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Hipnóticos e Sedativos ↘ Ansiólise → Sedação → Hipnose ↘ Efeito contínuo e crescente de depressão do SNC ↘ Depressão respiratória e morte → Último estágio → Transtorno de insônia ↘ Queixa de insatisfação com a quantidade ou qualidade do sono pelo menos três noites na semana por no mínimo três meses ↘ Insônia inicial → Insônia intermediária → Insônia final ↘ Sono não restaurador → Farmacologia ↘ GABAérgicos ↘ Fármacos que atuam no sistema melatonina-orexina ↘ Outros → GABA ↘ Principal neurotransmissor inibitório ↘ Se liga a receptores GABAA e GABAB ↘ GABAA → Receptor ionotrópico; entrada de cloreto com consequente hiperpolarização ↘ Pentamérico → 2 subunidades α, 2 subunidades β, 1 subunidade curinga ↘ GABA se liga entre subunidades α e β ↘ Existem 6 tipos de subunidades α (1-6) → α1 é a mais importante farmacologicamente para hipnose, sedação → Barbitúricos ↘ Barbital, fenobarbital (anticonvulsionante), tiopental (anestésico geral), primidona (anticonvulsionante) ↘ Em baixas doses → Moduladores alostéricos positivos de GABAA (desconhece-se localização do seu sítio de ligação) → ↑ Afinidade do GABA pelo seu sítio de ligação → ↑ Duração da abertura do canal de cloreto → ↑ Ação depressora do SNC ↘ Em altas doses ↘ Age como agonista de receptores GABAA → Ação depressora ainda maior ↘ Antagonismo não-competitivo de receptores AMPA e NMDA (glutamatérgicos) → Ação depressora ainda maior ↘ Interações com diversos canais iônicos → Farmacocinética dos barbitúricos ↘ Rápida absorção e lenta eliminação ↘ Bastante lipofílicos ↘ Potentes indutores enzimáticos → RAMs dos barbitúricos ↘ No momento → ↓ da PA, laringoespasmo, ↓ ritmo respiratório ↘ Após → Sedação, tontura, confusão mental, prejuízo motor, insônia rebote → Tolerância de dependência de barbitúricos ↘ Efeitos sedativo e hipnótico >>> Anticonvulsionante e letal (encurtamento da janela terapêutica por ↑ dose mínima terapêutica sem alteração da dose máxima letal) ↘ Dependência física e psicológica → Efeito euforizante ↘ Síndrome de abstinência → Irritabilidade, insônia, fonofobia e fotofobia, depressão e (+ grave) convulsões → Sobredosagem de barbitúricos ↘ Depressão intensa do SNC ↘ Causa de morte → Complicações pulmonares e renais ↘ Manejo → Medidas de suporte, hidratação, alcalinização da urina → Interações medicamentosas dos barbitúricos ↘ Outros depressores do SNC ↘ Aceleram a eliminação de diversos fármacos → Benzodiazepínicos ↘ Alprazolam, bromazepam, clonazepam, cloxazolam, diazepam, estazolam, flunitrazepam, flurazepam, midazolam, nitrazepam, temazepam ↘ Sítio de ligação, diferente dos barbitúricos, é conhecido → Entre subunidades α e γ ↘ Modulação alostérica positiva de receptores GABAA → ↑ Frequência de abertura do canal de cloreto na presença de GABA → Ação depressora do SNC → Farmacocinética de benzodiazepínicos ↘ ↑ Lipofilia → SNC rapidamente ↘ ↑ Absorção no TGI ↘ Ligação a proteínas plasmáticas (lipofilicidade) ↘ Substratos dos citocromos P450 → Duração do efeito → Metabólitos também ativos ↘ Sem formação de metabólitos ativos (levando em consideração os slides) → Midazolam, brotizolam, exazepam, alprazolam, bromazepam, flunitrazepam, lorazepam, nitrazepam e clonazepam (sendo estes dois últimos ansiolíticos, enquanto o resto é hipnótico) ↘ Formação de metabólitos ativos → Clobazam, diazepam, flurazepam e prazepam → RAMs dos benzodiazepínicos ↘ Sedação, tonturas, confusão mental, amnésia retrógrada, náuseas, prejuízo do desempenho motor → Tolerância e dependência de benzodiazepínicos ↘ Risco de dependência física e psicológica ↘ Síndrome de abstinência → Similar os aos barbitúricos, porém menos intensa; surgimento da síndrome também é influenciado pela duração do efeito (formação ou não de metabólitos ativos) → Sobredosagem de benzodiazepínicos ↘ Casos fatais → Administração em associação a outros depressores (álcool) ↘ Flumazenil → Antagonista de receptores benzodiazepínicos → Interações medicamentosas dos benzodiazepínicos ↘ Efeito sinérgico com outros depressores do SNC ↘ Inibidores da metabolização de benzodiazepínicos → Cimetidina, omeprazol, antifúngicos azoicos, aminoglicosídeos ↘ Indutores CYP 3A4 → Aceleram o metabolismo de benzodiazepínicos → Benzodiazepínicos x Barbitúricos ↘ Maior índice terapêutico, maior segurança na sobredosagem, não provocam indução enzimática, maior incidência de tolerância, menor propensão ao abuso → Benzodiazepínicos como hipnóticos ↘ Curta duração → Estazolam ↘ Longa duração → Flurazepam → Uso crônico de benzodiazepínicos ↘ Tolerância, insônia rebote, piora gradual do padrão de sono, ↑ risco de desenvolvimento de prejuízo cognitivo e demência em idosos, ↑ risco de quedas, fraturas, acidentes automobilísticos e intoxicações ↘ Melhora do padrão de sono associado à interrupção da medicação → Z drugs ↘ Ação seletiva sobre receptores benzodiazepínicos que contém a subunidade α1 ↘ Efeito mais seletivo → Sedativos e hipnóticos ↘ Insônia inicial → ↓ t ½ ↘ Mais seguro para idosos e gestantes ↘ Tolerância e dependência similares ↘ Flumazenil → Antagonista ↘ Zolpidem; zaleplona; zopiclona e eszopiclona → Fármacos que atuam no sistema melatonina-orexina ↘ Ritmo circadiano → ↑ Melatonina em períodos noturnos (diminuição da incidência de luz solar) ↘ Melatonina ↘ Agonista de MT1 e MT2 ↘ Não recomendada para o tratamento do transtorno de insônia (Consenso Brasileiro de Insônia, 2013) ↘ Ramelteona ↘ Insônia crônica (inicial) ↘ Agonista de MT1 e MT2 ↘ Suvorexant ↘ Antagonista reversível dos receptores de orexina (OX1R e OX2R) → Outros fármacos Anticonvulsionantes (ou antiepilépticos) ↘ Crise convulsiva ≠ Epilepsia ↘ Crise convulsiva → Alteração transitória do comportamento causada pela ativação desordenada, sincrônica e ritmada de populações de neurônios cerebrais ↘ Descargas locais rápidas, excessivas e ocasionais ↘ Perda do mecanismo de controle inibitório ↘ Aumento da excitabilidade neuronal ↘ Epilepsia → Distúrbio da função cerebral caracterizado pela ocorrência periódica e imprevisível de convulsões ↘ Sinais e sintomas determinados pelo tipo de crise ↘ Focal OU Generalizado ↘ Crises focais podem ser perceptivas OU disperceptivas; nesta última, ocorre perda de consciência ↘ Sucessão de ictus convulsivos → Eletroencefalograma apresentando ondas de ↑ amplitude e ↑ frequência → Convulsões Tônico-Clônicas Generalizadas (TCG) ↘ Fase tônica ↘ Fase clônica ↘ Estupor pós-ictal → Silenciamento das ondas neuronais; momento de intervenção ↘ Tratamento das epilepsias é paliativo, porém não curativo → Fármacos anticonvulsionantes ↘ Brometores → Barbitúricos → Benzodiazepínicos → Fármacos com eficácia comprovada por testes em animais, mas sem mecanismo explicado ↘ Principais mecanismos de ação ↘ Inativação de canais de Na+ dependentes de voltagem ↘ Bloqueio de canais de Ca2+ do tipo T ↘ Potenciação da neurotransmissão de GABA ↘ Inibição da neurotransmissão de Glutamato → Inativação de canais de Na+ dependentes de voltagem ↘ Brivaracetam, carbamazepina, eslicarbazepina, felbamato, fenitoína, lacosamida, lamotrigina, oxcarbazepina, rufinamida, topiramato, valproato, zonisamida ↘ Fármacos possuem afinidade pela forma inativa dos canais de sódio → Se ligam aos canais aumentando o período refratário ↘ Bloqueio uso-dependente → Células mais ativas vão ser as primeiras a ser inativadas → A fisiopatologia colabora no bloqueio → Bloqueio de canais de Ca2+ do tipo T ↘ Esses canais são expressos especialmente no tálamo; pós- sinápticos ↘ Responsáveis por correntes de cálcio persistentes ↘ Ictus ponta-onda lenta → Crises de ausência → Potenciação GABAérgica ↘ Fenobarbital e primidona; benzodiazepínicos; felbamato, topiramatoe zonizamida; estiropentol ↘ Mecanismos → ↑ GABA → ↑ Influxo de cloreto → Ação depressora ↘ (‒) Recaptação de GABA → Tiagabina ↘ (‒) Degradação do GABA → Valproato e vigabatrina ↘ ↑ Síntese de GABA → Valproato → Inibição Glutamatérgica ↘ Pós-sináptica ↘ Antagonistas AMPA → Perampanel, fenobarbital e primidona, topiramato ↘ Antagonistas NMDA → Felbamato e valproato (?) ↘ Pré-sináptica ↘ Canais de cálcio do tipo L → Auxiliam na liberação de glutamato ↘ ↓ Influxo de cálcio → Pregabalina e gabapentina ↘ Modulação dos canais (não específico) → Lamotrigina e topiramato ↘ Interação com complexo proteico SNARE → Realiza fusão de vesículas com a membrana ↘ Bloqueio da proteína SV2A → Levetiracetam e brivaracetam → Abertura de canais de K+ (KCNQ) ↘ Manutenção do estado de repouso ↘ Retilgabina → Se liga ao canal facilitando a saída de potássio → Hiperpolarização → Farmacocinética ↘ Maioria → Boa absorção por via oral (80-100%) ↘ Maioria → Biotransformação hepática ↘ Alteração dos níveis de proteínas plasmáticas → Individualização da dose → Fenitoína ↘ Extremamente lipofílico; ↓ solubilidade em água ↘ Farmacocinética influenciada pela alimentação → Individualização da dose ↘ Requer monitoramento ↘ Início de ação lento → Necessária dose de ataque ↘ Metabolização saturável ↘ Auto indutor enzimático ↘ ↑ Ligação a proteínas plasmáticas → Carbamazepina ↘ Administração duas vezes por dia → Aumento da dose a cada duas semanas ↘ Uso com alimentos ↑ biodisponibilidade → Lipofilicidade ↘ Altamente metabolizada; porém auto indutor enzimático ↘ Início de ação lento → Necessária dose de ataque → Oxcarbazepina ↘ Menos potente, porém melhor tolerado que a carbamazepina ↘ Menor indução de enzimas hepáticas → Acetato de Eslicarbazepina ↘ Pró-fármaco → Metabolização do grupamento éster ↘ Administração em dose única diária ↘ Menor número de estudos clínicos ↘ Dose única diária → ↑ Adesão → Interações medicamentosas ↘ Anticonvulsionantes de 1ª geração → Indutores das CYP e UGT ↘ Influência na biodisponibilidade de outros fármacos ↘ Mulheres em idade reprodutiva → Anticoncepcionais são metabolizados pelas CYP3A4 → Uso de métodos de barreira como alternativa ↘ Valproato e topiramato → Necessária orientação acerca da dose; inibe UGT e é metabolizado pela UGT, respectivamente; rash cutâneo como reação adversa ↘ Gabapentina e levetiracetam → Ausência de metabolização; observar se haverá dano renal → Recomendações ILAE (maiores níveis de evidência clínica) ↘ Adultos com epilepsia focal → Carbamazepina, fenitoína, levetiracetam, zonisamida ↘ Crianças com epilepsia focal → Oxcarbazepina ↘ Idosos com epilepsia focal → Lamotrigina e gabapentina → RAMs dos fármacos para adultos não são recomendadas para idosos ↘ Adultos com epilepsia TCG → Valproato, carbamazepina, lamotrigina, oxcarbazepina, fenobarbital e topiramato ↘ Crianças com epilepsia TCG → Valproato, carbamazepina, fenobarbital e topiramato → Mioclonia juvenil ↘ Primeira escolha → Valproato e topiramato ↘ Fármacos alternativos → Clonazepam ↘ Fármacos adjuvantes → Levetiracetam e zonisamida → Ausência ↘ Primeira escolha → Etossuximida e valproato ↘ Fármacos alternativos → Lamotrigina, clobazam e clonazepam ↘ Fármacos adjuvantes → Topiramato ↘ Contraindicados → Carbamazepina, gabapentina, fenobarbital, fenitoína, tiagabina e vigabatrina → RAMs ↘ Sedação e/ou sonolência → BZD, gabapentina, lamotrigina, levetiracetam, fenobarbital, vigabatrina, zonisamida ↘ Tontura → Gabapentina, levetiracetam, zonisamida ↘ Ataxia e tremores → Carbamazepina, oxcarbazepina, lamotrigina, fenitoína ↘ Desconforto do TGI → Etossuximida e valproato ↘ Risco de demência (idosos) → Fenobarbital, topiramato e zonisamida → RAMs (principais fármacos) ↘ Fenitoína (uso crônico) → Hiperplasia gengival, hirsutismo, acne, anemia, osteomalácia ↘ Carbamazepina → Hiponatremia (idosos), discrasias sanguíneas ↘ Valproato → Ganho de peso, déficit de atenção (crianças), hepatotoxicidade, nefrotoxicidade ↘ Lamotrigina → Rash, síndrome de Stevens-Johnson ↘ Etossuximida → Letargia, dores de cabeça → Contraindicação gravidez e lactação, respectivamente ↘ Valproato, carbamazepina, fenitoína, topiramato ↘ Primidona, levetiracetam, gabapentina, topiramato, vigabatrina ↘ Fármacos com alta ligação a proteínas plasmáticas são mais seguros → Valproato, fenobarbital, fenitoína e carbamazepina → Resultados terapêuticos ↘ Individualização da dose ↘ Monitoramento crônico → Controle das crises, RAM, ajuste social, interações medicamentosas, adesão ao tratamento, surgimento de outros distúrbios neuropsiquiátricos ↘ Retirada da medicação (sempre gradual) ↘ 2 a 4 anos sem crise ↘ Eletroencefalograma e exame neurológico normais ↘ Controle completo das crises no primeiro ano de tratamento ↘ Início das crises entre 2 e 35 anos → Emergências convulsivas ↘ BZD → Diazepam i.v. bolus ↘ Ausência de mudança no estado em 10 minutos → BZD em infusão contínua (lenta para prevenir repressão respiratória) ↘ Ausência de mudança no estado em 10 minutos → Fenitoína, fenobarbital, valproato ou levetiracetam ↘ Ausência de mudança no estado → Anestesia, intubação, ventilação forçada, tiopental, midazolam, propofol Antidepressivos → Depressão ↘ Se enquadra como um distúrbio afetivo ou transtorno de humor (transtornos depressivos OU bipolares; foco do estudo nos transtornos depressivos) ↘ Episódio depressivo → Cinco ou mais diferentes sintomas de frequência diária, com duração mínima de duas semanas ↘ Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª ed. (2013) ↘ Transtorno depressivo maior ↘ Transtorno depressivo persistente (por 2 anos) ↘ Transtorno perturbador de humor (entre 12 e 18 anos) ↘ Transtorno disfórico pré-menstrual ↘ Causada por efeitos multifatoriais → Genética e ambiente → Teoria monoaminérgica da depressão (anos 60) ↘ Resultado de uma deficiência na neurotransmissão monoaminérgica (especialmente NA e 5-HT) em regiões corticais e límbicas → Sinapse serotoninérgica ↘ Serotonina tem o triptofano como seu precursor ↘ Sinapse serotoninérgica possui autorreceptores e transportadores de 5-HT (SERT) ↘ Receptores ↘ 5-HT1 (A, B e D) → Gs → Pré-sináptico ↘ 5-HT2 (A, B e C) → Gq → Pós-sináptico → Relação estresse-depressão (anos 70) ↘ Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) ↘ CRH → (+) ACTH → (+) Cortisol → (‒) CRH e ACTH (feedback negativo) ↘ Quando existe uma desregulação do eixo HPA (principalmente pela falha do sistema de feedback negativo) ↑ [cortisol] → ↑ tamanho da hipófise e da glândula adrenal → ↑ resposta do cortisol ao ACTH → Hipótese neurotrófica da depressão (anos 90) ↘ Animais sob estresse crônico → ↓ produção de fatores neurotróficos (↓ BDNF) → Atrofia neuronal (perda dendrítica; ↓ nº de sinapses, o que inclui o mecanismo de feedback negativo do cortisol) → Tratamento farmacológico da depressão maior ↘ Paliativo; para pacientes que não responderam à psicoterapia e graus mais intensos da doença ↘ TODOS os fármacos atuam via potencialização da neurotransmissão ↘ Serotoninérgica ↘ Noradrenérgica ↘ Dopaminérgica ↘ Por ordem cronológica ↘ Inibidores da MAO ↘ Tricíclicos ↘ Inibidores Seletivos da Recaptação de 5-HT (ISRS) ↘ Inibidores da Recaptação de 5-HT e NA (IRNS ou IRSN) ↘ Inibidores Seletivos da Recaptação de NA (ISRN) ↘ Ligantes de receptores 5-HT ↘ Antidepressivos atípicos ↘ Antidepressivos de ação rápida → Inibidores da MAO ↘ Grande número de RAMs e interações medicamentosas ↘ Uso reservado para casos resistentes a fármacos + seguros ↘ Alta latência até início de ação ↘ Atuam inibindo a MAO, permitindo a revesiculação das monoaminas que foram recaptadas ↘ MAO A (NA, 5-HT, DA) e MAO B (DA, 5-HT,His) ↘ Inibidores ↘ Seletivos ou não seletivos ↘ Reversíveis ou irreversíveis ↘ Principais fármacos ↘ Tranilpromina → Irreversível não-seletivo; maiores RAMs ↘ Moclobemida → Reversível seletivo MAO A ↘ RAMs → Excesso de monoaminas ↘ Agitação, insônia, convulsões, alucinações, náuseas, cefaleia, tremores, frio, vertigem, hipotensão ortostática, hipertensão, xerostomia, turvação visual, disúria, constipação, ganho de peso, distúrbios sexuais ↘ Interação com alimentos ricos em tiramina ↘ A tiramina é uma monoamina presente em alimentos ↘ Durante uso das MAOI, pode ocorrer excesso de tiramina na corrente sanguínea devido à falta de metabolização ↘ Competição com a NA → Síndrome noradrenérgica → Efeito anfetamina-like ↘ Interação com outros antidepressivos (especialmente ISRS) → Síndrome serotoninérgica → Tricíclicos (IRNS off-target) ↘ Nome devido estrutura química ↘ Mecanismo de ação similar entre si ↘ Também possuem alta latência ↘ Inibição da recaptação de 5-HT (bloqueio do SERT) e NA (bloqueio do NET) → ↑ [5-HT] e [NA] ↘ Principais fármacos ↘ Aminas terciárias → SERT (e NET também) → Imipramina, amitriptilina, clomipramina ↘ Aminas secundárias → NET (apenas) → Desipramina, nortriptilina ↘ Possuem muitas ações off-target ↘ Bloqueio de receptores α1 adrenérgicos → Pode causar hipotensão ortostática → Contraindicado para pacientes idosos (risco de queda) ↘ Bloqueio de H1 → Sedação, ↑ apetite levando a ganho de peso ↘ Bloqueio de M → Xerostomia, constipação, visão borrada, sedação ↘ Sobredosagem pode ser fatal → Alteração na PA, arritmias (bloqueio de canais de sódio), agitação, episódios de mania, delírios, alucinações, convulsões (diminuição do limiar), depressão respiratória/bloqueio cardíaco progressivo ↘ Interações medicamentosas → Anticolinérgicos, anti- histamínicos, anti-hipertensivos, MAOI ↘ Interrupção do tratamento deve ser gradual para evitar um rebote colinérgico → ISRS e IRNS ↘ Mecanismo de ação mais seletivo → Menor indução de RAMs ↘ Início da resposta de 3 a 8 semanas ↘ Remissão completa dos sintomas é mais frequente do que com tricíclicos → ISRS ↘ Inibição da recaptação de 5-HT → Bloqueio da SERT ↘ Principais fármacos → Fluoxetina, paroxetina, citalopram, escitalopram e sertralina ↘ Náuseas e ansiedade como RAMs iniciais → Necessidade de orientação médica sobre piora inicial (evitar abandono no início do tratamento) ↘ RAMs → Anorexia, hiponatremia em idosos; náuseas, ansiedade, sedação, insônia, disfunção sexual (principal motivo de abandono por homens) ↘ Interações medicamentosas → Inibem a metabolização de outros fármacos (CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, CYP1A2 e CYP3A4) e interação com IMAO ↘ Síndrome da retirada → Fraca, mas ocorre; alguns efeitos semelhantes aos da depressão (insônia, náuseas, tonturas, alterações táteis, aumento da ansiedade, agitação, sintomas do tipo resfriado) → Cuidados necessários para não confundir a retirada do fármaco com a volta da depressão → IRNS ↘ Inibição da recaptação de 5-HT e NA → Bloqueio da SERT (maior afinidade) e NET ↘ Principais fármacos → Duloxetina, venlafaxina, desvenlafaxina, milnaciprana, levomilnaciprana ↘ RAMs → Taquicardia, ↑ PA e aumento do intervalo QT (venlafaxina); as outras RAMs são iguais aos ISRS; atenção para pacientes com miocardiopatias ↘ Interações medicamentosas → Inibem a metabolização de outros fármacos (CYP2D6 e CYP3A4) e interação com IMAO ↘ Síndrome de retirada → ISRN ↘ Principais fármacos → Maprotilina e reboxetina ↘ ↓ Afinidade por receptores M1, α1 e H1 ↘ RAMs → Xerostomia, constipação, sudorese, insônia, hesitação urinária, impotência sexual, taquicardia e vertigem → Ligantes de receptores 5-HT ↘ Antagonistas 5-HT2A/C → 5-HT vai atuar preferencialmente, portanto, em receptores 5-HT1 ↘ O aumento da dose desses fármacos pode promover sua ligação também a receptores α1 adrenérgicos ↘ Fármacos ↘ Nefazodona → Associada à hepatotoxicidade ↘ Trazodona → Potente bloqueador α1 → Sedativo, hipotensor e ocorrência de priapismo associada ↘ Vortioxetina ↘ Mecanismo → Agonista 5-HT1A, agonista parcial 5- HT1B, antagonista 5-HT3, 5-HT7, 5-HT1D, inibidor da recaptação de 5-HT ↘ Metabolizada pela CYP2D6 ↘ Síndrome serotoninérgica possível ↘ RAMs → Náuseas, diarreia, disfunções sexuais ↘ Vilazodona ↘ Mecanismo → Agonista parcial 5-HT1A e inibidor da recaptação de serotonina ↘ Efeito após 7 dias de uso já detectado ↘ Menor causa de disfunção sexual em comparação a outros antidepressivos ↘ RAMs → Diarreia, náuseas, cefaleia, vômitos, xerostomia, tonturas, insônia → Antidepressivos atípicos → A maioria possui falta de estudos quanto ao uso na gravidez, lactação e extremos de idade ↘ Bupropiona → Inibição da recaptação de NA e DA; modulador alostérico (-) de receptores nicotínicos ↘ Indicação para pacientes que não respondem bem aos fármacos serotoninérgicos ↘ Não está associado a disfunções sexuais nem sedação ↘ RAMs → Agitação, insônia, perda de peso, xerostomia, constipação, cefaleia e tremor. A liberação imediata pode produzir convulsões ↘ Mirtazapina/Mianserina → Bloqueio dos autorreceptores (e heterorreceptores) α2 ↘ Potencialização da neurotransmissão noradrenérgica e serotoninérgica (esta, em vias específicas do SNC) ↘ Bloqueio de receptores serotoninérgicos (5-HT3) ↘ Ação anti-histamínica → Sedação e aumento do apetite ↘ Não causa disfunções sexuais ↘ Agomelatina → Agonista MT1 e MT2 (receptores de melatonina) e antagonista de 5-HT2C ↘ Normalização do ciclo circadiano ↘ Efeito detectado em 7 dias ↘ Ausência de síndrome serotoninérgica, efeitos cardiovasculares, ganho de peso e disfunção sexual ↘ RAMs → Tonturas, cefaleia, náuseas, xerostomia, diarreia, sonolência ↘ Fitoterápico → Hypericum perforatum ↘ Único com evidências clínicas suficientes ↘ Constituição → Naftodiantronas, xantonas, floroglucinois e flavonoides ↘ Inibição da MAO, inibição da COMT, inibição da recaptação de 5-HT, NA, DA e GABA, inibição da liberação de IL-6 ↘ Indicação → Depressões leves a moderadas e depressões sazonais ↘ RAMs → Sintomas no TGI, fotossensibilização, alergias, fadiga, síndrome serotoninérgica, efeitos cardíacos discretos ↘ Potente indutor de CYP3A4 ↘ Não recomendado para lactantes e gestantes → Plasticidade neuronal → Principal hipótese para a alta latência de antidepressivos ↘ Suprarregulação de autorreceptores → Paciente com TDM teria isso ↘ Fármaco ↑ [5-HT] → Ligação aos autorreceptores (explicação para a piora inicial) ↘ Consequente infrarregulação dos autorreceptores → Normalização ↘ ↑ Síntese de BDNF → ↑ Tamanho das células → ↓ Quadro depressivo → Antidepressivos de ação rápida ↘ Antagonistas de receptores NMDA presentes em neurônios GABAérgicos → (–) da (+) dos neurônios GABAérgicos → ↓ GABA → Desinibição dos neurônios glutamatérgicos → ↑ liberação de glutamato → Deslocalização e mobilização rápida dos estoques de BDNF/VEGF (fatores neurotróficos). ↘ Antidepressivos que não são de ação rápida vão ↑ síntese de BDNF a longo prazo, antidepressivos de ação rápida vão ↑ liberação de BDNF a curto prazo ↘ Cetamina i.v. ↘ Efeito detectado 4h após a administração ↘ Dura até 72h após dose única ↘ Eficaz na resolução de pensamentos suicidas ↘ RAMs → Náuseas, tonturas, perda da coordenação motora, visão borrada, efeitos dissociativos e psicotomiméticos ↘ Escetamina ↘ Duas vezes por semana, intranasal ↘ RAMs → Efeito dissociativo, náuseas, tonturas, gosto desagradável, prejuízo motor, cefaleia ↘ Atuação por bloqueio de NMDA presente em neurônios GABAérgicos → Excitação paradoxal → Depressão refratária ↘ Substituição do antidepressivo ↘ Aumento do esquema terapêutico ↘ Associação com outro antidepressivo → Classes distintas para evitar síndrome serotoninérgica ↘ Escetaminai.n. ↘ Eletroconvulsoterapia → Última alternativa Antipsicóticos (e estabilizadores de humor) → Psicose ↘ Estado no qual o indivíduo perde ou distorce seu senso de realidade ↘ Delírios, alucinações, pensamentos desorganizados, comportamento grosseiramente desorganizado e alterações motoras ↘ Perda da eficácia do filtro sensorial → Saliência aberrante ↘ Esquizofrenia → Forma mais grave da psicose e que exige tratamento farmacológico por mais tempo ↘ Positiva (+) → Delírios, alucinações, fala desorganizada, agitação motora ↘ Negativa (–) → Embotamento afetivo, falta de iniciativa, anedonia, isolamento social ↘ Prejuízos cognitivos → Déficit de atenção, problemas de memória, fluência verbal comprometida ↘ Possui um espectro de níveis ↘ Associação entre fatores genéticos e ambientais → Principal diferença da depressão nesse sentido → Relacionado também com o neurodesenvolvimento ↘ Infecção materna durante gestação, hipóxia durante o parto, uso de drogas durante adolescência, estresse ↘ Desregulação neuroquímica ↘ Deficiência na expressão gênica → Mudanças neuroquímicas e metabólicas → Conectividade alterada → Deficiência no processamento de informações → Alteração no comportamento, na cognição e nas emoções ↘ Crescente de alterações no SNC que culminam no primeiro episódio psicótico, com a cronificação da esquizofrenia ↘ Tratamento paliativo ↘ Histórico → Transição do não tratamento da doença (manicômios, camisa de força, etc.) para tratamentos farmacológicos e reintrodução dos pacientes na sociedade → Hipótese dopaminérgica ↘ Receptores dopaminérgicos ↘ D1-like → D1 e D5 → Acoplados a Gs ↘ D2-like → D2, D3 e D4 → Acoplados a Gi/o ↘ Vias dopaminérgicas centrais → Neurônios dopaminérgicos possuem distribuição restrita no SNC, assim como os neurônios de NA ↘ São 4 vias dopaminérgicas centrais ↘ Via mesolímbica → Área tegumentar vegetal > sistema límbico; comportamento de motivação, busca de atividades, de iniciativa; também faz parte da via de recompensa que está envolvida no vício e abuso ↘ Via mesocortical → Área tegumentar vegetal > córtex pré-frontal; modulação de processos cognitivos, como memória e atenção ↘ Via nigroestriatal → Substância nigra > diferentes porções do estriado (núcleo caudado e núcleo cutâneo); funcionalmente dividida em nigroestriatal I e II ↘ Via nigroestriatal I → Parte mais ventral do estriado; modulação da saliência: o quanto um estímulo é importante ou não; sistema associativo ↘ Via nigroestriatal II → Parte mais dorsal do estriado; papel importante na coordenação motora para movimentos finos; sistema motor ↘ Via tuberoinfundibular → Dentro do hipotálamo; controle hormonal ↘ Hipótese dopaminérgica ↘ Sintomas (+) da esquizofrenia → Seria por um ↑↑↑ de dopamina na via mesolímbica (via de motivação/recompensa) ↘ Sintomas (–) da esquizofrenia → Seria por uma ↓↓↓ de dopamina no córtex pré-frontal (↓ cognição) ↘ 2010 → Avanço dos estudos de neuroimagem ↘ Observação que o excesso de dopamina se dá principalmente no estriado associativo (via nigroestriatal I) → Saliência dos estímulos; saliência aberrante ↘ Observação também de ↑ DA no estriado motor (via nigroestriatal II) → Pode estar associado a agitação motora ↘ Atualização da hipótese dopaminérgica (atual) ↘ Sintomas (+) → ↑↑↑ DA no estriado associativo (via nigroestriatal I); e não na via mesolímbica como se pensava antes ↘ Sintomas (–) → ↓↓↓ DA no córtex pré-frontal (↓ cognição); teoria se mantém ↘ Hipótese mais aceita ↘ Disfunções do neurodesenvolvimento → Desequilíbrio no balanço excitatório/inibitório → O que culminaria nas alterações dopaminérgicas → Fármacos antipsicóticos ↘ Modulação da neurotransmissão dopaminérgica ↘ Divididos em dois grandes grupos (classificação caindo em desuso devido à grande heterogeneidade dos fármacos) ↘ 1ª geração (típicos ou neurolépticos) → Fenotiazínicos, tioxantênicos, butirofenonas ↘ 2ª geração (atípicos) → Clozapina, amissulpirida, aripiprazol, asenapina, bexpripazol, lurasidona, olanzapina, perospirona, paliperidona, quetiapina, risperidona, sertindol, sulpirida, ziprazidona, zotepina → 1ª Geração ↘ Classificação ↘ Fenotiazínicos → Similaridade estrutural aos antidepressivos tricíclicos; reações adversas semelhantes ↘ Tioxantênicos → Derivados de tioxanteno; menos utilizados hoje em dia ↘ Butirofenona → Haloperidol é o único ainda prescrito ↘ Mecanismo → Antagonismo de D2; fortalecimento da hipótese dopaminérgica ↘ Quanto ↓ dose → ↑ Afinidade pelo receptor ↘ Com pouquíssimas exceções, todos os antipsicóticos são antagonistas D2 hoje em dia ↘ Ótimo controle dos sintomas (+) da esquizofrenia → Bloqueio de D2 no estriado associativo ↘ Contudo, ↘ Bloqueio de D2 no córtex pré-frontal (via mesocortical; cognitivo) → Vão ser ineficazes ou vão agravar sintomas (–) ↘ Bloqueio de D2 no nucleus accumbens (via mesolímbica; motivação e recompensa) → Os sintomas de anedonia não vão ser tratados e podem ser agravados → RAMs → Relacionadas ao bloqueio de receptores D2 ↘ Efeitos extrapiramidais (principal RAM) → Alterações motoras (bloqueio de D2 no estriado motor → Ocupação massiva dos receptores (> 80%) causa alterações nos parâmetros motores: distonia, acatisia, Parkinson farmacológico e discinesia tardia ↘ Distonia aguda (24h a 1 semana) → Movimentos involuntários que