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Manipulação de medicamentos Produção de antissépticos e desinfetantes Prof. Alexandre Martins Antissépticos Compreendem ampla variedade de agentes químicos que proporcionam antissepsia, desinfecção e preservação. Introdução • Antissépticos são agentes biocidas normalmente utilizados para inibir crescimento de microrganismos em tecidos vivos, pele e mucosas, enquanto desinfetantes são mais utilizados em artigos e superfícies, podendo apresentar ação esporostática, dependendo de algumas condições de uso e tipo de agente. Fatores que favorecem a contaminação • Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies. • Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde. • Manutenção de superfícies úmidas ou molhadas. • Manutenção de superfícies empoeiradas. • Condições precárias de revestimentos. • Manutenção de matéria orgânica Fatores que favorecem a contaminação • Há evidências da existência da transmissão de infecções por rotavírus e Candida spp. pelo meio ambiente, pois o período de sobrevivência no meio ambiente do rotavírus é maior que 12 dias, e o da Candida spp., de horas. • Já o vírus da imunodeficiência humana (HIV) consegue sobreviver em superfície com matéria orgânica ressequida até três dias, e o vírus da hepatite, nas mesmas condições, até uma semana. Áreas dos serviços de saúde • As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão de infecções com base nas atividades realizadas em cada local. • Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a transmissão de infecções, além de facilitar a elaboração de procedimentos para limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde. Áreas dos serviços de saúde • Áreas críticas: são os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos. • São exemplos desse tipo de área: Centro Cirúrgico (CC), Centro Obstétrico (CO), Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Unidade de Diálise, Laboratório de Análises Clínicas, Banco de Sangue, Setor de Hemodinâmica, Unidade de Transplante, Unidade de Queimados, Unidades de Isolamento, Berçário de Alto Risco, Central de Material e Esterilização (CME), Lactário, Serviço de Nutrição e Dietética (SND), Farmácia e Área suja da Lavanderia. Limpeza • Remoção de sujidade de um artigo. • É de suma importância na redução da carga microbiana de um artigo, favorecendo a eficácia do processo. • É a remoção de sujidade visível aderida nas superfícies, nas fendas, nas serrilhas, nas articulações e lúmens de instrumentos, dispositivos e equipamentos, por meio de um processo manual, realizando fricção com escovas apropriadas e por meio de enxágue utilizando água sob pressão. • Ou de forma mecânica utilizando detergente e água em lavadoras com ou sem ultrassom. • Em ambos são utilizados detergentes ou produtos enzimáticos. Fatores interferem na efetividade da limpeza • A qualidade da água • Tipo e qualidade dos agentes e acessórios de limpeza • Manuseio e preparação dos materiais para a limpeza, método manual ou mecânico usado. • Além do tempo-temperatura dos equipamentos de limpeza mecânica • Posicionamento do material e a configuração da carga das máquinas. Importante lembrar • Os resíduos orgânicos tais como sangue, soro, lípides, fragmentos de tecido e sais inorgânicos, se não forem retirados adequadamente durante o processo de limpeza, podem impedir a desinfecção e a esterilização, uma vez que limitarão a difusão dos agentes esterilizantes ou inativarão a ação dos desinfetantes. Desinfecção • Conjuntos de medidas empregadas para eliminação de micro- organismos, exceto esporulados, presentes em materiais, objetos, superfícies, por meio de processo físico ou químico, com auxilio de desinfetantes. Desinfetante • Agentes químicos capazes de destruir microrganismos na forma vegetativa, em artigos hospitalares ou em superfícies. • Toda manipulação de material ou superfície contaminada deve ser realizada com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados: luvas de borracha ou de procedimentos, avental impermeável e protetor facial. Iodóforos • Solução aquosa de povidine 10% com 1% de iodo livre (polivinilpirolidonaiodo – PVPI, Tópico) • Uso: para antissepsia de cirurgias da oftalmologia e da otorrinolaringologia. • Apresentação: Frasco de 100ml. • Local de uso: Pronto Socorro, Ambulatórios (Oftalmologia e Otorrinolaringologia) e Bloco Cirúrgico. Esterilização • Processo de destruição absoluta ou remoção de todos os micro-organismos. • Podendo ser uma esterilização física ou química. • É o processo que utiliza agentes químicos ou físicos para destruir todas as formas de vida microbiana, sendo aplicada especificamente a objetos inanimados. • O processo de esterilização de artigos hospitalares que oferece maior segurança é o vapor saturado sob pressão, realizado em autoclave. • Este processo tem como parâmetros: o vapor, a pressão, a temperatura e o tempo. Antisséptico • São formulações germicidas hipoalergênicas e de baixa causticidade destinada ao uso em pele e mucosa. • Os antissépticos podem ser divididos: Sabões antissépticos - combinam a ação antimicrobiana com a ação mecânica dos tensoativos, ou Soluções antissépticas tópicas - atuam como antimicrobianos de uso