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ATIVIDADE PRÁTICA - A2
CURSO DE DIREITO
ALUNA: 
DISCIPLINA: Estágio de Prática Supervisionada Penal 
ANO/SEM: 2023/2
___________________________________________________________________
Exmo(a) Sr(a) Juiz(a) de Direito da 1° Vara Criminal da Comarca (...)/UF
Processo de n° (...)
Bryan (...), (...) nacionalidade, (...) estado civil, (...) profissão, inscrito no CPF sob nº (...), portador do RG nº (...), residentente e domiciliado no endereço (...), através de seu procurador e advogado, infra-assinado, com instrumento de mandato incluso, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar: 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro no Artigo 396 do Código de Processo Penal, pelas razões de direito e fato a seguir expostas: 
I. DOS FATOS: 
O acusado, Bryan, é um cidadão brasileiro, casado com Suellen e pai de dois filhos. Após dois anos desempregado, ele conseguiu um emprego e, com sua esposa, decidiu reformar a casa onde residem. Para efetuar a compra do material de construção, Suellen pediu ajuda à sua amiga de infância, Tássia, que emitiu seis cheques pós-datados para pagar as prestações do material. Uma semana após a compra, Tássia teve sua bolsa furtada, contendo seus documentos e o talão de cheques. Como medida preventiva, Tássia sustou todos os cheques, mas esqueceu de comunicar o acusado.
No mês seguinte, o primeiro cheque da transação comercial foi apresentado ao banco, não sendo compensado, e o empresário acusou Bryan de estelionato. O acusado, ao tomar conhecimento da situação, buscou um empréstimo bancário e pagou à vista o valor da compra no mesmo dia em que compareceu à Delegacia.
II. DO DIREITO:
A) Atipicidade da conduta pela ausência do dolo:
O crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, pressupõe a conduta dolosa do agente em obter vantagem ilícita, causando prejuízo a terceiros por meio de fraude. A fraude, nesse contexto, é a elementar essencial, uma vez que caracteriza o dolo específico do agente em lesar alguém.
No caso em análise, Bryan não agiu com o dolo de cometer o delito de estelionato. Ao tomar conhecimento da sustação dos cheques, ele imediatamente tomou providências para resolver a situação. Tomou um empréstimo bancário e pagou à vista o valor da compra no mesmo dia em que compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos. Isso demonstra sua boa-fé e ausência de intenção criminosa.
Desse modo, a súmula 246 do Supremo Tribunal Federal estabelece que: “Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos.” 
Em virtude da ausência de fraude na emissão dos cheques sem fundos por parte de Bryan, e considerando a súmula consolidada pelo Supremo Tribunal Federal, a tese da atipicidade da conduta em relação ao crime de estelionato é juridicamente justificada. O acusado não agiu com o dolo específico de fraude, e, portanto, não pode ser responsabilizado pelo crime em questão.
B) Atipicidade da conduta pelo pagamento:
A jurisprudência e a doutrina são unânimes ao reconhecer que o pagamento efetuado pelo acusado antes do recebimento da denúncia é um fator determinante para a atipicidade da conduta. Isso ocorre porque o pagamento, por si só, demonstra a boa-fé do agente, sua intenção de reparar qualquer prejuízo causado e a ausência do dolo específico do estelionato.
A Súmula 554 do Supremo Tribunal Federal estabelece que o pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal. 
A aplicação da já mencionada súmula no presente caso deve ser interpretada com respeito às circunstâncias específicas do processo. A jurisprudência e a doutrina amplamente reconhecem que o pagamento antes do recebimento da denúncia é um fator determinante para a atipicidade da conduta. O pagamento realizado por Bryan demonstra sua boa-fé e intenção de reparar qualquer possível prejuízo causado, sendo incompatível com a configuração do estelionato.
III. DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:
A) A improcedência da acusação e, consequentemente, a absolvição sumária do acusado, com base no artigo 397, III, do Código de Processo Penal;
B) Subsidiariamente, caso não seja acolhida a absolvição sumária, a produção de todas as provas necessárias para a elucidação dos fatos;
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Local (...), dia (...), mês (...) e ano (...). 
Advogado (...)
OAB (...) 
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