afetam pequenos grupos musculares. Em casos graves, grandes músculos ↘ Acatisia (1 a 2 semanas) → Sensação de inquietude; dose dependente ↘ Parkinson farmacológico (1 semana) → Dificuldade de movimentação (bradicinesia, rigidez muscular, ausência de expressão facial, tremor em repouso); manifestação dose dependente, porém nem todo paciente vai deixar de ter o sintoma com diminuição da dose (nesses casos, recomenda- se a substituição do fármaco) ↘ Discinesia tardia (3 meses a anos) → Similar à distonia aguda, está relacionado não ao bloqueio agudo de D2, mas às consequências plásticas da presença de antipsicóticos ali; não é dose dependente; pode requerer prescrição de outros fármacos ↘ Prolactina → Síntese e liberação ↘ DA causa inibição tônica da produção e liberação de prolactina (fármaco vai impedir essa inibição) ↘ Hiperprolactinemia → Galactorreia, amenorreia, ginecomastia, perda de libido → 2ª Geração ↘ Classe bastante heterogênea ↘ Alguns fármacos importantes ↘ Pinas → Clozapina, quetiapina e olanzapina (análogos tricíclicos com estruturas diversas) ↘ Risperidona, ziprasidona e aripiprazol (tem nada a ver estruturalmente) ↘ Principal característica em comum desses fármacos → Ausência de efeitos extrapiramidais em doses terapêuticas (↓ ocupação de receptores estriatais, hipótese) ↘ O único fármaco que realmente apresenta uma superioridade para sintomas não-positivos é a clozapina → Todos os outros ficam numa tangência de eficácia limitada ou ausência de ação nos sintomas negativos ↘ Menor alteração dos níveis de prolactina ↘ Multirreceptores, podendo agir também como antagonistas de 5-HT2A e 5-HT2C. Podem atuar também como agonistas parciais de 5-HT1A, mas esse perfil varia de fármaco para fármaco → Diferença de eficácia entre fármacos de 1ª e 2ª geração ↘ Todos eles apresentam mais ou menos o mesmo perfil de eficácia ↘ Clozapina é um destaque no manejo dos sintomas (+) de esquizofrenia ↘ As RAMs vão acabar por definir a escolha do fármaco ideal ↘ Existe uma carência de fármacos para tratar os sintomas (–) da esquizofrenia → Mecanismos propostos para menor ocupação de receptores dopaminérgicos estriatais ↘ Principal distinção entre fármacos de 1ª e 2ª geração → Incidência de efeitos extrapiramidais ↘ Isso estaria associado a uma menor ocupação de receptores estriatais ↘ Mecanismos propostos ↘ Alta afinidade e antagonismo 5-HT2A ↘ Dissociação rápida do receptor (fast-off) ↘ Agonismoparcial D2 (aripiprazol) ↘ Alta afinidade e antagonismo 5-HT2A ↘ 5-HT tem ação de controle tônico dos níveis de DA em alguma região do estriado (presente no estriado motor, mas não no estriado associativo e no nucleus accumbens) ↘ Ligação da 5-HT aos receptores 5-HT2A GABAérgicos → Liberação de GABA → ↓ da liberação de DA ↘ Uso de um fármaco com alta afinidade por esse receptor → Bloqueio do interneurônio GABAérgico → Neurônio dopaminérgico desinibido → ↑ DA no estriado motor → Competição pelo D2 (antipsicótico que bloqueia e DA que ativa) → Efeito extrapiramidal é impedido ↘ Dissociação rápida do receptor ↘ Alguns fármacos de 2ª geração não possuem afinidade pelo receptor 5-HT2A ↘ Para estes, a explicação está no fast-off ↘ O fármaco se liga ao receptor D2, mas se dissocia rapidamente → Menor ocupação de receptores → Menor efeitos extrapiramidais ↘ Agonismo parcial D2 ↘ Mecanismo relacionado aos efeitos do aripiprazol e o hexpiprazol → Agonistas parciais ↘ Como a resposta é mais fraca, é como se fosse um antagonismo competitivo (pseudoantagonismo), porém com efeitos mais brandos que um haloperidol, por exemplo → Menor efeitos extrapiramidais ↘ Resultados melhores para pacientes com sintomas (–) ↘ Estudos clínicos não comprovam 100% da teoria, porém muitos pacientes respondem bem ao aripiprazol, enquanto outros não → Menor propensão a efeitos extrapiramidais é observado de qualquer forma → Antipsicóticos x Síndrome metabólica ↘ ↑ Apetite → ↑ Peso → ↑ Triglicerídeos → Resistência à insulina → Hiperinsulinemia → Pré-diabetes → Diabetes → Eventos cardiovasculares → Morte prematura ↘ Os mecanismos potencialmente envolvidos são → Bloqueio de H1, bloqueio de 5-HT2C e bloqueio de M3 → RAMs ↘ Síndrome Neuroléptica Maligna → Prejuízo na regulação térmica devido ao bloqueio de receptores dopaminérgicos no hipotálamo ↘ Costuma ser mais comum com os fármacos que têm uma alta afinidade e seletividade para receptores D2 (haloperidol, por exemplo) ↘ Hipertermia, associada a rigidez muscular intensa, coreoatetose (movimentos involuntários), tremores musculares ↘ Casos mais graves → Alteração do estado mental, disfunções autonômicas (sudorese, pressão lábil, alterações da PA e disritmia, arritmias cardíacas) ↘ Emergência → Pronto-atendimento ↘ Manejo → Resfriamento e hidratação; em caso de convulsões, administrar BZD; bromocriptina (agonista D2) pode ajudar na reversão do quadro; dantroleno vai atuar na rigidez muscular ↘ Fármacos de 1ª geração possuem similaridade com tricíclicos → Efeitos off-target ↘ α1 → Tontura, hipotensão ortostática ↘ H1 → Sedação e ↑ peso ↘ M → Xerostomia, constipação, visão borrada e sedação ↘ 5-HT2 → Risco de síndrome metabólica e ↑ peso → Farmacocinética → Varia muito, abaixo características gerais com exceções ↘ Absorção rápida e incompleta ↘ ↑ Ligação a proteínas plasmáticas e passagem pela BHE ↘ ↑ t ½ ↘ Metabolismo hepático e excreção por via renal → Interações medicamentosas ↘ Depressores do SNC → Efeito sinérgico ↘ Antidepressivos → Potencialização de efeitos antimuscarínicos, inibição metabólica ↘ Antiparkinsonianos → Antagonismo de efeitos ↘ Lítio → Síndrome neuroléptica maligna ↘ Indutores CYP450 3A4 ↘ Antiácidos e cimetidina → ↓ Absorção