Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2 A IMPORTÃNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Autora: Bárbara Mendes Antunes Prof. Orientador: Gilsoni Mendonça Lunardi Faculdade de Capivari de Baixo - FUCAP RESUMO O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa, descritiva, com o objetivo de demonstrar a importância do brincar no processo de ensino-aprendizagem na educação infantil. A pesquisa reflete a problemática da necessidade de que as brincadeiras sejam inseridas no processo educacional infantil já que a escola deve ser um espaço para os alunos vivenciarem o brincar como um meio de evolução de pontos como a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa. A coleta de dados foi realizada em bases de dados bibliográficas, além de livros, teses e dissertações, com textos publicados nos últimos 15 anos. Com o estudo, foi possível perceber que há necessidade de aderir a prática inclusiva de jogos e brincadeiras dentro da proposta pedagógica das escolas de educação infantil, por demonstrar inúmeros benefícios que podem auxiliar no cumprimento do objetivo educacional da mesma. Palavras chave: Brincar. Brincadeiras. Criança. Educação Infantil. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho apresenta uma breve discussão sobre a importância do brincar na educação infantil, enfatizando que os jogos e brincadeiras são importantes instrumentos no processo de aprendizagem da criança, não devendo serem vistos apenas como ações para momentos de diversão e entretenimento, mas, como fonte de auxílio para formação e assimilação de conhecimentos para as crianças. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010) dispõem que a criança é sujeito histórico e de direitos que nas suas interações, relações e práticas cotidianas, constroem sua identidade pessoal e coletiva. Essas relações acontecem por meio da brincadeira, imaginação, fantasia, desejos, aprendizagens, observações, experimentações, narrativas, questionamentos através da contação de história contadas no dia-a-dia. 3 O ato de brincar se destaca, desta forma, pela fundamental importância no processo de ensino e aprendizagem infantil, pois ao mesmo tempo que se insere como um instrumento prazeroso e de livre imaginação, também propicia desenvolvimento pedagógico. O brincar e também o contexto da infância atual adquirem novos contornos, e a escola precisa se adaptar a essas mudanças, de modo que, as instituições de educação infantil, que tem como valor o respeito aos direitos e as necessidades das crianças, não devem deixar de inserir o brincar em seu plano curricular, com planejamento, estruturação, espaço próprio e incentivo por parte da direção e dos professores (NAVARRO, 2009). Nesta direção, percebendo que o brincar, cada vez mais passa a ser o foco de estudos e interesses das escolas e de seus professores, qual a importância do brincar no desenvolvimento da criança pequena? O objetivo principal deste trabalho foi apresentar a importância da inserção do brincar dentro da educação infantil, como também, relatar sobre a educação infantil no Brasil; demonstrar os conceitos de brincar e suas especificidades além de destacar o papel fundamental do professor na inclusão do brincar no plano pedagógico. 2. METODOLOGIA Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura onde a coleta de dados foi realizada entre julho e setembro de 2019, sendo selecionados artigos publicados nos últimos 15 anos, através da pesquisa das seguintes palavras-chave: brincar; brincadeiras; criança e educação infantil, no idioma português, em bases de dados bibliográficas, além de livros, teses e dissertações. Foram excluídos artigos que não possuíam livre acesso ao texto. 3. