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Importância da produção de suínos ❖ alta produção de carne de qualidade ➢ se deve a: ■ número de partos porca/ano ■ hiperprolificidade das matrizes modernas ● gera um desafio pois muitas das fêmeas não têm capacidade de amamentar todos os leitões; alto desgaste no terço final da gestação ◆ foi necessário evoluir geneticamente a quantidade de leite produzida ■ elevada velocidade de crescimento da progênie ❖ geração de emprego e renda ❖ geração de divisas via mercado externo ❖ viabiliza o produtor de grãos ❖ transforma subprodutos, resíduos e alimentos convencionais em proteína animal de alta qualidade ❖ modelo biológico para a medicina e nutrição humana ❖ outras possibilidades econômicas (produção de biogás, Cálculo do número de partos por porca/ano ❖ partos/porca/ano = 365 / IEP ➢ IEP = período de gestação + período de lactação + intervalo desmame-cio ■ pode ser influenciado pelo período de lactação, pelo intervalo desmame-cio e por possíveis problemas reprodutivos (abortos, por exemplo) Panorama da produção ❖ problema da produção de subsistência é quando gera excedente e esse excedente é mandado para vendas, pois gera um consumo de carne sem fiscalização ❖ o Sul corresponde a 68% da produção (Santa Catarina com o maior número), depois Sudeste e depois Centro Oeste. Norte e Nordeste têm uma expressão menor, principalmente por questões culturais (é mais comum o consumo de caprinos, ovinos e pescados) ❖ o Brasil é o 4º maior produtor mundial de carne suína (quase 4 milhões de toneladas de carne). Desse total produzido, cerca de 81% fica para consumo interno e cerca de 19% é exportado. O Brasil também é o 4º maior exportador de carne suína (em 2019, o grosso da exportação foi destinado para a Ásia) ❖ em termos de consumo, o Brasil ocupa a 23ª posição Mitos sobre a carne suína ❖ teníase / cisticercose ➢ o suíno não causa cisticercose no homem; o homem é quem causa cisticercose no suíno (o suíno é o hospedeiro intermediário deste parasita) ➢ uma pessoa com teníase é uma importante fonte de transmissão de cisticercose e teníase ➢ o homem não adquire cisticercose ao ingerir carne suína crua ou mal passada, mas pode adquirir teníase se não tomar os devidos cuidados ➢ os suínos não possuem a tênia (ou solitária), apenas o homem possui a fase adulta deste parasita ➢ se não houver pessoas com teníase, não haverá a cisticercose nos suínos e bovinos ❖ carne suína é uma carne gorda ➢ a reserva de tecido subcutâneo reduziu consideravelmente com seleção genética ❖ a carne suína tem baixo valor nutricional ➢ a carne suína é uma fonte importante de proteína de alto valor biológico e de vitaminas do complexo B ❖ alto teor de colesterol na carne suína ➢ a carne suína tem nível de colesterol igual ou menor ao de outras carnes (variando de acordo com os cortes) ❖ o suíno é criado em ambiente sujo e alimentado com restos de comida ➢ a produção é feita de forma tecnificada, com todos os animais sobre piso e sob cobertura, com rígido controle reprodutivo, sanitário e nutricional Biosseguridade na produção de suínos ❖ Biossegurança ➢ é a prevenção à exposição a agentes patogênicos e/ou a produtos biológicos, químicos ou radioativos capazes de produzirem injúrias em humanos. ❖ Biosseguridade ➢ é o desenvolvimento e implementação de normas rígidas para proteger o rebanho de suínos contra a introdução e disseminação de agentes infecciosos na granja. ➢ é dividida em: ■ biosseguridade externa: objetiva prevenir o risco de introdução e disseminação de qualquer agente infeccioso no sistema de produção ■ biosseguridade interna: visa reduzir e controlar a expressão de agentes patogênicos infecciosos que já existam no sistema de produção ❖ Plano de biosseguridade ➢ é necessário conhecer os desafios individuais de cada sistema de produção e fazer uma avaliação de riscos ■ quais são os agentes que devem ser prevenidos e/ou controlados? ■ quais os agentes presentes no plantel (bacterianos ou virais)? ■ quais as possíveis formas de entrada e perpetuação desses agentes? ● através de animais doentes e animais saudáveis incubando