Doenças Neurodegenerativas → Doenças neurodegenerativas ↘ Classificadas como transtornos neurológicos, e não neuropsiquiátricos ↘ Caracterizadas pela perda neuronal; dano neuronal ↘ Caráter progressivo ↘ Tipo de deficiência vai estar relacionada com a área do cérebro afetada → Grupo diverso de doenças ↘ Tratamentos paliativos → Doença de Parkinson ↘ Paralisia agitante ↘ Dificuldade de iniciar movimentos voluntários ↘ Em grande maioria → Associada ao envelhecimento ↘ Sintomas motores ↘ Não são os primeiros sintomas a surgirem, tornando difícil o tratamento da doença nas fases iniciais ↘ Tremor em repouso → Dificuldade da manutenção do tônus muscular (≠ de discinesias) ↘ Bradicinesia → Lentificação dos movimentos ↘ Rigidez muscular progressiva → Necessidade de maior esforço para iniciar o movimento ↘ Distúrbios da marcha → Marcha arrastada ↘ Sintomas não-motores ↘ Podem surgir anos antes dos primeiros sintomas motores ↘ Constipação e anosmia (perda de olfato) → Mais prematuros ↘ Depressão, distúrbios do sono REM, alterações sensoriais, declínio cognitivo ↘ Constipação → Teoria do envolvimento do eixo entre o sistema nervoso mesentérico e o SNC ↘ A evolução da doença pode também levar a sintomas psicóticos, os quais podem estar relacionados ao próprio curso da doença ou ao uso dos fármacos antiparkinsonianos → Fisiopatologia ↘ As alterações motoras, a bradicinesia e a progressiva rigidez muscular estão relacionadas a um processo neurodegenerativo intenso que acontece na substância nigra ↘ Neurônios compactos da substância nigra → Estriado motor ↘ Morte progressiva de neurônios dopaminérgicos → ↓ Liberação de DA no estriado motor ↘ Formação intensa de agregados proteicos chamados de corpúsculos de Lewy ↘ α-sinucleína → Mal enovelamento dessa proteína levaria à formação dos corpúsculos ↘ Contribui na morte neuronal ↘ Fatores genéticos e ambientais envolvidos ↘ Ambientais → Toxinas, o que pode incluir drogas de abuso, como a 6-hidroxidopamina ↘ Genéticos → Morte dos neurônios dopaminérgicos → Por que esses neurônios? ↘ Hipótese do Metabolismo Oxidativo da DA → A oxidação da DA gera DOPAC, amônia e peróxido de hidrogênio (espécie reativa) → O H2O2 é convertido pela enzima catalase, a qual não está presente em altas concentrações no SNC, tornando o processo saturável → O acúmulo de H2O2 levaria então à oxidação de Fe2+ a Fe3+ e o radical livre OH* → Sistema Extrapiramidal ↘ Diversas estruturas, o que é importante saber → loop córtico-talâmico-estriado ↘ Via direta → Facilita movimentos; desinibição do tálamo → Estimulação do córtex ↘ Via indireta → Dificulta movimentos; inibição do tálamo → Desestimulação do córtex ↘ Equilíbrio entre as duas vias possibilita movimentos finos ↘ A DA regula as duas vias: a direta (estimula movimentos) e a indireta (desestimula movimentos) ↘ Regulação ↘ Receptores D1 → Gs → Estimulação da Vd → Facilita movimentos ↘ Receptores D2 → Gi → Inibição da Vi → Facilita movimentos ↘ Receptores M1 → Gq → Estimulação da Vi → Dificulta movimentos ↘ Receptores D2 também estão presentes nos interneurônios colinérgicos (inibição da ação da ACh, facilitando a movimentação) ↘ Sem essa regulação, a via indireta se torna mais estimulada, enquanto que a via direta é desestimulada → Córtex extremamente desestimulado → Dificuldade de movimento Excesso de DA → Movimentos involuntários → Tratamentos farmacológicos ↘ Dessa forma, compreende-se que existe um desbalanço dopaminérgico ↘ Portanto, as terapias farmacológicas estarão focadas em efeitos dopaminérgicos e/ou anticolinérgicos → ↑ DA ou ↓ ACh ↘ Tratamentos ↘ Levodopa ↘ Inibidores da dopa-descarboxilase ↘ Inibidores da COMT ↘ Inibidores da MAO-B ↘ Agonistas dopaminérgicos ↘ Terapia anticolinérgica ↘ Antagonistas colinérgicos de ação central ↘ Amantadina (ausência de mecanismo, mas parece funcionar) → Levodopa ↘ A levodopa é o precursor endógeno da DA ↘ Por que usá-la como fármaco: ↘ É um aminoácido, então consegue atravessar a BHE, para lá ser metabolizada em DA ↘ Administração da própria DA não é possível pois esta não atravessa a BHE ↘ Não é uma monoamina (não é metabolizada pela MAO), porém possui grupo catecol (pode ser metabolizada pela COMT) → ↓ Biodisponibilidade ↘ A levodopa também pode ser convertida a DA nos tecidos periféricos → Nova conversão à NA → RAMs diversas ↘ Aminoácido → Administração não pode ser feita junto de dieta proteica ↘ ↓ t ½ → Administração 3-4vezes por dia → Inibidores da dopa-descarboxilase ↘ Carbidopa e benserazida ↘ Por todos esses motivos, a levodopa não é mais utilizada em monoterapia, mas em associação a inibidores da dopa- descarboxilase ↘ Inibição do mecanismo: Levodopa → DA ↘ ↓ Metabolização nos tecidos periféricos (esses fármacos não atravessam a BHE, então efeito de inibição ocorre só em tecidos periféricos) ↘ ↑ Quantidade de levodopa que chega ao cérebro ↘ Administração 3-4 vezes por dia se mantém devido metabolização por COMT ↘ RAMs ↘ Menos RAMs associadas ao excesso de NA (derivada da metabolização da levodopa nos tecidos periféricos) ↘ Psicose → Estimulação do estriado motor e associativo → Sintomas (+) da psicose ↘ Contraindicações ↘ Pacientes que já apresentam algum transtorno psicótico (+) ↘ Pacientes de glaucoma de ângulo fechado → ↑ Pressão intraocular, devido: levodopa → DA → NA → Janela Terapêutica da Levodopa ↘ Associado ao uso prolongado ↘ Diminuição da janela terapêutica → Explicação para as discinesias de pico de dose; duração da resposta após administração do fármaco diminui após cada dose ↘ Provoca o fenômeno wearing off → Períodos sem cobertura terapêutica; deterioração de final de dose ↘ Manejo é feito pelo ↑ da frequência de administração, ao