tópico, devendo ser empregadas após a limpeza da pele/mucosa, para assegurar sua efetividade. Antissepsia • Antissepsia é o processo de eliminação ou inibição do crescimento dos microrganismos na pele ou em outros tecidos vivos. • É realizada através de antissépticos que são formulações hipoalergênicas e de baixa causticidade. • Os antissépticos podem ser classificados como agentes bactericidas, devido à sua capacidade de destruir as bactérias nas formas vegetativas ou como agentes bacteriostáticos, quando apenas inibem o crescimento destes microrganismos. Assepsia • Conjunto de medidas empregadas para impedir a penetração e o crescimento de germes em um determinado ambiente, material ou superfície, tornando-os livres de agentes infectantes. Food and Drug Administration (FDA) • O Food and Drug Administration (FDA) propõe o uso do termo “antisséptico” para identificar os produtos classificados como: • Preparo pré-operatório da pele do paciente; • Degermação das mãos e antebraços; • Produto para lavagem das mãos dos profissionais da saúde. Protocolo/Antissépticos Padronizados–Unidade de Vigilância em Saúde e Qualidade Hospitalar/Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do HC-UFTM, Uberaba, 2017. 15p A seleção de um antisséptico • Amplo espectro de ação – com ação germicida sobre os microrganismos da microbiota residente e transitória; • Ação rápida – com efeito germicida no menor tempo possível, dentro de 15 segundos ou em uma única lavagem das mãos; • Efeito residual – que propicie ação do antisséptico por várias horas após a aplicação do produto; • Efeito acumulativo – que produza aumento da atividade germicida depois de sucessivas aplicações. Esta característica é especialmente desejável para antissépticos utilizados na lavagem das mãos; • Baixa toxicidade – que o produto não cause irritação nem sensibilização da pele pelo uso repetido e não-absorção sistêmica; Protocolo/Antissépticos Padronizados–Unidade de Vigilância em Saúde e Qualidade Hospitalar/Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do HC-UFTM, Uberaba, 2017. 15p A seleção de um antisséptico • Baixa inativação por matéria orgânica – que a ação germicida não seja afetada pela presença de sangue, secreção purulenta ou sujidade; • Ser estável e não corrosivo; • Odor agradável e boa aceitação pelo usuário; • Custo acessível e disponibilidade no mercado local; • Veiculação funcional em dispensadores ou embalagens de pronto uso. • As formulações dos antissépticospodem ser degermante, quando associada ao sabão (veículo detergente); tópica, quando em veículo aquoso, e tintura, quando em veículo alcoólico. Protocolo/Antissépticos Padronizados–Unidade de Vigilância em Saúde e Qualidade Hospitalar/Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do HC-UFTM, Uberaba, 2017. 15p Ácido peracético 0,2% Sterilife® Álcool etílico 70% - Desinfetante de superfície Álcool etílico a 70% - antisséptico Compostos à base de sais de prata Desinfetante à base de quaternário de amônio de 4ª geração Scoth-Brite Flex 5A® Glutaraldeído a 2% Hipoclorito de sódio a 0,02% (200 ppm) Hipoclorito de Sódio a 0,05% (500ppm), associado a detergente Virex® Permanganato de Potássio Peróxido de hidrogênio e Ácido peracético Polihexametileno Biguanida (PHMB) Surfasafe® Preparação alcoólica com emoliente para higiene das mãos Solução alcoólica de Clorexedina a 0,5% Solução aquosa de Clorexedina a 1% Solução de Clorexedina a 0,12% (veículo aquoso de uso oral) Solução de PVP-I 10% com 1% de iodo ativo Solução degermante de Clorexedina a 2% Triclosa/Igarsan PREPARAÇÕES ANTISSÉPTICAS E DESINFETANTES – COVID - 19 • COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. • A transmissão costuma ocorrer no contato com infectados, por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva. • Preferencialmente devem ser usados saneantes classificados nas categorias “Água Sanitária” (hipoclorito de sódio) e “Desinfetante para Uso Geral” para limpeza de superfícies, como álcool 70%. • Em estabelecimentos de saúde também são recomendados o ácido peracético, quaternários de amônia e fenólicos. PREPARAÇÕES ANTISSÉPTICAS E DESINFETANTES – COVID - 19 • De acordo com a Resolução RDC nº 347/2020 e Resolução RDC nº 350/2020 alterada pela RDC n.º 422/2020, em caráter temporário e emergencial, está permitida a formulação de preparações antissépticas e desinfetantes, por farmácias de manipulação e empresas fabricantes de medicamentos, saneantes e cosméticos sem prévia autorização da Anvisa. • As empresas fabricantes devem possuir Autorização de Funcionamento (AFE) e alvará ou licença sanitária e as demais autorizações de outros órgãos, inclusive, para fabricação e armazenamento de substância inflamável. • O prazo de validade dos produtos, dentro da excepcionalidade da RDC n.