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Idoso com sequela de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

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Caso 
M.L.S. 
65 anos 
Aposentado 
Anamnese 
Queixa principal 
M.L.S, 65 anos, com sequela de AVC Isquêmico, egresso de internação hospitalar, 
encaminhado para acompanhamento do Serviço de Atenção Domiciliar. 
Histórico do problema atual 
Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) realiza visita a M.L.S pois 
apresenta problemas decorrentes do AVC que ocorreu há 15 dias, em reabilitação 
domiciliar e treinamento do cuidador pela EMAD. Está na cama, os lençóis enrugados 
com farelos de alimentos, no quarto há uma cadeira ao lado da cama, para M.L.S 
repousar, mas precisa de ajuda para sair da cama. Refere dor em região sacral e 
constipação intestinal há cinco dias. Diz ter dificuldade para deglutir os alimentos. Faz 
uso de dieta pouco balanceada, rica em carboidratos e gorduras. O cuidador diz ter 
observado que M.L.S mantém-se sonolento na maior parte do dia. 
Histórico 
História social 
Reside em uma casa de alvenaria, muito humilde, a uma quadra da UBS. O domicílio é 
pequeno, organizado e limpo, porém tem pouca iluminação natural, tornando o 
ambiente úmido. M.L.S. permanece a maior parte do tempo acamado, eventualmente é 
retirado da cama para sentar em uma cadeira e necessita de ajuda para alimentar-se. 
Mora com sua única filha de 50 anos que é viúva, não teve filhos e trabalha em um 
supermercado como auxiliar de serviços gerais. Durante o dia o idoso é cuidado por 
uma pessoa contratada que não tem formação na área da saúde e, à noite, por sua filha. 
Antecedentes pessoais 
M.L.S. tem Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) desde os 45 anos, diabético há 20 
anos, sedentário e ex-tabagista (fumou por 40 anos, parou há 2 anos). Revisado 
Caderneta do Idoso, apresenta três doses da Vacina Dupla Tipo Adulto (dT), sendo a 
última dose de reforço aplicada em 2006. Também há registro da Vacina contra a 
Influenza sazonal, realizada anualmente. 
Medicações em uso 
Hidroclorotiazida 25 mg, 1 cp VO uma vez ao dia 
Enalapril 5 mg, 1 cp VO uma vez ao dia 
Sinvastatina 40mg, 1 cp à noite 
Ácido acetilsalicílico 100 mg, 2 cp no almoço 
Insulina NPH, 20 UI pela manhã e 10 UI à noite. 
Antecedentes familiares 
Mãe e pai do idoso tinham HAS. Seu pai faleceu devido à Infarto Agudo do Miocárdio 
(IAM) com 67 anos, e sua mãe por câncer de mama aos 50 anos de idade. 
Exame Físico 
 
Acordado, acamado por períodos, em uso de fraldas e mobilidade reduzida. 
Hemiplégico à direita. Presença de vermelhidão e flictenas (elevação da epiderme, 
bolha, por acúmulo de liquido)na região sacral. Abdômen com presença de ruídos 
hidroaéreos diminuídos, distendido e doloroso à palpação. Eliminação vesical presente 
em fraldas e presença de constipação intestinal. Extremidades aquecidas e perfundidas. 
 
PA: 130/85 mmHg 
Peso: 78 kg 
Estatura: 1,60 m 
Glicemia capilar: 200 mg/dL 
Temperatura: 36,6ºC 
FR: 23 mrpm 
FC: 80 bpm 
IMC: 30,4 kg/m² 
Questão 1 
Escolha múltipla 
Quais os problemas levantados pela EMAD sobre 
o Sr. M.L.S.? 
 Lesão em região sacral 
 Emagrecido 
 Mobilidade reduzida 
 Constipação intestinal 
 Alimentação pobre em frutas e verduras 
 Disfagia 
 Ambiente úmido e pouco arejado 
 