doenças ● reposição de animais de reprodução ● animais de companhia, pássaros e animais selvagens ● roupas e calçados de visitantes e funcionários que transitam pela granja ● funcionários ou visitantes que tiveram contato recente com outros animais ● funcionários que não seguem todos os procedimentos de biosseguridade ● ração, ingredientes e água contaminados ● equipamentos e veículos contaminados usados na granja ■ qual a fonte de infecção dentro do plantel para cada agente de interesse? ■ quais as falhas no sistema de produção? ➢ o plano de biosseguridade é individual para cada granja ➢ o programa de biosseguridade contempla diversos operacionais e sua abrangência depende de vários fatores ❖ Componentes de um programa de biosseguridade ➢ isolamento da granja ■ evitar regiões com alta densidade de suínos ■ longe de frigoríficos e abatedouros ■ avaliar o tipo de produção das granjas próximas ■ distante de estradas (mínimo de 1 km) ■ distantes de outras unidades de produção da mesma espécie por, no mínimo, 3 km ■ distância mínima de 300 m de outros tipos de exploração animal ■ a propriedade deve ser cercada perifericamente, com uma única entrada e com sistema de desinfecção para ingresso de pessoas e veículos (cerca com 1,5 m de altura, podendo ser os primeiros 80 cm com tela e o restante com arame farpado) ■ fazer uso de placas de advertência, deixando claro que a entrada é somente de pessoas autorizadas ■ barreiras vegetais também fazem parte do sistema de isolamento (cinturão verde - a 50 m a partir da cerca perimetral) ➢ controle de tráfego ■ não se deve permitir nenhuma visita social ■ permitido somente visitas técnicas que sejam necessárias para agregar valor à produção, e deve ser comunicado com antecedência ■ responsabilidade da granja: manter o registro dos visitantes; impor o tempo necessário sem contato com suínos, aves, fábrica de ração, encontros técnicos, frigoríficos e outras atividades relacionadas com contato animal ■ responsabilidade do visitante: no últimos 7 dias não ter estado doente e não ter retornado de viagem internacional; deve seguir o protocolo de higienização estipulado pela propriedade ■ o escritório da granja deve ser localizado o mais distante possível da granja, pois esse local é onde ocorre o primeiro contato entre o cliente e o sistema de produção (deve-ser ter muita atenção com vendedores) ➢ higienização ■ o visitante que for autorizado a entrar na granja deve realizar a correta higienização, devendo entrar no local de banho somente com as vestimentas do corpo; na saída do banho deverá haver um pedilúvio com solução desinfetante; para higiene das mãos, deve disponibilizar solução para desinfecção e deve estar presente em todas as instalações ■ a entrada de veículos externos à granja deve ser proibida; caso a entrada do veículo seja extremamente necessária, é necessário que passe por desinfecção ■ equipamentos não devem ser transportados entre galpões ■ os silos de armazenamento de ração devem ser localizados próximo à cerca perimetral, para que os caminhões transportadores de ração não adentrem na granja ■ o recebimento ou expedição de animais também deve ser feito através de carregadores e o caminhão deve ficar do lado externo da cerca perimetral ■ destino adequado dos animais mortos e restos de parição ● fossas sépticas ● valas para enterramento ● compostagem - é o processo em que microrganismos comensais degradam a matéria orgânica; se conduzido corretamente, não gera poluição, evita mau cheiro, destrói agentes patogênicos; fornece como produto final um composto orgânico ou seja, recicla nutrientes ◆ quando a câmara de compostagem está localizada na cerca de isolamento: a colocação de animais mortos ou resíduos de parto deverá ser feita pelo lado interno e a retirada do composto pelo lado externo da cerca de isolamento ◆ quando a câmara de compostagem está localizada fora da cerca de isolamento: animaismortos ou resíduos de parto deverão ser deslocados até a cerca de isolamento por um veículo/carrinho de uso interno da granja e, da cerca até a compostagem, por outro veículo/carrinho de uso externo ● incineração ◆ de acordo com a associação, suínos mortos ou eliminados devem ser unicamente destinados a compostagem ou incineração ■ limpeza e desinfecção das instalações ● objetiva reduzir a quantidade de microrganismos patogênicos no ambiente de criação ● a incidência de doenças está diretamente associada com o desafio sanitário do ambiente ● benefícios da adoção do PLLD: ◆ melhora o desempenho produtivo e reprodutivo ◆ reduz custos com medicamentos ◆ diminui a incidência de leitões refugos ◆ reduz a prevalência de doenças bacterianas, de pele, parasitárias e respiratórias ● para que a higienização seja bem feita, é necessário que as instalações estejam vazias (inclusive comedouros, bebedouros e silos, assim como desmontar partes móveis dos equipamentos) ● a limpeza seca se caracteriza pela retirada de restos de ração, de esterco, da sujeira impregnada no piso e paredes das baias (é a primeira limpeza a ser feita, para que o processo de lavagem atinja a superfície) ● limpeza úmida: ◆ lavar com água sob pressão ◆ desmontar partes móveis ◆ preparar e aplicar o detergente ◆ aguardar uma hora ◆ enxaguar com água sob pressão ◆ montar as partes retiradas ◆ deixar secar ◆ preparar e aplicar o desinfetante ◆ vazio sanitário ◆ segunda desinfecção (24h antes do alojamento) ● principais falhas: ◆ remoção incompleta dos dejetos antes dos procedimentos ◆ mão-de-obra desqualificada ou não treinada adequadamente ◆ lavagem insuficiente com quantidade e pressão de água inadequada ◆ falta de desinfecção de paredes e tetos ◆ falta de limpeza e desinfecção de áreas externas ◆ falta de limpeza e desinfecção de veículos que circulam dentro da propriedade ◆ não deixar secar após a lavação e após a desinfecção ◆ tempo de vazio sanitário insuficiente (vazio sanitário é o período entre a higienização da granja e o alojamento do lote seguinte; 7-10 dias) ● a condição higiênica/sanitária interfere no desempenho dos suínos nas diferentes fases do crescimento ● desinfetante: ◆ ter ação rápida, porém durável ◆ não ser corrosivo e não deixar odor ◆ ser atóxico e não causar irritações cutâneas ◆ ser biodegradável, solúvel e estável na água ◆ ter elevado poder de penetração nas superfícies dos materiais ● fatores que devem ser considerados na desinfecção: ◆ cálculo da quantidade de desinfetante a ser utilizado ◆ diluição: seguir a recomendação do fabricante ◆ volume de calda a ser aplicado (paredes, pisos, muretas, cortinado, etc) ◆ rotação de princípios ativos ■ controle de moscas e roedores ● ratos podem espalhar doenças de áreas contaminadas para não contaminadas (através das fezes, patas, pelos, urina, saliva e sangue) ● infestação de ratos representa significativa redução na disponibilidade de ração (um rato pode consumir 1 kg de ração por semana e contaminar até 10x esse volume) ● deve-se conhecer o nível de infestação e as espécies predominantes: ◆ INFESTAÇÃO BAIXA: poucos sinais, algumas fezes, poucas tocas e ausência de trilhas ou manchas de gordura ◆ INFESTAÇÃO MÉDIA: presença de fezes em certa quantidade, predominando as com aspecto velho (secas e endurecidas), materiais roídos, eventualmente presença de ratos à noite, nenhum rato visto de dia ◆ INFESTAÇÃO ALTA: fezes frescas em grande quantidade, rastros, manchas de gordura, trilhas, visualização de ratos durante o dia ou noite ◆ as moscas são vetores de vírus, bactérias e fungos; geram desconforto para funcionários e estresse para porcas e leitões ◆ para o controle de moscas, recomenda-se o “controle integrado” - medidas mecânicas direcionadas ao destino e tratamento de dejetos somado ao controle químico (aplicação de substâncias químicas com efeito mortal para moscas adultas, jovens ou fase larval) ➢ quarentena ■ a introdução de animais de reposição no sistema de produção representa um sério risco para a biosseguridade da granja ■ deve-se estabelecer um protocolo e segui-lo de forma restrita: ● os animais adquiridos devem ser provenientes de granjas com garantia de alto status sanitário ● animais recém-adquiridos devem apresentar melhor ou o mesmo padrão sanitário da granja que os adquiriu ● estes