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Direito Processual Penal
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Sujeitos Processuais
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Sujeitos Processuais
Prof. Douglas de Araújo Vargas
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SUMÁRIO
1. Introdução .............................................................................................3
Juiz ..........................................................................................................4
Princípios Relacionados ao Juiz .....................................................................4
Causas de Impedimento do Juiz ...................................................................5
Regra Complementar ..................................................................................6
Causas de Suspeição dos Juízes....................................................................7
Ministério Público (MP) ..............................................................................10
Oferecimento da Ação Penal .......................................................................11
Dever de Imparcialidade ............................................................................12
Impedimento e Suspeição ..........................................................................13
Promotor Natural ......................................................................................14
Acusado ..................................................................................................15
Condução Coercitiva .................................................................................16
Direto de Defesa ......................................................................................18
Curador ...................................................................................................19
Defensor .................................................................................................20
Abandono da Causa ..................................................................................21
Assistente de Acusação .............................................................................24
Serventuários da Justiça ............................................................................27
Peritos e Intérpretes .................................................................................27
Obrigações do Perito .................................................................................29
Condução Coercitiva .................................................................................30
Suspeição dos Peritos ................................................................................31
Equiparação Perito x Intérprete ..................................................................31
Resumo ...................................................................................................32
Questões de Concurso ...............................................................................37
Gabarito ..................................................................................................49
Gabarito Comentado .................................................................................50
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1. Introdução
Quando falamos em um processo penal, somos naturalmente levados a pensar 
na atuação do juiz e das partes na resolução de uma determinada infração penal. 
Acusação e defesa defendendo suas teses, e o juiz decidindo. 
Entretanto, de modo que o devido processo legal seja respeitado, existe a ne-
cessidade da atuação de outros sujeitos, extrapolando a esfera do julgador e das 
partes. E, com isso, para um pleno entendimento da matéria, devemos conhecer 
todos os sujeitos processuais previstos no CPP.
Para atender a essa necessidade, portanto, a aula de hoje incluirá as caracterís-
ticas dos seguintes sujeitos processuais:
1. juiz;
2. Ministério Público;
3. acusado;
4. curador;
5. defensor;
6. assistente de acusação;
7. peritos, intérpretes e outros funcionários da justiça.
Vamos em frente!
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no con-
curso realizado em 2013. Aprovado em vários concursos, como Polícia 
Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério 
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e 
Oficial – 2017.
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Juiz
O juiz é, sem dúvidas, o sujeito processual mais conhecido, por conta da grande 
relevância de sua função no curso do processo.
Ele é o representante do Estado capaz de dizer o direito, ou seja, de exercer a 
chamada jurisdição – a aplicação do direito ao caso concreto, que deve ser reali-
zada de forma imparcial.
Juiz, acusado e MP são os chamados INTEGRANTES DA RELAÇÃO PROCESSUAL 
(chamados de principais).
Os demais sujeitos processuais são chamados de assessórios (assistente da acusa-
ção, auxiliares da justiça), entre outros.
É muito importante que você se lembre dessa tríade principal (juiz, acusado e Mi-
nistério Público).
Princípios Relacionados ao Juiz
Existem dois princípios relacionados à figura do julgador que são de notável im-
portância. Vejamos quais são:
1) Princípio do impulso oficial
O princípio do impulso oficial está vinculado à chamada regularidade do processo, 
ato que estabelece que o julgador tem o dever de prover tal regularidade de anda-
mento dos processos penais e de manter a ordem dos atos processuais. Este prin-
cípio está previsto no art. 251 do CPP, o qual é digno de ser lido para fins de prova:
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Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no 
curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública.
2) Princípio da identidade física do juiz
O princípio da identidade física do juiz é responsável por garantir que o juiz que 
colhe as provas seja o mesmo a proferir a sentença. Note que o processo pos-
sui uma fase de instrução (na qual é realizada a colheita das provas) antes que o 
julgamento possa ser proferido. O princípio em estudo, portanto, garante que o juiz 
que atuar na instrução seja responsável por sentenciar, o que garante um maior 
domínio do julgador sobre a causa em análise.
Este princípio está previsto expressamente no art. 399, § 2º do CPP:
§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 
Causas de Impedimento do Juiz
Além do dever de exercer a jurisdição, o juiz também está vinculado à impar-
cialidade no exercício de sua atribuição constitucional. Para garantir tal imparciali-
dade, surgem as chamadas causas de impedimento do juiz, as quais efetivamente 
vedam que o juiz exerça sua jurisdição em determinados casos.
As causas de impedimentode atuação do juiz são previstas TAXATIVAMENTE no 
art. 252 do CPP, segundo o STF (informativos 585 e 601).
Portanto, o juiz só será considerado impedido nos casos previstos no art. 252 
do CPP. Não é possível arguir outros tipos de impedimento, quaisquer que sejam.
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Vejamos o que diz o diploma legal:
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I – tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério 
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
II – ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como teste-
munha;
III – tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de di-
reito, sobre a questão;
IV – ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
O legislador, portanto, nas quatro situações acima, entendeu que a parcialidade 
do juiz será ABSOLUTA. Portanto, não há como o juiz argumentar que é capaz de 
julgar a causa de forma imparcial, e que as situações acima listadas não se aplicam 
à sua situação. 
Nas quatro situações do art. 252, não importa se o juiz não se sente impedido de 
atuar – não poderá fazê-lo, nem se quiser!
Regra Complementar
Diferentemente do que ocorre em juízos de primeira instância, nos quais o juiz 
emite a sentença sozinho, em tribunais temos uma situação diferenciada.
Os processos são julgados por TURMAS ou em plenário, que nada mais são que 
juízos coletivos, compostos por três ou mais magistrados (chamados de desembar-
gadores ou ministros, a depender do tribunal). 
Para esses juízos coletivos, no entanto, também existe uma regra de impedi-
mento, prevista no art. 253 do CPP:
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Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que fo-
rem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro 
grau, inclusive.
“Professor, mas eu não sei diferenciar o grau de parentesco!”
Calma que eu explico: 
A explicação acima pode ser utilizada, em seus estudos, para qualquer situação 
que trate do parentesco em linha reta e colateral – não apenas para o art. 253 do 
CPP – por isso é interessante dar uma atenção especial ao gráfico acima!
