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1 Análise do Oscilador Mass-Mola, do Pêndulo Simples e do Pêndulo Físico Sumário 1. Objetivos: ............................................................................................................. 2 2. Introdução: ............................................................................................................ 3 3. Materiais Utilizados: ............................................................................................ 4 4. Procedimento Experimental: ................................................................................ 5 5. Resultados: ........................................................................................................... 8 i. Tabelas ii. Gráficos iii. Cálculos 6. Análises e Conclusões: ....................................................................................... 16 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: .............................................................. 17 2 Objetivos: Os objetivos da realização destes experimentos são que ao final do experimento deveremos ser capazes de: Para o Oscilador Massa-Mola: Reconhecer o MHS executado pelo oscilador massa-mola como o movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional à elongação da mola; Determinar, pelo processo dinâmico, a constante elástica k da mola helicoidal. Para o Pêndulo Simples: Reconhecer o MHS executado pelo pêndulo simples como o movimento de um ponto material sujeito à ação de uma força restauradora proporcional ao seu deslocamento angular; Determinar as relações entre o período da oscilação e: 1 – a amplitude da oscilação, 2 – a massa pendurada, 3 – o comprimento da corda; Determinar o valor da gravidade local por meio da medida do comprimento do fio e do período de oscilação. Para o Pêndulo Físico: Reconhecer o MHS executado pela régua com seu movimento de um corpo extenso sujeito à ação de um torque restaurador proporcional ao seu deslocamento angular e ao momento de inércia com relação ao eixo de giro; Determinar, pelo processo dinâmico, o valor de momentos de inércia com relação a diferentes eixos de giro. 3 Introduçã o: Os movimentos harmônicos simples estão presentes em vários aspectos de nossas vidas, como nos movimentos do pêndulo de um relógio, de uma corda de violão ou de uma mola. Esses mecanismos realizam movimentos de “vai e vem” em torno de uma posição de equilíbrio, sendo caracterizados por um período e por uma frequência. Um movimento é dito oscilatório ou vibratório quando o móvel se desloca periodicamente sobre uma mesma trajetória, indo e vindo de um lado para outro em relação a uma posição média de equilíbrio. Essa posição é o ponto sobre a trajetória, para o qual a resultante das forças que agem sobre o móvel, quando o mesmo passa, é nula. O Pêndulo Simples é composto de uma partícula suspensa em uma das extremidades de um fio de massa desprezível e com a outra extremidade fixa. A massa oscila no plano tendendo a voltar sempre à posição de equilíbrio (Onde o pêndulo ficaria em repouso se não estivesse oscilando) devido a uma força restauradora que é a decomposição da força peso relativa ao eixo x. Neste experimento será verificado que em um sistema massa-mola, o período de oscilação depende da massa do corpo suspenso. Serão medidas grandezas físicas diretas e, a partir de gráficos, serão determinadas outras grandezas. Contudo, será analisado o comportamento de um sistema massa-mola suspenso e dos pêndulos simples e físico. 