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Sistema Nervoso - Parte 4

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SENSAÇÕES SOMÁTICAS 
Sensações somáticas (tato, propriocepção, 
temperatura e dor) ≠ Sentidos especiais (visão, 
audição, olfação, paladar e equilíbrio 
São os receptores neurais responsáveis pela 
aquisição de informações sensoriais que se 
passa em todo o corpo. 
 Mecanorreceptores 
O estímulo é o deslocamento mecânico de algum 
tecido do corpo; 
Detectam sensações de tato e de propriocepção 
Sensações proprioceptivas estão relacionadas a 
posição do corpo, provenientes dos tendões 
(órgãos tendinosos de golgi) e dos músculos (fuso 
muscular), além das sensações de pressão na sola 
do pé e até mesmo a sensação de equilíbrio 
 Termorreceptores 
Detectam sensações de frio e calor; 
 Nociceptores: 
São terminações nervosas livres, ramificadas, das 
fibras não-mielinizadas C e nas pobremente 
mielinizadas A. 
É ativada por fatores que lesionam os tecidos. 
Detectam sensação de dor 
Sensações exterorreceptivas são as provenientes 
da superfície do corpo. 
Sensações viscerais: provenientes das vísceras 
(órgãos internos) 
Sensações profundas são as provenientes dos 
tecidos profundos (fáscias, músculos e ossos). 
Essas sensações incluem, principalmente, a 
pressão “profunda”, a dor e a vibração. 
 
 
Roberta Louise Rodrigues 
TATO 
As modalidades sensoriais táteis incluem as 
sensações de tato, pressão, vibração e cócegas 
O tato, a pressão e a vibração são classificados 
como sensações distintas, mas todas elas são 
detectadas pelos mesmos tipos de receptores 
Diferenças entre elas: 
(1) a sensibilidade tátil resulta geralmente da 
estimulação dos receptores para o tato na pele 
ou nos tecidos logo abaixo da pele; 
(2) a sensação de pressão resulta geralmente da 
deformação dos tecidos mais profundos; 
(3) a sensação de vibração é resultado da 
ocorrência de sinais sensoriais repetitivos e 
rápidos, porém são usados alguns dos tipos de 
receptores para tato e pressão. 
Há seis tipos completamente diferentes de 
receptores táteis 
 
 Algumas terminações nervosas livres: 
Detectam tato e pressão 
Encontradas em toda a pele e em outros tecidos; 
Transmitem sinais principalmente pelas fibras 
mielinizadas do tipo A-gama. 
Algumas terminações nervosas livres táteis 
transmitem seus sinais pelas fibras amielínicas 
do tipo C. 
 Corpúsculo de Meissner: 
Receptor tátil com grande sensibilidade 
Encontrados na pele glabra que não contém 
folículos pilosos e é mais espessa, que recobre a 
palma das mãos e planta dos pés, em abundancia 
nas pontas dos dedos, nos lábios e em outras 
áreas da pele onde a capacidade de discriminar 
localizações espaciais das sensações táteis está 
muito desenvolvida. 
É uma terminação de fibra nervosa sensorial 
mielinizada grossa (tipo A-beta), alongada e 
encapsulada. Dentro da cápsula encontram-se 
muitos filamentos neurais ramificados. 
Se adaptam em fração de segundo depois de serem 
estimulados, o que significa que são 
particularmente sensíveis ao movimento de 
objetos na superfície da pele, como também à 
vibração de baixa frequência. 
 Discos de Merkel: 
 
São receptores táteis com terminação expandida. 
Encontrados na pele com pelos 
Detectam os sinais mantidos, o que possibilita que 
seja percebido o toque contínuo dos objetos sobre 
a pele, uma vez que, transmitirem sinal 
inicialmente forte, mas que se adapta parcialmente 
e, em seguida, sinal mais fraco e contínuo que se 
adapta lentamente. 
 
 Receptores pilosos 
Cada pelo e sua fibra nervosa basal, chamada 
órgão terminal do pelo, são receptores táteis. 
O leve movimento de qualquer pelo do corpo 
estimula uma fibra nervosa conectada à base do 
pelo. 
O receptor se adapta rapidamente e, assim como 
os corpúsculos de Meissner, detecta 
principalmente o movimento de objetos na 
superfície do corpo ou o contato inicial do objeto 
com o corpo. 
 Terminações de Rufini 
São terminações encapsuladas multirramificadas. 
Localizados nas camadas mais profundas da pele, 
nos tecidos internos mais profundos e nas cápsulas 
articulares, o que ajuda a sinalizar o grau de 
rotação articular. 
Essas terminações se adaptam muito lentamente e, 
portanto, são importantes para a sinalização dos 
estados contínuos de deformação dos tecidos, 
como os sinais de tato e de pressão intensos e 
prolongados. 
 Corpúsculos de Pacini 
Localizado imediatamente abaixo da pele e, 
profundamente, nos tecidos das fáscias. 
Eles são estimulados apenas pela compressão 
local rápida dos tecidos, porque se adaptam em 
poucos centésimos de segundo. 
Dessa forma, eles são particularmente importantes 
para a detecção da vibração tecidual ou de outras 
alterações rápidas do estado mecânico dos tecidos. 
TRANSMISSÃO DOS SINAIS TÁTEIS 
Os sinais sensoriais que ajudam a determinar a 
localização precisa na pele, as mínimas 
graduações de intensidade, ou as alterações 
rápidas da intensidade do sinal sensorial são todos 
transmitidos por fibras de condução mais 
rápida. 
Os sinais menos discriminativos, tais como a 
pressão, o tato pouco localizado e a sensação de 
cócegas (prurido e comichão), são transmitidos 
por fibras nervosas muito finas e muito mais 
lentas 
VIAS SENSORIAIS ASCENDENTES 
As terminações nervosas enviam sinais para a 
medula espinal até o córtex cerebral. 
Os sinais sensoriais são conduzidos por uma de 
duas vias sensoriais alternativas: o sistema da 
trato dorsal–lemnisco medial ou o sistema 
anterolateral do tracto espino-talâmico. 
Sistema trato dorsal-lemnisco medial ou via 
epcrítica 
 