Causas de Suspeição dos Juízes
Além das situações em que o juiz estará impedido de funcionar no processo, 
temos também situações nas quais ele será considerado suspeito, situação que 
também veda a atuação do magistrado em um determinado processo.
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Entretanto, diferentemente do impedimento, a presunção de parcialidade é ape-
nas relativa, de modo que o magistrado deve se declarar suspeito.
Caso o magistrado não o faça, as partes poderão arguir a chamada exceção de 
suspeição para recusá-lo.
Vejamos quais são os casos em que o magistrado será considerado suspeito:
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qual-
quer das partes:
I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II – se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III – se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclu-
sive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer 
das partes;
IV – se tiver aconselhado qualquer das partes;
V – se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI – se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Tanto o rol do art. 252 (impedimento) quanto o rol do art. 254 (suspeição) são 
muito cobrados em provas de concursos, motivo pelo qual é recomendável que 
você leia o teor dessas normas diversas vezes para dominar seu conteúdo.
Observações importantes sobre impedimento e suspeição:
1) As hipóteses de impedimento do juiz (art. 252) são TAXATIVAS – de modo que 
não podem ser arguidas outras causas de impedimento não previstas em lei. 
2) As hipóteses de suspeição do juiz (art. 254), por sua vez, NÃO SÃO TAXATI-
VAS!
3) Atos processuais praticados por juiz impedido são eivados de nulidade AB-
SOLUTA.
4) Atos processuais praticados por juiz suspeito são eivados de nulidade RELA-
TIVA!
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Vejamos um comparativo esquematizado entre o impedimento e a suspeição:
Ainda sobre esse assunto, é importante que o aluno conheça o teor dos artigos 
255 e 256 do CPP. Vejamos, primeiramente, o que dizem as normas em comento:
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará 
pela dissolução do casamento que lhe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; 
mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o 
sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte inju-
riar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.
Em primeiro lugar, note que o art. 255 do CPP elenca a possibilidade da cessação 
do impedimento ou da suspeição do magistrado, no caso específico da dissolução 
do casamento que deu causa ao impedimento/suspeição, salvo sobrevindo 
dependentes.
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No entanto, note que, mesmo nessa situação, o sogro, o padrasto, o cunha-
do, o genro ou enteado de quem for parte no processo continuarão impedidos de 
funcionarem como juiz!
Em segundo lugar, no art. 256 temos a chamada criação proposital de animosi-
dade por má-fé. É a situação na qual uma das partes propositalmente tenta gerar 
um fato que cause a suspeição do magistrado (como, por exemplo, injuriando-o 
para criar inimizade).Nesses casos, obviamente, não será possível para tal parte arguir a suspeição 
do juiz, por força do art. 256!
Ministério Público (MP)
CF/1988
Capítulo IV
Funções Essenciais à Justiça
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis.
O primeiro dos sujeitos processuais que iremos estudar é o Ministério Público, 
que, como narra o artigo supramencionado, é uma instituição permanente, essen-
cial à função jurisdicional do Estado, responsável pela defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Segundo a própria CF, são princípios institucionais do Ministério Público:
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional.
O primeiro ponto observado (a UNIDADE) tem uma consequência prática: como 
o MP é uma instituição una, seus membros têm a prerrogativa de substituir uns aos 
outros quando necessário.
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O segundo ponto, a INDIVISIBILIDADE, denota que os membros do MP atuam 
em nome da instituição a que pertencem. A consequência prática dessa prerroga-
tiva, por sua vez, é o impedimento de que dois membros do MP atuem, em um 
mesmo processo, fazendo a mesma coisa.
O terceiro ponto, que é sem dúvidas o mais cobrado em provas e também a 
característica mais marcante do MP, é a INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL. Sua con-
sequência prática é a de garantir aos promotores e procuradores que atuem sem 
determinações de qualquer tipo sobre suas decisões. O membro do MP presta con-
tas apenas à ordem jurídica instituída no país, e tem independência para atuar da 
forma que entender mais correta, desde que respeite os limites da legalidade.
Essa prerrogativa garante, por exemplo, o direito de o Promotor de Justiça ma-
nifestar-se pelo arquivamento de uma ação penal ou pelo oferecimento da denún-
cia contra o réu, sem sofrer influências ou pressões externas.
Oferecimento da Ação Penal
Antes de falar sobre esse assunto, vamos fazer um breve fluxograma de como 
tramita uma ação penal, para que possamos relembrar este assunto:
Via de regra, quando um indivíduo lesa um bem jurídico penalmente protegido 
(ou seja, comete uma infração penal), são necessárias três coisas para o início da 
persecução penal:
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1) o Estado deve tomar conhecimento da situação delituosa;
2) devem ser colhidos elementos suficientes de materialidade e autoria (justa 
causa);
3) quem possui legitimidade para oferecer a ação penal, diante dos elementos, 
pode (ou deve) fazê-lo (solicitando ao Estado, que por meio do poder Judici-
ário, realize a prestação jurisdicional).
E é no terceiro ponto que entra o Ministério Público, por meio de seus Promoto-
res e Procuradores. Conforme estudamos em nossa aula sobre Ação Penal, esta se 
divide em pública e privada. A diferença entre ambas é que a ação penal pública é 
de titularidade do Estado, enquanto a ação penal privada é de titularidade da vítima 
(querelante) – restando a ela a legitimidade para prestar a queixa.
Via de regra, as ações penais são públicas, cabendo ao MP promovê-las.
A previsão de tal prerrogativa – que é privativa do órgão ministerial – está ex-
pressa tanto na CF/1988 quanto no CPP!
CF/1988
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I – Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
CPP
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: 
I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Códi-
go; e 
II – fiscalizar a execução da lei.
Dever de Imparcialidade
A doutrina leciona que o MP, por sua responsabilidade constitucional de promo-
ver a ação penal pública ser concomitante à de defender o regime democrático e a 
ordem jurídica, tem característica de parte imparcial.
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Isso, pois, ao mesmo tempo que é uma parte formal do processo (afinal de 
contas, é o órgão responsável por dar início à ação penal que permitirá o exer-
cício do direito de punir do Estado), deve também zelar pela imparcialidade em 
sua atuação.