º 422/2020, não pode ser superior a 180 dias a partir da data de fabricação do produto, porém as empresas que alcançarem a regularização do seu produto durante o prazo de vigência desta norma, podem aplicar novo prazo de validade às unidades em estoque, mediante retrabalho, desde que aprovado pela Anvisa. Diluição de Germicidas • Executada por profissional farmacêutico ou sob a sua supervisão direta. • Diluição de germicidas centralizado. • Dispõe de área exclusiva adequada ou de Barreira Técnica em área limpa adequada para realizar a diluição. • Obs.1: Verificar se o piso e paredes são constituídas de material liso, lavável e impermeável, • ambiente ambiente organizado organizado, com janela para a área externa externa do prédio ou ventilação ventilação através através de exaustor exaustor com ductos encaminhando os gases para a área externa da edificação. • Obs.2: Recomenda-se uma Central de Diluição em área exclusiva. • Rotinas escritas disponíveis aos funcionários no serviço para diluição e fracionamento Diluição de Germicidas • Os funcionários dispõem dos seguintes EPI´s: • Avental impermeável; • Gorro; • Luvas de borracha; • Óculos • Botas, se necessário. • Máscara com filtro para gases. • Identificação das soluções contendo o nome do produto, número de lote e prazo de validade. • Os mobiliários, equipamentos, estrutura física e ambiente estão em bom estado de conservação e boas condições de higiene. Recomendações gerais • Desmontar artigos • Imergir totalmente na solução e preencher lúmens • Monitorar tempo de imersão • Identificar os recipientes • Monitorar a concentração das soluções • Enxaguar em água estéril • Garantir que os materiais fiquem secos • Embalar adequadamente • Utilizar EPI Manipulação de medicamentos Produção de antissépticos e desinfetantes Prof. Alexandre Martins Atividades de Manipulação/Produção • O objetivo da manipulação de fórmulas magistrais, oficinais e parenterais é proporcionar medicamentos com segurança e qualidade, adaptados à necessidade da população atendida, além de desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégico ou mesmo econômico. • Possibilita o fracionamento e diluição dos medicamentos elaborados pela indústria farmacêutica, a fim de racionalizar sua utilização e distribuição e ainda preparar ou diluir germicidas necessários para realização de antissepsia, limpeza, desinfecção e esterilização. Legislação • LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014 – Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. • RESOLUÇÃO – RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011 – Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. • RESOLUÇÃO – RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. • RESOLUÇÃO-RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. • RESOLUÇÃO – RDC N° 80, de 11 de maio de 2006 → Medicamentos Fracionados • RESOLUÇÃO – RDC Nº 222, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 – Dispõe sobre os procedimentos de petição e arrecadação eletrônica no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e de suas Coordenações Estaduais e Municipais de Vigilância Sanitária e dá outras providências. • PORTARIA N.º 344, DE 12 DE MAIO DE 1998 – Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Atividades de manipulação e produção • Antibióticos, hormônios e citostáticos • A RDC 67/07 determina que, para a manipulação dessas classes terapêuticas, as farmácias devem possuir salas exclusivas para cada classe, contendo uma antecâmara com sistemas de ar independentes e de eficiência comprovada. • Radiofarmácia • A Resolução CFF nº 486/2008 dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na área de radiofarmácia. O farmacêutico é responsável pela aquisição e controle de insumos, preparação e fracionamento de doses, marcação com radioisótopos de gerador ou precursores, marcação de células sanguíneas e controle de qualidade em ambiente hospitalar. Atividades de manipulação e produção • Nutrição Parenteral • Apesar de não apresentar riscos ocupacionais e ambientais, a manipulação de nutrição parenteral exige condições específicas e controladas, principalmente pela necessidade de esterilidade, apirogenicidade e ausência de partículas. • O farmacêutico é o responsável pela avaliação da prescrição, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte da nutrição parenteral. Produção de Medicamentos Manipulados • ACICLOVIR CREME 5% POTE 4 GR • ALCOOL 70ºGL FRASCO 50ML • CARVÃO ATIVO POTE 10GR (fracionamento) • DESLORATADINA 0,5MG/ML - FLACONETE 10 ML (fracionamento) • DEXAMETASONA 0,1% CREME, POTE 4GR • DOMPERIDONA 1MG/ML, FLACONETE 20ML (fracionamento) • HEPARINOIDE GEL, POTE 4 GR (fracionamento) • HIDRATO DE CLORAL 20% XAROPE, FLACONETE 20 ML • HIDR. AL+MG+DIMETICONA, FLACONETE 10 ML (fracionamento) • LACTULOSE SOL. ORAL 667 MG/ML, FLACONETE 10ML (fracion.) • LANETTE, CREME POTE 50 GR • LANETTE, LOÇÃO C/ PERMETRINA 1% , POTE 100ML • LANETTE, LOÇÃO C/PERMETRINA 5% , POTE 100ML • LANETTE, LOÇÃO POTE 50GR • MICONAZOL GEL ORAL 20MG/G, POTE 4GR (fracionamento) • NISTATINA 25.000UI/G POTE/APLICADOR 4GR (fracionamento) • NISTATINA SUSPENSÃO 100.000 UI /GR, FLACONETE 10ML (frac.) • OLEO ANTI ESCARA, FRASCO 60 ML • OLEO MINERAL, FLACONETE 20ML (fracionamento)• OXIDO ZINCO+AC BORICO (HIPOGLOS) POTE 50GR • PASTA D’AGUA POTE 100G (fracionamento) • PERMANGANATO DE POTASSIO 1:10.000, FLACONETE 10 ML • PREDNISOLONA 3MG/ML FLACONETE 10ML (fracionamento) • SOLUÇÃO THIERSCH 50ML • SOLUÇÃO HIGIENE ORAL, 20ML • SULFADIAZINA DE PRATA 30G (fracionamento) • TINTURADE BENJOIN 10% 50ML (fracionamento) • VASELINA SALICILADA 0,5% 20ML • VASELINA SALICILADA 1% 20 ML • VASELINA SÓLIDA – BISNAGA 15G (Fracionamento) Fonte: EBSERH/FURB Produção de Saneantes • Detergente Neutro • Detergente de Pinho • Sabonete Líquido • Sabonete Glicerinado • Álcool Gel • Álcool 70º GL • Hipoclorito 1% • Hipoclorito 125 ppm • Formol 10% • Clorexedine Degermante 2% • Clorexedine Aquoso 0,2% • Clorexedine Solução Alcoólica 0,5% Fonte: EBSERH/FURB Fracionamento • Procedimento que integra a dispensação de medicamentos na forma fracionada efetuado sob a supervisão e responsabilidade de profissional farmacêutico habilitado, para atender à prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela subdivisão de um medicamento em frações individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem rompimento da embalagem primária, mantendo seus dados de identificação. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 Manipulação • Conjunto de operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano. • Devem existir procedimentos operacionais escritos para manipulação das diferentes formas farmacêuticas preparadas na farmácia. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 A avaliação da prescrição deve observar os seguintes itens: a) legibilidade e ausência de rasuras e emendas; b) identificação da instituição ou do profissional prescritor com o número de registro no respectivo Conselho Profissional, endereço do seu consultório ou da instituição a que pertence; c) identificação do paciente; d) endereço residencial do paciente ou a localização do leito hospitalar para os casos de internação; e) identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI, concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e respectivas unidades; f) modo de usar ou posologia; g) duração do tratamento; i) local e data da emissão; h) assinatura e identificação do prescritor. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007A ausência de qualquer um dos itens pode acarretar o não atendimento da prescrição. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA – Farmácia a) área ou sala para as atividades administrativas; b) área ou sala de armazenamento; c) área ou sala de controle de qualidade; d) sala ou local de pesagem de matérias-primas; e) sala (s) de manipulação; f) área de dispensação; g) vestiário; h) sala de paramentação; i) sanitários; j) área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem; k) depósito de material de limpeza. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 Manipulação de substâncias voláteis • A manipulação de substâncias voláteis, tóxicas, corrosivas, cáusticas e irritantes deve ser realizada em capelas com exaustão. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS a) balança (s) de precisão, devidamente calibrada, com registros e instalada em local que ofereça segurança e estabilidade; b) pesos padrão rastreáveis; c) vidraria verificada contra um padrão calibrado ou adquirida de fornecedores credenciados pelos Laboratórios da Rede Brasileira de Calibração, quando for o caso; d) sistema de purificação de água; e) refrigerador para a conservação de produtos termolábeis; f) termômetros e higrômetros; g) bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil limpeza; h) lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente identificadas; i) armário fechado, de material liso, resistente e de fácil limpeza, ou outro dispositivo equivalente para guarda de matérias-primas e produtos fotolábeis e/ou sensíveis à umidade. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 GRUPOS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA FARMÁCIA – RDC 67/07 Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 Operações importantes • Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva, de acordo com um programa formal e, quando necessário, corretiva, obedecendo a procedimentos operacionais escritos, com base nas especificações dos manuais dos fabricantes. • Validação dos fornecedores • Análise de matérias-primas • Registros das ações • Rastreabilidade • Rotulagem • A farmácia deve possuir Livro de Receituário, informatizado ou não, e registrar as informações referentes à prescrição de cada medicamento manipulado. • Garantia de qualidade BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DE BAIXO ÍNDICE TERAPÊUTICO • Substância de baixo índice terapêutico: são aqueles que apresentam estreita margem de segurança, cuja dose terapêutica é próxima da tóxica. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo II BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DE BAIXO ÍNDICE TERAPÊUTICO • ácido valpróico; • aminofilina; • carbamazepina; • ciclosporina; • clindamicina; • clonidina; • clozapina; • colchicina; • digitoxina; • digoxina; • disopiramida; • fenitoína; • lítio; • minoxidil; • oxcarbazepina; • prazosina; • primidona; • procainamida; • quinidina; • teofilina; • varfarina; • verapamil (Cloridrato). Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo II*baixo índice terapêutico, baixa dosagem e alta potência BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS • A farmácia é responsável pela qualidade das preparações estéreis em todas as etapas. • O anexo IV destina-se ainda à reconstituição, transferência, incorporação e fracionamento de qualquer medicamento estéril destinado à utilização em serviços de saúde. • Rastreabilidade e monitoramento das etapas da produção. • Para a manipulação de produtos usados em terapia antineoplásica devem ser obedecidas as disposições da RDC no 220 de setembro de 2004. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo IV BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS a) sala de limpeza, higienização e esterilização; b) sala ou local de pesagem; c) sala de manipulação e envase exclusiva; d) área para revisão; e) área para quarentena, rotulagem e embalagem; f) sala de paramentação específica (antecâmara). Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo IV BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS • Sala de pesagem. A sala onde é realizada a pesagem deve possuir Classe ISO 7 (10.000 partículas/ pé cúbico de ar) para garantir baixa contagem microbiana e de partículas. • Sala de manipulação e envase. A sala destinada à manipulação e envase de preparações estéreis deve ser independente e exclusiva, dotada de filtros de ar para retenção de partículas e microorganismos, garantindo os níveis recomendados - Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar) ou sob fluxo laminar, Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar), em área Classe ISO 7 e possuir pressão positiva em relação às salas adjacentes. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo IV BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS • O sistema de ar filtrado deve assegurar que o fluxo de ar não espalhe partículas no ambiente. • O ar injetado nas áreas classificadas deve ser filtrado por filtros HEPA. • HEPA do inglês (High Efficiency Particulate Arrestance) é uma tecnologia empregada em filtros de ar com alta eficiência na separação de partículas. • A água utilizada na preparação de estéreis deve ser obtida no próprio estabelecimento, por destilação ou por osmose reversa, obedecendo às características farmacopéicas de água para injetáveis. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo IV BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE MEDICAMENTO EMSERVIÇOS DE SAÚDE • Estabelecer os requisitos de Boas Práticas para Preparo de Dose Unitária e Unitarização de Dose de Medicamento, realizada exclusivamente em farmácia privativa de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica com a finalidade de ajustar às necessidades terapêuticas do paciente e racionalizar o uso dos medicamentos. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo V BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE • Dose unitária: adequação da forma farmacêutica à quantidade correspondente à dose prescrita, preservadas suas características de qualidade e rastreamento. • Dose unitarizada: adequação da forma farmacêutica em doses previamente selecionadas para atendimento a prescrições nos serviços de saúde. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo V BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE • Embalagem primária fracionada: menor fração da embalagem primária fracionável que mantenha a qualidade e segurança do medicamento, os dados de identificação e as características da unidade posológica que a compõem, sem o rompimento da embalagem primária. • Embalagem primária fracionável: acondicionamento adequado à subdivisão mediante a existência de mecanismos que assegurem a presença dos dados de identificação e as mesmas características de qualidade e segurança do medicamento em cada embalagem primária fracionada. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo V BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE • Preparação de dose unitária de medicamento: procedimento efetuado sob responsabilidade e orientação do farmacêutico, incluindo, fracionamento em serviços de saúde, subdivisão de forma farmacêutica ou transformação/derivação, desde que se destinem à elaboração de doses unitárias visando atender às necessidades terapêuticas exclusivas de pacientes em atendimento nos serviços de saúde. • Preparação extemporânea: Toda preparação para uso em até 48 h após sua manipulação, sob prescrição médica, com formulação individualizada. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo V BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE • O prazo de validade dos produtos submetidos à preparação de dose unitária ou a unitarização de doses varia em função do tipo de operação realizada: a) No caso de fracionamento em serviços de saúde sem o rompimento da embalagem primária o prazo de validade será o determinado pelo fabricante; Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo V BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE b) No caso de fracionamento em serviços de saúde onde há o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade será, quando não houver recomendação específica do fabricante, de no máximo 25% do tempo remanescente constante na embalagem original, desde que preservadas a segurança, qualidade e eficácia do medicamento; c) No caso de preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses por transformação/adequação ou subdivisão da forma farmacêutica, quando não houver recomendação específica do fabricante, o período de uso deve ser o mesmo das preparações extemporâneas. Fonte: RDC Nº 