Via ascendente de percepção de tato fino e 
vibração 
O sistema trato dorsal–lemnisco medial 
Dorsal, pois ascendentes na região dorsal da 
medula espinal até o bulbo. 
Lemnisco, pois ocorre decussação das fibras nessa 
região do bulbo 
1. O neurônio sensorial de primeira ordem 
entra na medula espinal através do gânglio 
da raiz dorsal - não faz sinapse nessa 
região 
2. Se direciona para região dorsal da 
medula espinal, para o fascículo gracio 
se for membro inferior ou fascículo 
cuneiforme se for membro superior 
3. Ascendem ate a região caudal do bulbo 
onde eles encontram os núcleos gracios 
medialmente e o núcleo cuneiforme 
Segmento medular cevical 
Fascicuo cuneiforme: transmite a 
informação dos membros superiores 
Segmento medular lombar 
Fascicuo gracio: transmite a 
informação dos membros inferiores 
lateralmente respectivamente, onde fazem 
sinapses 
4. Após a sinapse com um neurônio sensorial 
de segunda ordem, decussam no lemnisco 
medial para o lado contralateral 
5. posteriormente ascendem o bulbo rostral, 
ponte, mesencéfalo ate o tálamo, onde 
fazem uma segunda sinapse com um 
neurônio sensorial de terceira ordem que 
leva a informação ate o córtex sonestésico 
primário 
A informação sensorial de tato é hipsolateral, ou 
seja, ela ascende a medula no mesmo lado que 
entra 
O sistema da coluna dorsal–lemnisco medial é 
composto por fibras nervosas grossas e 
mielinizadas que transmitem os sinais para o 
encéfalo 
os tipos de informações sensoriais que são 
transmitidas por esse sistema são informações 
sensoriais que tem de ser transmitida 
rapidamente e com fidelidade temporal e 
espacial 
Tipos de sensações transmitidas pelo Sistema da 
Coluna Dorsal–Lemnisco Medial 
1. Sensações táteis que requerem alto grau de 
localização do estímulo 
2. Sensações táteis que requerem a 
transmissão de graduações finas da 
intensidade 
3. Sensações fásicas, como as sensibilidades 
vibratórias 
4. Sensações de posição das articulações 
5. Sensações de pressão relacionadas à 
grande discriminação das intensidades da 
pressão 
Sistema anterolateral do tracto espino-talâmico 
– via protopática interoceptico 
 
Transmite a informação de dor e temperatura 
O neurônio sensorial de primeira ordem 
imediatamente após entrar na medula espinal, 
pelas raízes nervosas dorsais, faz sinapse com o 
neurônio sensorialde segunda ordem que decussa 
para o lado oposto ate uma região anterolateral e 
ascende ate o tálamo 
No tálamo ocorre a sinapse com o neurônio de 
sensorial de terceira ordem que leva a informação 
ate o córtex sonestésico primário 
A informação sensorial de dor ela ascende a 
medula do lado contralateral a entrada dela 
Os tipos de informações sensoriais que são 
transmitidas por esse sistema são informações 
sensoriais que não precisam ser transmitida 
com rapidez ou com grande fidelidade espacial 
Tipos de sensações transmitidas pelo Sistema 
Anterolateral 
1. Dor 
2. Sensações térmicas - calor e frio 
3. Sensações de tato e pressão grosseiras, não 
discriminativas, capazes apenas da 
localização grosseira na superfície do 
corpo 
4. Sensações de cócegas e prurido 
5. Sensações sexuais 
Núcleo sensorial 
principal 
Núcleo espinal 
LESÃO DAS VIAS SOMATOSSENSORIAIS 
Em uma lesão na medula o individuo terá prejuízo 
na transmissão das informações epicríticas, pois 
ela ascende hipsulateral e protopática do lado 
contralateral 
 
 
PROPIOCEPÇÃO 
As modalidades sensoriais relacionadas com 
posição corporal incluem as sensações de posição 
estática e de velocidade dos movimentos. 
 Receptores articulares 
 
