Buscar

Fisiologia Renal

Prévia do material em texto

FISIOLOGIA RENAL
Prof. Dra. Déborah Praciano de Castro
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ- UECE
FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS- FAFIDAM
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: BIOFÍSICA
1
Para que servem os rins?
Remoção de resíduos do corpo. A função mais importante dos rins é a regulação homeostática da água e o conteúdo iônico do sangue, também denominado balanço de sal e água, ou balanço hídrico e eletrolítico. A remoção de resíduos é importante, mas alterações no volume de sangue ou nas concentrações de íons causam sérios problemas clínicos antes que o acúmulo de resíduos metabólicos atinja níveis tóxicos. 
Os rins mantêm a concentração normal de íons e água no sangue pelo equilíbrio da ingestão destas substâncias com a sua excreção na urina, obedecendo ao princípio do balanço de massa.
Seis funções específicas. 
2
Para que servem os rins?
Volume do líquido extracelular diminui  Pressão também diminui
Se o volume do líquido extracelular e a pressão sanguínea diminuem a níveis muito baixos, o corpo não pode manter um fluxo adequado de sangue para o encéfalo e outros órgãos essenciais. Os rins trabalham de uma maneira integrada com o sistema circulatório para assegurar que tanto a pressão sanguínea quanto a perfusão tecidual permaneçam em uma faixa aceitável. 
3
1. Regulação do volume do líquido extracelular e da pressão sanguínea.
Para que servem os rins?
O corpo integra a função renal com o comportamento (sede), para manter a osmolaridade do corpo em um valor próximo a 290 mOsm.
. 
4
2. Regulação da Osmolaridade.
Para que servem os rins?
Os rins mantêm a concentração de íons chave dentro de uma faixa normal pelo balanço entre ingestão e perda urinária. 
O sódio é o principal íon envolvido na regulação do volume do líquido extracelular e da osmolaridade. As concentrações de potássio e de cálcio também são estritamente reguladas. 
5
3. Manutenção do equilíbrio iônico.
Para que servem os rins?
O pH do plasma é mantido dentro de uma faixa estreita de variação.
Se o líquido extracelular se torna muito ácido, os rins removem o H+ e conservam os íons bicarbonato (HCO3-). Inversamente, quando o líquido extracelular se torna muito alcalino, os rins removem HCO3- e conservam H+. Os rins desempenham um papel significativo na homeostase do pH tão rapidamente quanto os pulmões. 
6
4. Regulação homeostática do pH
Para que servem os rins?
Os rins removem subprodutos metabólicos e substâncias exógenas, como fármacos e toxinas ambientais. 
Subprodutos metabólicos incluem creatinina do metabolismo dos músculos e os subprodutos nitrogenados ureia e ácido úrico. Um metabólito da hemoglobina denominado urobilinogênio dá a urina sua cor amarela características. Os hormônios são outras substâncias endógenas que os rins retiram do sangue. Exemplos de substâncias exógenas (externas) que os rins ativamente removem incluem o adoçante artificial sacarina e o ânion benzoato, parte do conservando benzoato de potássio que você ingere quando toma um refrigerante diet. 
7
5. Excreção de resíduos
Para que servem os rins?
Rins não são glândulas endócrinas, mas desempenham um papel importante em três vias endócrinas. 
As células dos rins sintetizam eritropoetina, o hormônio/citocina que regula a síntese de eritrócitos. Também liberam renina, uma enzima que regula a produção de hormônios envolvidos no balanço do sódio e na homeostase da pressão sanguínea. Enzimas renais ajudam a converter a vitamina D3 em um hormônio ativo que regula o balanço do Ca2+. 
8
6. Produção de Hormônios
Para que servem os rins?
Enorme capacidade de reserva Homeostase só é afetada quando você perde ¾ das funções dos seus rins.