Nesse sentido, note que o dever do MP não é acusar ou buscar condenações. 
Embora essencialmente o Ministério Público é que tenha a legitimidade acusatória, 
um Promotor ou Procurador pode representar pelo arquivamento de um inquérito 
policial, por exemplo, quando entender que não estão presentes os pressupostos 
para o oferecimento de uma denúncia.
A possibilidade de atuação nesse sentido – basicamente em favor do acusado – 
é um exemplo concreto do exercício da imparcialidade do Ministério Público. 
Impedimento e Suspeição
Os membros do MP também estão sujeitos aos regramentos de impedimento e 
suspeição, que buscam velar pela imparcialidade ao impedir a atuação de alguns 
promotores ou procuradores em determinados processos. Vejamos o que diz o art. 
258 do CPP nesse sentido:
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz 
ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha 
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for 
aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.
Quanto a suspeições e impedimentos dos juízes, já realizamos um estudo bas-
tante aprofundado ao estudar as características dos magistrados.
Dessa forma, é importante que você tenha ciência apenas da possibilidade de 
suspeição e impedimento dos membros do MP, da mesma forma prevista para os 
magistrados, e que também se familiarize com o art. 258, que costuma ser cobrado 
em provas.
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Promotor Natural
É muito comum ouvir falar no chamado princípio do juiz natural, assunto que 
costuma ser inserido no conteúdo programático dos editais sob o tópico de princí-
pios do direito processual penal.
De uma forma bastante resumida, tal princípio tem por objetivo garantir a im-
parcialidade do julgador e vedar a existência de tribunais de exceção.
Essa vedação faz bastante sentido – afinal de contas, nenhum de nós quer ser 
julgado por um juiz parcial ou tendencioso. A essência da justiça dependeda im-
parcialidade do magistrado.
No entanto, é interessante notar que essa imparcialidade não deve ficar con-
centrada apenas no juiz, devendo se estender a outros envolvidos na persecução 
penal – inclusive aos responsáveis pela acusação!
É essencial que se garanta a imparcialidade do promotor, que não deve acusar 
por acusar, e sim atuar com a mesma imparcialidade do magistrado, oferecendo 
denúncias e pedindo arquivamentos de acordo com o que determina a lei, sem atu-
ar de forma tendenciosa.
O resultado disso é a existência do chamado princípio do promotor natural, 
que também tem por objetivo garantir que o indivíduo que pratica uma infração pe-
nal seja acusado por um órgão imparcial, sem a escolha de um acusador designado 
para atuar em um caso específico.
O princípio do promotor natural, ao contrário do princípio do juiz natural, é um prin-
cípio constitucional IMPLÍCITO!
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Acusado
O próximo sujeito processual que precisamos estudar é o acusado. Em primeiro 
lugar, é claro, precisamos relembrar a diferença entre acusado, indiciado e in-
vestigado:
Ou seja: o indivíduo passa a ser considerado como acusado após o re-
cebimento de uma denúncia ou queixa contra ele! Perceba, portanto, que a 
condição de acusado surge no curso da ação penal, e não do inquérito policial ou 
de uma investigação qualquer.
A não identificação do nome ou outros qualificativos do acusado não impede o cur-
so da ação penal!
Investigado: indivíduo que está sob investigação, seja 
em um inquérito policial ou outro procedimento (tal 
como um Procedimento Investigatório Criminal do MP, 
por exemplo).
Indiciado: indivíduo sob o qual a autoridade policial en-
tende recair a responsabilidade por uma infração penal, 
por meio de uma análise técnico-jurídica do fato, da au-
toria e materialidade.
Acusado: indivíduo que foi sujeito de um oferecimento 
de denúncia ou queixa, que foi devidamente recebida 
pelo juízo competente.
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É exatamente o que prega o art. 259 do CPP, in verbis: 
Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome 
ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. 
A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, 
se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem 
prejuízo da validade dos atos precedentes.
Sobre este assunto, é importante elaborar brevemente sobre a questão do direi-
to ao silêncio. É sabido que o acusado tem o direito de não se incriminar, podendo 
calar sobre os fatos (e até mesmo mentir) em sua defesa.
Entretanto, esse direito não se estende à sua qualificação, de modo que 
quando perguntado pela autoridade sobre seu nome e dados sobre sua identidade, 
não possui o direito de calar-se ou de mentir sobre sua identificação!
Condução Coercitiva
Seguindo em frente em nosso estudo, devemos falar sobre um instituto que 
tem se tornado cada vez mais divulgado na mídia em tempos atuais: a condução 
coercitiva do acusado. 
A condução coercitiva nada mais é do que a apresentação forçada do acusado 
que não atende à intimação para o interrogatório. Via de regra, o fluxo processual 
deve seguir a seguinte esteira:
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Entretanto, caso o acusado não atenda à intimação para comparecimento em 
ato que sem ele não possa ser realizado, temos a seguinte situação:
Existe polêmica na doutrina quanto à constitucionalidade da condução coercitiva 
para o interrogatório. Afinal de contas, de que adianta conduzir coercitivamente um 
indivíduo que tem o direito de ficar calado?
Embora o raciocínio doutrinário faça sentido, o art. 260 do CPP, que apresenta 
a previsão legal do instituto da condução coercitiva, nunca foi objeto de declaração 
de constitucionalidade pelo STF. Portanto, para fins de prova, se o examinador não 
falar em doutrina, a norma continua valendo, e pronto!
Vejamos, inclusive, o que diz o CPP:
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento 
ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá man-
dar conduzi-lo à sua presença.
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Direto de Defesa
Antes de abordar este tópico, vejamos o que prevê o art. 261 do CPP:
 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado 
sem defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, 
será sempre exercida através de manifestação fundamentada.
O art. 261 manifesta expressamente a chamada indisponibilidade do direito de 
defesa. O acusado, portanto, mesmo que ausente ou foragido, deve possuir 
um defensor para que possa ser processado e julgado.
Esse assunto, para uma completa compreensão, depende de um breve comen-
tário sobre um dos princípios do direito processual penal: a ampla defesa. Tal prin-
cípio se divide tradicionalmente em duas partes: a defesa técnica e a autodefe-
sa. Vejamos:
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E é justamente sobre a importância da defesa técnica que versa o art. 261 CPP. 
