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Crises HipertensivasProblema 04 – MT 407 Referências Bibliográficas ● Medicina de Emergência Abordagem Prática – USP 13ª Ed ● 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial - SBC ● Crises Hipertensivas: Definindo a gravidade e o tratamento – SOCESP 2018 ● Crises Hipertensivas - Sanarflix ● Aspectos fisiopatológicos e clínicos das emergências hipertensivas – Artigo de Revisão – Rev. Bra. Hipertensão 2014 Objetivos Diferenciar emergências de urgências hipertensivas 01 Discutir etiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento das emergências hipertensivas (AVE, Eclâmpsia, dissecção de aorta, SCA, edema agudo de pulmão e substâncias ilícitas) 02 Discutir os Diagnósticos do paciente do problema. 03 Epidemiologia 01 0,4 a 0,6% de todos os atendimentos do OS 1,7% das emergências clínicas 1% da população de hipertensos (360 mil) UH mais comuns que EH Brasil01 Urgências x Emergências Hipertensivas 01 Definição PA (mmHg) LOA Urgências >180 x 120 Ausente Emergência s >180 x 120 Presente Voltando ao problema... • Era uma crise hipertensiva? • Urgência ou Emergência? • O seguimento foi adequado? Emergências Hipertensivas 02 Mecanismos de regulação da PA SNA Substâncias Vasodilatador as/vasoconstri toras SRAA Óxido Nítrico Fisiopatologia 01 02 03 04 Alterações dos mecanismos de regulação da PA Aumento desproporcional do volume IV ou RVP Desequilíbrio entre o DC e a RVP Ruptura da curva pressão-natriurese 🡪 elevação aguda da PA Fisiopatologia 05 06 07 08 Ativação endotelial Vasoconstrição de artérias e arteríolas Liberação de NO Hipertrofia da musculatura vascular 🡪 disfunção endotelial com lesão endotelial contínua Etiologias • Edema agudo de pulmão • Acidente Vascular Encefálico • Síndrome Coronariana Aguda • Eclâmpsia e Pré-eclâmcpia • Dissecção de Aorta • Substâncias Ilícitas (cocaína, crack, ecstasy, LSD) Quadro Clínico • Elevação da PA • Cefaleia, vertigem, dispneia, borramento visual, noctúria • Alteração do nível de consciência, agitação, déficits neurológicos • Variam de acordo com a etiologia: dor torácica em aperto, fadiga, tosse, hemiparesia, afasia... Anamnese • Pesquisa de sintomas que simulam crises hipertensivas, fatores predisponentes • Antecedentes de HA (tempo de doença, uso de medicamentos, adesão ao tratamento, PA usual) • Episódios anteriores • Uso de medicamentos que podem interferir na PA • Uso de álcool/drogas ilícitas • Comorbidades Exame Físico • Sinais Vitais: PA, FC, FR, Sat 02 • Aparelho Cardiovascular: elevação da PA em ambos os MMSS, pulsos assimétricos, novo sopro aórtico (dissecção de aorta) • Aparelho Respiratório: Dispneia, tosse, expectoração rosácea (edema pulmonar), Sat O2 • Exame Neurológico: Hiperreflexia (eclampsia) • Fundoscopia Retinopatia Hipertensiva Aguda Retinopatia Hipertensiva Crônica Transudatos periarteriolares, lesões epiteliais pigmentares da retina, edema do disco óptico, exsudatos algodonosos e exsudatos duros (ausentes em mais de 30% dos casos) Estreitamento arterial, fio de cobre ou prata das arteríolas, estreitamento arteriovenoso, hemorragias retinianas Exames Complementares • Hemograma Completo • Ureia e Creatinina • Eletrólitos e EAS, Urina I • Bilirrubina, LDH, esquizócitos (marcadores de hemólise) De acordo com a suspeita… • SCA: Marcadores de Necrose miocárdica • Edema pulmonar aguda: BNP, RX tórax • Dissecção de aorta: D-dímero, TC tórax, Ecocardiograma transesofágico • AVE: TC crânio, US point of care (HIC) Diagnósticos Diferenciais• Pseudocrises Hipertensivas o Elevação da PA sem LOA e sem risco iminente de morte o Geralmente em hipertensos não controlados ou não tratados o Diante de evento emocional ou doloroso • Hipertensão Resistente o Sem LOA aguda e sem indicação de redução rápida da PA • Hipertensão Maligna o Hipertensão grave com LOA rapidamente progressivas Voltando ao problema... • Era uma crise hipertensiva? • Urgência ou Emergência? • A conduta foi adequada? • O que deveria ter sido investigado? Tratamento • O Fármaco Ideal: o capacidade de reverter alterações fisiopatológicas envolvidas; o rápido início de ação; o curva dose-reposta previsível; o mínimo ajuste de dosagem; o alta seletividade; o não promover elevação da pressão intracraniana; • pronta reversibilidade; o baixo risco de promover hipotensão arterial; o fácil substituição por fármacos para uso VO; o satisfatória