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PRODUÇÃO DE SUÍNOS: IMPORTÂNCIA; PANORAMA DA PRODUÇÃO; MITOS SOBRE A CARNE SUÍNA; BIOSSEGURIDADE; MANEJO DE LEITOAS DE REPOSIÇÃO

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Importância da produção de suínos
❖ alta produção de carne de qualidade
➢ se deve a:
■ número de partos porca/ano
■ hiperprolificidade das matrizes modernas
● gera um desafio pois muitas das fêmeas não têm capacidade
de amamentar todos os leitões; alto desgaste no terço final da
gestação
◆ foi necessário evoluir geneticamente a quantidade de
leite produzida
■ elevada velocidade de crescimento da progênie
❖ geração de emprego e renda
❖ geração de divisas via mercado externo
❖ viabiliza o produtor de grãos
❖ transforma subprodutos, resíduos e alimentos convencionais em proteína animal de
alta qualidade
❖ modelo biológico para a medicina e nutrição humana
❖ outras possibilidades econômicas (produção de biogás,
Cálculo do número de partos por porca/ano
❖ partos/porca/ano = 365 / IEP
➢ IEP = período de gestação + período de lactação + intervalo desmame-cio
■ pode ser influenciado pelo período de lactação, pelo intervalo
desmame-cio e por possíveis problemas reprodutivos (abortos, por
exemplo)
Panorama da produção
❖ problema da produção de subsistência é quando gera excedente e esse excedente é
mandado para vendas, pois gera um consumo de carne sem fiscalização
❖ o Sul corresponde a 68% da produção (Santa Catarina com o maior número), depois
Sudeste e depois Centro Oeste. Norte e Nordeste têm uma expressão menor,
principalmente por questões culturais (é mais comum o consumo de caprinos, ovinos
e pescados)
❖ o Brasil é o 4º maior produtor mundial de carne suína (quase 4 milhões de toneladas
de carne). Desse total produzido, cerca de 81% fica para consumo interno e cerca
de 19% é exportado. O Brasil também é o 4º maior exportador de carne suína (em
2019, o grosso da exportação foi destinado para a Ásia)
❖ em termos de consumo, o Brasil ocupa a 23ª posição
Mitos sobre a carne suína
❖ teníase / cisticercose
➢ o suíno não causa cisticercose no homem; o homem é quem causa
cisticercose no suíno (o suíno é o hospedeiro intermediário deste parasita)
➢ uma pessoa com teníase é uma importante fonte de transmissão de
cisticercose e teníase
➢ o homem não adquire cisticercose ao ingerir carne suína crua ou mal
passada, mas pode adquirir teníase se não tomar os devidos cuidados
➢ os suínos não possuem a tênia (ou solitária), apenas o homem possui a fase
adulta deste parasita
➢ se não houver pessoas com teníase, não haverá a cisticercose nos suínos e
bovinos
❖ carne suína é uma carne gorda
➢ a reserva de tecido subcutâneo reduziu consideravelmente com seleção
genética
❖ a carne suína tem baixo valor nutricional
➢ a carne suína é uma fonte importante de proteína de alto valor biológico e de
vitaminas do complexo B
❖ alto teor de colesterol na carne suína
➢ a carne suína tem nível de colesterol igual ou menor ao de outras carnes
(variando de acordo com os cortes)
❖ o suíno é criado em ambiente sujo e alimentado com restos de comida
➢ a produção é feita de forma tecnificada, com todos os animais sobre piso e
sob cobertura, com rígido controle reprodutivo, sanitário e nutricional
Biosseguridade na produção de suínos
❖ Biossegurança
➢ é a prevenção à exposição a agentes patogênicos e/ou a produtos
biológicos, químicos ou radioativos capazes de produzirem injúrias em
humanos.
❖ Biosseguridade
➢ é o desenvolvimento e implementação de normas rígidas para proteger o
rebanho de suínos contra a introdução e disseminação de agentes
infecciosos na granja.
➢ é dividida em:
■ biosseguridade externa: objetiva prevenir o risco de introdução e
disseminação de qualquer agente infeccioso no sistema de produção
■ biosseguridade interna: visa reduzir e controlar a expressão de
agentes patogênicos infecciosos que já existam no sistema de
produção
❖ Plano de biosseguridade
➢ é necessário conhecer os desafios individuais de cada sistema de produção
e fazer uma avaliação de riscos
■ quais são os agentes que devem ser prevenidos e/ou controlados?