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A inserção das brincadeiras no ambiente escolar proporciona momentos de aprendizagem que colaboram para o desenvolvimento de forma integral da criança, no entanto, os jogos e brincadeiras, em muitas escolas, ainda são tidos como uma atividade para preencher “buraco”, ou uma atividade para passar tempo, sendo mais 4 usada no final da aula, como forma de entreter os alunos, sem uma finalidade educativa (RODRIGUES, 2013; KIYA, 2014). Portanto, de acordo com Rodrigues (2013) a escola deve ser percebida como um espaço para os alunos explorarem o brincar, processo natural a fase da infância, como meio para evoluírem em pontos como a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa etc. 3.1 EDUCAÇÃO INFANTIL O atendimento da educação da infância no Brasil é composto por inúmeros desafios e conquistas ao longo dos tempos. Segundo Corsino (2005), este atendimento se delineou de duas formas distintas: a Educação voltada para as crianças das classes economicamente mais favorecidas, a qual era norteada pelas idéias de Froebel, os jardins de infância e o atendimento voltado para as crianças pobres, ou seja, de caráter meramente assistencialista. A partir do século XIX tanto no Brasil como em outros lugares, se iniciaram os interesses e a preocupação em compreender melhor a infância, pois até então, a educação em si era igual para todas as idades, e as crianças eram vistas como um mini adulto, e segundo a obra de Ariès (1978) não havia o sentimento de infância ou uma representação elaborada dessa fase da vida. Pois há muito tempo, para a sociedade a criança não possuía valor nenhum, a educação era rígida e violenta. As crianças não podiam estar inseridas no mesmo local que os adultos, não podiam utilizar nada em comum, eram de famílias pobres e pais analfabetos. Segundo Montessori (s.d), as primeiras escolas foram montadas paras crianças entrarem a partir de três anos de idade, com objetivo de não somente ingressa-las, mas oferecer uma educação mais completa, para que desta forma as crianças fossem alfabetizadas. Nas classes dominantes, a atenção e a preocupação dos adultos pelas crianças do meio em que viviam aumentaram, pois envergavam a criança como ser dependente e fraca. Porém, Durkheim (1978), também foi um dos primeiros que buscou tecer fios da infância aos fios da escola, a fim de disciplinar a criança. Mas, apenas com a institucionalização da escola é que o conceito de infância começa a ser lentamente alterado, através da escolarização das crianças. A infância, portanto, é um período da 5 vida humana caracterizado por eventos de origem biológica e social. Esta é uma fase de desenvolvimento e crescimento da criança, e tem como marco importante a entrada em um ambiente escolar. A educação infantil, de acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998), é uma etapa muito importante para as crianças, pois com ela se ampliam os conhecimentos, habilidades e aptidões necessárias para a faixa etária que corresponde de 0 a 6 anos e pretende atender todas as especificidades e necessidades existentes na infância, não apenas sendo assistencialista como acontece frequentemente. Educar e cuidar são termos intrínsecos da educação infantil e permeia todas as atividades relacionadas ao atendimento das crianças, sendo um complemento a família, por esse motivo é impossível cuidar de crianças sem educá-las. Ao conceituar o termo educar, o Referencial Curricular para a Educação Infantil (1998) diz que educar é propiciar situações de cuidado, brincadeiras, e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis. Montessori descreve algumas de suas transformações pedagógicas com as crianças, da seguinte forma: Mandei construir mesinhas de formas variadas, que não balançassem, e tão leves que duas crianças de quatro anos pudessem facilmente transportá-las, cadeirinhas de palha ou de madeira, igualmente bem leves e bonitas, e que fossem uma reprodução em miniatura, das cadeiras dos adultos [...]. Também fazparte dessa mobília uma pia bem baixa, acessível às crianças de três ou quatro anos, guarnecida de tabuinhas laterais laváveis, para o sabonete, as escovas e a toalha [...]