 São encontrados nas cápsulas articulares e 
nos ligamentos localizados ao redor das 
articulações do corpo. 
 são estimulados pela distorção ou 
deformação mecânica decorrente das 
mudanças da posição relativa dos ossos 
unidos por articulações flexíveis. 
 A informação sensorial de receptores 
articulares é integrada principalmente no 
cerebelo. 
Os órgãos tendinosos de Golgi e os fusos 
musculares estão localizados dentro dos músculos 
esqueléticos e sentem variações do comprimento e 
da tensão do músculo. As suas sinalizações 
sensoriais junto com informações sensoriais de 
outros receptores desempenham uma importante 
função na manutenção da posição, no equilíbrio, 
na postura e no movimento do corpo. 
 Órgãos tendinosos de Golgi(OTG) 
 
 É um tipo de receptor encontrado na 
junção dos tendões com as fibras 
musculares, posicionado em série com as 
fibras do músculo. 
 Respondem primariamente à tensão 
muscular criada durante a contração 
isométrica e são relativamente insensíveis 
ao estiramento muscular. 
 São compostos por terminações nervosas 
livres que se entrelaçam entre as fibras de 
colágeno dentro de uma cápsula de tecido 
conectivo. 
 A contração do músculo puxa as fibras de 
colágeno do OTG, comprimindo as 
terminações sensoriais dos neurônios 
aferentes, fazendo com que elas disparem 
potenciais. 
 Os órgãos tendinosos de Golgi fornecem 
informações sensoriais para os centros 
integradores do SNC. 
 Essas informações combinam-se com a 
retroalimentação dos fusos musculares e 
dos receptores articulares para permitir o 
controle motor ideal da postura e do 
movimento. 
 Trato espino-cerebelar 
 Fusos musculares 
 
 São receptores de estiramento do músculo 
que enviam informações para a medula 
espinal e o encéfalo sobre o comprimento 
muscular e suas alterações. 
 São estruturas pequenas, alongadas, 
distribuídas, em paralelo, entre as fibras 
musculares contráteis extrafusais 
 Com exceção do músculo da mandíbula, 
cada músculo esquelético do corpo possui 
muitos fusos musculares. 
 
 Cada fuso muscular consiste em uma 
cápsula de tecido conectivo que engloba 
um conjunto de pequenas fibras 
musculares intrafusais. 
 As fibras musculares intrafusais são 
diferenciadas, de modo que seus polos são 
contráteis, mas a região central não possui 
miofibrilas. 
 A região central não contrátil é envolvida 
por terminações nervosas sensoriais 
aferentes que são estimuladas pelo 
estiramento. 
 As extremidades contráteis das fibras 
intrafusais têm a sua própria inervação 
pelos neurônios motores gama. 
 Quando um músculo está no seu 
comprimento de repouso, a região central 
de cada fuso muscular é estirada o 
suficiente para ativar as fibras sensoriais. 
 Desse modo, os neurônios sensoriais dos 
fusos mantêm-se tonicamente ativos, 
enviando um fluxo constante de potenciais 
de ação à medula espinal. 
 Os neurônios sensoriais fazem sinapse 
diretamente com neurônios motores alfa 
que inervam o músculo no qual estes fusos 
se encontram, gerando um reflexo 
monossináptico. 
 Os neurônios sensoriais tonicamente ativos 
levam a uma atividade tônica dos 
neurônios motores alfa que mantêm a 
contração muscular. 
 Com isso, mesmo um músculo em repouso 
apresenta um certo nível de tensão, 
denominada tônus muscular. 
Reflexo de estiramento 
 Qualquer movimento que aumenta o 
comprimento do músculo também estende 
os fusos musculares e faz suas fibras 
sensoriais dispararem com maior 
frequência. 
 O estiramento do músculo e do fuso gera 
uma contração muscular reflexa para evitar 
danos por estiramento excessivo. 
 A via reflexa na qual o estiramento 
muscular inicia uma resposta de contração 
é conhecida como reflexo de estiramento. 
Na Figura é mostrado um exemplo de como os 
fusos musculares funcionam durante um reflexo 
de estiramento. 
 