animais não devem ser colocados diretamente em contato com os animais já mantidos na granja de destino ● a quarentena é feita em um galpão específico afastado da granja (28-30 dias) ■ cronograma da quarentena: ● observação clínica para detectar doenças 2x/dia nos primeiros 15 dias e 1x/dia no período restante ● uso de rações sem antimicrobianos ● os animais que adoecem não são medicados antes do exame clínico e da coleta de materiais para análise ● os animais recém adquirido devem ser tratados contra sarna, vermifugados e vacinados contra doenças endêmicas existente na granja ➢ educação continuada ■ refere-se ao treinamento constante de todos os envolvidos no programa de biosseguridade ➢ auditorias e atualizações do sistema ➢ monitoramento clínico ➢ erradicação de doenças ➢ plano de contingência Tipos de manejo das instalações ❖ é a forma como os animais de idades e fases diferentes são mantidos e transitam nas instalações ❖ o sistema de manejo adotado pode influenciar na higienização das salas e, consequentemente, prejudicar a biosseguridade da granja ❖ Sistema de Manejo Contínuo (SMC) - suínos de diferentes idades são mantidos numa mesma instalação; transferência de lotes sem limpeza e desinfecção prévia ❖ Sistema de Manejo “todos dentro todos fora (all in - all out) - formação de lotes de animais que são transferidos de uma instalação a outra dentro da granja, todos ao mesmo tempo; esse sistema permite que seja feito um vazio sanitário no tempo correto Incidência de doenças no sistema de produção ❖ afeta negativamente o consumo de ração e o crescimento dos animais ❖ resulta em redução da eficiência alimentar ❖ resulta em aumento dos custos de produção ❖ reduz o bem estar dos animais ❖ aumenta a necessidade de uso de medicamentos ❖ resulta em aumento na excreção de nutrientes e no impacto ambiental Atualização do Programa de Biosseguridade ❖ deve ser feita em função de: ➢ situação clínico-epidemiológica do sistema de produção ou da região onde está localizado ➢ ajustar o programa para corrigir falhas ➢ novas exigências de clientes com relação à saúde dos suínos ➢ nova legislação de saúde animal nacional ou regional Auditoria ❖ devem ser feitas pelo menos 3 auditorias anuais completas ao sistemas, sem aviso prévio ❖ é uma ferramenta para avaliar o cumprimento/execução do plano de biosseguridade ❖ para cada componente, criar um guia de auditoria, com os principais pontos a serem avaliados ❖ seguir um check list para assegurar objetividade e quantificar cada atividade/tarefa ❖ cada tarefa auditorada recebe uma pontuação Qualidade da água ❖ a qualidade microbiológica da água deve ser avaliada a cada 6 meses ❖ os reservatórios de água da granja devem estar protegidos e fechados para impedir o acesso de insetos, roedores e outros animais ❖ fazer a limpeza e desinfecção dos reservatórios a cada vazio sanitário, antes do alojamento do próximo lote ❖ a granja que utiliza água superficial (córregos, fontes ou poços superficiais ou de captação de chuva) deve realizar obrigatoriamente sua desinfecção por cloração ❖ em granjas que usam água de poço profundo, sua cloração somente será necessária se no exame microbiológico para coliformes fecais indicar contaminação ❖ a água clorada deverá apresentar entre 1 e 3 ppm de cloro na saída do bebedouro ❖ a granja deverá documentar estes procedimentos e manter os registros no escritório Manejo das leitoas de reposição Importância do plantel de reposição ❖ substituir reprodutoras descartadas ❖ são animais de alto potencial genético = custo elevado de aquisição ❖ influência direta na lucratividade do sistema, em função da quantidade de animais terminados produzidos durantea vida útil ❖ exige pessoal capacitado para o seu manejo ❖ possibilidade de introdução de doenças na granja ❖ a atenção no manejo do plantel determina a taxa de reposição da granja ❖ custo (aquisição/produção, instalações, mão de obra, alimentação, medicamentos, etc) Principais causas de descarte de porcas ❖ falha reprodutiva (principal causa) ❖ baixa produtividade ❖ idade ❖ problemas locomotores ❖ morte ❖ problemas no parto ❖ outras doenças