relação custo-benefício. Tratamento Tratamento • Urgência Hipertensiva o Ambiente mais calmo o Anti-hipertensivos via oral: Clonidina ou Captopril o Retomar medicações de uso regular o Fazer ajustes, se necessário o Iniciar tratamento, se não tinha diagnóstico prévio o Meta de PA: 160 x 100 mmHg o Retorno ambulatorial precoce: em 72h Tratamento • Emergência Hipertensiva o Monitorização da PA automática ou invasiva intra-arterial o Suporte de 02, se necessário o Tratamento de acordo com a etiologia do quadro o Anti-hipertensivos IV, com redução da PA mais rápida o Meta geral da PA: -redução de 25% na primeira hora -valores de 160 x 110 mmHg em 2 a 6h -valores de 135 x 85 mmHg em 24 a 48h Edema Agudo de Pulmão • Congestão pulmonar, hipertensão e insuficiência respiratória aguda • Pode ser a causa ou uma complicação • Fisiopatologia: Hipertensão 🡪 aumento da pós-carga do VE 🡪 IC com retenção de líquido na circulação pulmonar • Sintomas: dispneia, intolerância aos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna, tosse, fadiga, intolerância ao decúbito • Exame Físico: IRespA, estertores crepitantes difusos, taquipneia, hipertensão, ritmo de galope, B3 ou B4. • Exames Complementares: BNP, RX tórax, ECG Edema Agudo de Pulmão • Tratamento: o Suporte respiratório (VNI 🡪 CPAP ou BiPAP) o Redução de 25% da PA nas primeiras horas: Nitroprussiato ou nitroglicerina 🡪 redução da pós-carga 🡪 redução do trabalho ventricular e da PA o Diurético de alça (furosemida) 🡪 redução da volemia e melhora da congestão Acidente Vascular Encefálico • Isquêmicos, hemorrágicos e hemorragias subaracnóideas • Sintomas: Perda de força, afasia, alterações da consciência • Exame Físico: hemiparesia, hiporreflexia, paralisia facial, ... • Exames Complementares: TC crânio, US point of care (HIC) • Tratamento: o Controle rigoroso da PA: Nitroprussiato o Tratamento específico (trombolítico para os que tiverem indicação) Acidente Vascular Encefálico • Metas Pressóricas: o AVE hemorrágico: redução da PAS para 140 mmHg (PAS de até 220 mmHg); Para PAS > 220, deve-se considerar uma redução agressiva o AVE isquêmico: PA inicial > 220 x 120 mmHg, não reduzir mais do que 15 a 20% Síndrome Coronariana Aguda • Fisiopatologia: Isquemia miocárdica 🡪 reflexo do miocárdico isquêmico (aumento da RVP 🡪 aumento da demanda miocárdica de O2 🡪 aumento da tensão da parede do VE) • Sintomas: dor torácica em aperto, dor em MS esquerdo, dispneia, síncope • Exames Complementares: ECG, marcadores de necrose miocárdica • Tratamento: o Controle da PA: Nitroglicerina, Betabloqueador IV (metoprolol) o Tratamento específico Dissecção Aguda de Aorta• Fisiopatologia: Rompimento da camada íntima da aorta, com extravasamento de sangue entre a íntima e a adventícia • Sintomas: dor torácica lancinante, com irradiação para o dorso • Exame Físico: assimetria de pulsos, sopro aórtico novo • Exames Complementares: RX tórax, TC tórax • Tratamento: o Controle da PA: Nitroglicerina, Betabloqueador IV (metoprolol) o Controle da dor: opioide o Tratamento específico Uso de Substâncias Ilícitas • Drogas com ação simpatocomiméticas: cocaína, crack, anfetaminas, ecstasy) • Sintomas: euforia, agitação, • Exame Físico: taquicardia, midríase, hipertermia, rubor • Tratamento: o Controle da PA: Clonidina e BCC ou alfa-adrenérgicoso Controle da dor: opioide o Tratamento específico Pré-eclâmpsia e Eclampsia • Pré-Eclâmpsia: hipertensão e proteinúria ou LOA em gestante com > 20 semanas • Pré-eclâmpsia grave: PA > 160x110 mmHg ou PA > 140x90 mmHg com cefaleia, alteração do nível de consciência, alterações visuais ou lesão de órgão alvo • Eclampsia: pré-eclâmpsia + convulsão • Exame Físico: hiperreflexia, cefaleia, convulsões, déficits motores • Tratamento: o Controle da PA: Hidralazina ou Labetalol (betabloqueador) o Sulfato de Mg IV Voltando ao Problema... • Ele tem uma crise hipertensiva? • Urgência ou emergência? • A conduta foi adequada? Voltando ao Problema... • Porquê o paciente evoluiu com esse quadro? • Poderia ter sido evitado? • Qual seria a conduta adequada? Diagnósticos do Paciente 03 Diagnósticos do Paciente • Diagnóstico Sindrômico: Emergência Hipertensiva • Diagnóstico Topográfico: Sistema cardiovascular; pulmões • Diagnóstico Etiológico: Edema Agudo de Pulmão (?) • Diagnóstico Nosológico: Insuficiência Cardíaca congestiva (?) Obrigada!
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