Via epicritica 
DOR 
A dor ocorre sempre que os tecidos são lesionados 
 DOR RÁPIDA – dor primária 
 Também conhecida como dor pontual, 
dor em agulhada, dor aguda e dor 
elétrica. 
 é sentida, dentro de 0,1 segundo, após a 
aplicação de estímulo doloroso 
 Não é sentida nos tecidos mais profundos 
do corpo 
 A dor pontual avisa a pessoa rapidamente 
sobre o perigo e, portanto, desempenha 
papel importante na reação imediata do 
indivíduo para se afastar do estímulo 
doloroso 
 DOR LENTA – dor secundária 
 Também conhecida como dor em 
queimação, dor persistente, dor pulsátil, 
dor nauseante e dor crônica 
 Começa somente após 1 segundo ou mais, 
aumentando lentamente durante vários 
segundos e, algumas vezes, durante 
minutos, podendo levar ao sofrimento 
prolongado 
 Geralmente está associado à destruição 
tecidual 
 Ela pode ocorrer na pele e em quase todos 
os órgãos ou tecidos profundos 
São os receptores para dor na pele e em outros 
tecidos 
São terminações nervosas livres, ramificadas, das 
fibras não-mielinizadas C e nas pobremente 
mielinizadas A. 
São eles que sinalizam quando o tecido corporal 
está sendo lesado ou em risco de sofrer uma lesão. 
As membranas dos nociceptores contêm canais 
iônicos que são ativados por estímulos que tem 
o potencial de causar lesão nos tecidos. 
O simples estiramento ou dobramento da 
membrana do nociceptor ativa os canais iônicos 
mecanossensíveis, que levam à despolarização da 
célula e ao disparo de potenciais de ação. 
Além disso, as células danificadas no local da 
lesão podem liberar substâncias que provocam a 
abertura dos canais iônicos nas membranas dos 
nociceptores, como proteases (enzimas que 
degradam proteínas), ATP e íons K+ 
Nocicepção e a dor não são a mesma coisa. 
Nocicepção é o processo sensorial que fornece os 
sinais que desencadeiam a experiência da dor. 
A ativação seletiva dos nociceptores pode levar à 
experiência consciente de dor. 
Dor é a sensação ou a percepção de sensações, 
como irritação, inflamação, fisgada, ardência, 
latejo, ou sensações insuportáveis que surgem de 
uma parte do corpo. 
A nocicepção e a dor são essenciais à vida 
As qualidades cognitivas da nocicepção podem ser 
controladas internamente, pelo próprio encéfalo. 
 Onde estão localizados? 
Os nociceptores estão presentes na maioria dos 
tecidos do corpo 
 Pele - Eles existem dispersos nas camadas 
superficiais da pele 
 Ossos, 
 Músculos 
 Coração 
 A maioria dos órgãos internos, 
 Em certos tecidos internos, como o 
periósteo 
 Vasos sanguíneos - as paredes das artérias 
 Tentório da abóbada craniana. 
Tecidos profundos estão esparsamente supridos 
com terminações nervosas para a dor, porém, 
lesões teciduaisextensas podem se somar e causar 
dor lenta e crônica na maioria dessas áreas 
Eles estão notadamente ausentes no sistema 
nervoso em si, mas estão presentes nas 
meninges. 
 Nociceptores polimodais 
São a maioria; 
Respondem, aos estímulos mecânicos, térmicos e 
químicos; 
 Nociceptores mecânicos: 
Respondem a pressões intensas; 
 Nociceptores térmicos: 
 Respondem ao calor ou frio extremo; 
 o calor acima de 43o C queima os tecidos, 
e os canais iônicos sensíveis ao calor das 
membranas dos nociceptores abrem nessa 
temperatura. 
Também sentimos o calor não-doloroso, 
quando a pele é aquecida entre 37 e 43o C, 
mas essa sensação depende dos 
termorreceptores não-nociceptivos 
Logo as sensações de aquecimento e de 
queimação são mediadas por mecanismos 
neurais distintos. 
 Nociceptores químicos 
Respondem à histamina, ATP, íons potássio, 
serotonina, ácidos, cetilcolina e enzimas 
proteolíticas 
As fibras C são seletivamente responsivas à 
histamina e causam a percepção do prurido. 
As proteases podem clivar o peptídeo 
cininogênio, abundante no meio extracelular, 
formando o peptídeo bradicinina. 
O ATP causa a despolarização dos nociceptores 
por meio da ligação direta a canais iônicos que 
dependem do ATP para sua ativação. 
O aumento da [K+] extracelular despolariza 
diretamente as membranas neuronais. 
As bradicininas, prostaglandinas e substância P 
são substâncias sensibilizadoras que aumentam a 
sensibilidade das terminações nervosas, mas não 
excitam diretamente essas terminações. 
 Bradicinina 
É uma das substâncias que despolarizam 
diretamente os nociceptores; 
Além desse efeito, a bradicinina estimula 
mudanças intracelulares de longa duração, que 
tornam mais sensíveis os canais iônicos ativados 
por calor, pois liga-se a uma molécula receptora 
específica, que aumenta a condutância iônica 
desse receptor. 
 Prostaglandinas 
As prostaglandinas são substâncias produzidas 
pela clivagem enzimática dos lipídeos da 
membrana celular. Apesar de as prostaglandinas 
não causarem dor em si, elas aumentam muito a 
sensibilidade dos nociceptores a outros estímulos. 
A aspirina e outras drogas anti-inflamatórias não-
esteroides são um tratamento utilizado para tratar 
a hiperalgesia, porque inibem as enzimas 
necessárias à síntese de prostaglandinas. 
 Substancia P 
A substância P é um peptídeo sintetizado pelos 
próprios nociceptores. 
A ativação de um ramo do neurito periférico do 
nociceptor pode levar à secreção de substância P 
por outras ramificações desse mesmo nociceptor 
nas áreas vizinhas da pele. 
A sensibilização de outros nociceptores, nas 
vizinhanças da lesão, por ação da substância P é 
uma das causas da hiperalgesia secundária. 
A substância P causa vasodilatação (aumento do 
diâmetro dos capilares sangüíneos) e a liberação 
de histamina dos mastócitos. 
A substância P é liberada muito mais lentamente, 
com sua concentração aumentando em período de 
segundos ou mesmo minutos 
Pesquisas sugerem que os terminais de fibras para 
dor do tipo C que entram na medula espinal 
liberam tanto o neurotransmissor glutamato 
quanto a substância P. 
A transmissão sináptica mediada pela substância P 
também é necessária para a sensação de dor 
moderada e intensa. 
A dor rápida é desencadeada por estímulos 
mecânicos e térmicos 
As substâncias químicas estimulam o tipo de dor 
lenta e persistente que ocorre após lesão tecidual. 
A dor crônica pode ser desencadeada pelos três 
tipos de estímulo 
NEUROTRANSMISSOR 
O provável neurotransmissor das fibras dolorosas 
rápidas do tipo A-gama na medula espinal é o 
Glutamato. 
O glutamato atua instantaneamente e persiste 
apenas por alguns milissegundos. 
NATUREZA NÃO ADAPTATIVA DOS 
RECEPTORES PARA DOR 
Isso possibilita que a pessoa fique ciente da 
presença de estímulo lesivo, enquanto a dor 
persistir 
Hiperalgesia: é aumento da sensibilidade dos 
receptores para dor 
A hiperalgesia pode ser um limiar reduzido à dor, 
uma intensidade aumentada dos estímulos 
dolorosos ou, até mesmo, dor espontânea. 
Os nociceptores normalmente respondem apenas 
quando os estímulos são suficientemente intensos 
para lesionar os tecidos. No entanto, a pele, 
articulações ou músculos que já estão lesionados 
ou inflamados estão mais sensíveis do que o 
normal. 
A hiperalgesia primária ocorre na área do tecido 
lesado, mas os tecidos que envolvem a região da 
lesão também podem se tornar supersensíveis, 
pelo processo de hiperalgesia secundária. 
A linha cruzada entre a via do tato e a via da dor 
na medula espinhal também contribui para a 
hiperalgesia secundária. Após a lesão, a ativação 
dos axônios mecanorreceptivos A por um toque 
leve pode resultar em dor. 
Em certas circunstâncias, a excitação das fibras 
dolorosas fica progressivamente maior, à medida 
que o estímulo persiste, em especial para a dor 
lenta persistente. 
FIBRAS DOLOROSAS PERIFÉRICAS — 
FIBRAS “RÁPIDAS” E “LENTAS” 
 
