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Agentes Epilépticos Epilepsia o Distúrbio neurológico crônico caracterizado por crises convulsivas recorrentes. o Afeta 1% da população mundial. o Convulsões são episódios limitados de disfunção cerebral, decorrentes de descarga de alta frequência de impulsos por um grupo de neurônios cerebrais. o Uma crise isolada não é sinônimo de Epilepsia, podem ser: Deficiência de oxigênio, Traumatismo craniano, Hipoglicemia, Intoxicações (uso excessivo de álcool, abuso da cocaína e abstinência alcoólica). Crises febris sendo que crianças (6 meses a 6 anos) são mais vulneráveis às crises desencadeadas por febre, que não significam epilepsia. o Etiologia: ▪ Alterações na permeabilidade da membrana celular ou na distribuição de íons através das membranas neuronais. (Na+ e Ca++) ▪ Redução da inibição da atividade neuronal cortical e do tálamo ou mudanças estruturais que alteram a excitabilidade dos neurônios. ▪ Desequilíbrio de neurotransmissores. ▪ Mutações genéticas causadoras de defeitos nos canais iônicos o Sintomas: O local da descarga primária e a extensão de sua propagação é que determinam os sintomas produzidos: ▪ Córtex motor: convulsões (contrações musculares involuntárias abruptas e mal coordenadas). ▪ Hipotálamo: descarga autonômica periférica. ▪ Formação reticular: perda da consciência. ▪ Córtex parietal ou occipital: alucinações visuais, auditivas ou olfatórias. o Classificação segundo a causa: ▪ Epilepsia Primária: Não há causa anatômica específica para a crise. Suspeita-se de causa hereditária. Uso de antiepiléticos pelo resto da vida. Como se fosse fisiológica. ▪ Epilepsia Secundária: Hipertermia (crises febris), Neoplasias, Meningite e outras infecções, Traumatismo cranioencefálico, Hipoglicemia, Hipóxia, Uremia, Uso de drogas estimulantes do SNC, Síndrome de abstinência do álcool (delirium tremens). Como se fosse uma seqüela. Principais tipos de Crises Epilépticas o A forma da crise depende da parte do cérebro afetada por descargas neuronais episódicas. o Crises de Epilepsia Parciais: Descarga anormal local ou em focos localizados (pode resultar de agressão ao SNC (traumatismo, meningite). Muito comum acontecer em seqüelas, através de uma epilepsia secundária. ▪ Parcial Simples: Não há perda da consciência. Área motora: movimento motor. Localizado a um único membro ou grupo muscular ou pode espalhar para outras partes do corpo. Área sensorial: distorções somatossensitivas (alucinações, formigamento, sensações gustatórias). Estimula o SNA pode ocorrer rubor, taquicardia, sudorese, alterações pupilares, hipo ou hipertensão. Só não atua na parte de perda de consciência. ▪ Parcial complexa ou Epilepsia psicomotora: Afeta geralmente o lobo temporal. Perda da consciência (mais tardia). Disfunção motora: movimentos intencionais estereotipados (mastigatórios, movimentos de acariciar ou esfregar, estalar os lábios, fazer careta, bater os pés). Sintomas autonômicos: diarréia, escape urinário, midríase, sudorese, salivação. O paciente não se recorda depois da crise. Manifestação focal mais se torna generalizada. o Crises de Epilepsia Generalizadas: Descarga anormal simultânea de ambos os hemisférios cerebrais (Idiopática; contudo, em geral, a função neurológica encontra-se normal). Atividade elétrica anormal em ambos os hemisférios. Há perda imediata da consciência. Tendência em ser primária. (Essa crise é o que mais acontece). ▪ Convulsões tônico-clônicas (tipo grande mal): Contração forte inicial de toda a musculatura (travando a musculatura). Interrupção da respiração (cianose morde ou engole a língua); Defecação, micção e salivação são