Muitas pessoas vivem normalmente com apenas um rim, como ocorre com 1 a cada 1000 nascimentos, em que a pessoa nasce com apenas um rim (ou por outras falhas no desenvolvimento durante a gestação) ou com pessoas que doam um rim para transplante. 
9
Anatomia do Sistema Urinário
O sistema urinário é composto pelos rins e estruturas acessórias.
10
Anatomia do Sistema Urinário
Trajeto de uma gota de água do plasma até a excreção na urina.
1. Primeiro passo na produção da urina é o deslocamento da água e dos solutos do plasma para os túbulos ocos (néfrons) que compõem a maior parte do par de rins. Esses túbulos modificam a composição do líquido a medida que ele passa ao longo destas estruturas. O líquido modificado deixa o rim e passa para dentro de um tubo oco chamado de ureter. Existem dois ureteres, cada um partindo de um rim e se dirigindo para a bexiga urinária. A bexiga se expande e se enche com urina até que, por uma ação reflexa, se contrai e expulsa a urina por um único tubo, a uretra. 
11
Anatomia do Sistema Urinário
A uretra nos homens sai do corpo através do corpo do pênis. Nas mulheres, a abertura uretral é encontrada anterior às aberturas da vagina e do ânus. 
A micção é o processo pelo qual a urina é excretada. 
12
Anatomia do Sistema Urinário
Os rins são o local de formação da urina. Cada rim situa-se em um lado da coluna vertebral ao nível da 11ª e 12ª costelas, logo acima da cintura. 
Embora os rins estejam abaixo do diafragma, eles estão tecnicamente fora da cavidade abdominal, entre o peritônio membranoso que reveste o abdome e os ossos e os músculos do dorso. Por causa da sua localização atrás da cavidade peritoneal, os rins são algumas vezes descritos como tendo localização retroperitoneal. 
13
Anatomia do Sistema Urinário
Artérias renais Ramos da parte abdominal da aorta; Fornecem sangue para os rins.
Veias renais Levam sangue dos rins para a veia cava inferior. 
Recebem 20 a 25% do Débito cardíaco.
A superfície côncava de cada rim está voltada para a coluna vertebral. Os vasos sanguíneos renais, os nervos, os vasos linfáticos e os ureteres emergem a partir desta superfície. 
Os rins recebem de 20 a 25% do débito cardíaco, embora constituam apenas 0,4% do peso total do corpo (120 a 170 gramas cada). Esta alta taxa de sangue através dos rins é crítica para a função renal. 
14
Anatomia do Sistema Urinário
Um corte transversal através de um rim mostra que o seu interior é dividido em duas camadas: um córtex externo, e uma medula interna. 
As camadas são formadas pelo arranjo organizado de túbulos microscópicos chamados de néfrons. 
Cerca de 80% dos néfrons de um rim estão contidos quase completamente no córtex (néfrons corticais), ao passo que os outros 20% mergulham para dentro da medula (néfrons justa medulares). 
15
Anatomia do Sistema Urinário
Cerca de 80% dos néfrons de um rim estão contidos quase completamente no córtex (néfrons corticais). Outros 20% mergulham para dentro da medula (néfrons justamedulares). 
Um corte transversal através de um rim mostra que o seu interior é dividido em duas camadas: um córtex externo, e uma medula interna. 
As camadas são formadas pelo arranjo organizado de túbulos microscópicos chamados de néfrons. 
Cerca de 80% dos néfrons de um rim estão contidos quase completamente no córtex (néfrons corticais), ao passo que os outros 20% mergulham para dentro da medula (néfrons justa medulares). 
16
Anatomia do Sistema Urinário
O néfron é a unidade funcional do rim. Cada um dos cerca de um milhão de néfrons de cada rim está dividido em segmentos, e cada segmento é intimamente associado com vasos sanguíneos especializados. 
17
18
Elementos vasculares do Rim
Entrada de sangue no Rim:
Artéria renal artérias menores arteríolas no córtex.