100 / 100 acerto 
O idoso apresenta Índice de Massa Corporal (IMC) de 31,25 kg/m2, o qual está acima 
do normal para a altura e peso do idoso. A mobilidade reduzida associada a alimentação 
pobre em frutas e verduras podem levar a constipação intestinal. É necessário investigar 
o que pode estar ocasionando a disfagia. A lesão sacral necessita de cuidados para evitar 
aumento do comprometimento tecidual. 
Saiba mais 
 
Deve-se estar atento aos sinais e sintomas indicativos de disfagia, tais como: falta de 
apetite, recusa alimentar, dificuldade visual de reconhecer os alimentos, deficiência em 
atividades que envolvem o ato de levar o alimento a boca, alteração no controle da 
mastigação, dos movimentos da língua, alterações de paladar e olfato, aumento no 
tempo do trânsito oral, presença de restos alimentares na cavidade oral, após a 
alimentação, escape de alimentos e/ou saliva, escape do alimento para faringe antes do 
inicio da deglutição, presença de tosse, pigarro e/ou engasgos durante a alimentação e 
alterações vocais. Observar sintomas que indiquem a entrada de alimentos na via 
respiratória na ausência de tosse, como sinais de desconforto respiratório, e presença de 
taquipneia durante ou após as refeições. (BRASIL, 2013a, p. 23-24). 
 
É recomendada a introdução de via alternativa de alimentação em quadros graves de 
disfagia, com risco nutricional e de complicações pulmonares. O Ministério da Saúde, 
nas Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com AVC (2013a) apresenta as 
condições de deglutição do paciente pós-AVC e a conduta sugerida aos profissionais de 
saúde. 
Questão 2 
Escolha múltipla 
Quais os fatores predisponentes para o AVC 
Isquêmico apresentados pelo idoso? 
 Sedentarismo 
 Tabagismo 
 Diabetes Mellitus 
 Constipação intestinal 
 Hipertensão Arterial Sistêmica 
 
100 / 100 acerto 
A realização de atividade física regular e moderada pode retardar declínios funcionais, 
além de diminuir o aparecimento de doenças crônicas, como o AVC, em idosos 
saudáveis ou doentes crônicos. Uma vida ativa melhora a saúde mental e 
frequentemente promove contatos sociais. Então a atividade física é um fator de 
proteção para o AVC, e não fator de risco. A atividade física também ajuda a controlar o 
colesterol, a diabetes e a obesidade e também a diminuir a pressão arterial em alguns 
pacientes. A constipação intestinal não se configura como fator predisponente à 
Acidente Vascular Isquêmico. 
Saiba mais 
 
Para o desenvolvimento de um AVC, de acordo com a Sociedade Beneficiente Israelita 
Brasileira (2011), deve-se observar determinadas condições, que podem aumentar o 
risco de sua ocorrência. Neste sentido, um tratamento adequado, tem o papel de reduzir 
esse risco. Estas condições são: Hipertensão Arterial, Diabetes, Altas taxas de colesterol 
e triglicérides, Tabagismo, Sedentarismo e Doenças cardíacas. 
A prevenção é o melhor tratamento. 
Questão 3 
Escolha múltipla 
Quais orientações referentes ao cuidado do Sr 
M.L.S. poderão ser realizadas pela enfermeira ao 
idoso e seu cuidador? 
 Realizar curativo em região sacral 
 Evitar deixar a fralda molhada por muito tempo 
 Adoção de hábitos alimentares saudáveis 
 Deixar o idoso deitado a maior parte do tempo 
 Elevar o decúbito (30°) durante a alimentação 
 Administrar alimentos pastosos e fáceis de ingerir de maneira fracionada 
 
100 / 100 acerto 
Um idoso que apresenta mobilidade reduzida deve ser incentivado a se movimentar e 
com auxilio do cuidador deve ser trocado de posição, com o objetivo de prevenir e 
tratar, constipação intestinal, úlcera por pressão, aspiração de alimentos. Logo, o idoso 
não deve permanecer imóvel no leito por tempo prolongado (BRASIL, 2007). 
Saiba mais 
 