■ quais os agentes presentes no plantel (bacterianos ou virais)?
■ quais as possíveis formas de entrada e perpetuação desses agentes?
● através de animais doentes e animais saudáveis incubando
doenças
● reposição de animais de reprodução
● animais de companhia, pássaros e animais selvagens
● roupas e calçados de visitantes e funcionários que transitam
pela granja
● funcionários ou visitantes que tiveram contato recente com
outros animais
● funcionários que não seguem todos os procedimentos de
biosseguridade
● ração, ingredientes e água contaminados
● equipamentos e veículos contaminados usados na granja
■ qual a fonte de infecção dentro do plantel para cada agente de
interesse?
■ quais as falhas no sistema de produção?
➢ o plano de biosseguridade é individual para cada granja
➢ o programa de biosseguridade contempla diversos operacionais e sua
abrangência depende de vários fatores
❖ Componentes de um programa de biosseguridade
➢ isolamento da granja
■ evitar regiões com alta densidade de suínos
■ longe de frigoríficos e abatedouros
■ avaliar o tipo de produção das granjas próximas
■ distante de estradas (mínimo de 1 km)
■ distantes de outras unidades de produção da mesma espécie por, no
mínimo, 3 km
■ distância mínima de 300 m de outros tipos de exploração animal
■ a propriedade deve ser cercada perifericamente, com uma única
entrada e com sistema de desinfecção para ingresso de pessoas e
veículos (cerca com 1,5 m de altura, podendo ser os primeiros 80 cm
com tela e o restante com arame farpado)
■ fazer uso de placas de advertência, deixando claro que a entrada é
somente de pessoas autorizadas
■ barreiras vegetais também fazem parte do sistema de isolamento
(cinturão verde - a 50 m a partir da cerca perimetral)
➢ controle de tráfego
■ não se deve permitir nenhuma visita social
■ permitido somente visitas técnicas que sejam necessárias para
agregar valor à produção, e deve ser comunicado com antecedência
■ responsabilidade da granja: manter o registro dos visitantes; impor o
tempo necessário sem contato com suínos, aves, fábrica de ração,
encontros técnicos, frigoríficos e outras atividades relacionadas com
contato animal
■ responsabilidade do visitante: no últimos 7 dias não ter estado doente
e não ter retornado de viagem internacional; deve seguir o protocolo
de higienização estipulado pela propriedade
■ o escritório da granja deve ser localizado o mais distante possível da
granja, pois esse local é onde ocorre o primeiro contato entre o cliente
e o sistema de produção (deve-ser ter muita atenção com
vendedores)
➢ higienização
■ o visitante que for autorizado a entrar na granja deve realizar a
correta higienização, devendo entrar no local de banho somente com
as vestimentas do corpo; na saída do banho deverá haver um
pedilúvio com solução desinfetante; para higiene das mãos, deve
disponibilizar solução para desinfecção e deve estar presente em
todas as instalações
■ a entrada de veículos externos à granja deve ser proibida; caso a
entrada do veículo seja extremamente necessária, é necessário que
passe por desinfecção
■ equipamentos não devem ser transportados entre galpões
■ os silos de armazenamento de ração devem ser localizados próximo
à cerca perimetral, para que os caminhões transportadores de ração
não adentrem na granja
■ o recebimento ou expedição de animais também deve ser feito
através de carregadores e o caminhão deve ficar do lado externo da
cerca perimetral
■ destino adequado dos animais mortos e restos de parição
● fossas sépticas
● valas para enterramento
● compostagem - é o processo em que microrganismos
comensais degradam a matéria orgânica; se conduzido
corretamente, não gera poluição, evita mau cheiro, destrói
agentes patogênicos; fornece como produto final um composto
orgânico ou seja, recicla nutrientes
◆ quando a câmara de compostagem está localizada na
cerca de isolamento: a colocação de animais mortos