frequentes, Perda da consciência (3 a 4 minutos), Fadiga após convulsão (confusão e mal-estar). Pode ocorrer lesão durante o episódio convulsivo. Pela força da contração pode lesionar o cérebro, e pela hipoxia a lesão pode ter seqüela. Dura de 2 a 4 min e ocorre espasmos musculares violentos. ▪ Crises de ausência (Tipo pequeno mal): Inicio em idades de 3 a 5 anos, Pode ocorrer mais frequentemente, Tendem a desaparecer na adolescência, Interrupção súbita e breve da consciência. Olhar fixo e rápido piscar de olhos; imobilidade e apatia. Inconsciência de 3 a 30 segundos. Pouco ou nenhum distúrbio motor. Amnésia. Retorna a consciência e as atividades normais. ▪ Convulsões Mioclônicas: Contrações musculares súbitas e breves (choques) podem ocorrer em conjunto com outros tipos de convulsões. ▪ Crises Convulsivas Febris: Ocorre em crianças entre 3 meses a 5 anos de idade (febre elevada). Convulsões tônico-clônicas generalizadas de curta duração. ▪ Mal do Estado Epiléptico: Crises convulsivas agudas de duração superior a 10min ou crises que se repetem numa frequência tal que a recuperação entre os ataques não ocorra. o Deixar o indivíduo deitado de lado com a cabeça eleva da em algo macio. Manter a calma. Não tentar restringir o paciente durante a crise. A crise cessa após alguns minutos. Aguardar ao lado do paciente até que a respiração se normalize e ele queira se levantar. Terapia Farmacológica da Epilepsia e Convulsões. o Monoterapia: Primeira linha começa com um fármaco apenas. o Politerapia: Controle inadequado de crises com duas monoterapicas sequenciais. Paciente de alto risco para agravamento de crises. Mecanismo de Ação dos Antiepilépticos o Potencialização da atividade do GABA: (aumento da atividade sináptica inibitória) ▪ Potencializando a ativação dos receptores GABA A: Fenobarbital, primidona e benzodiazepínicos. ▪ Inibição da GABA transaminase (enzima de degradação do GABA): Vigabatrina-Sabril® e Aumenta o tempo de permanência do GABA no receptor. ▪ Inibindo a receptação do GABA para o terminal sináptico: Tiagabina (Inibe a recaptação do GABA, aumentando o tempo de permanência do GABA). o Bloqueio dos canais de sódio voltagem-dependente: Reduzindo a excitabilidade das membranas neuronais. Propriedade de “dependência de uso”. Fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico e lamotrigina. Durante uma convulsão, os canais de Na+ em alguns deles, essa atividade de abrir o canal de influxo do Na+ fica muito elevado, extremamente excitatório. Esse grupo de fármaco vão nesses receptores com muita excitabilidade e bloqueia eles, não bloqueando todos, e sim fora do normal. ▪ Bloqueio uso-dependente: Os neurônios que disparam rapidamente mostram-se mais susceptíveis à inibição. Em geral, estes fármacos exibem acentuada especificidade para tratamento das convulsões focais. o Diminuição da atividade sináptica excitatória: ▪ NMDA (bloqueio para não cair o glutamato na fenda): Diminui a liberação do glutamato, impedindo a ativação de receptores glutamatérgicos. Lamotrigina-Lamictal®. ▪ AMPA: Bloqueio do receptor glutamatérgico do tipo. Pode deixar o glutamato cair, porem, tem efeito antagônico (bloqueia o receptor). Topiramato-Topamax. o Inibição da função dos canais de cálcio: Gabapentina Neurotin®, Progresse®. Liga-se aos canais de cálcio tipo T regulados por voltagem (diminui entrada de Ca++ e diminuição da liberação sináptica de glutamato) o Comparação das ações dos fármacos Antiepiléticos ▪ Fármacos antiepilépticos que potencializam a ação inibitória do GABA= reduzem a excitação neuronal. ▪ Fármacos antiepilépticos que bloqueiam o canal de Na+; Ca++= inibem a excitação neuronal. ▪ Fármacos que bloqueia ação do glutamato Fenobarbital o Gardenal®, Edhanol® o Mecanismo de Ação: Potencializa a atividade do GABA no receptor GABA A, Baixas doses (ação anticonvulsivante), Altas doses (depressão profunda do SNC). o Usos Terapêuticos: Prevenção das crises convulsivas generalizadas tônico-clônicas. Prevenção das Crises convulsivas parciais simples – atua em 50%. Tratamento de crises convulsivas febris. Tratamento do estado do mal epiléptico - quando não responde ao diazepam com fenitoína. o Interações Medicamentosas: Provoca auto-indução e indução enzimática cruzada: Anticoncepcionais orais, anticoagulantes orais, outros anticonvulsivantes. Ácido valpróico – aumento da concentração plasmática do fenobarbital. o Reações Adversas: Sedação(tolerância com o uso continuado); Depressão respiratória com aumento de doses ou infusão IV rápida; Tolerância e dependência; Toxicidade cognitiva (dificuldade de aprendizado). Toxicidade comportamental (Reações psicóticas agudas com agitação e confusão mental). Hemorragias em fetos de mães epilépticas; Reações de hipersensibilidade: Erupções cutâneas (rash cutâneo), síndrome de Stevens-Jonshon. Anemia megaloblástica. Osteomalácia (desmineralização de ossos maduros). A interrupção do fenobarbital aumenta as crises de recorrência (processo de desmame). o É utilizado principalmente como fármaco alternativo no tratamento das convulsões focais e convulsões tônico-clônicas. o Devido aos seus efeitos adversos, seu uso clínico tem diminuído com a disponibilidade de medicamentos mais efetivos. Benzodiazepínicos o Diazepam – valium®, o Clonazepam – rivotril®; o Clobazam – frisium®, urbanil®; o Lorazepam; o Midazolam; o Mecanismo de ação: Potencializa a atividade do GABA no receptor GABA A. o Usos Terapêuticos: Prevenção de crises mioclônicas (clonazepam, clobazam). Prevenção de crises de ausência (clonazepam, clobazam). Prevenção de crises parciais e generalizadas (qualquer) Tratamento de Estado do mal epiléptico (diazepam IV). Tratamento de crises convulsivas febris – diazepam IV. o Reações Adversas: Tolerância e dependência. Sedação, letargia e fadiga com doses elevadas. Ataxia, tonturas e alterações do comportamento. Déficit de memória e atenção. Depressão do SNC (depressão respiratória e cardíaca) quando usados IV em situações de emergências. o Os benzodiazepínicos apresentam alto índice terapêutico, sendo seguros. Fenitoína o Hidantal®, Epelin® o Primeiro anticonvulsivante sem atividade sedativa. o Mecanismo de Ação: Bloqueio uso dependente dos canais de sódio voltagem (dependente). o Usos Terapêuticos: Prevenção de crises convulsivas generalizadas tônico-clônicas. Prevenção de crises convulsivas parciais simples e complexas. Tratamento do mal do estado epiléptico (uso IV). Antiarrítmicos (principalmente na intoxicação por digitálicos). o Farmacocinética: 90% de ligação com proteínas plasmáticas (albumina): Salicilatos, fenilbutazona e valproato podem deslocar a fenitoína. Metabolismo é hepático. Em baixas concentrações (meia-vida de 24h). Em altas concentrações (cinética de ordem zero). Fenômeno de saturação das enzimas hepáticas. Pode determinar uma toxicidade fármaco-induzido. o Interações Medicamentosas: Provoca indução enzimática (Anticoncepcionais orais, anticoagulantes orais). Sofre deslocamento das proteínas plasmáticas (Ácido valpróico, tiroxina, triiodotironina, AINES). Antiácidos diminuem sua absorção. Sofre inibição enzimática (Ácido valpróico, cimetidina, cloranfenicol, dissulfiram e isoniazida). o Reações Adversas: Hiperplasia gengival – reversível (50% dos usuários, principalmente crianças). Hirsutismo (Secreção aumentada de