 
Arranjos de vasos sanguíneos  sistema porta
O sangue flui a partir da arteríola aferente para uma rede de capilares semelhante a uma bola, conhecida como glomérulo. 
19
Elementos vasculares do Rim
O sangue que deixa o glomérulo flui para uma arteríola eferente e depoispara um segundo conjunto de capilares, os capilares peritubulares que circundam o túbulo. Nos néfrons justamedulares, os longos capilares peritubulares que penetram na medula são chamados de vasos retos. Finalmente os capilares renais juntam-se para formar vênulas e pequenas veias, conduzindo o sangue para fora do rim pela veia renal. 
20
Elementos vasculares do Rim
A função do sistema porta renal é primeiro filtrar líquido para fora do sangue e para dentro do lúmen do néfron nos capilares glomerulares e depois reabsorver líquido do túbulo de volta para o sangue nos capilares peritubulares. As forças que determinam o movimento de líquido no sistema porta renal são similares àquelas que determinam a filtração de água e moléculas para fora dos capilares sistêmicos em outros tecidos. 
21
Elementos tubulares dos Rins
Cápsula de Bowman +
Glomérulo
Corpúsculo renal
O néfron inicia com uma estrutura oca semelhante a uma bola chamada de cápsula de Bowman (cápsula glomerular) que circunda o glomérulo. O endotélio do glomérulo é fundido ao epitélio da cápsula de Bowman de modo que o líquido filtrado dos capilares passa diretamente para dentro do lúmen do túbulo. 
A combinação do glomérulo e da cápsula de Bowman é chamada de corpúsculo renal.
22
Elementos tubulares dos Rins
Da cápsula de Bowman, o líquido filtrado segue para dentro do túbulo proximal e depois para o segmento intermediário (alça de Henle), um segmento em forma de U que mergulha em direção à medula e depois volta em direção ao córtex. A alça de Henle é dividida em dois ramos, um descendente fino e um ascendente com segmentos fino e grosso. O líquido passa então para o túbulo distal. Os túbulos distais de até oito néfrons drenam para um único túbulo maior chamado de ducto coletor. Os ductos coletores passam do córtex para a medula e drenam na pelve renal. Da pelve renal, o líquido filtrado e modificado, agora chamado de urina, flui para o ureter no seu trajeto para a excreção. 
23
Visão Geral da Função Renal
Imagine beber 340 mL de refrigerante a cada 3 minutos
Final do dia ~ 90 garrafas de 2 litros
A ideia de colocar 180 L no seu trato gastrintestinal é irreal, mas esta é a quantidade de plasma que passa nos néfrons a cada dia. Como o volume médio de urina que deixa o rim é de apenas 1, 5 L por dia, mais de 99% do líquido que entra nos néfrons precisam voltar para o sangue, caso contrário o corpo desidrataria rapidamente. 
24
Visão Geral da Função Renal
Três processos básicos acontecem no néfron
Filtração: Movimento de líquido do sangue para o lúmen do néfron. A filtração acontece apenas no corpúsculo renal, onde a parede dos capilares glomerulares e da cápsula de Bowman são modificadas para permitir o fluxo de massa do líquido. Uma vez que o líquido, chamado de filtrado, passe para dentro do lúmen do néfron, ele torna-se parte do meio externo do corpo. Por essa razão, qualquer substância filtrada para dentro do néfron é destinada a ser removida na urina, a menos que seja reabsorvida. 
Após o filtrado deixar a cápsula de Bowman, o mesmo é modificado por reabsorção e secreção. A reabsorção é um processo de transporte de substâncias presentes no filtrado, do lúmen do túbulo de volta para o sangue via capilares peritubulares.
A secreção remove moléculas específicas do sangue e as adiciona ao filtrado no lúmen do túbulo. Embora a secreção e a filtração glomerular movam substâncias do sangue para dentro do túbulo, a secreção é um processo mais seletivo que geralmente usa proteínas de membrana para transportar as moléculas através do epitélio tubular. 