ou resíduos de parto deverá ser feita pelo lado interno
e a retirada do composto pelo lado externo da cerca de
isolamento
◆ quando a câmara de compostagem está localizada fora
da cerca de isolamento: animaismortos ou resíduos de
parto deverão ser deslocados até a cerca de
isolamento por um veículo/carrinho de uso interno da
granja e, da cerca até a compostagem, por outro
veículo/carrinho de uso externo
● incineração
◆ de acordo com a associação, suínos mortos ou
eliminados devem ser unicamente destinados a
compostagem ou incineração
■ limpeza e desinfecção das instalações
● objetiva reduzir a quantidade de microrganismos patogênicos
no ambiente de criação
● a incidência de doenças está diretamente associada com o
desafio sanitário do ambiente
● benefícios da adoção do PLLD:
◆ melhora o desempenho produtivo e reprodutivo
◆ reduz custos com medicamentos
◆ diminui a incidência de leitões refugos
◆ reduz a prevalência de doenças bacterianas, de pele,
parasitárias e respiratórias
● para que a higienização seja bem feita, é necessário que as
instalações estejam vazias (inclusive comedouros,
bebedouros e silos, assim como desmontar partes móveis dos
equipamentos)
● a limpeza seca se caracteriza pela retirada de restos de ração,
de esterco, da sujeira impregnada no piso e paredes das baias
(é a primeira limpeza a ser feita, para que o processo de
lavagem atinja a superfície)
● limpeza úmida:
◆ lavar com água sob pressão
◆ desmontar partes móveis
◆ preparar e aplicar o detergente
◆ aguardar uma hora
◆ enxaguar com água sob pressão
◆ montar as partes retiradas
◆ deixar secar
◆ preparar e aplicar o desinfetante
◆ vazio sanitário
◆ segunda desinfecção (24h antes do alojamento)
● principais falhas:
◆ remoção incompleta dos dejetos antes dos
procedimentos
◆ mão-de-obra desqualificada ou não treinada
adequadamente
◆ lavagem insuficiente com quantidade e pressão de
água inadequada
◆ falta de desinfecção de paredes e tetos
◆ falta de limpeza e desinfecção de áreas externas
◆ falta de limpeza e desinfecção de veículos que
circulam dentro da propriedade
◆ não deixar secar após a lavação e após a desinfecção
◆ tempo de vazio sanitário insuficiente (vazio sanitário é
o período entre a higienização da granja e o
alojamento do lote seguinte; 7-10 dias)
● a condição higiênica/sanitária interfere no desempenho dos
suínos nas diferentes fases do crescimento
● desinfetante:
◆ ter ação rápida, porém durável
◆ não ser corrosivo e não deixar odor
◆ ser atóxico e não causar irritações cutâneas
◆ ser biodegradável, solúvel e estável na água
◆ ter elevado poder de penetração nas superfícies dos
materiais
● fatores que devem ser considerados na desinfecção:
◆ cálculo da quantidade de desinfetante a ser utilizado
◆ diluição: seguir a recomendação do fabricante
◆ volume de calda a ser aplicado (paredes, pisos,
muretas, cortinado, etc)
◆ rotação de princípios ativos
■ controle de moscas e roedores
● ratos podem espalhar doenças de áreas contaminadas para
não contaminadas (através das fezes, patas, pelos, urina,
saliva e sangue)
● infestação de ratos representa significativa redução na
disponibilidade de ração (um rato pode consumir 1 kg de
ração por semana e contaminar até 10x esse volume)
● deve-se conhecer o nível de infestação e as espécies
predominantes:
◆ INFESTAÇÃO BAIXA: poucos sinais, algumas fezes,
poucas tocas e ausência de trilhas ou manchas de
gordura
◆ INFESTAÇÃO MÉDIA: presença de fezes em certa
quantidade, predominando as com aspecto velho
(secas e endurecidas), materiais roídos, eventualmente
presença de ratos à noite, nenhum rato visto de dia
◆ INFESTAÇÃO ALTA: fezes frescas em grande
quantidade, rastros, manchas de gordura, trilhas,
visualização de ratos durante o dia ou noite
◆ as moscas são vetores de vírus, bactérias e fungos;
geram desconforto para funcionários e estresse para
porcas e leitões
◆ para o controle de moscas, recomenda-se o “controle
integrado” - medidas mecânicas direcionadas ao
