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Tratamento de Dados Experimentais Prof. Vitoldo Swinka Filho Tratamento de Dados Experimentais Objetivos: Capacitar o mestrando a: coletar e organizar dados experimentais; analisar os dados e realizar tratamento estatístico; representar de forma coerente os resultados utilizando tabelas e gráficos. Ementa: Medidas de grandezas físicas. Conceitos básicos de metrologia (exatidão, precisão, resolução, etc) . Erros em medidas e propagação de erros. Tratamento estatístico de dados experimentais (média, moda, desvio padrão, assimetria, etc) . Representação gráfica de dados experimentais e ajuste de funções. Bibliografia Vuolo, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1992. Otaviano A. M. Helene Vito R. Vanin. Tratamento Estatístico de Dados em Física Experimental - 2ªEdição. Montgomery, D. C.; Runger, G. C.; Huber, N. F. Estatística aplicada à engenharia. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. Levine, D. C. et al. Estatística: Teoria e Aplicações. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. Tratamento de Dados Experimentais Conteúdo Programático: Aula 1 – 03/07/2021 - Vitoldo Conceitos de teoria de erros e metrologia; Expressão de dados experimentais; Aula 2 – 17/07/20210 – Vitoldo Propagação de erros e estatística de dados. Correlação e regressão linear; Linearização de gráficos. Aula 3 – 24/07/2021 - Vitoldo Correlação e regressão linear; Linearização de gráficos e exercícios de aplicação. Aula 4 – 31/07/2021 - Débora Síntese de dados quantitativos; Representação gráfica. Aula 5 – 07/08/2021 - Débora Medidas de tendência central e dispersão; Distribuições estatísticas e suas aplicações. Tratamento de Dados Experimentais GRANDEZA: Atributo de um fenômeno, corpo ou substância que pode ser qualitativamente distinguido e quantitativamente determinado. Exemplos: Temperatura, força, comprimento, volume, pressão, área, etc. GRANDEZA ESCALARES Número multiplicado por uma unidade de medida Massa m = 5,2 kg Distância d = 25 m GRANDEZAS VETORIAIS Número (módulo) multiplicado por uma unidade acrescido da informação de direção e sentido. Força NkjiF )ˆ15ˆ30ˆ50( NrF ).2,60( Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Metrologia UNIDADE DE MEDIDA: Grandeza específica, definida e adotada por convenção, com a qual outras grandezas de mesma natureza são comparadas para expressar suas magnitudes em relação àquela grandeza. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES - SI Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Metrologia Unidades Derivadas no SI Tratamento de Dados Experimentais Tratamento de Dados Experimentais P = 350.000.000 W = 350 MW Exemplos : L = 0,00254 m = 2,54 mm https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjt5pvllZXSAhUK1CYKHXrhBfYQjRwIBw&url=https://aprendabem.wordpress.com/2011/06/06/2-multiplos-e-submultiplos/&psig=AFQjCNFNC8Cm0zrjw0KQo20N04AyMtMNng&ust=1487353508092902 Tratamento de Dados Experimentais BIPM (Bureau Internacional de Pesos e Medidas) da 8ª edição internacional de 2006 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Metrologia MEDIÇÃO: conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza. PRINCÍPlO DE MEDIÇÃO: Base científica de uma medição. MÉTODO DE MEDIÇÃO: Sequência lógica de operações, descritas genericamente, usadas na execução das medições. PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO: Conjunto de operações, descritas especificamente, usadas na execução de medições particulares, de acordo com um dado método. MENSURANDO: Objeto da medição. Grandeza específica submetida à medição. RESULTADO DE UMA MEDIÇÃO: Valor atribuído a um mensurando obtido por medição (medida). Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Metrologia MEDIDA E ERRO Toda medida está sujeita à erro: • erro instrumental, • erro na aplicação do teste, • variabilidade do que está sendo medido. Para determinar corretamente um valor de uma grandeza é necessário então não só conhecer o resultado da medição mas também o erro associado. VALOR (DE UMA GRANDEZA): Expressão quantitativa de uma grandeza específica, geralmente sob a forma de uma unidade de medida multiplicada por um número. m = 5,2 kg Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Metrologia VALOR VERDADEIRO (DE UMA GRANDEZA): Valor consistente com a definição de uma dada grandeza específica. Idealmente, o objetivo de uma medição é determinar o valor verdadeiro de uma grandeza; Mas o resultado de uma medição é o valor observado; Devido ao erro no resultado da medição, o valor observado consiste no valor verdadeiro mais o valor do erro. • INCERTEZA DE MEDIÇÃO: Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentadamente atribuídos a um mensurando. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Metrologia TIPOS DE ERRO ERRO DE MEDIÇÃO: Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando. - ERRO ALEATÓRlO: Resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando efetuadas sob condições de repetitividade. - ERRO SISTEMÁTICO: Média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiylr2yyqfLAhWClJAKHaLaBv8QjRwIBw&url=http://www.calibracaoceime.com.br/erros-de-medicao-iv/&psig=AFQjCNEqCABrVfRCeBCNWUXTi7f-uLqoDw&ust=1457199402773360 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Metrologia EXATIDÃO (ACURÁCIA) DE MEDIÇÃO: Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro do mensurando. Exatidão é um conceito qualitativo. PRECISÃO DE MEDIÇÃO: Grau de concordância entre resultados de medição obtidos sob as mesmas condições (repetitividade). Precisão é um conceito qualitativo. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Expressão de Medições Experimentais A palavra incerteza, usada em medições, significa dúvida. Expressa a dúvida na validade do resultado de uma medição. Em geral, a incerteza consiste de vários componentes que podem ser agrupados em duas categorias gerais: a) os que podem ser avaliados com auxílio de métodos estatísticos; b) os que necessitam de outros meios. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Na tabela, o valor de u na expressão “ m ± u ” indica a incerteza da medida. O intervalo [m-u, m+u] é denominado intervalo de confiança e tem, em geral, uma probabilidade associada de que a medida m caia dentro da faixa de valores definida pelo intervalo. Qual medida concorda com o padrão ? Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Algarismos Significativos Denomina-se algarismo significativo o número de algarismos que compõe o valor de uma grandeza, excluindo eventuais os zeros à esquerda usados para acerto de unidades. Mas atenção: zeros à direita são significativos. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Diferentes medições de uma mesma grandeza, X com diferente número de algarismos significativos. O algarismo significativo mais a direta é denominado algarismo significativo duvidoso. É sobre ele que em geral incide nossa incerteza.Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros O NÚMERO DE ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS NO RESULTADO DE UMA MEDIÇÃO É DETERMINADO PELA SUA INCERTEZA CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Na leitura do comprimento do objeto AB, podemos afirmar com certeza que ele possui 8 cm exatos, mas a fração de 1 cm a mais dos 8 cm não podemos afirmar com certeza qual é. Esta fração não se pode medir, mas pode ser avaliada ou estimada pelo experimentador dentro de seus limites de percepção. 8,6 8,7 ou 8,8 ? - > (8,7 ± 0,2) cm Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros O NÚMERO DE ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS NO RESULTADO DE UMA MEDIÇÃO É DETERMINADO PELA SUA INCERTEZA CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Podemos afirmar que a metade da menor divisão da escala é uma estimativa da nossa incerteza: portanto tamanho do besouro: Tb = 1,55±0,05 (cm) Medindo o tamanho de um besouro. Uma vez decidido o que caracteriza o tamanho do besouro, qual das alternativas abaixo melhor caracteriza a medida do tamanho do besouro? a) Entre 0 e 1 cm b) Entre 1 e 2 cm c) Entre 1,5 e 1,6 cm d) Entre 1,54 e 1,56 cm e) Entre 1,546 e 1,547 cm Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Como expressar a incerteza no resultado de uma medição? Ou, posto de outra forma: quantos significativos devem ter a incerteza de uma medida? Usaremos a seguinte convenção: Podemos usar dois significativos para expressar a incerteza. Mas atenção: quando a incerteza for resultado de uma estimativa ou apenas indicativa, tal como: a metade da menor divisão de um instrumento; a variação do último dígito de um indicador digital, sugerimos usar apenas UM dígito significativo. Não tem sentido, por exemplo, expressar a incerteza de uma régua milimetrada com DOIS significativos (0,50mm), basta escrever 0,5 mm. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros EXPRESSÃO DO VALOR DE UMA GRANDEZA O resultado de uma medição pode ser expresso como um valor, seguido de sua incerteza, ambos multiplicados por uma potência de dez e a unidade de medida física correspondente: CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. por exemplo X = (1,34 ± 0,04) 102 km. Usar a mesma potência de dez tanto para o valor da grandeza como para sua incerteza; O número de algarismos significativos da incerteza é dado pela convenção (1 ou 2); O número de casas decimais no resultado de uma medição tem que ser o mesmo que na incerteza; Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Exercício 1: Medir e expressar os resultados: CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de Erros de Medidas Se M é função de x, y,z,....,t -> M(x,y,z,...,t) A incerteza de M pode ser determinada por: CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. ∆𝑀 = 𝜕𝑀 𝜕𝑥 . ∆𝑥 + 𝜕𝑀 𝜕𝑦 . ∆𝑦 + 𝜕𝑀 𝜕𝑧 . ∆𝑧 +..... + 𝜕𝑀 𝜕𝑡 . ∆𝑡 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: adição. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Sejam: Para a adição destas grandezas temos: Desvio 𝐴 = 𝑎 ± ∆𝑎 𝑆 = 𝐴 + 𝐵 = 𝑠 ± ∆𝑠 𝑠 = 𝑎 + 𝑏 ∆𝑠 = 𝜕𝑠 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕𝑠 𝜕𝑏 . ∆𝑏 𝐵 = 𝑏 ± ∆𝑏 ∆𝑠 = 𝜕 𝑎 + 𝑏 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕 𝑎 + 𝑏 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑠 = 𝜕𝑎 𝜕𝑎 + 𝜕𝑏 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕𝑎 𝜕𝑏 + 𝜕𝑏 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑠 = 1 + 0 . ∆𝑎 + 0 + 1 . ∆𝑏 ∆𝑠 = ∆𝑎 + ∆𝑏 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: subtração. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Sejam: Para a subtração destas grandezas temos: Desvio 𝐴 = 𝑎 ± ∆𝑎 𝐷 = 𝐴 − 𝐵 = 𝑑 ± ∆𝑑 𝑑 = 𝑎 − 𝑏 ∆𝑑 = 𝜕𝑑 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕𝑑 𝜕𝑏 . ∆𝑏 𝐵 = 𝑏 ± ∆𝑏 ∆𝑑 = 𝜕 𝑎 − 𝑏 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕 𝑎 − 𝑏 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑑 = 𝜕𝑎 𝜕𝑎 − 𝜕𝑏 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕𝑎 𝜕𝑏 − 𝜕𝑏 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑑 = 1 − 0 . ∆𝑎 + 0 − 1 . ∆𝑏 ∆𝑑 = ∆𝑎 + ∆𝑏 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: multiplicação. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Sejam: Para a multiplicação destas grandezas temos: Desvio 𝐴 = 𝑎 ± ∆𝑎 𝑀 = 𝐴. 𝐵 = 𝑚 ± ∆𝑚 𝑚 = 𝑎. 𝑏 ∆𝑚 = 𝜕𝑚 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕𝑚 𝜕𝑏 . ∆𝑏 𝐵 = 𝑏 ± ∆𝑏 ∆𝑚 = 𝜕 𝑎. 𝑏 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕 𝑎. 𝑏 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑚 = 𝑏. 𝜕𝑎 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝑎. 𝜕𝑏 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑚 = 𝑏. 1 . ∆𝑎 + 𝑎. 1 . ∆𝑏 ∆𝑚 𝑚 = 𝑏. ∆𝑎 𝑎. 𝑏 + 𝑎. ∆𝑏 𝑎. 𝑏 ∆𝑚 = 𝑏. ∆𝑎 + 𝑎. ∆𝑏 ÷ 𝑚 ∆𝑚 𝑚 = ∆𝑎 𝑎 + ∆𝑏 𝑏 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: divisão. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Sejam: Para a divisão destas grandezas temos: Desvio 𝐴 = 𝑎 ± ∆𝑎 𝑄 = 𝐴/𝐵 = 𝑞 ± ∆𝑞 𝑞 = 𝑎/𝑏 ∆𝑞 = 𝜕𝑞 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕𝑞 𝜕𝑏 . ∆𝑏 𝐵 = 𝑏 ± ∆𝑏 ∆𝑞 = 𝜕 𝑎/𝑏 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝜕 𝑎/𝑏 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑞 = 1 𝑏 . 𝜕𝑎 𝜕𝑎 . ∆𝑎 + 𝑎. 𝜕(𝑏−1) 𝜕𝑏 . ∆𝑏 ∆𝑞 = 1 𝑏 . 1 . ∆𝑎 + 𝑎. 𝑏−2 . ∆𝑏 ∆𝑞 𝑞 = ∆𝑎 𝑏 . 𝑏 𝑎 + 𝑎. ∆𝑏 𝑏2 . 𝑏 𝑎 ÷ 𝑞 ∆𝑞 𝑞 = ∆𝑎 𝑎 + ∆𝑏 𝑏 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: potenciação. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Seja: Para a potenciação desta grandeza temos: Desvio 𝐴 = 𝑎 ± ∆𝑎 𝑃 = 𝐴𝑛 = 𝑝 ± ∆𝑝 𝑝 = 𝑎𝑛 ∆𝑝 = 𝜕𝑝 𝜕𝑎 . ∆𝑎 ∆𝑝 = 𝜕 𝑎𝑛 𝜕𝑎 . ∆𝑎 ∆𝑝 = 𝑛. 𝑎 𝑛−1 . ∆𝑎 ÷ 𝑝 ∆𝑝 𝑝 = 𝑛. 𝑎 𝑛−1 𝑎𝑛 . ∆𝑎 ∆𝑝 𝑝 = 𝑛. ∆𝑎 𝑎 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: radiciação. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São PauloGuia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Seja: Para a radiciação desta grandeza temos: Desvio 𝐴 = 𝑎 ± ∆𝑎 𝑅 = 𝐴1/𝑛 = 𝑟 ± ∆𝑟 𝑟 = 𝑎1/𝑛 ∆𝑟 = 𝜕𝑟 𝜕𝑎 . ∆𝑎 ∆𝑟 = 𝜕 𝑎1/𝑛 𝜕𝑎 . ∆𝑎 ∆𝑟 = 1 𝑛 . 𝑎 1 𝑛−1 . ∆𝑎 ÷ 𝑟 ∆𝑟 𝑟 = 1 𝑛 . 𝑎 1 𝑛−1 𝑎1/𝑛 . ∆𝑎 ∆𝑟 𝑟 = 1 𝑛 . ∆𝑎 𝑎 𝑟 = 𝑎𝑛 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: RESUMO CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Operação Expressão Erro Soma 𝑆 = 𝐴 + 𝐵 ∆𝑠 = ∆𝑎 + ∆𝑏 Subtração 𝐷 = 𝐴 − 𝐵 ∆𝑑 = ∆𝑎 + ∆𝑏 Multiplicação 𝑀 = 𝐴. 𝐵 ∆𝑚 𝑚 = ∆𝑎 𝑎 + ∆𝑏 𝑏 Divisão 𝑄 = 𝐴/𝐵 ∆𝑞 𝑞 = ∆𝑎 𝑎 + ∆𝑏 𝑏 Potenciação 𝑃 = 𝐴𝑛 ∆𝑝 𝑝 = 𝑛. ∆𝑎 𝑎 Radiciação 𝑅 = 𝐴1/𝑛 ∆𝑟 𝑟 = 1 𝑛 . ∆𝑎 𝑎 Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de desvios: Exemplo Um objeto se desloca numa distância X num tempo de T segundos. Determine a velocidade média desenvolvida no percurso. Dados: X = 5,33 ± 0,01 𝑚 T = 3,2 ± 0,1 𝑠 X = 𝑥 ± ∆𝑥 T = 𝑡 ± ∆𝑡 Calculando a velocidade: 𝑣 = 𝑥 𝑡 Calculando o erro da velocidade: ∆𝑣 𝑣 = ∆𝑥 𝑥 + ∆𝑡 𝑡 ∆𝑣 = 𝑣. ∆𝑥 𝑥 + ∆𝑡 𝑡 ∆𝑣 = 1,665625. 0,01 5,33 + 0,1 3,2 𝑣 = 5,33 3,2 𝑣 = 1,665625 𝑚/𝑠 ∆𝑣 = 0,0551757813 Regra -> Dois algarismos significativos ∆𝑣 = 0,055 𝑚/𝑠 𝑣 = 1,666 𝑚/𝑠 𝐕 = 𝟏, 𝟔𝟔𝟔 ± 𝟎, 𝟎𝟓𝟓 𝒎/𝒔 Resultado: Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Exercício 2: Cálculo de grandezas com propagação de erros: CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Estatística de um conjunto de medidas a média é a melhor estimativa do valor mais provável de um conjunto de medidas CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Estatística de um conjunto de medidas O desvio padrão é utilizado para avaliar a dispersão das medias. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Estatística de um conjunto de medidas Incerteza Combinada Incerteza do instrumento de medição Incerteza do processo de medição Incerteza Combinada CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. 22 imc e c m ie Exercício Prático 3: Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de Incertezas CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Propagação de erros CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais Representação de incertezas em gráficos – barra de erros CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais - Representação em forma de gráficos Barra de erros – nas duas variáveis Tratamento de Dados Experimentais - Representação em forma de gráficos Barra de erros – erro proporcional ao valor da medida Tratamento de Dados Experimentais - Representação em forma de gráficos Barra de erros – erro constante Tratamento de Dados Experimentais - Representação em forma de gráficos Barra de erros – característico de cada medida Tratamento de Dados Experimentais - Conceitos de Teoria de Erros Exercício 4 Determinar a densidade da amostra cilíndrica. Elaborar Relatório Técnico 1 com os resultados. Medição Massa (g) Diâmetro (mm) Altura (mm) 1 9,94 29,9 12,0 2 9,93 30,1 12,0 3 9,94 29,9 11,9 4 9,93 30,0 11,9 5 9,93 30,0 12,1 6 9,92 29,9 12,0 7 9,92 30,0 12,0 8 9,92 30,1 12,0 9 9,92 29,9 12,0 10 9,92 29,9 12,0 Anotações das medidas Materiais: • Amostra cilíndrica de material elastômero • Paquímetro digital – Resolução 0,1 mm • Balança Digital – Resolução 0,01 g Tratamento de Dados Experimentais - Relação Linear coeficiente angular bxaY . tg x y a 0 xbY coeficiente linear Tratamento de Dados Experimentais - Interpolação de Dados em Tabelas CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Qual é a pressão de vapor a 90oC? Tratamento de Dados Experimentais - Interpolação de Dados em Tabelas CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. tan (𝛼) = 𝑦1 − 𝑦0 𝑥1 − 𝑥0 tan (𝛼) = 𝑦𝑖 − 𝑦0 𝑥𝑖 − 𝑥0 Triângulo maior Triângulo menor 𝑦1 − 𝑦0 𝑥1 − 𝑥0 = 𝑦𝑖 − 𝑦0 𝑥𝑖 − 𝑥0 𝑦𝑖 − 𝑦0 = 𝑥𝑖 − 𝑥0 . 𝑦1 − 𝑦0 𝑥1 − 𝑥0 𝑦𝑖 = 𝑦0 + 𝑥𝑖 − 𝑥0 . 𝑦1 − 𝑦0 𝑥1 − 𝑥0 Igualando 𝛼 Colocando 𝑦𝑖 em função de 𝑥𝑖 Tratamento de Dados Experimentais - Interpolação de Dados em Tabelas CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Exercício Prático 5 Tratamento de Dados Experimentais - Correlação Linear Quando duas variáveis estão ligadas por uma relação estatística diz-se que existe uma correlação entre elas. Tratamento de Dados Experimentais - Coeficiente de correlação linear Para avaliar o grau de correlação linear entre duas variáveis, ou seja, medir o grau de ajustamento dos valores em torno de uma reta, usaremos o coeficiente de correlação de Pearson. 2222 . yynxxn yxxyn r onde n é o número de observações. O valor do coeficiente de correlação r sempre deverá estar entre -1 e +1. Geralmente multiplicamos o valor encontrado por 100%, dando a resposta em porcentagem. Se r=+1 – correlação perfeita e positiva; r=-1 – correlação perfeita e negativa; r=0 – ou não há correlação ou a relação é não-linear. Para podermos tirar algumas conclusões significativassobre o comportamento simultâneo das variáveis analisadas, então 0,6 r 1. Se 0,3 r 0,6 a correlação é relativamente fraca; se 0 r 0,3 nada podemos concluir. Exemplo: Em oito cidades brasileiras foi feita uma pesquisa para saber se as pessoas que morriam de câncer de pulmão eram fumantes ou não. Obteve-se, durante o período da pesquisa, os seguintes dados: Cidade n de mortes por câncer de pulmão n de fumantes entre os mortos por câncer de pulmão A 12 9 B 27 20 C 14 