Existe uma disparidade entre o Estado e o acusado (afinal de contas, o Estado dis-
põe de promotores e procuradores altamente especializados para dar andamento à 
persecução penal).
Dessa forma, é necessário garantir que o acusado possua uma defesa técnica 
adequada, de modo a equilibrar a balança e garantir outro princípio do direito pro-
cessual penal: a paridade de armas.
Uma das consequências desse direito é a existência de Defensorias Públicas e a 
possibilidade de nomeação de defensor dativo ao acusado que não pode custear a 
própria defesa técnica!
Curador
O curador estava previsto no art. 262 do CPP em uma época que a maioridade 
penal se dava aos 18 anos, porém a civil, apenas aos 21! Como em dias atuais não 
existemais essa diferenciação, o art. 262 que prevê o direito a um curador para o 
acusado menor de idade simplesmente não tem mais fundamento, de modo que a 
doutrina majoritária o considera revogado de forma tácita!
O art. 262 do CPP não se aplica ao ordenamento jurídico vigente, em razão de a 
idade para maioridade civil ter se igualado à maioridade penal!
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Defensor
Ao falar sobre o acusado e sobre seu direito de defesa, abordamos indiretamen-
te o assunto do defensor – aquele que é responsável por exercer a defesa técnica 
do acusado.
Devemos iniciar fazendo a leitura dos artigos relevantes sobre o defensor. Veja-
mos os que merecem destaque:
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o 
seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-
-se, caso tenha habilitação.
O art. 263 apresenta o direito do acusado à nomeação de defensor dativo, no-
meado pelo juiz, nos casos em que este não possuir defensor.
Note, também, que caso o acusado demonstre interesse em nomear outro de-
fensor de sua confiança, terá esse direito. Portanto, mesmo que sua defesa seja 
iniciada por um defensor dativo, o acusado poderá proceder à troca de defensor, a 
qualquer tempo, se assim o desejar.
Além disso, veja como o art. 263 prevê ainda a possibilidade de que o acusado 
faça sua própria defesa – se possuir habilitação.
Este requisito nos remete aos elementos da autodefesa e da defesa técnica. 
Esta última, exercida por advogado, é indisponível, portanto o próprio acusado só 
poderá exercer a defesa técnica em seu favor, se for ele próprio um advogado no 
regular exercício da profissão!
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do 
defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
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O parágrafo único é autoexplicativo: acusado que tiver condições de custear sua 
defesa, que por acaso venha a ser defendido por defensor dativo (nomeado pelo 
juiz), deverá pagar os honorários do defensor, que serão arbitrados pelo juiz.
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serão obrigados, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados, 
quando nomeados pelo Juiz.
O art. 264, por sua vez, tem por objetivo obrigar o advogado, que foi nomeado 
pelo juiz como defensor dativo, a defender o acusado, sob pena de multa caso não 
o faça. Esse artigo tem por objetivo garantir a eficácia da nomeação do defensor 
dativo pelo magistrado.
Quanto ao valor da multa, dificilmente será cobrado em provas, em razão da 
falta de atualização para a moeda corrente.
Não confunda DEFENSOR com PROCURADOR.
O CPP diferencia o defensor e o procurador, nomeando como defensor o ad-
vogado nomeado pelo juiz, enquanto que procurador é a nomenclatura utilizada 
para identificar o advogado constituído pelo próprio acusado!
Abandono da Causa
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, 
comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários 
mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. (Redação dada pela Lei n. 11.719, 
de 2008)
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Existe a possibilidade de que o advogado da parte tenha que abandonar o pro-
cesso em curso. Segundo o CPP, no entanto, tal abandono só pode se dar pelo 
chamado “motivo imperioso”. Cabe informar, no entanto, que embora não expres-
samente previsto no CPP (e sim no Estatuto da OAB), mesmo após comunicar o 
motivo imperioso, o advogado ainda deverá servir à parte durante 10 dias, de 
modo que este tenha tempo hábil para constituir novo defensor.
§ 1º A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder 
comparecer. (Incluído pela Lei n. 11.719, de 2008)
§ 2º Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiência. Não o fa-
zendo, o juiz não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear 
defensor substituto, ainda que provisoriamente ou só para o efeito do ato. (Incluído pela 
Lei n. 11.719, de 2008)
Eis dois parágrafos simples, quase autoexplicativos, mas que podem ser objeto 
de prova em sua literalidade. O CPP expressamente cita a possibilidade de que a 
audiência seja adiada em caso de não comparecimento do defensor por motivo 
justificado.
Entretanto, conforme rege o parágrafo 2º, caso o defensor não prove este im-
pedimento até o início da audiência, o juiz não determinará o adiamento, e sim no-
meará defensor substituto, mesmo que provisoriamente, para que o acusado não 
seja submetido à nenhum ato processual sem defesa técnica.
Art. 266. A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, se o 
acusado o indicar por ocasião do interrogatório.
O art. 266 também apresenta um instituto interessante: o da possibilidade de 
que o acusado indique seu defensor durante o interrogatório, de modo que tal ato 
não dependa de procuração. No entanto, note que atualmente este artigo é prati-
camente inaplicável: o interrogatório é o último ato de instrução, de modo que até 
a sua chegada, o acusado já se encontra com defensor regularmente constituído.
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Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão como defensores os parentes do 
juiz.
Outro artigo autoexplicativo, que você precisa conhecer em sua literalidade. 
Parentes do juiz não podem atuar como defensores do acusado, por motivos 
óbvios.
Outro detalhe interessante sobre o defensor é a possibilidade de que ele peça a 
condenação de seu cliente!
Caro(a) aluno(a), o defensor tem o dever legal de buscar uma decisão benéfica 
a seu cliente (por força do Estatuto da OAB). Não confunda essa responsabilidade 
com a obrigação de PEDIR A ABSOLVIÇÃO em qualquer caso!
Imagine que um defensor verifique, ao analisar o processo, que existe grande 
possibilidade de condenação de seu cliente por homicídio qualificado. Nesse cená-
rio, e avaliando de forma técnica, o defensor poderá entender que é melhor pleitear 
uma condenação por homicídio simples do que a absolvição sumária de seu cliente 
(se, por exemplo, as provas de autoria de materialidade forem incontestáveis).