. Pequenos armários fechados por cortina ou por pequenas portas, cada um com uma chave própria, a fechadura, ao alcance das mãos das crianças que poderão abrir e fechar esses móveis e acomodar dentro deles seus pertences (MONTESSORI, 1965, p. 42). Sendo assim, na educação infantil, além dos cuidados e brincadeiras, as crianças realizam atividades educacionais e lúdicas que contribuem para o desenvolvimento de suas capacidades, por tanto se deve desapegar do modelo tradicional, de que todos os materiais ficam fora do alcance das crianças, impedindo a sua liberdade de escolha, pelo fato de que tudo uma criança toca consequentemente destrói, ou ocuparão muito tempo em sala e tumultuam as aulas se tornam bagunça. Ao contrário do modelo tradicional a Educação Infantil nos aspectos de hoje, a criança é envolvida no seu próprio desenvolvimento educacional, trabalhando suas limitações e os orientando de forma social, tal como onde se aprende a tirar e colocar no mesmo lugar. 6 A criança tem contato com diversas pessoas, músicas e objetos que propiciam seu contato com o mundo e com as práticas sociais letradas, que é tão importante quanto conhecer o funcionamento do sistema de escrita. Assim, ao ingressarem no ensino fundamental, as crianças irão aprimorar seus conhecimentos, pois o processo de alfabetização é continuo. Educação infantil e Ensino Fundamental são indissociáveis: ambos envolvem conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção; seriedade e riso. O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na Educação Infantil; a alegria e a brincadeira também. E, nas práticas realizadas, as crianças aprendem. Elas gostam de aprender. Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e a construção do conhecimento por todos (KRAMER 2006, p. 20). Portanto, destaca-se a necessidade de iniciar na educação infantil práticas de ludicidade, além de aumentar a percepção de importância das brincadeiras, pela escola, família e sociedade em geral para que possam ser exploradas todas as possibilidades que as mesmas favorecem (DIAS, 2013). 3.2 O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Desde meados do século XVII que se busca um conceito para o termo brincar, sempre com um olhar voltado para pensamentos inerentes a diversas áreas, como a Biologia, a Psicologia do Desenvolvimento e também das Políticas de defesa infantil, procurando, desta forma, uma fundamentação para definição socio-psicopedagógica da criança, que tem no ato de brincar um suporte positivo e espontâneo para seu desenvolvimento (CRESPO, 2016). No entanto, o cenário da brincadeira acompanha as crianças há milhares de anos. Bonecos em túmulos de crianças foram encontrados entre achados arqueológicos do século IV a. C. Desde a Grécia Antiga a aprendizagem era incitada através de brincadeiras e jogos, por já considerarem importante a atividade lúdica durante a formação infantil (SOARES, 2010; DIAS, 2013; LEAL, 2017). O brincar é algo que está intrínseco ao desenvolvimento do indivíduo e é visto como sinónimo de inocência. É um modo essencial de comunicação e, por seu intermédio, a criança pode retratar o seu dia a dia, é também uma das atividades fundamentais para o desenvolver de sua identidade e autonomia (DIAS, 2013; CRESPO, 2016). 7 Para Leal (2017) o brincar é fundamental para a criança, pois lhe assegura confiança, quando através do brincar ela cria o seu mundo imaginário, o autor coloca também que o ato é tão importante para a criança quanto ações como estudar, comer conviver com a família, já que torna o espaço alegre e mais favorável para a aprendizagem e formação da mesma. O brincar se constitui, assim, em ação, divertimento, brincadeira, através de jogos, faz de conta, fantasia e expressão livre. No entanto, até pouco tempo, o ato de brincar era pouco valorizado a nível educativo. Com o passar dos tempos, ocorreu uma transformação no modo como se observa o brincar e a importância que se impõe as brincadeiras no processo de formação da criança, o brincar pode ser um importante instrumento para que a criança progrida as suas qualidades (DIAS, 2013; SOUZA, 2018). Através do brincar a criança toma conhecimento do meio em que vive e se relaciona com o mesmo, aprende e melhora suas habilidades, motiva a criatividade, amplifica sua inteligência e imaginação. A experiência do brincar propicia a criança um autoconhecimento que facilita seu processo de socialização, de vivenciar momentos com outras crianças, ou seja, brincar é uma atividade lúdica, que proporciona prazer e liberdade (SANTOS; PESSOA, 2015). Sob esse entendimento, as explicações sobre o brincar vão muito além de um simples conceito lúdico, há uma