invés do ↑ da dose ↘ Vai levar a interrupções súbitas da atividade terapêutica → Fenômeno on/off ↘ Explicação → O curso natural da doença/contínua administração de levodopa (em discussão) levaria a: ↘ Cada vez menos DA sendo produzida → Explica a necessidade de ↑ dose de levodopa ↘ Cada vez menos recaptação de DA → Explica a discinesia de pico de dose pelo excesso ↘ Duas linhas de recomendação médica: ↘ Retardar o uso da levodopa, pois ela seria a responsável pelo encurtamento da janela terapêutica ↘ Uso imediato da levodopa, evitando desenvolvimento da doença que causaria encurtamento da janela terapêutica → Terapias complementares ↘ Com o avanço da doença, as politerapias levodopa- carbidopa passam a ser menos eficazes ↘ Uso de terapias complementares com o objetivo de fortalecer resposta ↘ Estratégias ↘ Inibidores da COMT ↘ Inibidores da MAOB ↘ Agonistas dopaminérgicos ↘ Inibidores da COMT → Tolcapona (cruza BHE; > duração de ação) e entocapona (não cruza BHE; < duração de ação) ↘ Utilizados apenas dentro da associação levodopa- carbidopa ↘ Prolongamento do efeito da levodopa (↑ duração do período on) ↘ Inibição da metabolização periférica da levodopa ↘ RAMs → Similares as da levodopa ↘ Tolcapona → Hepatotoxicidade ↘ Inibidores da MAO-B → Selegilina e rasagilina ↘ Utilizados dentro da associação levodopa-carbidopa → Monoterapia nos estágios iniciais é possível ↘ Prolongamento do efeito da levodopa (↑ duração do período on) ↘ MAO-B é predominante no estriado → Degradação da DA vai ser impedida majoritariamente no cérebro, e não nos tecidos periféricos ↘ Ação central ↘ Podem potenciar discinesias ↘ Selegilina → Metabolizada a anfetamina ↘ Agonistas dopaminérgicos ↘ Não dependem da capacidade funcional dos neurônios ↘ ↓ Metabolismo oxidativo da DA ↘ ↑ t ½ ↘ ↓ Incidência de flutuações de respostas e de discinesias (comparado à levodopa) ↘ Monoterapias ou em associação com levodopa- carbidopa ↘ RAMs → Similares as da levodopa, porém mais leves ↘ Contraindicações → Desordens psicóticas, IAM recente ou úlceras pépticas ativas ↘ Bromocriptina, pramipexol, rotigotina, pergolida, ronipirol → Antagonistas muscarínicos de ação central ↘ Biperideno e triexifenidil ↘ Principal eficácia → Redução dos tremores e da rigidez muscular ↘ Eficácia limitada → Bradicinesia ↘ Aumento gradual da dose → Relação benefício x RAMs ↘ Associação com levodopa é possível ↘ RAMs (associadas ao bloqueio parassimpático) → Xerostomia, constipação, visão turva, retenção urinária, sedação, depressão, ansiedade → Pouco tolerados por pacientes idosos ↘ Retirada da medicação deve ser gradual → Amantadina ↘ Mecanismo não completamente elucidado → ↑ Liberação de DA no estriado; ação antimuscarínica; antagonismo NMDA ↘ Trata todos os sintomas, porém com eficácia limitada ↘ Duração do efeito → Poucas semanas ↘ Monoterapia ou associação ↘ RAMs → Agitação, depressão, irritabilidade, insônia, excitação, alucinação, confusões, livedo reticularis → Doença de Alzheimer ↘ Sintomas cognitivos ↘ Sintomas não-cognitivos → Aparecem mais tardiamente ↘ Sintomas funcionais → Incapacidade de autocuidado → Fisiopatologia ↘ Atrofia cerebral → Alargamento dos sulcos e estreitamento dos giros ↘ Formação de placas senis (ou placas amiloides) → Emaranhados neurofibrilares ↘ Teoria amiloide ↘ Peptídeo β-amiloide → Formação das placas senis ↘ Origem do peptídeo → Clivagem inadequada da APP (proteína precursora de amiloide) ↘ α-secretase → Realiza a clivagem da APP em APP solúvel ↘ β e γ-secretases → Clivagem alternativa da APP que geraria o peptídeo β-amiloide ↘ Peptídeo β-amiloide → Alta capacidade de agregação → Tanto indivíduos saudáveis quanto indivíduos com demência possuem essas enzimas → Alteração no equilíbrio dessa clivagem seria a causa, portanto → Maior formação do oligômero β-amiloide (Aβo) ↘ Desregulação da fosforilação da proteína tau ↘ A proteína tau é capaz de estabilizar microtúbulos; possui função estrutural e no transporte axonal ↘ A agregação do peptídeo β-amiloide é capaz de favorecer a fosforilação da proteína tau ↘ Hiperfosforilação da proteína tau → Agregação em emaranhados neurofibrilares → Perda de função de transporte → Morte neuronal proporcionando ↑ [Aβo] (ciclo vicioso) → Excitotoxicidade ↘ Toxicidade causada por excesso de excitabilidade ↘ Excesso de glutamato na região extracelular (devido morte de um neurônio) → Ativação de receptores NMDA (influxo de Na+ e Ca2+) → Influxo em excesso (mitocôndrias lidam com o excesso de cálcio nos neurônios) → Mitocôndrias não dão conta → Geração de radicais livres ↘ O resultado é de mais morte celular (ciclo vicioso) → Hipótese Colinérgica da Doença de Alzheimer ↘ Morte de neurônios colinérgicos parece estar associada aos sintomas ↘ ↓ [ACh] → Relacionada a perda de neurônios → Tratamento farmacológico da Doença de Alzheimer ↘ Tratamento paliativo → Minimização dos sintomas e retardo da progressão da doença → Inibidores da AChase ↘ Tacrina, donepezila, rivastigmina e galantamina ↘ Eficácia maior nas fases iniciais ↘ Efeitos evidentes apenas após 1 mês de uso ↘ Donepezila → Único indicado para fases tardias ↘ RAMs → Relacionadas com o excesso de ACh no organismo → O escalonamento da dose depende do quanto o paciente puder suportar as RAMs → Memantina ↘ Antagonismo NMDA não-competitivo ↘ Estágio moderado a grave ↘ Pode ser associado aos inibidores da AChase (usada também em associação quando a resposta aos I-AChase deixa de ser eficaz) ↘ RAMs → Constipação, confusão, tonturas, cefaleia, tosse e hipertensão ↘ Útil para evitar a excitotoxicidade ↘ Uso de adesivos → Liberação prolongada
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