25
Néfron
Filtração
Reabsorção
Secreção
Visão Geral da Função Renal
Líquidos corporais
Ingestão diária - 2100ml/dia (líquidos e água dos alimentos) + 200ml/dia (oxidação de carboidratos - metabolismo) = 2300ml/dia.
Perda diária - 700ml (perda por difusão através da pele e dos pulmões) + 100ml (suor) +100ml (fezes) + 1400ml (urina) = 2300ml/dia
Compartimento dos líquidos corporais (60% do peso do corpo é líquido). Líquido extracelular (LEC - 20%) - líquido intersticial e plasma (cerca de 3 litros). Líquido intracelular (LIC - 40%).
A composição do LEC é controlada pelos rins. O LIC é separado do LEC por uma membrana celular seletivamente permeável a água. O LIC contém pequenas quantidades de íons sódio, cloreto e cálcio e grandes quantidades de íons magnésio e sulfato.
Néfron modifica o volume e a osmolaridade do líquido
Função primária do túbulo proximal Reabsorção de líquido isosmótico. 
 Alça de Henle filtrado torna se hiposmótico em relação ao plasma. 
 A reabsorção e a secreção determinam a composição final do filtrado. 
Os 180 L de líquido que são filtrados para dentro da cápsula de Bowman a cada dia são quase idênticos em composição ao plasma e quase isosmóticos (cerca de 300 mOsM). Á medida que este filtrado flui pelo túbulo proximal, cerca de 70% do seu volume são reabsorvidos, permanecendo 54 L no lúmen. A reabsorção ocorre quando as células do túbulo proximal transportam solutos para dentro do lúmen, e a água segue por osmose
O filtrado que deixa o túbulo proximal transportam solutos para fora do lúmen, e a água segue por osmose. O filtrado que deixa o túbulo proximal tem a mesma osmolaridade que o filtrado que entrou. 
Após deixar o túbulo proximal, o filtrado passa para a alça de henle, o principal foco de produção de urina diluída. Á medida que passa pela alça de Henle, proporcionalmente é reabsorvido mais soluto que água, e o filtrado torna-se hiposmótico em relação ao plasma. 
A partir da alça de Henle, o filtrado passa para o túbulo distal e para o ducto coletor. Nestes dois segmentos, ocorre uma regulação fina do balanço de sal e de água sob o controle de vários hormônios. O volume e a osmolaridade finais da urina dependem das necessidades do corpo de conservar ou excretar água e soluto. 
28
Néfron modifica o volume e a osmolaridade do líquido
A quantidade de qualquer substância excretada na urina depende de como a substância foi manejada durante a sua passagem pelo néfron.
A quantidade excretada é igual a quantidade filtrada para dentro do túbulo, menos a quantidade reabsorvida para o sangue, mais a quantidade secretada para o lúmen do túbulo. 
29
Filtração
1º passo na formação da urina.
Filtrado Composição igual à do plasma menos a maioria das proteínas plasmáticas
Filtrado= água + solutos
Sob condições normais, as células do sangue permanecem no capilar, de modo que o filtrado é composto apenas de água e solutos dissolvidos. 
30
Filtração
Apenas 1/5 do plasma que flui ao longo dos rins é filtrado para dentro dos néfrons. Os outros 4/5 do plasma, junto com a maioria das proteínas do plasma e as células do sangue, fluem para os capilares peritubulares.
Sob condições normais, as células do sangue permanecem no capilar, de modo que o filtrado é composto apenas de água e solutos dissolvidos. 
A porcentagem do volume total do plasma que é filtrada para dentro do túbulo é denominada fração de filtração. 
31
Filtração
A filtração ocorre no corpúsculo renal. 
Corpúsculo renal é formado por capilares glomerulares circundados pela cápsula de Bowman. As substâncias que deixam o plasma precisam passar através de três barreiras de filtração antes de entrar no lúmen do túbulo: o endotélio do capilar glomerular, uma lâmina basal (membrana basal) e o epitélio da cápsula de Bowman. Os detalhes de como funcionam essas barreiras de filtração estão ainda em estudo. 