destino e tratamento de dejetos somado ao controle
químico (aplicação de substâncias químicas com efeito
mortal para moscas adultas, jovens ou fase larval)
➢ quarentena
■ a introdução de animais de reposição no sistema de produção
representa um sério risco para a biosseguridade da granja
■ deve-se estabelecer um protocolo e segui-lo de forma restrita:
● os animais adquiridos devem ser provenientes de granjas com
garantia de alto status sanitário
● animais recém-adquiridos devem apresentar melhor ou o
mesmo padrão sanitário da granja que os adquiriu
● estes animais não devem ser colocados diretamente em
contato com os animais já mantidos na granja de destino
● a quarentena é feita em um galpão específico afastado da
granja (28-30 dias)
■ cronograma da quarentena:
● observação clínica para detectar doenças 2x/dia nos primeiros
15 dias e 1x/dia no período restante
● uso de rações sem antimicrobianos
● os animais que adoecem não são medicados antes do exame
clínico e da coleta de materiais para análise
● os animais recém adquirido devem ser tratados contra sarna,
vermifugados e vacinados contra doenças endêmicas
existente na granja
➢ educação continuada
■ refere-se ao treinamento constante de todos os envolvidos no
programa de biosseguridade
➢ auditorias e atualizações do sistema
➢ monitoramento clínico
➢ erradicação de doenças
➢ plano de contingência
Tipos de manejo das instalações
❖ é a forma como os animais de idades e fases diferentes são mantidos e transitam
nas instalações
❖ o sistema de manejo adotado pode influenciar na higienização das salas e,
consequentemente, prejudicar a biosseguridade da granja
❖ Sistema de Manejo Contínuo (SMC) - suínos de diferentes idades são mantidos
numa mesma instalação; transferência de lotes sem limpeza e desinfecção prévia
❖ Sistema de Manejo “todos dentro todos fora (all in - all out) - formação de lotes de
animais que são transferidos de uma instalação a outra dentro da granja, todos ao
mesmo tempo; esse sistema permite que seja feito um vazio sanitário no tempo
correto
Incidência de doenças no sistema de produção
❖ afeta negativamente o consumo de ração e o crescimento dos animais
❖ resulta em redução da eficiência alimentar
❖ resulta em aumento dos custos de produção
❖ reduz o bem estar dos animais
❖ aumenta a necessidade de uso de medicamentos
❖ resulta em aumento na excreção de nutrientes e no impacto ambiental
Atualização do Programa de Biosseguridade
❖ deve ser feita em função de:
➢ situação clínico-epidemiológica do sistema de produção ou da região onde
está localizado
➢ ajustar o programa para corrigir falhas
➢ novas exigências de clientes com relação à saúde dos suínos
➢ nova legislação de saúde animal nacional ou regional
Auditoria
❖ devem ser feitas pelo menos 3 auditorias anuais completas ao sistemas, sem aviso
prévio
❖ é uma ferramenta para avaliar o cumprimento/execução do plano de biosseguridade
❖ para cada componente, criar um guia de auditoria, com os principais pontos a serem
avaliados
❖ seguir um check list para assegurar objetividade e quantificar cada atividade/tarefa
❖ cada tarefa auditorada recebe uma pontuação
Qualidade da água
❖ a qualidade microbiológica da água deve ser avaliada a cada 6 meses
❖ os reservatórios de água da granja devem estar protegidos e fechados para impedir
o acesso de insetos, roedores e outros animais
❖ fazer a limpeza e desinfecção dos reservatórios a cada vazio sanitário, antes do
alojamento do próximo lote
❖ a granja que utiliza água superficial (córregos, fontes ou poços superficiais ou de
captação de chuva) deve realizar obrigatoriamente sua desinfecção por cloração
❖ em granjas que usam água de poço profundo, sua cloração somente será
necessária se no exame microbiológico para coliformes fecais indicar contaminação
❖ a água clorada deverá apresentar entre 1 e 3 ppm de cloro na saída do bebedouro
❖ a granja deverá documentar estes procedimentos e manter os registros no escritório
