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ANTIBIOTICOTERAPIA AULA 2 - Penicilinas INTRODUÇÃO • A produção de B-lactamase pode ser simples e poderosas. • As simples são mais susceptível aos inibidores da B-lactamase. • As poderosas não respondem aos inibidores, logo, não adianta utilizar esses medicamentos contra elas. ESBL -> Klebsiella, E.coli... Gene Amp-C -> Grupo PESC (Proteus / Providencia; Enterobacter; Serratia; Citrobacter) Metalobectalactamases -> Pseudomonas • Baixa afinidade da PBP: Pneumococos, Neisseria e Estáfilos MRSA • MSSA -> sensível a Oxacilina/Meticilina • MRSA -> resistente a Meticilina/Oxacilina ATB B-LACTÂMICOS • Possuem em comum o anel B-lactâmico. • Espectro de ação amplo: G+, G-, anaeróbios e aeróbios. • Possuem consideráveis reações advesas. • São fármacos seguros (crianças e gestantes). PENICILINAS PENICILINA G BENZATINA (Benzetacil) • Via IM. • Penetração ruim no SNC. • Usado em infecções mais arrastadas/profilaxia -> ½ longa (cerca de 20 dias) – penicilina de depósito • Cobertura: Estrepto e enterococos, neisseria (meningococo), anaeróbicos e outros (ex.: treponema), mas não cobre estafilococos. • Aplicação prática: tt da sílifis (exceto neurossífilis), profilaxia p/ febre reumática (sec. à faringoamigdalite de repetição por Strep. Pyogenis) e profilaxia para endocardite causa pelo Strep. Viridans. NATURAIS 2 • Contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade às penicilinas. PENICILINA C CRISTALINA • Via IV. • Usada em infecções mais agudas/graves -> ½ vida curta (cerca de 4hrs) • Boa penetração no SNC. • Cobertura: Estrepto e enterococos, neisseria (meningococo), anaeróbicos e outros (ex.: treponema), mas não cobre estafilococos. • Aplicação prática: infecções por S. pneumoniae (IVAS, PAC e meningites – exceto RN), neurossífilis, S. pyogenis (piodemites e faringoamigdalites), S. agalactine (meningite e sepse do RN) e S. viridans (endocardites). • Contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade às penicilinas e não muito aceito pelos RN. PENICILINAS PENICILINASE-RESISTENTES -> ANTIESTAFILOCÓCICAS • Oxacilina e Meticiclina • Resistentes à ação das betalactamases das MSSA. MSSA = OSSA -> sensíveis a ambos medicamentos, geralemente são comunitários Resistência por produção de B-lactamase MRSA = ORSA -> resistentes a ambos medicamentos, geralemente são hospitalares Resistência via PBP • Cobertura: Espectro de ação curto – S. aureus. • Aplicação prática: Infecções de pele e partes moles, abscessos, pneumonia estafilococica, etc. AMINOPENICILINAS • Amoxicilina e Ampicilina • Administração: VO e VO/IV • Vantagem: cobrem as G- mais que as naturais. • Cruzam a BHE infeccionada. SEMISSINTÉTICAS 3 • Cobertura: Estreptococos, enterococos, listeria, neisseria (meningococo), hemófilo, mas não cobre estafilococos e outros germes G-. • Aplicação: infecções por S. pneumoniae (IVAS – rinossinusite, otite, etc-. PAC e meningite), S. pyogenis (piodermites e faringoamigdalites), S. agalactiae (meningite e sepse do RN) e S. viridans (endocardite). ATB de cabeça, pescoço e neonatos. ANTI-PSEUDOMONAS • Piperacilina, Tiracilina e Carbenicilina (associadas a inibidores de B-lactamase) • Administração: IV e IM • Vantagens: espectro mais potente para G- produtores de B-lactamase -> comunitárias • Cobertura: Proteus, Enterobacter e Pseudomonas • Aplicação prática: 1ª ou 2ª escolha (ou cefalosporinas de 4º geração) -> Enterobactérias hospitalares; Pseudomonas hospitalares -> Carbenicilina + Aminoglicosídeo (amicacina) ObS.: Geralemnte, para sinergizar contra G- use Amicacina, se for G+ use Gentamicina. INIBIDORES DA B-LACTAMASE • Amoxicilina-Clavulanato (Clavulin), Piperacilina-Tazobactan (Tazocin) e Ampicilina-Sulbactam • Administração: VO e IV • Vantagenm: ampliar o espectro de ação contra G+ e G- • Cobertura: Hemófilos, anaeróbios, MSSA, pseudomonas (comunitários) e enterobactérias. • Aplicação prática: Amoxi-Clavu (sinusite crônica, Ivas na ped, pé diabético infectado, mordedura de animais, etc); Ampi-Sulbac (idem à Amoxi-Clav + parenteral + cobertura para Acinetobacter); Piperacilina-Tazo (infecções intrabdominais de G- resistentes -> Pseudomonas e Enterobactérias) EFEITOS ADVERSOS 1. Nefrotoxicidade - Mais comum: nefrite intersticial alérgica (frequente em oxacilina). - Quadro: febre, “rash”, hematúria e eosinofilia. - Deve-se sus pender imediatamente o medicamento. 2. Neurotoxicidade 4 - Em pacientes com insuficiência renal prévia, que faz uso de doses elevadas de penicilinas, pode ocorrer convulsões e problemas musculares. - Deve-se retirar o medicamento, pois são refratárias aos anticonvulsivantes. 3. Hipersensibilidade - 8% dos pacientes e em especial com a benzilpenicilina, apesar de estes fármacos apresentarem pouca toxicidade. - Essas reações podem variar desde uma reação urticariforme até choque anafilático. 4. Hematotoxicidade - Raro, pode ocorrer trombocitopenia e a anemia hemolítica. - Pode ocorrer leucopenia dose e tempo-dependente e desordens hemorrágicas, devido a alterações na agregação plaquetária. 5. Cutâneas - Ocorrem mais frequentemente com as aminopenicilinas, geralmente de forma tardia e entre 1 a 10% dos pcts. - Podem variar desde rubor (eritema), rash cutâneo (erupções vermelhas), placas urticariformes, até síndrome de Stevens-Johnson em casos mais raros. ASSOCIAÇÕES MEDICAMENTOSAS 1. Probenecida É um agente uricosúrico. Ele irá inibir a excreção renal de penicilina, prolongando seu efeito. 2. Anticoncepcionais Pode reduzir a eficácia dos anticoncepcionais orais. 3. Carbenicilina As carboxipenicilinas podem inativar a gentamicina ou tobramicina, se forem administradas em conjunto na mesma mistura. Devido a isso, precisam ser administradas separadamente quando a associação é necessária. 5
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