a ativação dos nociceptores produz duas 
percepções distintas de dor, uma dor primária, 
rápida e aguda, seguida de uma dor secundária, 
lenta e contínua. 
Sinais dolorosos rápidos, desencadeados por 
estímulos mecânicos ou térmicos, são transmitidos 
pelos nervos periféricos para a medula espinal por 
meio de fibras A-gama do tipo pequeno 
A dor lenta crônica, desencadeada por estímulos 
químicos e, algumas vezes, por estímulos 
mecânicos ou térmicos persistentes é transmitida 
para a medula espinal por fibras tipo C 
O estímulo doloroso súbito, em geral, causa 
sensação dolorosa dupla, por exemplo, dor pontual 
rápida que é transmitida para o cérebro pela via de 
fibras Ad, seguida, em 1 segundo ou mais, por 
uma dor lenta transmitida pela via das fibras C 
VIAS 
As terminações nervosas livres, para dor, utilizam 
duas vias separadas para a transmissão de sinais 
dolorosos da medula espinal para o sistema 
nervoso central, uma via para a dor pontual rápida 
e uma via para a dor lenta crônica. 
 
 
 
 
Trato neoespinotalâmico para dor rápida 
 
 
 
As fibras dolorosas Ad do tipo rápido terminam, 
em sua maioria, na lâmina I (lâmina marginal) dos 
cornos dorsais e excitam os neurônios de segunda 
ordem do trato neoespinotalâmico 
Esses neurônios de segunda ordem dão origem às 
fibras longas que decussam imediatamente para o 
lado oposto da medula espinal pela comissura 
anterior e depois ascendem para o encéfalo nas 
colunas anterolaterais. 
Algumas fibras do trato neoespinotalâmico 
terminam nas áreas reticulares do tronco 
cerebral, mas a maioria segue até o tálamo sem 
interrupção, terminando no complexo ventrobasal 
ou no grupo nuclear posterior do tálamo. 
Dessas áreas talâmicas, os sinais são transmitidos 
para outras áreas basais do encéfalo, bem como 
para o córtex somatossensorial 
A dor pontual rápida pode ser localizada com 
muito mais precisão quando os receptores táteis, 
que excitam o sistema da coluna dorsal–lemnisco 
medial, são estimulados simultaneamente. 
Entretanto, quando somente são estimulados os 
receptores para dor, sem a estimulação simultânea 
dos receptores táteis, mesmo a dor rápida pode ser 
mal localizada 
. 
 