Ajudando o intestino a funcionar 
 
Nem sempre é fácil recuperar o controle do funcionamento do intestino, no entanto é 
possível treinar o intestino a evacuar em determinados períodos. Isto pode ser feito por 
meio de exercícios, conforme serão explicados a seguir. Diariamente, antes do banho, 
massageie a barriga da pessoa cuidada com a mão espalmada como se desenhasse um 
quadrado, começando pelo lado direito na parte inferior, suba para o lado direito 
superior, vá para o lado esquerdo superior, desça a mão para o lado esquerdo inferior e 
volte para o lado inferior direito, pois é dessa forma que o intestino funciona. Deite a 
pessoa de barriga para cima, segure suas pernas e estique-as e dobre-as sobre a barriga 
(Figura 1), essa pressão das pernas sobre a barriga ajuda a eliminar os gases que causam 
desconforto. As pessoas acamadas podem perder o controle sobre o funcionamento do 
intestino e não sentir quando vão defecar. Isso, além de causar constrangimento à 
pessoa, dificulta manter sua higiene, oque pode causar assaduras e escaras (BRASIL, 
2008, p. 50). 
 
Figura 1 – Exercício para auxílio no controle do funcionamento intestinal 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde, 2008, p. 50. 
Também é comum a pessoa acamada com problemas de mau funcionamento do 
intestino, sentir desconforto abdominal. O intestino funciona melhor com a pessoa na 
posição sentada na privada ou penico. (BRASIL, 2008, p. 50). 
Durante a avaliação no domicílio faz-se necessária a realização de um bom e minucioso 
exame físico, utilizando-se da semiologia para diagnosticar com maiores chances de 
acerto. A intervenção no domicílio é importante para identificar causas possíveis de 
manejo domiciliar, evitar a procura de serviços de urgência desnecessariamente, 
identificar situações de gravidade com agilidade e com o devido encaminhamento. 
(BRASIL, 2013b, p. 160). 
Questão 4Escolha simples 
Qual tipo de úlcera M.L.S tem na região sacral? 
Hipertensiva 
Arterial 
Neutrófica 
Por Pressão 
Venosa 
 
Acertou 
A úlcera por pressão é uma área de necrose celular localizada, resultante da compressão 
do tecido mole, por período prolongado de tempo, entre uma proeminência óssea e uma 
superfície dura. Outros termos também são usados com frequência, entre eles, úlcera ou 
escara de decúbito. Porém, por ser a pressão o agente principal para a sua formação, o 
termo recomendado é úlcera por pressão. 
Saiba mais 
 
As úlceras por pressão são feridas que surgem na pele quando uma pessoa permanece 
por muito tempo em uma mesma posição. É causada pela diminuição da circulação do 
sangue nas áreas do corpo que ficam em contato com a cama ou com a cadeira. Ocorre 
entre uma proeminência óssea e uma superfície dura, por exemplo, na região sacral, 
calcâneos, trocânter maior do fêmur, tuberosidades do ísquio e maléolos externos 
(BRASIL, 2002). Para que se faça a prevenção das úlceras por pressão é importante 
conhecer quais os locais mais comuns deste tipo de úlcera (Figura 2). Além disso, a 
utilização de instrumentos de avaliação, como a Escala de Braden, auxiliam na 
prevenção e direcionamento dos cuidados e orientações. 
 
Figura 2 – Locais por pressão mais comuns de úlceras. 
 
http://unasus.ufpel.edu.br/moodle/ccufpel/bib/escala_braden.pdf
 
Fonte: Ministério da Saúde, 2008, p. 46. 
Questão 5 
Escolha múltipla 
Quais as orientações devem ser dadas para o 
cuidador do Sr. M.L.S. e sua filha sobre a úlcera 
por pressão? 
 Hidratar a pele 
 Utilizar sabonete hidratante durante o banho 
 Realizar curativo no local lesionado, duas vezes ao dia 
 Manter a roupa da cama e da pessoa bem esticada 
 Evitar o uso do colchão piramidal 
 Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas 
 Evitar restos de alimentos em cima da cama 
 