Manejo das leitoas de reposição
Importância do plantel de reposição
❖ substituir reprodutoras descartadas
❖ são animais de alto potencial genético = custo elevado de aquisição
❖ influência direta na lucratividade do sistema, em função da quantidade de animais
terminados produzidos durantea vida útil
❖ exige pessoal capacitado para o seu manejo
❖ possibilidade de introdução de doenças na granja
❖ a atenção no manejo do plantel determina a taxa de reposição da granja
❖ custo (aquisição/produção, instalações, mão de obra, alimentação, medicamentos,
etc)
Principais causas de descarte de porcas
❖ falha reprodutiva (principal causa)
❖ baixa produtividade
❖ idade
❖ problemas locomotores
❖ morte
❖ problemas no parto
❖ outras doenças
Tipos de descarte
❖ descarte voluntário: as razões para o descarte são idade avançada ou baixa
reprodutividade
❖ descarte involuntário: as razões para o descarte são problemas biológicos, como por
exemplo falha reprodutiva, problemas de saúde, conformação corporal, problemas
locomotores, etc
Principais falhas reprodutivas
★ essas falhas interferem na produção, aumentam os dias não produtivos (DNP’S),
elevam a taxa de descarte e causam importantes perdas econômicas
❖ retorno ao estro
➢ falha mais importante observada nas granjas: mais comum e de maior
ocorrência
➢ representam o maior percentual de perdas gestacionais
➢ dificulta alcançar as metas de taxa de parto estabelecidas
➢ importante parâmetro para o sistema medir a eficiência do manejo
reprodutivo
➢ perdas econômicas - aumento dos dias não produtivos
➢ influencia as taxas de reposição do plantel
❖ anestro
❖ abortamento
❖ fêmeas vazias ao parto
Fatores que influenciam o “DNP”
❖ dias em anestro após o desmame (IDC)
❖ repetição de cio após o desmame
❖ dias de demora para o descarte de fêmeas
❖ dias do intervalo entre a cobertura e a morte ou aborto
❖ dias desde a entrada das leitoas no plantel reprodutivo até a sua cobertura efetiva
❖ a admissão de fêmeas no plantel de reprodução somente a partir do primeiro serviço
subestima os impactos dos DNP e dos custos de produção
Cálculo de “DNP”
❖ DNP = 365 - [PFA x (PG + PL)]
➢ PFA = parto/fêmea/ano
➢ PG = período de gestação
➢ PL = período de lactação
É possível dar uma segunda chance, mas temos que avaliar vários aspectos, tal como a
acurácia; e ter um monitoramento no sistema para que haja uma estimativa;
Relação entre dados, informação e conhecimento:
● Dados: informações desestruturadas. Representam eventos ocorridos antes que
tenham sido organizados ou arranjados de maneira que as pessoas possam
entendê-los e usá-los
● Informação é o dado com significado, que está estruturado de forma adequada ao
entendimento e à sua utilização
● Conhecimento é a capacidade adquirida por alguém de interpretar e tomar decisões
com base em um conjunto de informações.
Interpretando registros de retorno
● Relatório mensais
● Relatórios por ordem de parto
● Relatórios mensais
OP: ordem de parto
O retorno do carnaval e do natal, é uma falha de manejo, uma vez que possuía menos
funcionários responsáveis pelo manejo;
Qual impacto de altas taxas de reposição no desempenho do plantel?
Uma taxa de reposição de 45% significa que quase metade do plantel de matriz vai ser
reposto no período de 1 ano
Vamos ter um percentual grande de fêmeas jovens; pois descartando muitas fêmeas
precisa fazer reposição e reflete numa alta composição de fêmeas jovens que reflete em
implicações reprodutivas e produtivas;
Concentração sérica de IgG e igA
Isso implica na imunidade passiva!
Concentração de prolactina:
Consumo de ração médio diário de leitões na fase de creche
Diferenças entre progênies de marrãs e porcas (3-7 partos) em relação à mortalidade e
remoção:
Distribuição recomendada de matrizes segundo ordem de parto
Percentual de partos na maternidade segundo ordem de parto:
O peso médio é bastante reduzido, bastante diferente da recomendação.
