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Rachell Mendes Muccini Medicina Semiologia obstétrica Causas de morte materna Causas obstétricas diretas • Hipertensão, hemorragias, infecção puerperal, aborto Causas obstétricas indiretas • Doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou puerpério Semiologia História clínica • Identificação, cor, naturalidade, procedência e endereço atual Dados socioeconômicos • Grau de instrução, profissão, situação conjugal, condições de moradia e socioeconômica Antecedentes Familiares • HAS, diabetes, doenças congênitas (mal formações fetais/ cromossomopatias), gemelaridade, doenças infecciosas (TB) Pessoais • HAS, diabetes, cardiopatia, doenças renais crônicas, anemia, doenças psiquiátricas, alergias, transfusão de sangue *Investigar, mesmo que a paciente negue Ginecológicos • Gestação planejada, padrão do ciclo menstrual, histórico de infertilidade, história de IST, data do último preventivo, história de infertilidade Antecedentes obstétricos (GPA) G • Número de gestações em que houve viabilidade fetal • Não importa a duração de cada uma delas e nem a quantidade de fetos P • Não leva em consideração o número de fetos nascido em cada parto (ex.: gemelar) A • Perda gestacional abaixo da viabilidade fetal (20-22 semanas) Termos: • Nuligesta (sem filhos) • Primigesta (1filho) • Secundigesta (2 filhos) • Tercigesta (3 filhos) • Multigesta (2 ou + filhos) • Primípara (1 parto) • Multípara (2 ou + filhos) Gestações anteriores • Idade da primeira gestação (<15 ou >35 anos- alto risco) • Intervalo entre as gestações (ideal >2 anos) • História de parto prematuro (<37 semanas) • Histórico de filho com baixo peso (<2500g) ou grande para idade gestacional (>4000g) • Morte neonatais: precoce (até 7 dias) / tardio (7-28 dias) • Histórico de natimorto (pode ter trombofilia, insuficiência placentária, diabetes) • Intercorrências nas gestações anteriores ou no puerpério (diabetes, uso de insulina, parto prematuro, HÁ, descolamento de placenta – são riscos para próxima gestação) Histórico da gestação atual • Sinais e sintomas no momento Rachell Mendes Muccini Medicina • Medicações em uso na gestação (risco de má formação fetal) • Hábitos: tabagismo, etilismo e drogas ilícitas • Atividade física antes e durante gestação Idade gestacional DUM • 1º dia da última menstruação (certeza ou dúvida?) DPP- IG 40 semanas Em caso de dúvida conferir pela USG TV, a IG deve estar compatível com a idade da USG ou no intervalo de confiança • 1º trimestre- 1 semana de diferença • 2º trimestre- 2 semanas de diferença • 3º trimestre- 3 semanas de diferença Tamanho do útero • 10-12 semanas: palpação na sínfise púbica • 16 semanas: entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical • 20 semanas: na cicatriz umbilical • 20-32 semanas: FU=IG > Bebê grande demais, investigar diabetes ou polidramnia (confirmar com ultrassom) < Investigar feto restrito, ou a bolsa pode ter rompido Cálculo da DPP: Regra de Naegele • Somas 7 ao número de dias + 9 meses • Janeiro-março: somar 9 ao número do mês • Abril-dezembro: diminuir 3 do número do mês Exame físico Dados antropométricos • IMC= peso/ altura 2 • Normal: P25-90 • Anormal: • P90 (risco de macroscopia fetal) • <25P (risco de crescimento intrauterino restrito) Dados gerais • Inspeção das mucosas: avaliação de anemia (ferropriva é comum) • Palpação de região cervical: tireoide, linfonodos submandibulares e supraclaviculares • Região oral: estado de conservação dos dentes (doença periodontal pode levar a um parto prematuro) • Ausculta respiratória e cardíaca Medida da altura uterina • Identificar o crescimento normal do feto e detectar seus desvios Ausculta de batimentos cardiofetais • Constatar a cada consulta a presença, ritmo, frequência e a normalidade dos BCF • Normal: 110-160 BPM • Sonar doppler>12s • Estetoscópio de pinar>20s *12, 13, 14 semanas 160 - 168 Recomendações • Sutiã, aumento da progesterona que causa mastalgia (dor) • Banho de sol nas mamas por 15 minutos (até 10 horas da manhã ou após 16 horas), para diminuir o risco de