Trato paleoespinotalâmico para dor crônica 
lenta 
 
O trato paleoespinotalâmico transmite sensação de 
dor sobretudo por fibras periféricas lentas do tipo 
C, apesar de transmitir alguns sinais das fibras do 
tipo Ad também. 
As fibras de pequeno calibre do tipo C possuem 
seus corpos celulares no gânglio da raiz dorsal e 
entram no corno dorsal da medula espinhal. 
As fibras chegam no tracto de Lissauer e logo se 
ramificam, percorrendo uma curta distância nos 
sentidos rostral e caudal na medula 
as fibras periféricas que terminam na medula 
espinal quase inteiramente nas lâminas II e III dos 
cornos dorsais (substância gelatinosa), fazem 
sinapse com neurônios de associação, dentro dos 
cornos dorsais,antes de entrar principalmente na 
lâmina V, também no corno dorsal. 
Aí, os últimos neurônios da série dão origem a 
axônios longos que se unem, em sua maioria, às 
fibras da via de dor rápida, decussando primeiro 
pela comissura anterior para o lado oposto da 
medula e depois para cima, em direção do 
encéfalo, pela via anterolateral. 
A maioria das fibras terminam nos núcleos 
reticulares do bulbo, da ponte e do 
mesencéfalo, nos colículos superior e inferior, 
ou na região cinzenta periaquedutal, que 
circunda o aqueduto de Sylvius. 
Somente entre um décimo e um quarto das fibras 
ascende até o tálamo 
De áreas do tronco cerebral, vários neurônios de 
fibras curtas transmitem sinais ascendentes da dor 
pelos núcleos intralaminar e ventrolateral do 
tálamo e em direção de certas regiões do 
hipotálamo e outras regiões basais do encéfalo. 
Via Paleoespinotalâmica 
Percepção: em queimação, 
mal localizada e difusa 
Via neoespinotalâmico 
Percepção: pontada e 
bem localizada 
 
Pesquisas indicam que os impulsos dolorosos que 
chegam na formação reticular do tronco cerebral, 
do tálamo e outras regiões inferiores do encéfalo 
causem percepção consciente de dor e informem 
o grau da dor e a relevância dessa dor. Já os 
impulsos que vão para o córtex desempenha um 
papel importante na interpretação da qualidade 
da dor. 
A localização da dor transmitida pela via 
paleoespinotalâmica é imprecisa. Isso se deve à 
conectividade multissináptica difusa dessa via. 
Esse fenômeno explica porque os pacientes têm 
sérias dificuldades em localizar a fonte de alguns 
tipos de dor crônica. Por exemplo, a dor crônica 
lenta em geral só pode ser localizada em uma 
parte principal do corpo, como no braço ou na 
perna, mas não em ponto específico do braço ou 
da perna. 
 
DOR REFERIDA 
 
Os axônios de nociceptores viscerais entram na 
medula espinhal pelo mesmo trajeto que os de 
nociceptores cutâneos. Com isso, ocorre uma 
mistura substancial da informação dessas duas 
fontes de aferências e o organismo entende que 
a informação veio do segmento de pele que 
também manda aferencia para medula 
Essa linha cruzada origina o fenômeno dor 
referida, no qual a ativação do nociceptor visceral 
é percebida como uma sensação cutânea. 
Um exemplo clássico de dor referida é a angina, 
que ocorre quando o coração não recebe oxigênio 
em quantidade suficiente. A dor é localizada 
freqüentemente pelo paciente na parede superior 
do tórax e no braço esquerdo. Um outro exemplo 
comum é a dor associada à apendicite, que é 
referida, em seu estágio inicial, na parede 
abdominal ao redor do umbigo. 
A dor é difusa e não é precisa 
Todas as vezes que uma dor cutânea não tem 
explicação, deve-se suspeitar de uma patologia 
dos órgãos internos, correspondentes ao 
segmento. 
MODULAÇÃO PERIFERICA DA DOR 
 
Se a informação de dor for uma dor fraca o 
interneurônio inibe o neurônio sensorial de 
segunda ordem e a informação não segue ate o 
tálamo 
 
Se a informação sensorial de dor for relevante a 
própria fibra C inibe o interneurônio inibitório e a 
informação segue ate o tálamo. 
 Teoria de modulação da dor através do 
portão da dor 
 
A maneira mais simples de modular a dor é 
através do uso do tato 
A informação de tato que é transmitida ao mesmo 
seguimento da medula que a informação de dor 
ativa o interneuronio inibitório que bloqueia 
totalmente ou atenua a sensação de dor 
SISTEMA DA SUPRESSÃO DA DOR 
(ANALGESIA) – VIA DESCENDENTE 
 