interligação com o pensamento, organismo e comportamento da criança em sua etapa de crescimento. De fato, o brincar não pode ser mero resultado de algo imaginado ou inventado pela criança, mas pela lógica está compondo uma notável vontade de a criança se desenvolver com alegria, participar e interagir, o que poderá aguçar sua inteligência e seu estilo de vida (LEAL, 2017, p. 21). De acordo com Souza (2018) a toda criança é dado o direito de brincar que é inerente a infância e garantido em Lei. Segundo o mesmo autor, a função do brincar não está atrelada ao brinquedo, ou ao material utilizado, mas está no posicionamento subjetivo que a criança manifesta na brincadeira, essa atitude vem carregada de prazer e satisfação e em cada etapa de evolução da criança, o brincar vai sendo transformado, sendo, desta maneira, imprescindível que ela tenha oportunidade de descobrir todas as fases do brincar. O brinquedo, por sua vez, não é apenas uma ferramenta qualquer para a criança, pois a ele, é dado valor, sentimentos, emoções, gerando através dele comportamentos específicos quando a criança está brincando. O brinquedo promove a autonomia, aumenta a cognição e a imaginação, como também proporciona momentos de alegria e prazer. Através dele pode se explorar, tendo um aprendizado 8 concreto do mundo externo, fazendo uso e estimulando os órgãos dos sentidos, através das funções sensoriais, motoras e emocionais (CORDAZZO; VIEIRA, 2007; SOUZA, 2018). Sobre o brinquedo, Leal (2017) aborda que existe um vínculo dele com a forma de educar, de promover interação na escola, já que o mesmo auxilia na função de desenvolvimento da criança, aprendizagem das normas e regras, controle de emoções e pode ser um meio de trabalho do professor em sala de aula. A brincadeira inserida na Educação Infantil é essencial para a desenvoltura e aprendizagem das crianças, não tendo um valor apenas de passatempo, mas sendo uma forma de gerar artifícios para as crianças encararem os desafios da vida. Desta forma é ideal que as escolas de educação infantil proporcionem ambientes e experiências que incluam o brincar (DIAS, 2013; LOPES et al., 2017). Nos dias de hoje, muito se fala e estuda sobre a inserção do brincar no dia a dia da educação infantil, pois, aumenta cada vez mais o número de crianças que passam grande parte do dia nas escolas, sendo assim, é necessário pensar em um brincar planejado, com intencionalidade, entendendo a relevância do ato e a necessidade de espaços adequados, materiais lúdicos, professores especializados e que saibam estimular a criatividade e a vivencia de experiências que propiciem o desenvolvimento infantil (LOPES et al., 2017). Bento (2017) investigou sobre os riscos e os benefícios do brincar e de acordo com a autora, o ato de brincar pode ser perigoso, no entanto, auxilia no desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Teixeira e Volpini (2014) enfatizaram que durante a educação infantilacontece o desenvolvimento integral das crianças e é nesse momento que devem ser inseridas atividades lúdicas que facilitem a construção do saber pela criança. E para que assim aconteça, é fundamental a presença do professor para favorecer a interação adequada e estimular a competitividade e cooperação para desenvolver na criança o interesse de brincar e facilitar a aprendizagem. Peranzoni, Zanetti e Neubauer (2013) demonstraram que é através dos jogos que as crianças interagem e se comunicam com o meio externo e se expressam. Brincando, a criança consegue se exercitar e desenvolver o pensamento e a estabilidade emocional. O jogo, o brinquedo e a brincadeira são instrumentos que aumentam a coordenação motora, a capacidade de raciocinar, melhoram as relações 9 sociais e fortificam os laços coletivos. Assim, para os autores, o jogo representa uma ferramenta relevante no desenvolvimento da criança. Leal (2017) procurou analisar a importância do brincar na educação infantil para o desenvolvimento integral da criança, demonstrando em seu estudo que as crianças que estão envolvidas em brincadeiras que fazem uso da música, da dança, dos movimentos do corpo, de histórias, de desenhos com uso de cores ou uso de massinha, além de jogos pedagógicos