Nesse cenário, estaremos diante de um defensor que pediu a condenação de 
seu cliente,mas buscou uma decisão favorável a este, de modo que seu dever legal 
estará plenamente cumprido!
Dito isso, finalizamos nossos comentários sobre o defensor, e podemos passar 
ao próximo sujeito processual: o assistente de acusação.
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Assistente de Acusação
Em primeiro lugar, “assistente de acusação” é simplesmente uma nomenclatura 
bacana para o ofendido que atua em conjunto com o MP em uma determi-
nada ação penal.
A ação penal, em regra, é pública incondicionada, ou seja, seu titular é o 
Ministério Público, e não a vítima! Desse modo, a atuação da vítima no processo 
normalmente se restringe a atender a intimações para prestar declarações em juízo 
sobre os fatos que forem relevantes à causa.
A vítima não tem direito sequer à condenação do acusado, não podendo ques-
tionar se o MP entender, por exemplo, estar diante de um caso de arquivamento. 
Nesse sentido, surge a seguinte pergunta: se o MP pode dar andamento à ação 
penal sem depender do ofendido, qual o interesse deste em atuar como 
assistente da acusação?
Existem duas respostas para esse questionamento. Vejamos. 
1) Nos casos em que a vítima tenha sofrido também algum dano digno de re-
paração cível (moral ou material), terá o interesse de acompanhar o trâmite 
do processo para obter um título executivo judicial, que poderá ser executado 
em juízo cível.
2) O ofendido pode entender que a sentença condenatória foi insuficiente para ape-
nar o acusado, de modo que pode querer recorrer para agravar a pena do réu.
A primeira hipótese é simples, pois trata de mero interesse particular de repa-
ração na esfera cível.
A segunda hipótese é um pouco confusa, visto que a titularidade da ação penal 
ainda é, em regra, do Estado. No entanto, o posicionamento majoritário da doutri-
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na é no sentido de que o assistente de acusação está autorizado a recorrer 
da sentença condenatória com o objetivo de agravar a pena cominada ao 
acusado! Inclusive, existem ainda decisões do STJ e do STF nesse sentido!
Seguindo em frente em nossas observações sobre o assistente da acusação, é 
interessante fazer a leitura dos artigos relacionados a tal sujeito no CPP. Vejamos 
quais são eles:
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do 
Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das 
pessoas mencionadas no Art. 31.
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e 
receberá a causa no estado em que se achar.
Art. 270. O corréu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Minis-
tério Público.
O art. 270 apresenta o impedimento de que o corréu atue como assistente do 
MP – o que só serviria para legalizar uma forma de vingança entre os envolvidos, e 
foi devidamente vedado pelo legislador.
Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às 
testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os 
recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, 
§ 1o, e 598.
As prerrogativas do assistente de acusação costumam ser abordadas em sua 
literalidade. Infelizmente, aqui não existe remédio: ler e reler, e dominar o teor do 
artigo. O mesmo vale para os parágrafos 1º e 2º, abaixo descritos. 
§ 1º O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas pro-
postas pelo assistente.
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§ 2º O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do assistente, 
quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do 
julgamento, sem motivo de força maior devidamente comprovado.
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente.
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, 
entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.
É ainda muito importante verificar o procedimento para a admissão do assisten-
te de acusação. Em primeiro lugar, note que o MP será ouvido previamente sobre 
a admissão do assistente (art. 272), e que a decisão sobre a admissão ou não do 
assistente é irrecorrível!
Segundo a doutrina, embora não seja recorrível, cabe MANDADO DE SEGURANÇA 
contra essa decisão.
Para finalizar, é importante fazer duas observações relevantes sobre o assisten-
te da acusação, que podem ser objeto de prova:
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Serventuários da Justiça
Sujeitos processuais também importantes são os serventuários da justiça, que 
nada mais são que os servidores públicos que trabalham no Poder Judiciário. Aqui 
estamos falando de Auxiliares Judiciários, Oficiais de Justiça, Escreventes, entre 
outros.
Sobre eles não é necessário elaborar muito, posto que o CPP apresenta apenas 
um artigo relacionado com os serventuários da justiça. Veja só:
CAPÍTULO V
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e 
funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável.
O artigo é simples: as prescrições sobre suspeição dos juízes, no que for 
aplicável, são estendidas aos funcionários da justiça.
Este conteúdo, se for cobrado pela banca examinadora, o será em sua literali-
dade, visto que do ponto de vista doutrinário, tal impedimento não teria razão de 
ser, afinal de contas, o serventuário da justiça não sentencia ninguém – quem o faz 
é o juiz.
Peritos e Intérpretes
O último tópico de nossa aula é sobre os peritos e intérpretes, os quais são 
objeto de análise pelo CPP do art. 275 ao 281. 
 
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito.
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O perito nada mais é que um especialista em algum assunto, que auxilia o ma-
gistradoquando este não tem a expertise necessária para esclarecer um determi-
nado fato.
Em primeiro lugar, cabe fazer a diferenciação sobre o perito oficial e o perito 
não oficial. 
Essa comparação é importante para que possamos entender o teor do art. 275 
do CPP, o qual assevera que, ainda que não oficial, o perito irá se submeter à 
disciplina judiciária.
“Mas, professor, o que significa isso?”
Significa que o perito não oficial, a partir do momento em que é nomeado pelo 
juiz para atuar no processo como perito, ganha efetivo status de funcionário público!
“E qual é a consequência prática disso?”
A mais importante consequência prática do tratamento do perito não oficial 
como funcionário público é simples: ele passa a ser capaz de cometer os delitos 
contra a Administração Pública previstos no Código Penal, como se funcionário 
público fosse!
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Por fim, é relevante observar uma diferença importante entre o perito oficial e 
o perito não oficial:
Obrigações do Perito
Quando o perito é nomeado pela autoridade judiciária, ele é obrigado a aceitar 
o encargo, a não ser que possua uma justificativa para não o fazer. Essa regra se 
parece muito com a que se aplica ao defensor dativo – inclusive no que diz respeito 
à pena de multa para os que a descumprirem:
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
Além disso, note que ainda existem outras responsabilidades que devem ser 
observadas pelo perito, sob risco de incorrer na mesma multa do art. 277. Tais 
responsabilidades estão previstas no parágrafo único do mesmo artigo, o qual se 
recomenda a leitura:
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Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada 
imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabele-
cidos.
