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Somestesia modalidade - Lei de Müller (1826): "energias sensoriais específicas", ou seja, os neurônios estão organizados em série e os estímulos não devem se misturar. intensidade - código de frequência (de disparos de potenciais de ação) e de população neuronal (recrutamento). duração - intervalo de tempo de estimulação de receptores de adaptação rápida e lenta. localização - campo receptor: limiar de discriminação de 2 pontos. É a percepção das sensações no corpo. Nesse sentido, é importante considerar a pele como um enorme órgão sensorial. Atributos de um estímulo: mecanorreceptores da pele A maioria dos receptores sensoriais do sistema somatossensorial são mecanorreceptores, os quais são sensíveis à deformação física, como flexão ou estiramento. Presentes por todo o corpo, os mecanorreceptores monitoram o contato na pele, a pressão no coração e nos vasos sanguíneos, o estiramento dos órgãos digestórios e da bexiga urinária e a força contra os dentes. No centro de todos os mecanorreceptores estão as ramificações de axônios desmielinizados que são sensíveis a estiramento, deformação, pressão ou vibração. Corpúsculo de Pacini Corpúsculo de Meissner Disco de Merkel Terminação de Ruffini campo receptor adaptação tipo de pele sensação grande grande pequeno muito pequeno rápida rápida lenta lenta ambas ambas glabra pilosa vibração de alta freq. (diapasão) vibração de baixa freq. (braile) localização vibração de muito baixa freq. @estetodamaria termoceptores da pele receptores de frio ou de calor receptores de dor (casos de queimadura) Esses receptores possuem resposta muito brusca à mudança de temperatura. Possuem canais TRP ("transient receptor potential"), que respondem à estímulos físicos e químicos vias anatômicas Axônios aferentes primários do sistema somatossensorial transmitem as informações dos receptores à medula espinhal ou ao tronco encefálico. Abeta - mecanorreceptores Esses axônios e dendritos podem ter diferentes tipos de fibra, o que fará com que existam diferentes velocidades de condução, relação com determinados tipo de receptores somatossensoriais e por aí vai. dendrito axônio neurônio pseudo unipolar @estetodamaria sistema nervoso periférico A maioria dos nervos periféricos comunica-se com o sistema nervoso central via medula espinhal, a qual está envolta pela coluna vertebral óssea. Plexos braquial e lombar -> área onde as fibras dos nervos espinhais se entrelaçam. A partir dos plexos, tem-se os nervos periféricos. territórios de inervação periférica Herpes Zóster: herpesvírus humano tipo 3 fica em latência restrito a um dermátomo. Dermátomo - área de pele inervada por fibras aferentes relacionadas a um segmento medular (nervo espinhal) @estetodamaria vias ascendentes medulares via Coluna Dorsal-Lemnisco Medial fibras Abeta alto grau de localização espacial informações da propriocepção consciente, tato epicrítico, sensibilidade vibratória, esterognosia e grafestesia núcleos grácil e cuneiforme via Espinotalâmica fibras C e Adelta (finas) trazem informações sobre dor, temperatura, tato protopático (ou tato simples) e pressão tratos anterior ou lateral via paleoespinotalâmica: neurônio III se encontra na formação reticular e ascende para chegar ao tálamo. @estetodamaria @estetodamaria via tátil Trigeminal gânglio trigeminal expressam TRP também e pode ocorrer sobreposição das áreas desses canais tálamo O tálamo recebe todas as informações somatossensoriais contralaterais. lemniscos medial e espinhal lemnisco trigeminal A via paleoespinotalâmica envia axônios para os núcleos intralaminares. @estetodamaria córtex somatossensorial As áreas de Brodmann foram organizadas de acordo com as estruturas citoarquitatônicas dos neurônios que ocupam o córtex cerebral. As vias relacionadas aos núcleos ventrais póstero- lateral e póstero-medial do tálamo convergem para as áreas 1, 2 e 3 do córtex (giro pós-central). O giro pós-central é chamado, por isso, de córtex somatossensorial. homúnculo de Penfield Representação somatotópica que se forma no giro pós-central. organização colunar na área S1 Os receptores se mantém segregados até o giro pós-central, seguindo a propriedade de modalidade (lei de Müller) do estímulo nervoso. Cada coluna está relacionada ao estímulo de um tipo de receptor. @estetodamaria percepção e neuroplasticidade O formato do homúnculo de Penfield, do mapa cortical, apresenta uma certa plasticidade de modo a adapar o córtex de acordo com a demanda do estímulo. Ex.: amputação de membro e reorganização da área; estimulação excessiva de