O grau de reação da pessoa à dor varia muito. 
Essa variação resulta, parcialmente, da capacidade 
do próprio encéfalo de suprimir as aferências de 
sinais dolorosos para o sistema nervoso, pela 
ativação do sistema de controle de dor, 
chamado sistema da analgesia. 
A estimulação elétrica das áreas periventricular 
(neurônios secretam encefalina) e da substância 
cinzenta periaquedutal do mesencéfalo 
(neurônios secretam encefalina), região superior 
da ponte que circundam o aqueduto de Sylvius e 
porções do terceiro e do quarto ventrículo; 
Enviam sinais para o núcleo magno da rafe 
(neurônios secretam encefalina) e o núcleo 
reticular paragigantocelular, localizado 
lateralmente no bulbo. 
Desses núcleos, os sinais de segunda ordem são 
transmitidos pelas colunas dorsolaterais da 
medula espinal, para o complexo inibitório da 
dor localizado nos cornos dorsais da medula 
espinal (neurônios secretam de serotonina); a 
serotonina faz com que os neurônios locais da 
medula também secretem encefalina. 
 Acredita-se que a encefalina cause as inibições 
pré-sináptica e pós-sináptica das fibras de dor, 
aferentes dos tipos C e Ad, em suas sinapses nos 
cornos dorsais. 
Assim, o sistema da analgesia pode bloquear os 
sinais dolorosos, no ponto de entrada inicial para a 
medula espinal. 
Esse sistema de supressão da dor pode suprimir 
muitos sinais de dor fortes que entram pelas raízes 
espinais dorsais. Mas, também podem bloquear 
muitos reflexos locais da medula espinal que 
resultem de sinais dolorosos, especialmente os 
reflexos de retirada. 
Além disso, a estimulação de áreas encefálicas, 
ainda mais altas, como os núcleos 
periventriculares do hipotálamo, localizados na 
região adjacente ao terceiro ventrículo; e em 
menor grau, o fascículo prosencefálico medial, 
também no hipotálamo, que excitam a substância 
cinzenta periaquedutal, também pode suprimir a 
dor. 
CONDEITOS 
 Analgésico 
 Perda de sensibilidade a dor 
 Bloqueia os nociceptores 
 Anestésico, anestesia 
 Ausência de sensibilidade 
 Bloqueia os canais de K+ 
 Parestesia 
 Formigamento, dormência da pele 
 Alodinia 
 Caracteriza-se por dor causada por um 
estímulo que normalmente não provoca 
dor 
 Esta associada a distúrbios psicologicos 
 Hiper/hipoalgesia 
 Hiperalgesia: aumento da sensibilidade da 
dor 
 Hipoalgesial: diminuição da sensibilidade 
da dor 
 Hiper/hipoestesia 
 Hiperestesia: aumento da sensibilidade do 
tato 
 Hipoestesia: diminuição da sensibilidade 
do tato 
OPIÓIDES ENDÓGENOS 
 Opioide natural do sistema nervoso 
Aproximadamente, uma dúzia dessas substâncias 
opioides é encontrada em diferentes pontos do 
sistema nervoso. 
Todas elas são produtos da degradação de três 
grandes moléculas proteicas: 
 pró-opiomelanocortina 
 proencefalina 
 prodinorfina. 
Entre as mais importantes dessas substâncias 
opioides estão a: 
 b-endorfina: está presente tanto no 
hipotálamo quanto na hipófise. 
 metencefalina e leuencefalina: são 
encontradas no tronco cerebral e na 
medula espinal, nas porções do sistema da 
analgesia descrito anteriormente 
 dinorfina: se encontra principalmente nas 
mesmas regiões em que ocorrem as 
encefalinas, mas em quantidades muito 
menores. 
 Endorfina 
 o próprio sistema nervoso produz 
substâncias endógenas semelhantes à 
morfina, chamadas coletivamente de 
endorfinas. 
 As endorfinas são peptídeos. 
 As endorfinas e seus receptores estão 
amplamente distribuídos no SNC, mas 
estão particularmente concentrados em 
áreas que processam ou modulam a 
informação nociceptiva. 
 Pequenas quantidades de morfina ou 
endorfinas injetadas na PAG, nos núcleos 
da rafe ou no corno dorsal podem produzir 
analgesia. 
 A naloxona (bloqueador de receptores 
opióides) também pode bloquear os efeitos 
analgésicos induzidos pela estimulação 
elétrica dessas áreas. 
 No âmbito celular, as endorfinas exercem 
múltiplos efeitos, que incluem supressão 
da liberação de glutamato das terminações 
pré-sinápticas e inibição dos neurônios 
pela hiperpolarização das membranas pós-
sinápticas. 
 Em geral, os neurônios que contêm 
endorfinas na medula espinhal e no tronco 
encefálico reduzem a passagem de sinais 
nociceptivos no corno dorsal e nos níveis 
encefálicos superiores, onde é gerada a 
percepção da dor. 
 Morfina 
 A injeção de diminutas quantidades de 
morfina,tanto no núcleo periventricular, 
ao redor do terceiro ventrículo, quanto na 
substância cinzenta periaquedutal do 
tronco cerebral, causa grau extremo de 
analgesia. 
 Agentes semelhantes à morfina, 
principalmente os opioides, atuam em 
vários outros pontos do sistema da 
analgesia, incluindo os cornos dorsais da 
medula espinal. 
 O ópio 
 Os seus ingredientes narcóticos ativos e 
seus análogos, incluindo a morfina, a 
codeína e a heroína, são amplamente 
usados e abusados, na maioria das culturas. 
 Esses compostos atuam ligando-se de 
forma firme e específica a vários tipos de 
receptores opióides no sistema nervoso 
 Eles produzem intensa analgesia quando 
administrados de forma sistêmica. 
 Eles também podem produzir alterações de 
humor, sonolência, confusão mental, 
náusea, vômito e constipação. 
REFLEXO 
 
 
O reflexo é uma reposta motora involuntária e 
inconsciente 
Todos os reflexos neurais começam com um 
estímulo que ativa um receptor sensorial 
os sinais sensoriais que chegam à medula via 
raízes dorsais,podem provocar uma resposta 
motora direta, ao fazerem sinapse com neurônios 
motores anteriores (reflexo monossináptico) ou 
indireta, ao fazerem sinapse com os 
interneurônios, onde a informação é 
adequadamente processada, além de permitir a 
modulação da informação sensorial 
A medula espinal é responsável por avalia todas as 
informações sensoriais que chegam e pela 
coordenação de reflexos sensoriais-motores, para 
gerar uma resposta involuntária 
Os neurônios motores anteriores deixam a medula 
via raízes ventrais e inervam diretamente as fibras 
musculares esqueléticas. 
CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS 
NEURAIS 
 Reflexos somáticos e viscerais. 
 Reflexos somáticos 
 