32
Filtração
A primeira barreira é o endotélio capilar. Os capilares glomerulares são capilares fenestrados com grandes poros que permitem que a maioria dos componentes do plasma seja filtrada através do endotélio. Os poros são pequenos o bastante, contudo, para impedir que as células do sangue deixem o capilar. Proteínas negativamente carregadas presentes na superfície dos poros também ajudama repelir proteínas plasmáticas negativamente carregadas. 
As células mesangiais glomerulares ficam entre e ao redor dos capilares glomerulares. As células mesangiais possuem feixes citoplasmáticos de filamentos semelhantes à actina que fazem com que estas células sejam capazes de contrair e alterar o fluxo de sangue pelos capilares. Além disso, as células mesangiais secretam citocinas associadas a processos inflamatórios e imunitários. A alteração da função das células mesangiais tem sido associada a muitas doenças renais.
A segunda barreira de filtração é uma camada acelular de matriz extracelular denominada lâmina basal, a qual separa o endotélio capilar do revestimento epitelial da cápsula de Bowman. A lâmina basal atua como uma peneira grossa, excluindo a maioria das proteínas plasmáticas do líquido que é filtrado através dela. 
A terceira barreira de filtração é o epitélio da cápsula de Bowman. A porção do epitélio da cápsula que circunda cada capilar glomerular consiste em células especializadas denominadas podócitos. 
33
O que causa a filtração?
O processo de filtração nos capilares glomerulares é influenciado por três tipos de pressão.
Pressão hidrostática do sangue fluindo ao longo dos capilares glomerulares força o líquido através do endotélio permeável. A pressão sanguínea nos capilares é em média 55 mm Hg e favorece a filtração para dentro da cápsula de Bowman. Embora a pressão decline ao longo do comprimento dos capilares, ela permanece mais alta que as pressões contrárias. Consequentemente, a filtração acontece ao longo de quase todo o comprimento dos capilares glomerulares.
Pressão coloidosmótica dentro dos capilares glomerulares é maior que no líquido da cápsula de Bowman. Este gradiente de pressão é devido à pressão de proteínas no plasma. O gradiente de pressão osmótica é em média de 30 mmHg e favorece o movimento de líquido de volta para os capilares.
A cápsula de Bowman é um espaço fechado, e assim a presença de líquido na cápsula cria uma pressão hidrostática do líquido capsular que se opõe ao movimento de líquido para dentro da cápsula. O líquido filtrado para fora dos capilares deve deslocar o líquido já presente no lúmen da cápsula. 
34
Pressão
Pressão Hidrostática
Pressão coloidomóstica
Pressão Hidrostática do líquido capsular
O que causa a filtração?
O que causa a filtração?
Reabsorção
A cada dia 180 L de líquido filtrado passam dos capilares glomerulares para dentro dos túbulos, embora apenas cerca de 1,5 L seja excretado na Urina. 
+ de 99% do líquido que entram nos túbulos precisam ser reabsorvidos para o sangue à medida que o filtrado percorre os néfrons. 
A maior parte dessa reabsorção acontece no túbulo proximal, com uma quantidade menor de reabsorção nos segmentos distais do néfron. A reabsorção regulada no néfron distal permite aos rins devolver íons e água ao plasma seletivamente- quando necessário para manter a homeostase. 
42
Reabsorção
Por que se preocupar em filtrar 180 L/dia e depois reabsorver 99% disso?
Por que não simplesmente filtrar e excretar 1% que precisa ser eliminado?
Reabsorção
Duas razões:
Muitas substâncias exógenas são filtradas nos túbulos, mas não são reabsorvidas para o sangue. A alta taxa de filtração ajuda a retirar estas substâncias rapidamente do plasma. 
Filtrar íons e água para dentro dos túbulos simplifica a sua regulação.