entre outros, apresentam melhor aprendizagem e concluiu que através das brincadeiras dentro das escolas, as crianças demostram adquirir habilidades psicomotoras, sociais, físicas, cognitivas e afetivas, o que possibilita confirmar que a brincadeira é um importante fator para desenvolvimento integral das crianças. Diante disso, o planejamento e o acompanhamento de tais atividades lúdicas cabem ao educador e para que toda criança consiga se desenvolver, que é o objetivo inicial da educação infantil, o brincar precisa ser parte integrante no planejamento pedagógico, afim de favorecer o crescimento da criança dentro do ambiente escolar. Portanto, cabe ao professor de educação infantil incentivar, estruturar, facilitar, observar e intervir no brincar da criança na escola. A brincadeira faz parte da aprendizagem natural na infância, e o professor necessita tomar consciência e começar a promover brincadeiras todos os dias, nas mais diversas formas, sendo aplicada de forma livre ou dirigida (BENTO, 2017; LEAL, 2017; LOPES et al., 2017). Conhecendo as particularidades de cada fase do desenvolvimento infantil, o professor pode conduzir os momentos de brincadeiras para que eles possam vir a contribuir de forma significativa para o desenvolvimento infantil. Deste modo, o professor tem um papel essencial como mediador, para ofertar para a criança novas possibilidades de conquistar conhecimentos e habilidades historicamente acumuladas, planejando aulas que contemplem tal objetivo (LOPES et al., 2017). Peranzoni, Zanetti e Neubauer (2013) colocam que é dever do educador valorizar as atividades que são realizadas pelas crianças, promovendo por meio dos jogos e brincadeiras um ambiente agradável e prazeroso, o que favorece o sucesso do aluno na aprendizagem. Ao educador cabe também a diversificação das brincadeiras, de acordo com o interesse pedagógico e as necessidades das crianças. Navarro e Prodócimo (2012) refletem sobre a mediação do professor na inclusão de brincadeiras no ambiente escolar e afirmam que um planejamento 10 pedagógico bem organizado pelo orientador, como um ambiente preparado e estruturado, a disposição de brinquedos na sala ou no parque, pode auxiliar bastante no desenvolvimento das crianças. Enfatizou ainda que as próprias crianças podem criar novas formas de aprendizagens que seriam muito mais significativas e duradouras em suas vidas, além sugerir cursos de formação de professores que fortaleçam o papel do professor da educação infantil 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação infantil compreende uma fase muito importante e marcante na vida do indivíduo, e nesta etapa a criança tem a possibilidade de experimentar diversas oportunidades que acrescentem no seu desenvolvimento, contribuindo para viverem em sociedade, vencerem desafios e para a formação de seus valores e sua personalidade. Desta forma, é essencial que as práticas escolares possam respeitar, compreender e acolher o universo infantil, trabalhando na criança a possibilidade de adquirir conhecimentos fundamentais para seu desenvolvimento de forma natural através do seu próprio modo de aprender, utilizando o brincar, que já faz parte de sua vivencia cotidiana e cultural. No entanto, vale ressaltar que para utilizar a brincadeira dentro do espaço escolar, no intuito de desenvolver de forma integral a criança em aspectos como o físico, o social, o cultural, o afetivo e o cognitivo, é necessário a orientação e estimulação planejada e adequada para um aprendizado prazeroso que não represente apenas lazer, mas sim, aprendizagem. Então, cabe ao professor, enquanto mediador do processo ensino e aprendizagem fazer uso de novas metodologias, que incluam em sua prática a brincadeira, estando consciente de que seu objetivo é formar alunos capacitados para enfrentarem desafios, de forma a serem crianças atuantes, participativas, reflexivas e autônomas. Sendo assim, compreendendo a importância do ato de brincar para o desenvolvimento infantil, pôde-se perceber a fundamental necessidade de se inserir jogos e brincadeiras dentro do plano pedagógico das instituições de educação infantil, 11 assim como, a indispensável realização de mais estudos sobre o tema para contribuírem com a atual mudança do cenário da educação infantil brasileira. 