4 Mãteriãis Utilizãdos: Para a execução do experimento, foi necessária a utilização dos seguintes materiais: 01 Sistema de sustentação principal Arete formado por tripé triangular, haste, sapatas niveladoras; Painel com fixação integrada; 02 Massas pendulares de mesmo volume e massas diferentes; 01 Cronômetro; 01 Mola helicoidal; 01 Conjunto de três massas acopláveis de (50 ± 1)g cada; 01 Gancho lastro de massa (8 ± 1)g; 01 Trena 01 Transferidor de 180° 01 Régua milimetrada com dois orifícios (o maior na extremidade e o menor na posição 4,0 cm da escala) 5 Procedimento Experimentãl: Parte 1: Monta-se o conjunto (conforme a Figura 1), dependurando a mola, o gancho e as três massas acopláveis, puxa-se o gancho lastro 10 mm além da posição de equilíbrio e o solta novamente, repetindo o processo três vezes, para assim encontrar a media do tempo de 10 oscilações. Pondo o sistema para oscilar novamente, mede-se o intervalo de tempo que ele leva para executar 10 oscilações completas. Agora refazendo a medida anterior pendurando apenas duas massas no gancho lastro e, na sequência, pendurando somente uma massa. Completa-se a Tabela 1. Com os dados obtidos na Tabela 1, foi feito um gráfico do período versus massa pendurada na mola (segue em anexo o Gráfico 1) que ilustra o comportamento do MHS com o acréscimo das massas. Figura 1: Sistema Massa-Mola Parte 2: Foi montado o experimento (conforme a Figura 2) com o prumo de maior massa, ajustando o pêndulo para 20,0cm do centro de massa do prumo até o topo do sistema de sustentação. Fez-se o deslocamento de 5° da sua posição de equilíbrio e assim determinou-se o intervalo de tempo em que o pêndulo leva para realizar 10 oscilações completas, reproduzindo-se o processo três vezes para assim, encontrar a média do mesmo. Encontrando assim, o período (T= t/n), onde t é o intervalo de tempo 6 das oscilações completas e n o número de oscilações completas. Refez-se o experimento para as amplitudes de 10°, 15° e 20°. Preenchendo assim, a Tabela 2. Com o prumo de menor massa o pêndulo foi deslocado com uma pequena amplitude (≤5º), no caso, utilizou-se 4º e 5º, encontrando o tempo de 10 oscilações completas. Utilizando dessa informação definiu o período e a frequência. Preenchendo assim, a Tabela 3. Com o prumo de maior massa, variou-se o comprimento do pêndulo em 20, 40, 60, 80, 100 cm e o ângulo em 10º, mediu o tempo de 10 oscilações, repetindo o procedimento 3 vezes, em cada comprimento, para assim encontrar a média. Utilizando essa informação encontrou-se o período e a frequência. Completando-se a Tabela 4. Figura 2: Pêndulo Simples Parte 3: Montou-se o experimento (conforme a Figura 3) com a régua fixada em um ponto fora do centro de massa. Essa foi deslocada em 5° da sua posição de equilíbrio e assim determinou-se o intervalo de tempo em que o pêndulo leva para realizar 10 oscilações completas, repetindo o procedimento para assim encontrar a media e a partir dela encontrar o período (𝑇 = 𝑡 𝑛 ), onde t é o intervalo de tempo das oscilações completas e n o número de oscilações completas. Realizou-se o experimento para as distâncias 18,3 cm e 9,3 cm do centro de massa. Preenchendo assim a Tabela 5. 