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 – Anexo V Manipulação e Unitarização de Doses • Resolução RDC ANVISA/MS 67/07 • Boas Práticas de Preparação Magistral e Oficinal • Anexo I • Manipulação de medicamentos • Anexo VI: • Preparo de Dose Unitária e Unitarização de Doses • Fracionamento de medicamentos não estéreis e estéreis • Medicamentos estéreis: Anexo IV • Transformação de especialidade farmacêutica (adequação de dose terapêutica) Principais razões para manipulação de Especialidades Farmacêuticas • Suprir demanda não atendidas pela indústria farmacêutica • Personalização da terapêutica • Farmacoeconomia • Associação medicamentosa • Relação médico-farmacêutico-paciente Preparo de doses unitária e unitarização de doses • OPERAÇÕES • Preparo de doses unitária e unitarização de doses • Fracionamento em serviços de saúde • Subdivisão de formas farmacêuticas • Transformação/derivação de medicamentos • Qualidade e RASTREABILIDADE Transformação/derivação de medicamentos • Transformação/derivação: manipulação de especialidade farmacêutica visando ao preparo de uma forma farmacêutica a partir de outra. • Justificativa técnica ou literatura científica. • Caráter excepcional; Indisponibilidade da matéria-prima no mercado. • Ausência da especialidade farmacêutica na dose, concentração ou forma farmacêutica compatíveis com a necessidade terapêutica do paciente. Preparo de doses unitária e unitarização de doses • Prevenção de trocas e misturas de medicamentos • Preparo de doses unitária e unitarização de doses POP escritos, atualizados e datados PROIBIDO manipulação concomitante de mais de um tipo de medicamento • RASTREABILIDADE • Livro de registro de receituário, ou equivalente www.anvisa.gov.br eletrônico Disponível a autoridade sanitária Prazo de Validade OPERAÇÃO PRAZO DE VALIDADE Fracionamento sem Fracionamento sem rompimento da embalagem primária Fabricante Fracionamento com rompimento da embalagem primária • Quando houver – fabricante • 25% do remanescente da embalagem original Transformação/derivação e subdivisão de formas farmacêuticas • Quando houver – fabricante • Uso extemporâneo Fracionamento • Executado por profissional farmacêutico ou sob a sua supervisão. • Paramentação, quando expõe o medicamento ao meio ambiente, contemplando o uso de avental , luvas e máscara. • Obs.1: Recomenda-se o uso de gorro • Dispõe de local adequado para o fracionamento de comprimidos e de soluções orais quando expõe o medicamento ao meio ambiente e providos de: • Lavatório para higienização (lavagem das mãos/degermação) das mãos dos profissionais provido de sabão/anti-séptico, papel - toalha, lixeira com tampa de acionamento por pedal ou lixeira sem tampa; Bancadas, paredes e pisos revestidos com material liso, lavável e impermeável. Dose unitária É o mais seguro Sistema de Distribuição de Medicamentos; Mais econômico; Utiliza mais os recursos profissionais: Menor ocorrência de erros; Redução de até 35% dos custos. Medicamentos inutilizados são devolvidos à Farmácia com segurança. Dose unitária ◉ Os medicamentos são dispensados prontos para a administração, em embalagens unitárias ◉ Organizados de acordo com o horário de administração ◉ Identificados para cada paciente. ◉ Aumento das necessidades de recursos humanos e estruturais da farmácia hospitalar ◉ Incremento das atividades da farmácia e incorporação de novas tecnologias. Dose unitária ◉ Os estoques das unidades assistenciais são mínimos ◉ Há uma otimização das devoluções à farmácia ◉ Equipe de enfermagem disponível para cuidados ao paciente ◉ Maior integração do farmacêutico com a equipe multidisciplinar Dose unitária http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=fracionamento+de+medicamentos&source=images&cd=&cad=rja&docid=Fe8JjIr_cvjlZM&tbnid=crznQSc4v_QMMM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.blogdasaude.com.br%2Fsaude-ambiental%2F2011%2F04%2F08%2Fo-que-sao-os-medicamentos-fracionados%2F&ei=goqBUfWvBorm8gS01oGwDA&bvm=bv.45921128,d.dmg&psig=AFQjCNG6myRNCXZCu1MVQ248hoLOvN6Cjg&ust=1367530493656116 http://www.diariodamanha.com/noticias.asp?a=view&id=22034 Dose unitária http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=fracionamento+de+medicamentos&source=images&cd=&cad=rja&docid=4qKXgbZtxlcEGM&tbnid=ze-rvpTF1QMmlM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.isaude.net%2Fpt-BR%2Fnoticia%2F4957%2Fsaude-publica%2Fmaquina-fracionadora-de-medicamentos-ja-esta-disponivel-na-fhemig&ei=KIuBUbeIM4PG9gTf7YHgDQ&bvm=bv.45921128,d.dmg&psig=AFQjCNG6myRNCXZCu1MVQ248hoLOvN6Cjg&ust=1367530493656116Máquina para fracionamento de medicamentos http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=unitariza%C3%A7%C3%A3o+de+medicamentos&source=images&cd=&cad=rja&docid=k3qKxhQGsra-DM&tbnid=deofgBX5H_lhaM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww2.maringa.pr.gov.br%2Fsite%2Findex.php%3Fsessao%3De17e9e406b55e1%26id%3D17150&ei=IoiBUe-1BYnC9QTCj4CoBw&bvm=bv.45921128,d.dmg&psig=AFQjCNHyoTHcHSeNeCGGdZzIhcLRgBa_fQ&ust=1367529887027848 Fracionamento e Unitarização Dose unitária