Origem das leitoas de reposição:
● Produzidas na própria granja
● Adquiridas de empresas de genética
Reposição com animais da própria granja:
Vantagem:
1. Questão da biosseguridade; para que não corra o risco de introdução de doença
Desvantagens:
1. O melhoramento genético é mais lento via introdução de machos ou via IA
2. É preciso prever as necessidades de reposição
3. Necessidade de manter animais de raças puras/ e ou linhagem sintéticas
4. Maior necessidade de instalações
5. Mais mão de obra
Aquisição sistemática de fêmeas de reposição:
Vantagens:
1. Não há necessidade de manutenção de plantel de leitoas de reposição
2. Material genético melhorado e moderno (> ganho genético)
3. Não há necessidade de manutenção de rebanho de raças puras
Desvantagens:
1. Alto custo de aquisição
2. Possibilidade de introdução de doenças
3. Coordenação entre fornecedor e comprador (entrega de animais)
4. Manutenção de matrizes com problemas devido ao alto custo de marrãs
Aspectos relacionados à escolha do sistema de reposição:
Seleção:
● A seleção das leitoas deve ser iniciada na maternidade: peso ao nascimento –
fêmeas que nascem com menos de 1 kg tem uma menor longevidade
●
● Uma segunda seleção deve ser realizada na creche:
o Leitoas com problemas de desenvolvimento
o Presença de anomalias (conformação)
o Mínimo de 14 tetas potencialmente funcionais
● Uma terceira seleção deve ser realizada próxima aos 140 dias de idade:
o Peso, taxa de crescimento, espessura de toucinho
o Anomalias (hérnia, lordose, xifose, escoliose, aprumos)
o Mínimo de 14 tetas potencialmente funcionais
Introdução das leitoas na granja
❖ recepção -> quarentena -> dentro da granja -> adaptação -> equilíbrio sanitário ->
leitoas bem preparadas para reprodução
Adaptação sanitária
❖ é tornar equivalente o status sanitário dos animais recém adquiridos ao dos animais
do plantel de destino, garantindo o potencial produtivo e reprodutivo
❖ deve ser gradativa, permitindo aos animais desenvolver anticorpos e outros
componentes da resposta imune pelo contato com a microbiota do novo plantel
❖ principais formas de exposição usadas:
➢ contato direto: utilizando animais de descarte (porcas e cachaços)
➢ feedback (retro-alimentação): fezes de fêmeas de porcas, fezes de leitões
com diarréia (jogar dentro das baias ou misturar com a ração); placentas e
leitões mumificados
➢ a frequência e a intensidade de exposição deve ser de 3 vezes por semana,
durante 3 semanas
Alojamento
❖ baias limpas e desinfetadas
❖ vazio sanitário mínimo de 7 dias
❖ alojar em pequenos lotes (ideal de 8 a 10 marrãs por baia) = evitar competição
➢ 1,0 m²/fêmea de até 120 dias;
➢ 1,6 m²/fêmea de 121 a 150 dias;
➢ 2,0 m²/fêmeas a partir de 150 dias (evitar superlotação)
❖ evitar pisos irregulares, abrasivos, úmidos e grades cortantes
Puberdade
❖ fatores que afetam o aparecimento da puberdade
➢ peso e idade
➢ temperatura
➢ nutrição (qualitativa e quantitativamente)
➢ efeito do macho = exposição das marrãs aos machos é um dos principais
estímulos para indução da puberdade; é um manejo recorrente nas granjas
■ garantir um efeito sinérgico do olfato + visão + audição + tato
■ o macho é introduzido nas baias da fêmea e, devido à excitação por
estar na presença das fêmeas, ele libera feromônios na urina e na
saliva, e esses feromônios induzem uma alteração na padrão
endócrino das fêmeas
Manejo para estimular a puberdade
❖ iniciar o estímulo com o macho a partir dos 160 dias de idade das leitoas
❖ este trabalho deve ser feito 7 dias por semana
❖ utilizar macho com bom apetite sexual, dócil e não muito pesado
❖ utilizar machos com boa saúde do aparelho locomotor
❖ não trabalhe com o macho por mais de 1 hora
❖ fazer rodízio de machos
❖ trabalhar com grupos pequenos de leitoas (entre 8 a 10 leitoas por baia)
❖ colocar o macho por 10-15 minutos na baia das leitoas, 2x ao dia, com intervalo
mínimo de 8 horas
❖ não alojar o macho em local com contato constante com as leitoas
❖ um macho adulto para cada 30-50 leitoas
❖ evitar que os machos trabalhem por mais de 60 minutos
❖ é importante que o funcionário esteja presente para:
➢ evitar que o macho monte a marrã
➢ evitar cobertura indesejáveis
➢ garantir contato naso-nasal do macho com todas as leitoas
➢ auxiliar o macho na estimulação das leitoas
➢ observar alterações comportamentais e físicas nas leitoas
Sinais indicativosde estro
❖ vulva inchada e avermelhada: início de 2 a 3 dias antes do cio
❖ presença de muco vaginal (claro e pegajoso)
❖ interior da vulva avermelhado
❖ alterações comportamentais:
➢ aumento de atividade física
➢ aumento de vocalização
➢ redução do consumo
➢ montam as companheiras de baias
➢ reflexo de imobilidade/tolerância à pressão lombar
Erros mais comumente observados na indução da puberdade nas leitoas
● alojar as leitoas em grupos grandes demais
● não identificar as leitoas e falhar as anotações
● início tardio do manejo com o macho
● alojar machos muito próximos às leitoas
● uso de machos com baixa libido
● uso de machos com problemas locomotores

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