androgênios). Depressão do SNC - nistagmo, ataxia, vertigem e diplopia. Nível de cerebelo e do sistema vestibular. Distúrbios cognitivos. Náuseas e vômitos. Reações de hipersensibilidade (Erupções cutâneas; rash cutâneo; síndrome de Stevens-Johnson). Anemia megaloblástica (Interfere no metabolismo do ácido fólico). Colapso cardiovascular (↑ doses – bloqueio de canais de Na+ cardíaco) Efeitos teratogênicos: (“Síndrome hidantoínica fetal” (retardo do crescimento intra-uterino, microcefalia, deficiência mental, hérnias, hipoplasia de unhas e falanges). Fenda lábio-palatal. Fenda lábio-palatal. ↓ crescimento e deficiência mental Carbamazepina o Tegretol®. o Mecanismo de Ação: Bloqueio uso dependente dos canais de sódio voltagem – dependente. o Usos Terapêuticos: Prevenção de crises convulsivas generalizadas tônico-clônicas. Prevenção de crises convulsivas parciais simples e complexas (Parece ser mais eficaz e causar menos efeitos adversos). Tratamento de pacientes maníaco-depressivos (depressão bipolar). Não é eficaz nas crises de ausência. o Farmacocinética: Metabolismo hepático. Indutor enzimático (auto-indução e indução enzimática cruzada). Sua meia-vida diminui com o uso crônico. o Interações Medicamentosas: Antibióticos macrolídeos (eritromicina), cimetidina, antagonistas de canais de cálcio (verapamil e diltiazem) (Potencializam a toxicidade da carbamazepina). Provoca auto-indução e indução enzimática cruzada. o Reações Adversas: Reações relativamente comuns, toleráveis e reversíveis. Sedação, ataxia, vertigem, diplopia e visão turva. Pouco risco de comprometimento cognitivo. Reações de hipersensibilidade (Erupções cutâneas e Síndrome de Stevens-johnson). Depressão da medula óssea (Leucopenia transitória e discreta. Desaparece em torno de 4 meses de uso contínuo). Hepatotoxicidade (testes de função hepática). Evitar no 1º trimestre de gravidez – potencial teratogênico. Oxcarbazepina o Auran®, Trileptal®. o É uma pró-droga. o Evita metabólito epóxido da carbamazepina, responsável pelos efeitos tóxicos da droga. o Possui menos reações adversas e interações que a carbamazepina. o Causam menos indução enzimática. Ácido Valpróico o Depakene®, Valpakine®. o Mecanismo de Ação: Bloqueio uso dependente dos canais de sódio voltagem (dependente). Inibem canais de Cálcio tipo T. Atua potencializando a atividade do GABA. Hipóteses: ▪ Inibição da enzima GABA transaminase - ↓ degradação do GABA. ▪ Inibição da enzima GABA desidrogenase semi-aldeído succínica - ↓ degradação do GABA. ↑ síntese do GABA.= generalizadas tônico-clônicas (↓ incidência e a severidade das crises). Prevenção de crises parciais complexas. Tratamento de pacientes maníaco-depressivos (depressão bipolar). o Interações Medicamentosas: ↑ níveis plasmáticos de outros fármacos por inibição enzimática: Fenobarbital, primidona, fenitoína, carbamazepina e lamotrigina. o Reações Adversas: Hepatotoxicidade fatal (Maior incidência em crianças menores de 2 anos). Alopecia reversível (5%). Sedação, ataxia e tremores. Náuseas e vômitos Reações de hipersensibilidade (Erupções cutâneas). Hemorragias (↑ tempo de sangramento em razão da trombocitopenia e da inibição da agregação plaquetária). Teratogênico (causa espinha bífida). Distúrbios endócrinos. (Distúrbios da menstruação, ovários policísticos, hiperandrogenismo, obesidade e resistência à insulina). Antiepilépticos X Gravidez o Questão difícil: Efeitos teratogênicos para o feto. o Suspensão do tratamento gera riscos para a mãe e para o feto (risco de hipóxia). o A decisão de continuar ou reduzir a dose deve levar em conta: Tipo de crise convulsiva. Gravidade da epilepsia e Tipo de medicamento e