uma área. nocicepção A nocicepção é o processo sensorial que fornece as sinalizações que disparam a experiência da dor. Enquanto os nociceptores podem disparar de forma violenta e contínua, a dor pode aparecer e desaparecer. E o oposto também pode ocorrer. A dor pode ser agonizante, mesmo sem a atividade dos nociceptores. Mais do que qualquer outro sistema sensorial, as qualidades cognitivas da nocicepção podem ser controladas internamente, pelo próprio encéfalo. Os neurônios nociceptivos (fibras C e Adelta) primários se localizam no gânglio da raiz dorsal ou no gânglio trigeminal e são mono ou polimodais em relação à presença dos TRPs. a dor tem uma via rápida (fibra Adelta) e uma via lenta (fibra C - glutamato e substância P). mastócitos estimulados- liberam histamina (edema) endotélio- vasodilatação (calor e rubor) O potencial de ação do nociceptor não segue uma direção, e se difunde pela membrana. Isso faz com que suas terminações consigam liberar substância P para o meio extracelular. @estetodamaria hiperalgesia primária e secundária primária: aumento da sensibilidade dolorosa direto no local onde ocorreu um estímulo doloroso. secundária: é uma sensibilidade dolorosa que ocorrerá nos nervos periféricos que não foram danificados durante a lesão. A hiperalgesia é resultado da sensibilização (redução do limiar de excitabilidade) dos nociceptores por bradicinia, prostaglandinas e subtância P e pode ser: alodinia Estímulo normalmente não doloroso causa dor. Pode acontecer por lesão nervosa periférica (neuropatia periférica diabética) ou por sensibilização de neurônios sensoriais centrais. Evidências indicam o envolvimento do canal Piezo 2 (disfunção), presente nos mecanoceptores. dor referida Dor referida é um fenomeno no qual a dor de uma lesão ao tecido visceral é percebida como originada de uma região superficial. Isso ocorre, devido à convergência de sinais de entrada nociceptivos somáticos e viscerais para neurônios individuais medulares para o tronco encefálico e o tálamo (lâmina V). Normalmente, o SNC assume de maneira incorreta que a dor é na pele, possivelmente porque os impulsos cutâneos predominam. dor neuropática ou central neuropatia periférica diabética. Dor espontânea. nevralgia do trigêmio síndrome talâmica membro fantasma (dor pós-amputação) apenas os dendritos do neurônio I foram retirados, ou seja, os outros componentes da via somatossensorial permaneceram. O tratamento para essa dor que não existe pode ser anestesia do coto nervoso e terapia comportamental. Ocorre na ausência de estimulação nociceptiva, geralmente por lesão do sistema nervoso. analgesia Fatores que podem causar analgesia: hipnose, estimulação elétrica da substância cinzenta peri-aquedutal (PAG), efeito placebo, calor local e massagem local. @estetodamaria ativação do TRPV1 é capaz de bloquear nociceptores do tipo P2X3 + vasodilatação + relax. musc. @estetodamaria teoria do portão da dor (1960) A percepção da dor é regulada por um equilíbrio da atividade nas fibras aferentes nociceptivas e não nociceptivas. Dessa forma, ocorre uma modulação da via da dor a partir de interneurônios inibitórios, os quais são estimulados pelos neurônios não nociceptivos. TENS - estimulação elétrica nervosa transcutânea é usada como uma terapia para aliviar a dor periférica por meio de impulsos não dolorosos ao longo da pele. O estímulo provocado é tátil e tem como basea teoria do portão da dor. opioides endógenos Os opioides atuam se ligando de forma firme e especificamente a vários tipos de receptores opioides no sistema nervoso, e que o próprio sistema nervoso produz substâncias endógenas semelhantes à morfina, chamadas coletivamente de endorfinas. neurotransmissores analgésicos interneurônio inibitório contém endorfina neurônio que contém serotonina estimula o interneurônio efeito placebo e hipnose são capazes de induzir uma via de ativação da PAG modulação da dor pacientes com lesões no córtex insular apresentam a síndrome de assimbolia: eles sentem a dor, mas não apresentam resposta emocional apropriada. Via neo-espinotalâmica -> aspectos sensório-discriminativos -> córtex somatossensorial. Via paleoespinotalâmica -> aspectos afetivo-motivacionais -> córtex cingulado anterior e córtex insular, além de amígdala, hipotálamo, PAG, colículo superior e formação reticular. dor emocional ou social As mesmas áreas ativadas pela dor física são ativadas em situações de dor emocional. Não ocorre ativação do córtex somatossensorial. A dor emocional pode permanecer por muito tempo. @estetodamaria
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