10 D 18 15 E 31 24 F 24 19 G 35 30 H 10 8 Tratamento de Dados Experimentais - Coeficiente de correlação linear Diagrama de dispersão X Y X.Y X2 Y2 9 12 108 81 144 20 27 540 400 729 10 14 140 100 196 15 18 270 225 324 24 31 744 576 961 19 24 456 361 576 30 35 1050 900 1225 8 10 80 64 100 135 171 3388 2707 4255 99,0 17142558.13527078 17113533888 22 xx xx r Calculando: Logo, Correlação forte • Tratamento de Dados Experimentais - Coeficiente de correlação linear 2222 . yynxxn yxxyn r Tratamento de Dados Experimentais - Coeficiente de correlação linear Exercício Prático 6 Tratamento de Dados Experimentais - Regressão Linear Considerando que a relação entre as variáveis x e y é linear a regressão linear é utilizada para encontrar a equação da reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais. Método dos Mínimos Quadrados 22. ... xxn yxyxn a bxaYc . n xay b . mínimoyy ci 2 Tratamento de Dados Experimentais - Regressão Linear Exercício Prático 7 Ajustar a reta aos dados experimentais. Tratamento de Dados Experimentais - Regressão Linear Exercício Prático 8 Determinar a densidade de um líquido. Elaborar Relatório Técnico 2 com os resultados. Volume Massa (ml) (g) 20 74,29 30 81,92 40 93,85 50 101,46 60 111,83 70 120,10 80 129,47 • Becker de 100 ml • Balança Digital – Resolução 0,01 g • Óleo de silicone Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos Conhecemos a função que rege o comportamento do fenômeno BXAYc . 2.xky Realizamos uma mudança de variável zx 2 Encontramos a equação da reta utilizando a regressão linear zky . yYc zX kA 0B Potência conhecida Constante desconhecida Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS - Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks Instituto de Física da Universidade de São Paulo Guia para Expressão da Incerteza de Medição, ABNT, INMETRO, SBM, Rio de Janeiro, Ed. Revisada 1998”. Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos e Regressão Linear Exercício Prático 9 Linearizar e ajustar a reta aos dados experimentais para determinar parâmetros Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos Conhecemos a função que rege o comportamento do fenômeno XABYc . mxky . Realizamos um mudança de variável aplicando a operação logarítmica na base 10 Encontramos a equação da reta utilizando a regressão linear ).log(log mxky Potência e constante desconhecidas Função potência )log()log(log mxky )log(.)log(log xmky )log(kB )log(yYc )log(xX mA Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos e Regressão Linear Exercício Prático 10 Linearizar e ajustar a reta aos dados experimentais para determinar parâmetros Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos Conhecemos a função que rege o comportamento do fenômeno )ln(yYc xk eyy ..0 Realizamos um mudança de variável aplicando a operação logarítmica na base e Encontramos a equação da reta utilizando a regressão linear )ln()ln()ln( .0 xk eyy Função exponencial Constantes desconhecidas xkyy .)ln()ln( 0 xX kA )ln( 0yB XABYc . ).ln()ln( .0 xk eyy Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos e Regressão Linear Exercícios Práticos 11 e 12 Linearizar e ajustar a reta aos dados experimentais para determinar parâmetros Tratamento de Dados Experimentais - Linearização de Gráficos Exercício 13 Representar o gráfico dos dados medidos. Determinar a constante de tempo durante a descarga do capacitor. Representar o gráfico da curva da função calculada. Elaborar Relatório Técnico com os resultados. / 0. tevv Capacitor Multímetro/ Voltímetro Bateria
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