posologia. o Caso possível, a redução de dose é o mais prudente a se fazer. o Uso em monoterapia (se possível). o Suplementação de ácido fólico (evitar anemia megaloblástica) e Suplementação de vitamina K (evitar distúrbios hemorrágicos nas crianças nascidas de mães epilépticas) Fármacos: Doenças Neurodegenerativas o Doenças neurodegenerativas são caracterizadas pela morte neuronal. o As abordagens farmacológicas disponíveis visam atenuar as perdas neuronais. o Mecanismos Básicos propostos para os distúrbios neurodegenerativos: Células T ativadas, Radicais livres, Proteases, IL 1β, TNF – α → Depósito de protéico (amiloidose); Excitotoxicidade neuronal; Estresse oxidativo e Apoptose. o Doença de Alzheimer: forma placa e emaranhados. Doença de Huntington: forma inclusões intranucleares. Esclerose: forma agregados amiotróficos laterais. Parkinson: forma corpos de Lewy. Doença de Alzheimer: o Principais Queixas: Mais da metade dos idosos se queixam de prejuízos da memória: Para lembrar nomes, Para encontrar a palavra correta, Para lembrar onde os objetos estão colocados, Para se concentrarem. o Características: Afeta mais de 10% das pessoas com mais de 65 anos. çÉ um tipo específico de demência (sem um causador, como o derrame, trauma cerebral ou álcool). o Demência: Prejuízo da memória de curta e longa duração, do pensamento abstrato, da capacidade de julgamento e também das funções corticais superiores como a linguageme a função motora. o Geralmente associado: Agitação, agressividade, psicose e ansiedade. o A doença de Alzheimer (DA) é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda da memória e diversos distúrbios cognitivos. o O diagnóstico da Doença de Alzheimer não se dá apenas pela presença de um prejuízo da memória, mas, também de um prejuízo na linguagem, na capacidade cognitiva, laborativa e social. o Esses sintomas não são exclusivos da DA. o Progressão: ▪ Leve: Diminuição da capacidade para realizar tarefas sociais e ocupacionais complexas. Dura cerca de 2 anos. ▪ Moderada: Problemas em escolher as roupas, incapacidade para dirigir, dificuldade para lembrar o ano corrente e para preparar um simples café. Dura cerca de 1 ano e meio. ▪ Moderadamente grave: Pacientes precisam de ajuda para se vestirem, tomarem banho e se arrumarem e se tornam mais agressivos. Dura cerca de 2 anos e meio. ▪ Grave: perdem a continência urinária e fecal, começam com frequência a gritar e chorar e apresentam discurso limitado. Dura cerca de 1 ano e meio. Morte está associada a complicações da imobilidade. o Neuropatologia: Diminuição do volume cerebral e perda localizada de neurônios, principalmente no hipocampo e no prosencéfalo basal (principalmente neurônios colinérgicos = ACh). A atividade da colina acetiltransferase no córtex e no hipocampo encontra-se reduzida (30 a 70%), assim como o número de receptores nicotínicos no córtex. o Fisiopatologia: Placas amilóides que é depósito extracelular da proteína beta amilóide (proteína normal da membrana neuronal). Agregados neurofibrilares são filamentos de uma proteína fosforilada associada ao microtúbulo (Tau). o Tratamento da Doença de Alzheimer: inibidores da colinesterase: Donepezila, Galantamina, Rivastigmina. Não é hepatotóxico. Duração de efeito longa e maior especificidade pelo tecido cerebral. Não atua em colinesterase de tecidos periféricos. Têm benefício definido para o tratamento de sintomas cognitivos na DA, com aceitável segurança. o Principais Efeitos Farmacológicos (periféricos) dos Anti-Colinesterásicos: Tacrina, Fisostigmina Aumento das secreções (Salivar, Gástrica e de Suor). Estimula a Motilidade Gastrintestinal e Relaxamento dos