Tipos de descarte ❖ descarte voluntário: as razões para o descarte são idade avançada ou baixa reprodutividade ❖ descarte involuntário: as razões para o descarte são problemas biológicos, como por exemplo falha reprodutiva, problemas de saúde, conformação corporal, problemas locomotores, etc Principais falhas reprodutivas ★ essas falhas interferem na produção, aumentam os dias não produtivos (DNP’S), elevam a taxa de descarte e causam importantes perdas econômicas ❖ retorno ao estro ➢ falha mais importante observada nas granjas: mais comum e de maior ocorrência ➢ representam o maior percentual de perdas gestacionais ➢ dificulta alcançar as metas de taxa de parto estabelecidas ➢ importante parâmetro para o sistema medir a eficiência do manejo reprodutivo ➢ perdas econômicas - aumento dos dias não produtivos ➢ influencia as taxas de reposição do plantel ❖ anestro ❖ abortamento ❖ fêmeas vazias ao parto Fatores que influenciam o “DNP” ❖ dias em anestro após o desmame (IDC) ❖ repetição de cio após o desmame ❖ dias de demora para o descarte de fêmeas ❖ dias do intervalo entre a cobertura e a morte ou aborto ❖ dias desde a entrada das leitoas no plantel reprodutivo até a sua cobertura efetiva ❖ a admissão de fêmeas no plantel de reprodução somente a partir do primeiro serviço subestima os impactos dos DNP e dos custos de produção Cálculo de “DNP” ❖ DNP = 365 - [PFA x (PG + PL)] ➢ PFA = parto/fêmea/ano ➢ PG = período de gestação ➢ PL = período de lactação É possível dar uma segunda chance, mas temos que avaliar vários aspectos, tal como a acurácia; e ter um monitoramento no sistema para que haja uma estimativa; Relação entre dados, informação e conhecimento: ● Dados: informações desestruturadas. Representam eventos ocorridos antes que tenham sido organizados ou arranjados de maneira que as pessoas possam entendê-los e usá-los ● Informação é o dado com significado, que está estruturado de forma adequada ao entendimento e à sua utilização ● Conhecimento é a capacidade adquirida por alguém de interpretar e tomar decisões com base em um conjunto de informações. Interpretando registros de retorno ● Relatório mensais ● Relatórios por ordem de parto ● Relatórios mensais OP: ordem de parto O retorno do carnaval e do natal, é uma falha de manejo, uma vez que possuía menos funcionários responsáveis pelo manejo; Qual impacto de altas taxas de reposição no desempenho do plantel? Uma taxa de reposição de 45% significa que quase metade do plantel de matriz vai ser reposto no período de 1 ano Vamos ter um percentual grande de fêmeas jovens; pois descartando muitas fêmeas precisa fazer reposição e reflete numa alta composição de fêmeas jovens que reflete em implicações reprodutivas e produtivas; Concentração sérica de IgG e igA Isso implica na imunidade passiva! Concentração de prolactina: Consumo de ração médio diário de leitões na fase de creche Diferenças entre progênies de marrãs e porcas (3-7 partos) em relação à mortalidade e remoção: Distribuição recomendada de matrizes segundo ordem de parto Percentual de partos na maternidade segundo ordem de parto: O peso médio é bastante reduzido, bastante diferente da recomendação. Origem das leitoas de reposição: ● Produzidas na própria granja ● Adquiridas de empresas de genética Reposição com animais da própria granja: Vantagem: 1. Questão da biosseguridade; para que não corra o risco de introdução de doença Desvantagens: 1. O melhoramento genético é mais lento via introdução de machos ou via IA 2. É preciso prever as necessidades de reposição 3. Necessidade de manter animais de raças puras/ e ou linhagem sintéticas 4. Maior necessidade de instalações 5. Mais mão de obra Aquisição sistemática de fêmeas de reposição: Vantagens: 1. Não há necessidade de manutenção de plantel de leitoas de reposição 2. Material genético melhorado e moderno (> ganho genético) 3. Não há necessidade de manutenção de rebanho de raças puras Desvantagens: 1. Alto custo de aquisição 2. Possibilidade de introdução de doenças 3. Coordenação entre fornecedor e comprador (entrega de animais) 4. Manutenção de matrizes com problemas devido ao alto