Se uma porção do filtrado que alcança o néfron distal não é necessária para manter a homeostase, ela passa para a urina. Com uma alta TFG, esta exreção pode ocorrer de forma bastante rápida. Contudo, se os íons e a água são necessários, eles são reabsorvidos. 
44
Reabsorção
Pode ser ativa ou passiva
O filtrado que flui da cápsula de Bowman para o túbulo proximal tem a mesma concentração de solutos do líquido extracelular. Para transportar solutos para fora do lúmen transporte ativo.
A reabsorção de água e solutos do lúmen do túbulo para o líquido extracelular depende de transporte ativo. 
O transporte ativo de NA+ do lúmen do túbulo para o líquido extracelular cria um gradiente elétrico transepitelial no qual o lúmen é mais negativo que o LEC. Os ânions então seguem o NA+, positivamente carregado, para fora do lúmen. O movimento resultante de NA+ e de ânions do lúmen para o líquido extracelular dilui o líquido luminal e aumenta a concentração do LEC, de modo que a água sai do túbulo por osmose. 
45
Secreção
Transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron.
Depende de sistemas de transporte de membranas. 
A secreção de Potássio e Hidrogênio é importante para a regulação homeostática desses íons. 
Muitos compostos orgânicos são secretados metabólitos produzidos no corpo e substâncias trazidas para dentro do corpo. 
A secreção torna o néfron capaz de aumentar a excreção de uma substância. Se uma substância filtrada não é reabsorvida, ela é excretada com muita eficácia. Se, entretanto, a substância filtrada para dentro do túbulo não é reabsorvida e ela ainda é secretada para dentro do túbulo a partir dos capilares peritubulares, a excreção é muito mais eficaz.
A secreção é um processo ativo porque requer transporte de substratos contra seus gradientes de concentração. A maioria dos compostos orgânicos é transportada através do epitélio tubular para dentro do lúmen por transporte ativo secundário. 
Penicilina
46
Excreção
Produção de Urina Resultado de todos os processos que ocorrem no Rim. 
Quando o líquido chega ao final do néfron ele guarda pouca semelhança com o filtrado que iniciou na cápsula de Bowman.
Glicose, aminoácidos e metabólitos úteis desaparecem reabsorvidos para dentro do sangue. 
Resíduos orgânicos mais concentrados. 
Concentração de íons na urina variável dependente do estado do corpo. 
47
Excreção
Taxa de excreção de uma substância depende: 
Sua taxa de filtração
Se a substância é reabsorvida, secretada, ou ambas, quando passa pelo túbulo. 
48
Micção
Uma vez que o filtrado deixa os tubos coletores já não pode ser modificado, e sua composição não muda. 
Filtrado (urina) flui para a pelve renal e então desce pelo ureter em direção á bexiga urinária com ajuda de contrações rítmicas do músculo liso. 
Na bexiga urinária a urina é armazenada até ser liberada na micção. 
A bexiga pode se expandir até conter um volume aproximado de 500 mL. O colo da bexiga é contínuo com a uretra, um tubo único pelo qual a urina passa para alcançar o meio externo. A abertura entre a bexiga urinária e a uretra é fechada por dois anéis de músculo denominados esfincteres. 
49
A micção é um reflexo espinal simples que está sujeito aos controles consciente e inconsciente pelos centros superiores do encéfalo. À medida que a bexiga se enche com urina e suas paredes se expandem, receptores de estiramento enviam sinais via neurônios sensoriais para a medula espinal. Lá a informação é integrada e transferida a dois conjuntos de neurônios. O estímulo de uma bexiga urinária cheia estimula o parassimpático que inerva o músculo liso da parede da bexiga urinária. O músculo liso contrai, aumentando a pressão no conteúdo da bexiga urinária. Simultaneamente, os neurônios motores somáticos que inervam o esfincter externo da uretra são inibidos. 
50

Continue navegando