100 / 100 acerto 
O colchão piramidal ajuda a prevenir as úlceras por pressão, pois protege os locais do 
corpo onde os ossos são mais salientes e ficam em contato com o colchão ou a cadeira. 
(BRASIL, 2008, p. 47). Além disso, na prevenção de úlceras de pressão, é importante 
orientar a mudança de decúbito a cada 2 horas; durante o banho utilizar sabonete 
hidratante para manter a pele hidratada; manter a roupa da cama bem esticada sem 
restos de alimentos. O curativo deverá ser trocado 2 vezes ao dia ou quando necessário, 
devido o risco de contaminação. 
Saiba mais 
 
Um dos recursos frequentemente utilizados para prevenir a formação de úlceras por 
pressão tem sido o colchão caixa de ovo ou piramidal (Figura 3 e 4), principalmente em 
pacientes hospitalizados cujo tratamento e a monitorização constante levam a uma longa 
permanência no leito ou repouso absoluto, tornando-o propenso ao desenvolvimento de 
úlceras por pressão. Em geral, esses colchões, são utilizados sobre os colchões 
hospitalares convencionais e apenas protegidos pela roupa de cama. (FERREIRA et al., 
2011, p. 162). 
 
Figuras 3 e 4 – Colchão piramidal 
 
 
Fonte: Gil Fachini 
 
De acordo com Ribeirão Preto (2013), a úlcera por pressão é a área de trauma tecidual 
causada por pressão contínua e prolongada, excedendo a pressão capilar normal, 
aplicada à pele e tecidos adjacentes provocando uma isquemia que pode levar à morte 
celular. As úlceras por pressão podem ser classificadas baseando-se na profundidade do 
tecido destruído: 
 
Figura 5 – Profundidade do tecido e camadas da pele 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde, 2002, p. 17. 
 
Estágio I 
A pele “intacta” já apresenta alteração relacionada à pressão, indicada por mudança da 
temperatura local (calor ou frio), mudança na consistência do tecido (edema, 
endurecimento ou amolecimento), ou sensação de coceira ou queimação. Nas pessoas 
de pele clara, pode se apresentar como um eritema que não embranquece após a 
remoção da pressão. Em indivíduos de pele escura, pode se apresentar como 
descoloração, manchas roxas ou azuladas. Pode haver também enduração e calor local. 
 
Estágio II 
Perda da epiderme e/ou derme; a úlcera é superficial, apresentando-se como abrasão, 
bolha (flictena) ou cratera rasa. 
 
Estágio III 
Perda da espessura total da pele (de tecido subcutâneo) com ou sem necrose; a úlcera 
pode apresentar-se como uma cratera profunda, embora não atinja a fáscia muscular. 
 
Estágio IV 
Destruição total da pele (epiderme, derme e subcutâneo), com dano muscular, ósseo ou 
de estruturas de apoio, como tendões e articulações, com ou sem necrose. Neste estágio, 
como também no III, pode haver o aparecimento de cavernas, túneis ou trajetos 
sinuosos. Antes de se determinar o estágio da úlcera deve-se retirar o tecido necrótico. 
(BRASIL, 2002, p. 16; RIBEIRÃO PRETO, 2013, p. 16) 
Questão 6 
Escolha múltipla 
Quais as orientações que a enfermeira deverá dar 
ao cuidador do Sr M.L.S. sobre a realização do 
curativo na úlcera por pressão? 
 Antes de iniciar o curativo remover a cobertura anterior de forma não traumática 
 Ambiente iluminado e com condições adequadas de higiene 
 Explicar o procedimento a ser realizado para o idoso 
 Deixar uma cobertura seca na ferida 
 Materiais necessários: gaze estéril, luva de procedimento, solução fisiológica 0,9% 
e micropore 
 