fissuras Rachell Mendes Muccini Medicina • É desaconselhável o uso de sabões, cremes ou pomadas no mamilo • É contra indicada a expressão do peito (ou ordenha) durante a gestação para a retirada do colostro *Amamentação durante a gestação: com 18-20 semanas, o útero não tem receptor de ocitocina, quando a mulher amamenta libera prolactina e ocitocina, quando passa das 18 semanas o útero começa a ter receptor de ocitocina e aumenta o risco de perda gestacional, além da cólica Exame das mamas • Igual o da população geral É normal sair uma secreção esbranquiçada ou amarelada (colostro) Técnica de palpação abdominal (Manobras de Leopold- Zweifel) Recomendado a partir do 2º trimestre (20 semanas, quando o útero está a nível da cicatriz umbilical) • 1º tempo: ao lado D da paciente, com as duas mãos encurvadas, delimita-se o fundo do útero e observa qual o polo fetal o bebê está • 2º tempo: determina-se a posição fetal. Desliza às mãos do fundo uterino em direção ao polo inf (sínfise púbica) para identificar o lado do dorso fetal, se tiver na vertical, importante pois a ausculta será realizada ao lado do dorso • 3º tempo: avalia a mobilidade da apresentação com o estreito superior da pelve. Apreende o polo entre o indicador e polegar imprimindo movimentos de lateralidade. É feita para saber se o bebê está insinuado (encaixado), se movimentar ele não está “encaixado na pelve”, não está no estreito superior da pelve • 4º tempo: o examinador fica de costas para a paciente na tentativa de penetrar os dedos na pelve. Averigua o grau de insinuação do polo apresentado. Coloca as duas mãos e tenta puxar o bebê para cima, se ele se movimenta, ele provavelmente ele não está insinuado. Se não conseguir colocar as mãos ali, significa que o bebê está encaixado As manobras têm por objetivo determinar a situação (posição), apresentação e insinuação (encaixado ou não) Situação • Longitudinal (o maior eixo do bebê, está voltado para o maior eixo da mãe) • Cefálica ou pélvica (pode nascer via vaginal, porém com dificuldade) • Transversa (maior eixo do bebê, está transverso ao da mãe) (córmica), não nasce via vaginal Genitália Rachell Mendes Muccini Medicina • Avalie a vulva, o períneo, o introito vaginal, a região anal (maior risco de hemorroida) • Palpação da região inguinal à procura de linfonodomegalia (risco de infecção vaginal, é importante pois pode levar a um parto prematuro) Exame especular • 1ª consultae se a paciente tiver alguma queixa de corrimento vaginal que aumentam os riscos de um parto pré maturo • Gravidas possuem um maior risco de vulvovaginites, porque diminui a imunidade • Introduza e analise a mucosa e o conteúdo vaginal, o colo e o aspecto do muco cervical. Pesquise a presença de lesões, sinais de infecção, distopias e incompetência istmo-cervical (aborto no canal) • Colete do material para exame colpocitopatológico (se não tiver exames do último ano). Introduz a espátula, mas evita introduzir a escova no canal endocervical Toque bimanual • Avalie as condições do colo (permeabilidade), o volume uterino (regularidade e compatibilidade com a amenorreia), a sensibilidade à mobilização do colo do útero Extremidades • Exame maleolar e lombar • Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico • Edema é fisiológico na gravidez, mas se acentuado chama atenção para pré eclampsia (perda de proteína, diminui a pressão oncótica dentro do vaso, levando líquido para o meio extra celular) • O edema precisa ser simétrico (dos dois lados), precisa medir, se tiver diferença de 2 cm, entre uma perna e outra chama atenção para trombose (TVP- trombose venosa profunda), precisa pedir doppler e tratar • Exame de toque é realizado na primeira consulta, e quando a paciente apresentar alguma queixa de contração • As enfermeiras podem prescrever durante o pré natal • Infertilidade conjugal • < 35 anos, 1 ano para engravidar • >25 anos, 6 meses • Em casos de endometriose, preferir parto via vaginal • Gestação múltipla, <15 anos ou >35 são gestações de alto risco Anotações
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