7 Figura 3: Pêndulo Físico 8 Resultãdos: i. Tabelas: OSCILADOR MASSA-MOLA Massa(g) 1º Tempo de 10 oscilações (s) 2º Tempo de 10 oscilações (s) 3º Tempo de 10 oscilações (s) Media (s) Desvio Padrão (s) Periodo (s) Frequência (Hz) 1 58 3,84 2,94 3,68 3,49 0,48 0,349 2,86 2 108 4,4 3,84 3,94 4,06 0,30 0,406 2,46 3 158 4,32 4,15 4,35 4,27 0,11 0,427 2,34 Tabela 1: Oscilador Massa-Mola. Pêndulo Simples: maior massa Deslocamento inicial (º) 1º Tempo de 10 oscilações (s) 2º Tempo de 10 oscilações (s) 3º Tempo de 10 oscilações (s) Média (s) Desvio Padão (s) Periodos (s) Frequência (Hz) 1 5 8,28 8,28 8,78 8,45 0,29 0,845 1,18 2 10 8,31 9,30 8,82 8,81 0,50 0,881 1,13 3 15 8,75 8,73 8,87 8,78 0,08 0,878 1,14 4 20 8,88 9,90 8,88 9,22 0,59 0,922 1,08 Tabela 2: Pêndulo Simples com maior massa. Pêndulo Simples: menor massa Deslocamento inicial (º) Tempode 10 oscilações (s) Período (s) Frequência (Hz) 4 8,69 0,869 1,15 5 8,78 0,878 1,14 Tabela 3: Pêndulo Simples com menor massa. 9 Pêndulo simples: variação do comprimento Comprimento do pêndulo (cm) 1º Tempo de 10 oscilações (s) 2º Tempo de 10 oscilações (s) 3º Tempo de 10 oscilações (s) Média (s) Desvio Padrão (s) Periodo (s) Frequência (Hz) 1 20 8,28 9,16 8,53 8,66 0,45 0,87 1,15 2 40 11,85 11,41 10,33 11,20 0,78 1,12 0,89 3 60 14,90 14,75 14,66 14,77 0,12 1,48 0,68 4 80 16,87 16,82 16,81 16,83 0,03 1,68 0,59 5 100 19,56 19,22 19,30 19,36 0,18 1,93 0,52 Tabela 4: Pêndulo Simples com variação do comprimento. Pêndulo Físico Distância do ponto O para o centro de massa (cm) 1º Tempo de 10 oscilações (s) 2º Tempo de 10 oscilações (s) 3º Tempo de 10 oscilações (s) Média (s) Desvio Padrão (s) Periodo (s) 1 18,3 9,16 8,97 8,97 9,03 0,11 0,903 2 9,3 8,18 8,84 8,53 8,52 0,33 0,852 Tabela 5: Pêndulo Físico 10 ii. Gráficos: Tabela 1: Gráfico 1: Período versus Massa. Tabela 2: Gráfico 2: Período versus Amplitude. 11 Gráfico 3: Frequência versus Amplitude. Tabela 4: Gráfico 4: Período versus Comprimento do Fio. 12 iii. Cálculos: Tabela 1: Massa 1: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 3,49 10 = 0,349 𝑠 𝐹 = 1 0,349 = 2,87 𝐻𝑧 𝜎 = √ (3,84 − 3,49)2 + (2,94 − 3,49)2 + (3,68 − 3,49)2 10,46 = 0,48 Massa 2: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 4,06 10 = 0,406 𝑠 𝐹 = 1 0,406 = 2,46 𝐻𝑧 𝜎 = √ (4,4 − 4,06)2 + (3,84 − 4,06)2 + (3,94 − 4,06)2 12,18 = 0,30 Massa 3: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 4,27 10 = 0,427 𝐹 = 1 0,427 = 2,34 𝐻𝑧 𝜎 = √ (4,32 − 4,27)2 + (4,15 − 4,27)2 + (4,35 − 4,27)2 12,82 = 0,11 Determinar o valor da constante elástica k graficamente. 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 ⇒ 𝑇2 =4𝜋2 ∙ 𝑚 𝑘 ⇒ 𝑘 = 4𝜋2 𝑇2 m Baseados na Tabela 1 e no Gráfico 1, podemos encontrar quatro pontos: P1 (0,058, 0,349) P2 (0,108, 0,406) P3 (0,158, 0,427) P1 ⇒ 𝑘 = 4𝜋2. 0,058 (0,349)2 ⇒ 𝑘 = 18,80 N/m P2 ⇒ 𝑘 = 4𝜋2. 0,108 (0,406)2 ⇒ 𝑘 = 25,87 N/m P3 ⇒ 𝑘 = 4𝜋2. 0,158 (0,427)2 ⇒ 𝑘 = 34,21 N/m Considerando o P1 como o melhor ponto do gráfico, temos que o valor da constante elástica obtida graficamente é k = 18,80 N/m. 13 Tabela 2: Deslocamento inicial 5°: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 8,45 10 = 0,845 𝑠 𝐹 = 1 0,845 = 1,18 𝐻𝑧 𝜎 = √ (8,28 − 8,45)2 + (8,28 − 8,45)2 + (8,78 − 8,45)2 25,34 = 0,29 Deslocamento inicial 10°: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 8,81 10 = 0,881 𝑠 𝐹 = 1 0,881 = 1,13 𝐻𝑧 𝜎 = √ (8,31 − 8,81)2 + (9,3 − 8,81)2 + (8,82 − 8,81)2 26,43 = 0,50 Deslocamento 15°: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 8,78 10 = 0,878 𝐹 = 1 0,878 = 1,14 𝐻𝑧 𝜎 = √ (8,75 − 8,78)2 + (8,78 − 8,78)2 + (8,87 − 8,78)2 26,4 = 0,08 Deslocamento 20°: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 9,22 10 = 0,922 