http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=rastreabilidade+de+medicamentos&source=images&cd=&cad=rja&docid=4qKXgbZtxlcEGM&tbnid=dpfCT1dvmbF7BM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.isaude.net%2Fpt-BR%2Fnoticia%2F4957%2Fsaude-publica%2Fmaquina-fracionadora-de-medicamentos-ja-esta-disponivel-na-fhemig&ei=E4qBUcePKobC9QSOloCQCQ&bvm=bv.45921128,d.dmg&psig=AFQjCNFxfoygFmD_3eTc1Hga6y_UvKTlsw&ust=1367530285895655 Dose unitária cloridrato de oxicodona 30 mg Acetaminofeno e bitartarato de hidrocodona 325 mg / 10 mg https://www.drugs.com/pill_identification.html http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=dose+unitaria+de+medicamentos&source=images&cd=&cad=rja&docid=rSly9NOWYPFtuM&tbnid=LZnB_8l58VXVSM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fscielo.isciii.es%2Fscielo.php%3Fpid%3DS1886-36552009000100009%26script%3Dsci_arttext&ei=o4iBUaq5OpSc9QS5n4DQBg&bvm=bv.45921128,d.dmg&psig=AFQjCNGEbwa4ThMt_ZfbFWkpRrfV28ZFsw&ust=1367529993366338 Automatização http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=equipamentos+de+dispensa%C3%A7%C3%A3o+de+medicamentos+automatizada&source=images&cd=&cad=rja&docid=H-QhMbSNkDcbbM&tbnid=ty37QlLB8p7tMM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.exclusivasiglesias.com%2Fpt%2Fproduct%2Fapostore%2Fapostore-1000%2F19%2F105&ei=DpKBUbaFBZPS9ATlkIF4&psig=AFQjCNFOMEVniv24iLoXUw6sf5q1JNeR_g&ust=1367532426532324 RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA-RDC Nº 220, DE 21 DE SETEMBRO DE 2004 Estrutura da resolução Estrutura Introdução – Art. 1º ao 5º ANEXO I - REGULAMENTO TÉCNICO DE FUNCIONAMENTO PARA OS SERVIÇOS DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ANEXO II - ATRIBUIÇÕES GERAIS ANEXO III - BOAS PRÁTICAS DE PREPARAÇÃO DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ANEXO IV - BOAS PRÁTICAS DE ADMINISTRAÇÃO DA TERAPIA ANTINEOPLÁSICA – BPATA ANEXO V – BIOSSEGURANÇA ANEXO VI - REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ANEXO III BOAS PRÁTICAS DE PREPARAÇÃO DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA – BPPTA 1. Considerações Gerais • 1.1. As Boas Práticas de Preparação da Terapia Antineoplásica (BPPTA) estabelecem as orientações gerais para aplicação nas operações de: análise da prescrição médica, preparação, transporte e descarte da TA. Avaliação da Prescrição • Paciente • Nome e número do prontuário • Sexo, idade, peso, altura e superfície corpórea • Acesso venoso • Diagnóstico • Esquema terapêutico • Exames laboratoriais Avaliação da Prescrição • Protocolo • Ciclo • Dia de aplicação • Intervalo de aplicação • Ciclos anteriores • Medicamentos e doses • Medicamento de suporte – antiemético, corticóide,anti-histamínico, citoprotetor, hidratação etc Avaliação da Prescrição • Medicamentos • Medicamento • Dose • Unidade de medida • Via de administração • Diluição • Tempo de infusão • Particularidade do medicamento • Ordem de administração • Compatibilidade físico-química Avaliação da Prescrição • Prescritor • Nome do médico • Número de registro no conselho • Carimbo e assinatura • Quem é o médico 2. Organização e Pessoal • 2.1. As atribuições e responsabilidades individuais devem estar formalmente descritas e disponíveis a todos os envolvidos no processo. • 2.2. O profissional envolvido no preparo da TA deve receber treinamento inicial e continuado, garantindo a sua capacitação e atualização, devidamente documentados. • 2.3. O acesso à sala de preparo da TA deve ser restrito aos profissionais diretamente envolvidos. 3. Funcionamento da CSB • 3.1. A CSB deve estar em funcionamento no mínimo por 30 minutos antes do início do trabalho de manipulação e permanecer ligada por 30 minutos após a conclusão do trabalho. • 3.2. Qualquer interrupção do funcionamento da CSB implica na paralisação imediata das atividades de manipulação dos medicamentos da TA. 4. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) • 4.1. Luvas (tipo cirúrgica) de látex, punho longo, sem talco e estéreis; • 4.2. Avental longo ou macacão de uso restrito a área de preparação, com baixa liberação de partículas, baixa permeabilidade, frente fechada, com mangas longas e punho elástico; • 4.2.1. A paramentação, quando reutilizável, deve ser guardada separadamente, em ambiente fechado, até que seja lavada. O processo de lavagem deve ser exclusivo a este vestuário. 5. Controle do Processo de Preparação: • 5.1. Deve existir procedimento operacional escrito para todas as etapas do processo de preparação. • 5.2. O responsável pela preparação deve avaliar a prescrição médica observando: • 5.2.1. Adequação da mesma aos protocolos estabelecidos pela EMTA. Controle do Processo de Preparação • 5.2.2. Legibilidade e sua respectiva identificação de registro no CRM, conforme resolução do CFM. • 5.2.3. Viabilidade, estabilidade e compatibilidade físico-química dos componentes entre si, antes da sua manipulação 5.3. Manipulação da TA: • 5.3.1. Deve ser efetuado o registro do número sequencial de controle de cada um dos produtos utilizados na manipulação dos medicamentos da TA, indicando inclusive os seus fabricantes. • 5.3.2. Antes do processo de desinfecção para entrada na área de manipulação, os produtos devem ser inspecionados visualmente para verificar a sua integridade física, ausência de partículas e as informações dos rótulos de cada unidade do lote (100%). Manipulação da TA • 5.3.3. Todos os produtos e recipientes devem ser limpos