras, controle de 
emoções e pode ser um meio de trabalho do professor em sala de aula. 
A brincadeira inserida na Educação Infantil é essencial para a desenvoltura e 
aprendizagem das crianças, não tendo um valor apenas de passatempo, mas sendo 
uma forma de gerar artifícios para as crianças encararem os desafios da vida. Desta 
forma é ideal que as escolas de educação infantil proporcionem ambientes e 
experiências que incluam o brincar (DIAS, 2013; LOPES et al., 2017). 
Nos dias de hoje, muito se fala e estuda sobre a inserção do brincar no dia a 
dia da educação infantil, pois, aumenta cada vez mais o número de crianças que 
passam grande parte do dia nas escolas, sendo assim, é necessário pensar em um 
brincar planejado, com intencionalidade, entendendo a relevância do ato e a 
necessidade de espaços adequados, materiais lúdicos, professores especializados e 
que saibam estimular a criatividade e a vivencia de experiências que propiciem o 
desenvolvimento infantil (LOPES et al., 2017). 
Bento (2017) investigou sobre os riscos e os benefícios do brincar e de acordo 
com a autora, o ato de brincar pode ser perigoso, no entanto, auxilia no 
desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Teixeira e Volpini (2014) enfatizaram 
que durante a educação infantilacontece o desenvolvimento integral das crianças e é 
nesse momento que devem ser inseridas atividades lúdicas que facilitem a construção 
do saber pela criança. E para que assim aconteça, é fundamental a presença do 
professor para favorecer a interação adequada e estimular a competitividade e 
cooperação para desenvolver na criança o interesse de brincar e facilitar a 
aprendizagem. 
Peranzoni, Zanetti e Neubauer (2013) demonstraram que é através dos jogos 
que as crianças interagem e se comunicam com o meio externo e se expressam. 
Brincando, a criança consegue se exercitar e desenvolver o pensamento e a 
estabilidade emocional. O jogo, o brinquedo e a brincadeira são instrumentos que 
aumentam a coordenação motora, a capacidade de raciocinar, melhoram as relações 
9 
 
sociais e fortificam os laços coletivos. Assim, para os autores, o jogo representa uma 
ferramenta relevante no desenvolvimento da criança. 
Leal (2017) procurou analisar a importância do brincar na educação infantil para 
o desenvolvimento integral da criança, demonstrando em seu estudo que as crianças 
que estão envolvidas em brincadeiras que fazem uso da música, da dança, dos 
movimentos do corpo, de histórias, de desenhos com uso de cores ou uso de 
massinha, além de jogos pedagógicos entre outros, apresentam melhor aprendizagem 
e concluiu que através das brincadeiras dentro das escolas, as crianças demostram 
adquirir habilidades psicomotoras, sociais, físicas, cognitivas e afetivas, o que 
possibilita confirmar que a brincadeira é um importante fator para desenvolvimento 
integral das crianças. 
Diante disso, o planejamento e o acompanhamento de tais atividades lúdicas 
cabem ao educador e para que toda criança consiga se desenvolver, que é o objetivo 
inicial da educação infantil, o brincar precisa ser parte integrante no planejamento 
pedagógico, afim de favorecer o crescimento da criança dentro do ambiente escolar. 
Portanto, cabe ao professor de educação infantil incentivar, estruturar, facilitar, 
observar e intervir no brincar da criança na escola. A brincadeira faz parte da 
aprendizagem natural na infância, e o professor necessita tomar consciência e 
começar a promover brincadeiras todos os dias, nas mais diversas formas, sendo 
aplicada de forma livre ou dirigida (BENTO, 2017; LEAL, 2017; LOPES et al., 2017). 
Conhecendo as particularidades de cada fase do desenvolvimento infantil, o 
professor pode conduzir os momentos de brincadeiras para que eles possam vir a 
contribuir de forma significativa para o desenvolvimento infantil. Deste modo, o 
professor tem um papel essencial como mediador, para ofertar para a criança novas 
possibilidades de conquistar conhecimentos e habilidades historicamente 
acumuladas, planejando aulas que contemplem tal objetivo (LOPES et al., 2017). 
Peranzoni, Zanetti e Neubauer (2013) colocam que é dever do educador 
valorizar as atividades que são realizadas pelas crianças, promovendo por meio dos 
jogos e brincadeiras um ambiente agradável e prazeroso, o que favorece o sucesso 
do aluno na aprendizagem. Ao educador cabe também a diversificação das 
brincadeiras, de acordo com o interesse pedagógico e as necessidades das crianças. 
Navarro e Prodócimo (2012) refletem sobre a mediação do professor na 
inclusão de brincadeiras no ambiente escolar e afirmam que um planejamento 
10 
 
pedagógico bem organizado pelo orientador, como um ambiente preparado e 
estruturado, a disposição de brinquedos na sala ou no parque, pode auxiliar bastante 
no desenvolvimento das crianças. Enfatizou ainda que as próprias crianças podem 
criar novas formas de aprendizagens que seriam muito mais significativas e 
duradouras em suas vidas, além sugerir cursos de formação de professores que 
fortaleçam o papel do professor da educação infantil 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A educação infantil compreende uma fase muito importante e marcante na vida 
do indivíduo, e nesta etapa a criança tem a possibilidade de experimentar diversas 
oportunidades que acrescentem no seu desenvolvimento, contribuindo para viverem 
em sociedade, vencerem desafios e para a formação de seus valores e sua 
personalidade. 
Desta forma, é essencial que as práticas escolares possam respeitar, 
compreender e acolher o universo infantil, trabalhando na criança a possibilidade de 
adquirir conhecimentos fundamentais para seu desenvolvimento de forma natural 
através do seu próprio modo de aprender, utilizando o brincar, que já faz parte de sua 
vivencia cotidiana e cultural. 
No entanto, vale ressaltar que para utilizar a brincadeira dentro do espaço 
escolar, no intuito de desenvolver de forma integral a criança em aspectos como o 
físico, o social, o cultural, o afetivo e o cognitivo, é necessário a orientação e 
estimulação planejada e adequada para um aprendizado prazeroso que não 
represente apenas lazer, mas sim, aprendizagem. 
Então, cabe ao professor, enquanto mediador do processo ensino e 
aprendizagem fazer uso de novas metodologias, que incluam em sua prática a 
brincadeira, estando consciente de que seu objetivo é formar alunos capacitados para 
enfrentarem desafios, de forma a serem crianças atuantes, participativas, reflexivas e 
autônomas. 
Sendo assim, compreendendo a importância do ato de brincar para o 
desenvolvimento infantil, pôde-se perceber a fundamental necessidade de se inserir 
jogos e brincadeiras dentro do plano pedagógico das instituições de educação infantil, 
11 
 
assim como, a indispensável realização de mais estudos sobre o tema para 
contribuírem com a atual mudança do cenário da educação infantil brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS 
 
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de Janeiro: LTC, 1978. 
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MEC/SEF, 1998, vols. 1, 2 e 3. 
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