𝐹 = 1 0,922 = 1,08 𝐻𝑧 𝜎 = √ (8,88 − 9,22)2 + (9,90 − 9,22)2 + (8,88 − 9,22)2 12,82 = 0,59 Tabela 3: Deslocamento inicial 4°: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 8,69 10 = 0,869 𝑠 𝐹 = 1 0,869 = 1,15 𝐻𝑧 Deslocamento inicial 5°: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 8,78 10 = 0,878 𝑠 𝐹 = 1 0,878 = 1,14𝐻𝑧 14 Tabela 4: Comprimento do pêndulo 20 cm: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 8,66 10 = 0,866 𝑠 𝐹 = 1 0,866 = 1,15 𝐻𝑧 Comprimento do pêndulo 40 cm: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 11,20 10 = 1,12 𝑠 𝐹 = 1 1,12 = 0,89 𝐻𝑧 Comprimento do pêndulo 60 cm: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 14,77 10 = 1,477 𝑠 𝐹 = 1 1,477 = 0,68𝐻𝑧 Comprimento do pêndulo 80 cm: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 16,83 10 = 1,683 𝑠 𝐹 = 1 1,683 = 0,59 𝐻𝑧 Comprimento do pêndulo 100 cm: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 19,36 10 = 1,936 𝑠 𝐹 = 1 1,936 = 0,52 𝐻𝑧 Cálculo da aceleração da gravidade no experimento. Utilizando o MMQ (Método dos Mínimos Quadrados), aplicamos a função logarítmica na função do período T = 2π√ l g , teremos assim que log T = log2π – 1 2 log g + 1 2 log 𝐿, onde log T = y e log L = x, usados na equação y = ax + b. Onde obtemos a, b por: a = 𝑛 ∑ (𝑥.𝑦) − ∑ 𝑥 ∑ 𝑦 𝑛 ∑ 𝑥² − (∑ 𝑥)² ; e b = ∑𝑦 ∑ 𝑥2− ∑𝑥 ∑ (𝑥.𝑦) 𝑛 ∑ 𝑥² − (∑ 𝑥)² b = log 2π - 1 2 log 𝑔; Temos: a = 0,485 e b = 0,263, substituindo b em b = log 2π - 1 2 log 𝑔, onde encontramos g = 12,370 m/s². Tabela 5: Medida 1: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 9,03 10 = 0,903 𝑠 15 Medida 2: 𝑇 = 𝑡 𝑛 = 8,52 10 = 0,852 𝑠 Valor de Inércia: 𝑇 = 2𝜋√ 𝐼 𝑚𝑔𝑑 , d1 𝐼 = 1,4 𝑋 10−3 d2 𝐼 = 5,76 𝑋 10−4 Os valores esperados para as distâncias eram: d1 𝐼 = 1,66 𝑋 10−3 d2 𝐼 = 3,6 𝑋 10−4 16 Anã lises e Concluso es: A partir da realização desse experimento foi possível comprovarmos na prática o que já havíamos estudado na teoria. Verificamos que as oscilações realizadas pelo sistema massa-mola, têm propriedades de um movimento harmônico simples, pois percebemos a existência de uma força restauradora proporcional à elongação da mola (no caso do oscilador massa- mola). Foi possível determinarmos, através de processos dinâmicos, a constante elástica k da mola helicoidal, a gravidade local e o valor de momentos de inércia com relação ao eixo de giro. Além de constatarmos que a frequência dos movimentos aqui tratados é inversamente proporcional ao período de oscilação. Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade. O período de um pêndulo simples é independe de sua massa ou da substância que a constitui. A análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um pêndulo simples descreve um MHS. O pêndulo físico não tem uma distribuição uniforme de massa. Ele consiste em um objeto que oscila em torno de um eixo de rotação perpendicular ao plano em que se movimenta. Para determinar o período de um pêndulo físico, é necessário considerar seu comprimento, massa e momento de inércia. 17 REFERE NCIAS BIBLIOGRA FICAS: HALLIDAY, David. RESNICK, Jearl Walker. Fundamentos da Física 2.8ª edição; tradução e revisão técnica: Ronaldo Sérgio de Biasi – Rio de Janeiro: LTC, 2009. TIPLER, P. A, Física: Mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica, vol1, 4 ed., Rio de Janeiro: LTC, 2000. YOUNG & FREEDMAN. Física II: Termodinâmica e Ondas. 10. ed. v.2. São Paulo: PEARSON ADDISON WESLEY, 2002.
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