Envolvem neurônios motores somáticos que agem 
sobre os músculos esqueléticos. 
Os proprioceptores enviam a informação sensorial 
ao SNC através de neurônios sensoriais que pode 
responder de duas maneiras. 
Se a resposta apropriada for a contração muscular, 
o SNC ativa neurônios motores somáticos que 
inervam as fibras musculares esqueléticas. 
Se um músculo precisa relaxar para produzir a 
resposta, os estímulos sensoriais ativam 
interneurônios inibidores no SNC que, por sua 
vez, inibem a atividade de neurônios motores 
somáticos que controlam o músculo. 
O relaxamento do musculo resulta da ausência de 
estímulo excitatório pelo neurônio motor 
somático. 
A inibição e a excitação dos neurônios motores 
somáticos e de seus músculos esqueléticos 
associados devem ocorrer nas sinapses dentro do 
SNC. 
O sistema nervoso central integra o sinal aferente 
através de redes e de vias de interneurônios 
excitatórios e inibidores. 
Em um reflexo, a integração da informação 
sensorial e a ação resultante ocorrem 
subconscientemente. No entanto, alguma 
informação sensorial pode ser integrada no córtex 
cerebral, tornando-se percepção, e alguns reflexos 
podem ser modulados por sinalização consciente. 
Os neurônios motores somáticos alfa enviam a 
sinalização eferente até as fibras musculares 
esqueléticas extrafusais que contraem. 
 Reflexos autonômicos ou autônomos ou 
viscerais 
 
Envolvem neurônios autonômicos que controlam 
músculo liso, musculo cardíaco, glândulas, tecido 
adiposo 
Essa ação motora é feita por uma cadeia de dois 
neurônios, um que sai do SNC ate o glanglio 
autonômico (neurônio pré-gânglionar) e um 
segundo neurônio que sai do gânglio ate o alvo 
(neurônio pós-ganglionar) 
Podem ou não envolver os interneuronios 
 Pelo local onde o reflexo é integrado no 
SNC. 
 Os reflexos espinais 
São integrados na medula espinal. 
Podem ser modulados por comandos superiores 
do encéfalo, mas podem ocorrer sem esse 
estímulo. 
 Os reflexos cranianos 
São integrados no encéfalo, em geral, no tronco 
encefálico 
 Dependendo de se o reflexo for inato ou 
aprendido. 
 Reflexos inatos 
Nascemos com eles e são determinados 
geneticamente. Um exemplo é o reflexo patelar, 
ou o reflexo do tendão patelar 
 Reflexos adquiridos pela experiência 
O exemplo dos cães de Pavlov salivando ao ouvir 
um sino é o exemplo clássico de uma resposta 
aprendida, neste caso chamada de reflexo 
condicionado. 
 Pelo número de neurônios da via do 
reflexo. 
 Reflexo monossináptico 
Assim denominado por envolver apenas uma 
sinapse, entre os dois neurônios da via: um 
neurônio aferente sensorial e um neurônio 
motor somático eferente. 
 Reflexo polissinápticos 
A maioria dos reflexos possui três ou mais 
neurônios na via e, pelo menos, duas sinapses. 
Os reflexos polissinápticos podem ser bastante 
complexos, com extensa ramificação no SNC 
formando redes que envolvem vários 
interneurônios. 
A modificação das vias polissinápticas pode 
envolver excitação ou inibição. 
A divergência de vias permite que um único 
estímulo possa afetar múltiplos alvos. 
A convergência integra as aferências de múltiplas 
fontes para montar uma resposta. 
Reflexo flexor ou de retirada 
 
Inibe o 
motoneuronio do 
próprio musculo 
gerador 
 
Excitar o moto 
neurônio do antagonista 
ao musculo gerador de 
tensão 
 
Este reflexo é caracterizado pela retirada de um 
membro do corpo frente a estímulos como dor, 
picada e calor. 
Isso ocorre graças à integração, na medula, de 
neurônios sensitivos com neurônios motores e 
consequente excitação dos músculos flexores e 
recíproco relaxamento/inibição dos músculos 
extensores. 
Reflexo extensor cruzado 
 
É a flexão de um membro acompanhada da reação 
contralateral do membro oposto. 
No entanto, para que este reflexo seja observado o 
estímulo tem que ser suficientemente forte para 
atingir os interneurônios, com limiar de ativação 
mais alto, que fazem parte do circuito neuronal do 
reflexo extensor cruzado. 
O envolvimento de músculos contralaterais neste 
tipo de reflexo tem a função de dar suporte 
postural durante a retirada do membro afetado 
frente ao estímulo da dor 
Uma característica fundamental de muitas vias 
reflexas é a retroalimentação negativa originada 
de proprioceptores, que mantém o SNC 
continuamente informado da mudança de posição 
do corpo. 
Alguns reflexos possuem um componente 
antecipatório que permite que o corpo antecipe um 
estímulo e inicie a resposta. A ação de você se 
proteger antecipadamente a uma colisão é um 
exemplo de resposta antecipatória.

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