Esfíncteres. Doença de Parkinson: o James Parkinson (século XIX). Origem neuroquímica observada em 1960. o Principalmente causada por fatores ambientais, embora possa ser hereditária. o Prevalência aumentada em indivíduos acima de 60 a 65 anos. o 60 casos para cada 100.000 habitantes. o Neuropatologia: Perda significante de neurônios dopaminérgicos na substância negra e gânglios da base. Afeta, em menor grau, outras monoaminas como 5- HT e NA. Inclusões citoplasmáticas anormais – Corpos de Lewy (agregados de α-sinucleína). Torna os neurônios suscetíveis ao estresse oxidativo. Sequência de sinais anormais, resultando na perda do controle do movimento muscular (não tem dopamina e ACh para ativar o GABA) o Características: Tremor de repouso, Rigidez muscular, Bradicinesia (lentidão dos movimentos) e Anormalidades posturais. o Tratamento: ▪ Fármacos que repõem a dopamina: Levodopa: tratamento de 1ª linha. Levodopa via oral é metabolizada nos tecidos periféricos (COMT) e no TGI (MAOa) pela AADC. Diminui a dose efetiva de Levodopa para o cérebro e aumenta os efeitos adversos periféricos. Sempre associada à carbidopa (inibidor da dopa descarboxilase). Maior fração de Levodopa disponível para o cérebro, menor dose de Levodopa, menos ef. 80% dos pacientes melhoram da rigidez e da hipocinesia. A eficácia diminui com o tempo (progressão natural da doença, regulação de receptores). Benefícios diminuem depois de 3 ou 4 anos de terapia. Efeitos adversos: discinesia (movimentos involuntários de contorsão) e efeito “liga-desliga”, náusea, anorexia, hipotensão e efeitos psicológicos. ▪ Fármacos que mimetizam a ação da dopamina: Potente agonista dos receptores D (Bromocriptina, Pergolida, Pramipexol*, Ropirinol*). Duração de ação é mais prolongada que a da Levodopa. Menos tendência para causar discinesia e efeito “liga-desliga”. Efeitos adversos: anorexia, náusea, vômito, hipotensão postural, alucinações, delírios, cefaléia, aumento do estado de vigília. Importante papel como terapia de primeira linha. ▪ Fármacos que liberam dopamina: Amantadina (Aumenta a liberação de dopamina nas terminações nervosas centrais e inibe sua receptação). Menos eficaz que a Levodopa e seus efeitos benefícios podem ser de curta duração. Efeitos adversos: Semelhantes ao da Levodopa, porém menos severos. ▪ Inibidores da MAO B: Selegilina (Bloqueio seletivo e irreversível da MAO B, aumentando a atividade dopaminérgica). Aumenta a ação da Levodopa e, quando administrados juntos, reduz a dose necessária de levodopa. Apresenta efeito terapêutico pequeno se usada isoladamente. Utilizada como terapia adjuvante para pacientes com declínio ou flutuação da resposta a levodopa. Efeitos adversos: discinesias, angina pectoris, arritmias, cefaléias, insônia, náusea, perda de peso, queda de cabelo, alucinações, ansiedade, sudorese ▪ Inibidores da COMT: Úteis em pacientes em uso de levodopa que desenvolveram flutuações de resposta. Resulta em resposta mais estável, opção de reduzir a dose diária de levodopa ▪ Antagonistas do receptor colinérgico muscarínico: Antagonizam os efeitos excitatórios da ACh no estriado, através do bloqueio pós-sináptico de receptores muscarínicos. Triexifenidil, Biperideno* e Benzatropina. Efeito mais limitado (diminui o tremor mais que a rigidez ou hipocinesia). Efeitos adversos: boca seca, taquicardia, retenção urinária, constipação, sonolência e confusão. São mais frequentemente utilizados nos estágios iniciais da doença ou como adjuvantes da terapia com Levodopa. Utilizado no tratamento do parkinsonismo induzido por droga, observado com terapia antipsicótica.
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