Condução Coercitiva
Embora, na prática, tal decisão seja pouquíssimo usual, o CPP prevê inclusive a 
possibilidade de que o juiz determine a condução coercitiva do perito que deixar de 
comparecer sem justa causa, nos moldes do art. 278 do CPP:
Art. 278. No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade 
poderá determinar a sua condução.
Impossibilidade de atuação como perito:
Temos, a seguir, três incisos do art. 279 que merecem ser lidos, tratando daque-
les que não podem atuar como peritos no processo. 
Art. 279. Não poderão ser peritos:
I – os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 
69 do Código Penal;
II – os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre 
o objeto da perícia;
III – os analfabetos e os menores de 21 anos.
O CPP disponível no site da presidência (www.planalto.gov.br) está com o texto do 
art. 279 desatualizado. No inciso I, onde se lê “interdição de direito”, mencionada 
nos incisos de I a IV do art. 69, na verdade, se refere ao artigo 47 do CP, que trata 
da interdição temporária de direitos!
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Suspeição dos Peritos
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição 
dos juízes.
O art. 280 apresenta a previsão de extensão, no que for aplicável, das suspei-
ções dos juízes aos peritos. Aqui, no entanto, ao contrário do que ocorre com os 
demais serventuários da justiça, a doutrina entende que tal equiparação é impor-
tante, visto que o laudo pericial possui grande influência na decisão a ser tomada 
pelo magistrado.
Equiparação Perito x Intérprete
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos.
Por fim, o art. 281 apresenta a equiparação entre peritos e intérpretes. Intér-
prete é um auxiliar da justiça responsável por tradução de idiomas estrangeiros 
ou linguagens específicas (tal como a linguagem de sinais, por exemplo), quando 
necessário. 
Nesse sentido, note que sua função também é de grande importância nos pro-
cessos envolvendo indivíduos que falam apenas outros idiomas ou linguagens, de 
modo que o legislador entendeu ser necessário equipará-los aos peritos em seu 
compromisso de bem desempenhar sua função.
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RESUMO
Sujeitos Processuais:
Juiz:
• Exerce a jurisdição.
• Deve decidir de forma imparcial.
Princípios Relacionados:
Princípio do impulso oficial: juiz deve prover a regularidade do andamento do 
processo penal.
Princípio da identidade física do juiz: o juiz que colhe as provas (atua na instru-
ção) deve ser o mesmo que prolata a sentença.
Causas de Impedimento:
• tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão 
do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
• ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como 
testemunha;
• tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a questão;
• ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado 
no feito.
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Causas de Suspeição:
• se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
• se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a pro-
cesso por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
• se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser jul-
gado por qualquer das partes;
• se tiver aconselhado qualquer das partes;
• se for credor ou devedor,tutor ou curador, de qualquer das partes;
• se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Suspeição x Impedimento:
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Ministério Público:
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis.
• É o titular da ação penal pública.
• Deve atuar com imparcialidade, assim como o magistrado.
Impedimento e Suspeição do Membro do MP:
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz 
ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha 
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que lhes for 
aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.
Princípio do Promotor Natural:
• Princípio Implícito.
• Trata de princípio que vela pela imparcialidade, ao determinar que o indivíduo 
seja acusado por um órgão imparcial, e não por um órgão escolhido especifi-
camente para o seu caso.
Acusado:
É o indivíduo contra o qual ocorreu o recebimento de uma denúncia.
• Não pode se atribuir nome falso ou omitir sua identidade.
• No entanto, pode calar-se sobre os fatos e mentir sobre eles.
• Pode ser conduzido coercitivamente.
• Não pode ser julgado ou processado sem defensor.
• Sua defesa técnica só pode ser realizada por profissional qualificado (advo-
gado).
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Curador:
• A previsão do art. 262 do CPP perdeu a razão de ser, pois as maioridades civil 
e penal encontram-se atualmente no mesmo patamar (18 anos).
Defensor:
Responsável pela Defesa Técnica do Acusado.
• Juiz deve nomear um defensor caso não exista defensoria pública na comarca 
e o acusado não possa custear sua própria defesa técnica.
• Defensor dativo (nomeado pelo juiz) é obrigado a defender o acusado, a não 
ser que apresente uma justificativa relevante, sob pena de multa.
• Defensor é a nomenclatura do CPP para o advogado nomeado pelo juiz. Pro-
curador é o advogado constituído pela própria parte.
• O defensor deve agir no interesse de beneficiar seu cliente, o que não o impe-
de de pedir a condenação deste último, caso tal pedido o beneficie de alguma 
forma.
Assistente de Acusação:
É o ofendido que atua em conjunto com o MP em determinados casos.
• Possibilidade de atuação em casos de delitos que ensejem reparação cível, ou 
quando o ofendido possuir interesse em agravar a pena do acusado.
• Corréu não pode ser assistente de acusação do MP.
• Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às 
testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e ar-
razoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio (art. 
271 do CPP).
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Serventuários da Justiça:
São os demais servidores do poder judiciário.
• Segundo o CPP, as prescrições de suspeição dos magistrados se estendem a 
eles, no que forem aplicáveis.
Peritos e Intérpretes:
• O perito é um especialista de um determinado campo, que auxilia o juiz em 
matérias que fogem à sua expertise.
• O intérprete é um especialista em algum idioma ou linguagem, que auxilia 
nos casos em que tal conhecimento seja necessário para o andamento do 
processo.
• O perito está classificado como oficial e não oficial.
• O perito pode ser conduzido coercitivamente se necessário for, e multado 
(assim como o defensor dativo), se não cumprir injustificadamente com seus 
deveres no curso do processo.
• Os casos de suspeição dos juízes, no que for aplicável, se estendem aos pe-
ritos, por conta de sua influência nas decisões que podem vir a ser tomadas 
pelo magistrado.
• O CPP prevê a equiparação entre peritos e intérpretes.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE) Nos exatos termos do art. 253 do CPP, nos juízos 
coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si pa-
rentes,
a) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o quarto grau, inclusive.
b) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, 
bem como amigos íntimos.
c) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, 
bem como amigos íntimos ou inimigos capitais.
d) consanguíneos, excluídos os parentes afins.
e) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. 
2. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE) Determina o art. 261 do CPP que
a) nenhum acusado, com exceção do foragido, será processado ou julgado sem 
defensor.
b) salvo nos processos contravencionais e nos de rito sumaríssimo, nenhum acu-
sado será processado ou julgado sem defensor.
c) salvo nos casos de força maior, nenhum acusado, ainda que ausente ou foragi-
do, será processado ou julgado sem defensor.
d) nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado 
sem defensor.
e) nenhum acusado, com exceção do revel, será processado ou julgado sem de-
fensor.
3. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE) Ao Ministério Público compete, de acordo com o 
art. 257 do CPP, fiscalizar a execução da lei e promo ver, privativamente, a ação penal
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a) pública.
b) pública incondicionada, e manifestar- se como custos legis, nas ações penais 
públicas condi cionadas.
c) privada, quando houver representação da vítima
d) pública condicionada, e manifestar -se como custos legis, nas ações penais pú-
blicas incondicionadas.
e) pública e, quando houver representação da vítima, promover em seu nome a 
ação penal privada
4. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE) Nos termos do art. 252 do CPP, o juiz não poderá 
exercer jurisdição no processo em que
a) ele próprio ou seu cônjuge ou seu irmão for amigo íntimo de qualquer daspartes.
b) for parte entidade associativa ou de classe da qual faça ou tenha feito parte.
c) seu amigo íntimo for credor ou devedor, tutor ou curador de qualquer das partes.
d) tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a questão.
e) ele próprio ou seu cônjuge ou parente em linha reta ou colateral até o terceiro 
grau tiver servido como testemunha.
5. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE) “Nenhum acusado,__________________, será 
processado ou julgado sem defensor.” 
Assinale a alternativa que preenche, adequada e completamente, a lacuna, nos 
termos do art. 261 do CPP
a) com exceção do foragido
b) com exceção do ausente ou foragido
c) com exceção do ausente
d) ainda que ausente
e) ainda que ausente ou foragido
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6. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ SUBSTITUTO) No processo penal, o perito
a) deve prestar compromisso para cada trabalho, ainda que seja perito oficial.
b) deve, quando trabalha em dupla, chegar a um consenso com seu colega acerca 
do objeto da perícia, não podendo apresentar laudo divergente em separado.
c) pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada sua condução 
coercitiva.
d) pode ser considerado suspeito, mas nunca impedido.
7. (VUNESP/PC-SP/PERITO CRIMINAL) Em face do tema “Dos peritos e intérpre-
tes”, assinale a alternativa correta.
a) No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade pode-
rá determinar a sua condução.
b) Apenas o perito não oficial estará sujeito à disciplina judiciária.
c) As partes poderão intervir na nomeação do perito.
d) O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena 
de multa, ainda que haja escusa atendível.
e) Não poderão ser peritos os menores de 25 anos.
8. (VUNESP/MPE-ES/PROMOTOR) Na ação penal pública, o assistente do Ministério 
Público poderá:
a) substituir o promotor de justiça no plenário do júri.
b) habilitar-se para atuar no plenário do júri no momento da sessão de julgamento.
c) propor meios de prova, perguntar às testemunhas, participar do debate oral e 
até mesmo arrazoar recursos.
d) intervir desde o inquérito policial.
e) ser admitido na causa enquanto não passar em julgado a sentença, podendo 
manifestar-se inclusive sobre atos anteriores da instrução processual, que poderão 
ser repetidos se necessário.
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9. (VUNESP/PC-SP/PERITO CRIMINAL) Sobre os peritos e intérpretes, o Código de 
Processo Penal dispõe que
a) as partes não podem intervir na nomeação do perito.
b) os peritos oficiais estão sujeitos à disciplina judiciária, enquanto os peritos não 
oficiais sujeitam-se apenas em determinados casos previstos em legislação própria.
c) os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente so-
bre o objeto da perícia poderão servir como peritos.
d) o perito nomeado pela autoridade poderá ou não aceitar o encargo, indepen-
dentemente de declaração de motivo.
e) os intérpretes não são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos.
10. (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Nos termos do art. 257 do CPP cabe, 
ao Ministério Público,
I. promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida no CPP; 
II. buscar a condenação dos indiciados em inquérito policial; 
III. fiscalizar a execução da lei.
É correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.
e) I, apenas.
11. (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O CPP (art. 261) admite que seja o 
acusado processado ou julgado sem defensor?
a) Sim, apenas o foragido.
b) Não.
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c) Sim, o foragido, o ausente e o revel.
d) Sim, apenas o ausente.
e) Sim, apenas o revel.
12. (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Se por ocasião do interrogatório o acu-
sado indica seu defensor (advogado), o qual não traz por escrito o instrumento de 
mandato (procuração),
a) deverá o juiz nomear defensor público ao acusado.
b) referida constituição é válida, não sendo necessária outra providência de regu-
larização.
c) deverá o advogado providenciar a juntada do instrumento de mandato no pró-
ximo ato processual que realizar.
d) deverá o juiz conceder prazo de 2 (dois) dias, a fim de que a representação 
processual seja regularizada.
e) deverá o juiz declarar o acusado indefeso, intimando-o a indicar por escrito 
novo defensor no prazo de 2 (dois) dias.
13. (VUNESP/TJ-SP/OFICIAL DE JUSTIÇA) Considere as afirmações no que tange 
ao perito. 
I. Não cabe às partes intervir na nomeação do perito. 
II. Todo perito, ainda que não oficial, está sujeito à disciplina judiciária. 
III. Os analfabetos podem ser peritos, desde que comprovado seu notório saber 
jurídico. 
Está correto apenas o contido em
a) I e II.
b) I e III.
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c) I.
d) II.
e) III.