12 REFERÊNCIAS ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. (D. Flaksman, Trad.) Rio de Janeiro: LTC, 1978. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil /Secretaria de Educação 38 Básica. – Brasília : MEC, SEB, 2010 . Disponível em: Acesso: 14 ago. 2019. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, vols. 1, 2 e 3. BENTO, Maria Gabriela Portugal. Arriscar ao brincar: análise das percepções de risco em relação ao brincar num grupo de educadoras de infância. Universidade de Aveiro. Portugal. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 69, p. 385-403. 2017. CORDAZZO, Scheila Tatiana Duarte; VIEIRA, Mauro Luís. A brincadeira e suas aplicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 7, n. 1, p. 92-104. 2007. CORSINO, Patrícia. Educação Infantil: a necessária institucionalização da infância. In: KRAMER, Sonia (org.). Profissionais de Educação Infantil: Gestão e Formação. 1. Ed. São Paulo: Editora Ática, 2005. CRESPO, Teresa Paula Nogueira. A importância do Brincar para o desenvolvimento da criança. 2016. 172f. Relatório (Mestrado em Educação Pré- Escolar) - Instituto Politécnico de Portalegre, Escola Superior de Educação, Portalegre. 2016. DIAS, Elaine. A Importância do Lúdico no Processo de Ensino-Aprendizagem na Educação Infantil. Revista Educação e Linguagem, v. 7, n. 1, p. 20 -25. 2013. DURKHEIM. Émile. Educação e sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1978. KIYA, M.C.S. O uso de Jogos e de atividades lúdicas como recurso pedagógico facilitador da aprendizagem. Programa de Desenvolvimento Educacional, da Secretaria de Estado da Educação-SEED, na área de Pedagogia. Ortigueira, 2014. KRAMER, Sônia. As crianças de 0 a 6 anos nas Políticas Educacionais no Brasil: Educação Infantil e/é fundamental Brasília. DF, 2006. p. 19-21. LEAL, Patrícia Maristela de Freitas. O Brincar na Educação Infantil e o Desenvolvimento Integral da Criança. 2017. 80 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Vale do Sapucaí, Pouso Alegre,2017. LOPES, Ana Claudia Fernandes et al. A importância do brincar na educação infantil: a experiência do PIBID - pedagogia/UEL na brinquedoteca. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 13., 2017, Paraná. Anais... Paraná: EDUCERE, 2017 13 RODRIGUES, Lídia da Silva. Jogos e brincadeiras como ferramentas no processo de aprendizagem lúdica na alfabetização. 2013. 97f. Dissertação (Mestrado em educação) - Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Brasília. 2013. SOUZA, Cláudia Flôr. A importância do brincar e do aprender das crianças na educação infantil. 2018. 15f. Artigo (Especialização em Educação Infantil e Alfabetização com Ênfase em Psicologia Educacional) – Unopar, Faculdade de Rolim de Moura, Roraima, 2018. MONTESSORI, Maria. Mente absorvente. Rio de Janeiro, Portugália Editora (Brasil), s.d. __________________. Pedagogia Científica: a descoberta da criança. São Paulo, Flamboyant, 1965. NAVARRO, Mariana Stoeterau. O brincar na educação infantil. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 9., 2009, Paraná. Anais... Paraná: EDUCERE, 2009. NAVARRO, Mariana Stoeterau; PRODÓCIMO, Elaine. Brincar e mediação na escola. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. (online), v. 34, n. 3, p. 633- 648. 2012. PERANZONI, Vaneza Cauduro; ZANETTI, Adriane Neubauer; STEIGLEDER, Vanessa. Os jogos, os brinquedos e as brincadeiras: recursos necessários na prática educacional cotidiana. 2013. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires – Año 18. n. 182. Jul. 2013. SANTOS, Gislane de Lima; PESSOA, Jéssica das Neves. A importância do brincar no desenvolvimento da criança. 41f. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. 2015. SOARES, Jiane Martins. A Importância do Lúdico na Alfabetização Infantil. 2010. Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1869 . Acesso em: 04 ago. 2019. TEIXEIRA, Hélita Carla; VOLPINI, Maria Neli. A importância do brincar no contexto da educação infantil: creche e pré-escola. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro, v.1, n. 1, p. 76-88. 2014.
Compartilhar