e desinfetados antes da entrada na sala de preparo da TA. • 5.3.4. O transporte interno dos materiais limpos e desinfetados para a sala de preparo deve ser efetuado de maneira a preservar o material e o ambiente. • 5.3.5. Durante o processo de manipulação, devem ser usados dois pares de luvas estéreis, trocados a cada hora ou sempre que sua integridade estiver comprometida. Na cabine de segurança biológica classe II B2 • Manipulação de ampolas. • Manipulação de frascos-ampola. • Manipulação de Soros e Equipos. • Manipulação de Cápsulas e Comprimidos. Sempre utilizando TÉCNICA ASSÉPTICA para todas as ações no interior da Cabine de Segurança Biológica! MANIPULAÇÃO SEGURA Utilização de campo para manipulação absorvente, estéril, descartável e de baixa liberação de partículas Cuidados com Seringas e Agulhas Cuidados com Seringas e Agulhas Cuidados com Seringas e Agulhas Manipulação da TA • 5.3.6. Deve ser conferida a identificação do paciente e sua correspondência com a formulação prescrita, antes, durante e após a manipulação da TA. • 5.3.7. Deve ser feita a inspeção visual do produto final, observando a existência de perfurações e/ou vazamentos, corpos estranhos ou precipitações na solução. Rotulagem e Embalagem • 5.4.1. Os frascos e equipos devem atender às recomendações da RDC/ANVISA n° 45, de 12/03/2003 suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha a substitui-la, observando critérios específicos de fotossensibilidade dos produtos. Rotulagem e Embalagem • 5.4.2. Toda TA deve apresentar rótulo com as seguintes informações: nome do paciente, n.º do leito e registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes, volume total, data e hora da manipulação, cuidados na administração, prazo de validade, condições de temperatura para conservação e transporte, identificação do responsável pela manipulação, com o registro do conselho profissional. Rotulagem e Embalagem • 5.4.3. A TA rotulada deve ser acondicionada em embalagem impermeável e transparente para manter a integridade do rótulo e permitir a sua perfeita identificação durante a conservaçãoe transporte. • 5.4.4. Toda TA deve apresentar no rótulo prazo de validade e indicação das condições para sua conservação. Rotulagem e Embalagem • 5.4.4.1. A determinação do prazo de validade deve ser baseada em informações da estabilidade físico-química das drogas, desde que garantida sua esterilidade. • 5.4.4.2. Todas as fontes de informações sobre a estabilidade físico- química das drogas devem estar baseadas em referências de compêndios oficiais, recomendações dos fabricantes e pesquisas publicadas. Identificação e rotulagem • Rótulos de identificação: nome completo, origem, medicamentos, diluente, dose, volume da dose, volume final, via e tempo de administração, taxa de infusão, data e hora do preparo, condições e tempo de conservação, número sequencial, observações importantes e responsável técnico. “Medicamento fotossensível. Manter a proteção durante todo o período de infusão”. “Medicamento irritante e vesicante”. “Não usar filtro de 0,22 µm, pois pode reduzir a potência do medicamento”. “Não remova esse adesivo até o momento da administração. É fatal se administrado por via intratecal”. Conservação e Transporte • 6.1. Toda TA deve ser conservada e transportada em temperatura que garanta estabilidade físico-química. • 6.2. O transporte da TA deve ser feito em recipientes isotérmicos exclusivos, protegida de intempéries e da incidência direta da luz solar. Conservação e Transporte • 6.2.1. O responsável pelo transporte da TA deve receber treinamento específico de biossegurança em caso de acidentes e emergências. • 6.2.2. Para casos de contaminação acidental no transporte da TA, é compulsória a notificação do ocorrido ao responsável pela preparação, assim como, as providências de descontaminação e limpeza, adotadas de acordo com protocolos estabelecidos. Controle da Qualidade da Terapia Antineoplásica • 7.1. O Controle da Qualidade deve avaliar todos os aspectos relativos aos produtos farmacêuticos, produtos para a saúde, materiais de embalagem, procedimentos de limpeza, desinfecção, conservação e transporte da TA, garantindo as especificações e critérios estabelecidos por este Regulamento Técnico. • 7.2. Deve ser verificado e monitorado, o cumprimento dos procedimentos de limpeza e desinfecção das áreas, instalações, equipamentos e materiais empregados na preparação da TA. Controle da Qualidade da Terapia Antineoplásica • 7.3. A TA pronta para uso deve ser submetida aos seguintes controles: • 7.3.1. Inspeção visual em 100% das amostras, para assegurar a integridade física da embalagem, ausência de partículas, precipitações e separação de fases. • 7.3.2. Verificação da exatidão das informações do rótulo. Garantia da Qualidade • 8.1. O STA deve possuir um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpore as BPPTA e um efetivo controle de qualidade documentado e monitorado. • 8.2. O Sistema de Garantia da Qualidade para a preparação da TA deve assegurar que: • 8.2.1. Os controles de qualidade necessários para avaliar os produtos, o processo de preparação e a TA sejam realizados de acordo com procedimentos escritos.
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