14. (FCC/TRE-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO) Manoel e Joaquim estão sendo proces-
sados acusados da prática de crime de concussão contra a vítima José. No curso 
da ação penal, José pretende intervir como Assistente do Ministério Público, assim 
como o corréu Joaquim. Nos termos preconizados pelo Código de Processo Penal,
a) o despacho que não admitir o assistente é recorrível através de recurso em sen-
tido estrito.
b) o corréu não poderá intervir como assistente do Ministério Público.
c) o assistente será admitido enquanto não for prolatada a sentença em primeiro 
grau e receberá a causa no estado em que se achar.
d) o Ministério Público não será ouvido previamente sobre a admissão do assistente.
e) ao assistente não é permitido propor meios de prova.
15. (FCC/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO) O intérprete não poderá atuar na ação 
penal em que
a) o juiz tiver conhecimento do idioma do acusado.
b) tiver funcionado como intérprete durante a lavratura do auto de prisão em fla-
grante delito.
c) a parte não concordar com a sua nomeação.
d) o Ministério Público não for ouvido sobre a sua nomeação.
e) tiver prestado depoimento no processo.
16. (FCC/TRF 4ª REGIÃO/TÉCNICO) Tendo em conta a disciplina do Código de Pro-
cesso Penal em relação ao juiz, Ministério Público, acusado e defensor, assistentes 
e auxiliares da Justiça,
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a) o juiz poderá exercer jurisdição no processo em que parente colateral de tercei-
ro grau for parte no feito.
b) a defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre 
exercida através de manifestação fundamentada.
c) o corréu no mesmo processo poderá intervir como assistente do Ministério 
Público.
d) as partes poderão intervir na nomeação do perito.
e) da decisão que não admitir o assistente do Ministério Público cabe apelação.
17. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Aurea, vítima do delito de tráfico 
internacional de pessoa para fim de exploração sexual, foi admitida como assisten-
te de acusação no curso de ação penal. Nesta qualidade, NÃO poderá.
a) recorrer da sentença absolutória se o Ministério Público não o fizer. 
b) requerer perguntas às testemunhas, no curso da instrução processual. 
c) aditar a denúncia formulada pelo Ministério Público. 
d) indicar assistente técnico. 
e) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público.
18. (FCC/TRF – 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO) Aos auxiliares da justiça (pe-
ritos e intérpretes) NÃO são aplicáveis as regras previstas no Código de Processo 
Penal relativas a 
a) suspeição e impedimento. 
b) prisão em flagrante. 
c) crimes de responsabilidade de funcionários públicos. 
d) exceção de incompetência. 
e) nulidades.
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19. (FCC/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) O juiz dar-se-á por suspeito se 
a) tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do 
Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.
b) ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como 
testemunha.
c) tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de 
direito, sobre a questão.
d) ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
e) ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia.
20. (FCC/TRF 2ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O juiz poderá exercer a jurisdição 
no processo em que seu cônjuge tiver funcionado como 
a) perito.
b) advogado.
c) autoridade policial.
d) auxiliar da justiça.
e) testemunha.
21. (FCC/TRF2/TÉCNICO JUDICIÁRIO) No que concerne ao acusado e seu defensor, 
a) o acusado que não for pobre será obrigado a pagar os honorários do defensor 
dativo, arbitrados pelo juiz.
b) a audiência não poderá ser adiada, mesmo se o defensor constituído pelo acu-
sado não puder comparecer por motivo justificado provado até a abertura desta, 
devendo ser nomeado defensor dativo.
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c) a constituição de defensor só poderá ser feita através de instrumento de man-
dato outorgado pelo acusado.
d) o acusado só poderá substituir o defensor dativo nomeado pelo juiz por outro 
advogado de sua confiança após a sentença de primeira instância.
e) a impossibilidade de identificação do acusado, com seu verdadeiro nome ou 
outros qualificativos, impedirá, mesmo quando certa a identidade física, o ajuiza-
mento da ação penal.
22. (FCC/TRF2/TÉCNICO JUDICIÁRIO) É INCORRETO afirmar que o assistente do 
Ministério Público poderá 
a) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público.
b) participar do debate oral.
c) ser admitido a partir do recebimento da denúncia até a sentença de primeira 
instância.
d) propor meios de prova.
e) formular perguntas às testemunhas.
23. (FCC/TJ-PE/OFICIAL DE JUSTIÇA) Considere: 
I. Juiz. 
II. Acusado. 
III. Advogado. 
IV. Perito. 
V. Testemunha. 
NÃO integram a relação processual, dentre outras, as pessoas indicadas APENAS 
em
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a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) III, IV e V.
d) I e III.
e) IV e V.
24. (FCC/TRF1/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O acusado NÃO
a) é o sujeito passivo da pretensão punitiva.
b) é parte na relação processual.
c) será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal conde-
natória.
d) terá direito a defensor se estiver ausente ou foragido.
e) tem o direito de permanecer calado, cumprindo-lhe prestar todos os esclareci-
mentos solicitados pelo juiz.
25. (FCC/TCE-AP/PROCURADOR) No que concerne aos sujeitos processuais, é cor-
reto afirmar que
a) é suspeito o juiz que for amigo íntimo ou inimigo capital do defensor do acusado.
b) é cabível recurso em sentido estrito da decisão que não admite o assistente do 
Ministério Público.
c) ocorre suspeição do juiz, se este for administrador de sociedade interessada no 
processo.
d) poderá ser perito no processo aquele que tiver opinado anteriormente sobre o 
objeto da perícia, desde que tal ressalva conste do preâmbulo do laudo.
e) a defesa técnica, quando realizada por defensor público ou constituído, será 
sempre exercida através de manifestação fundamentada.
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26. (FCC/TJ-PI/ASSESSOR JURÍDICO) NÃO ocorre suspeição nos casos em que o juiz
a) for devedor de qualquer das partes.
b) for amigo íntimo ou inimigo capital do defensor do acusado.
c) estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso 
haja controvérsia.
d) tiver aconselhado qualquer das partes.
e) for administrador de sociedade interessada no processo.
27. (FCC/TRF4/ANALISTA JUDICIÁRIO) No que se refere aos assistentes, é certo que
a) caberá ao juiz decidir acerca da realização das provas propostas pelo assistente, 
independentemente da oitiva do Ministério Público.
b) a eles não será permitido arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público.
c) do despacho que admitir ou não o assistente caberá recurso em sentido estrito.
d) o Ministério Público não será ouvido sobre a admissão do assistente.
e) o assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e rece-
berá a causa no estado em que se

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