custo de marrãs Aspectos relacionados à escolha do sistema de reposição: Seleção: ● A seleção das leitoas deve ser iniciada na maternidade: peso ao nascimento – fêmeas que nascem com menos de 1 kg tem uma menor longevidade ● ● Uma segunda seleção deve ser realizada na creche: o Leitoas com problemas de desenvolvimento o Presença de anomalias (conformação) o Mínimo de 14 tetas potencialmente funcionais ● Uma terceira seleção deve ser realizada próxima aos 140 dias de idade: o Peso, taxa de crescimento, espessura de toucinho o Anomalias (hérnia, lordose, xifose, escoliose, aprumos) o Mínimo de 14 tetas potencialmente funcionais Introdução das leitoas na granja ❖ recepção -> quarentena -> dentro da granja -> adaptação -> equilíbrio sanitário -> leitoas bem preparadas para reprodução Adaptação sanitária ❖ é tornar equivalente o status sanitário dos animais recém adquiridos ao dos animais do plantel de destino, garantindo o potencial produtivo e reprodutivo ❖ deve ser gradativa, permitindo aos animais desenvolver anticorpos e outros componentes da resposta imune pelo contato com a microbiota do novo plantel ❖ principais formas de exposição usadas: ➢ contato direto: utilizando animais de descarte (porcas e cachaços) ➢ feedback (retro-alimentação): fezes de fêmeas de porcas, fezes de leitões com diarréia (jogar dentro das baias ou misturar com a ração); placentas e leitões mumificados ➢ a frequência e a intensidade de exposição deve ser de 3 vezes por semana, durante 3 semanas Alojamento ❖ baias limpas e desinfetadas ❖ vazio sanitário mínimo de 7 dias ❖ alojar em pequenos lotes (ideal de 8 a 10 marrãs por baia) = evitar competição ➢ 1,0 m²/fêmea de até 120 dias; ➢ 1,6 m²/fêmea de 121 a 150 dias; ➢ 2,0 m²/fêmeas a partir de 150 dias (evitar superlotação) ❖ evitar pisos irregulares, abrasivos, úmidos e grades cortantes Puberdade ❖ fatores que afetam o aparecimento da puberdade ➢ peso e idade ➢ temperatura ➢ nutrição (qualitativa e quantitativamente) ➢ efeito do macho = exposição das marrãs aos machos é um dos principais estímulos para indução da puberdade; é um manejo recorrente nas granjas ■ garantir um efeito sinérgico do olfato + visão + audição + tato ■ o macho é introduzido nas baias da fêmea e, devido à excitação por estar na presença das fêmeas, ele libera feromônios na urina e na saliva, e esses feromônios induzem uma alteração na padrão endócrino das fêmeas Manejo para estimular a puberdade ❖ iniciar o estímulo com o macho a partir dos 160 dias de idade das leitoas ❖ este trabalho deve ser feito 7 dias por semana ❖ utilizar macho com bom apetite sexual, dócil e não muito pesado ❖ utilizar machos com boa saúde do aparelho locomotor ❖ não trabalhe com o macho por mais de 1 hora ❖ fazer rodízio de machos ❖ trabalhar com grupos pequenos de leitoas (entre 8 a 10 leitoas por baia) ❖ colocar o macho por 10-15 minutos na baia das leitoas, 2x ao dia, com intervalo mínimo de 8 horas ❖ não alojar o macho em local com contato constante com as leitoas ❖ um macho adulto para cada 30-50 leitoas ❖ evitar que os machos trabalhem por mais de 60 minutos ❖ é importante que o funcionário esteja presente para: ➢ evitar que o macho monte a marrã ➢ evitar cobertura indesejáveis ➢ garantir contato naso-nasal do macho com todas as leitoas ➢ auxiliar o macho na estimulação das leitoas ➢ observar alterações comportamentais e físicas nas leitoas Sinais indicativosde estro ❖ vulva inchada e avermelhada: início de 2 a 3 dias antes do cio ❖ presença de muco vaginal (claro e pegajoso) ❖ interior da vulva avermelhado ❖ alterações comportamentais: ➢ aumento de atividade física ➢ aumento de vocalização ➢ redução do consumo ➢ montam as companheiras de baias ➢ reflexo de imobilidade/tolerância à pressão lombar Erros mais comumente observados na indução da puberdade nas leitoas ● alojar as leitoas em grupos grandes demais ● não identificar as leitoas e falhar as anotações ● início tardio do manejo com o macho ● alojar machos muito próximos às leitoas ● uso de machos com baixa libido ● uso de machos com problemas locomotores
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