100 / 100 acerto 
A Solução Fisiológica a 0,9% pode ser utilizada tanto na limpeza quanto na cobertura 
da ferida, com a finalidade de manutenção do meio úmido, acelerando a granulação e 
estimulando o processo de autólise do tecido desvitalizado. Na úlcera por pressão de 
Grau II (presença de abrasão, flictena) o curativo ideal é aquele que faz uso de Solução 
Fisiológica a 0,9%, que pode ser usada como cobertura primária da ferida, com o 
cuidado de efetuar a troca, em média, a cada 4 horas, para evitar a desidratação local ou 
umedecê-la sempre que necessária (RIBEIRÃO PRETO, 2013). 
Saiba mais 
 
As úlceras por pressão se desenvolvem na pele, que é o maior órgão que reveste e 
delimita nosso corpo, representa 15% do peso corporal e é composta de três camadas 
(Figura 5) (BRASIL, 2002, p. 09). As úlceras por pressão são definidas como qualquer 
interrupção da solução de continuidade do tecido cutâneo-mucoso acarretando em 
alterações na estrutura anatômica ou função fisiológica dos tecidos afetados. Podem ser 
classificadas quanto à causa, em: cirúrgicas e não cirúrgicas; segundo o tempo de 
reparação, em agudas e crônicas; e de acordo com a profundidade (em relação à 
extensão da parede tissular envolvida: epiderme, derme, subcutâneo e tecidos mais 
profundos, como músculos, tendões, ossos e outros), em graus (Figura 5) (BRASIL, 
2002, p. 16). 
Questão 7 
Escolha múltipla 
Quais orientações podem ser recomendadas pelo 
enfermeiro, referente à mecânica corporal, ao 
cuidador do idoso? 
 Procurar levantar objetos, ao invés de rolá-los, escorregá-los e empurrá-los 
 Utilizar roupa que permita liberdade de movimento 
 Utilizar os músculos mais longos dos braços e pernas nas atividades que exijam 
maior força 
 Envolve o alinhamento do corpo ou postura, equilíbrio e movimento coordenadoDesenvolver o hábito de manter a postura ereta 
 A correta utilização da mecânica corporal previne lesões e dores musculares e/ou 
articulares 
 
100 / 100 acerto 
Para reduzir a energia, ao deslocar um objeto contra a força da gravidade é necessário 
utilizar outros mecanismos, como escorregá-lo, rolá-lo, empurrá-lo ou puxá-lo. 
(DUARTE, 2009). 
Saiba mais 
 
É fundamental que os cuidadores, para o bom desempenho de suas atividades, sejam 
orientados em relação às técnicas utilizadas na prevenção do estresse da musculatura 
das costas. Isso envolve: 
- Desenvolver o hábito de manter a postura ereta; 
- Utilizar os músculos mais longos dos braços e pernas nas atividades que exijam maior 
força; 
- Estabilizar a pelve para proteção das vísceras, utilizando a “cintura interna” (contração 
simultânea dos glúteos para baixo e dos músculos abdominais para cima) e o diafragma 
quando inclinar, levantar, puxar ou tentar alcançar um objeto ou pessoa (Figura 6, 7, 8, 
9 e 10); 
Figuras 6, 7, 8, 9 e 10 – Alinhamento postural correto para erguer um objeto. 
 
 
Fonte: Gil Fachini 
 
- Posicionar-se o mais próximo possível do objeto ou pessoa a ser levantado ou 
posicionado (Figura 11 e 12); 
- Para posicionar o paciente em decúbito lateral o cuidador deve flexionar os joelhos do 
paciente e posicionar os braços sobre o seu corpo, evitando que ao mudar o decúbito o 
mesmo fique deitado em cima do braço. Após, o cuidador deverá realizar o movimento 
de virar as pernas do paciente em sua direção. 
- Para sentar o paciente no leito o cuidador deverá posicionar o mesmo em decúbito 
lateral conforme orientado anteriormente. A partir desta posição, o cuidador irá colocar 
um dos seus braços abaixo dos joelhos flexionados e o outro embaixo do pescoço do 
paciente. Nesta posição, concomitantemente o cuidador irá girar o paciente, puxando as 
pernas para fora do leito e levando o tronco para a posição sentada. O cuidador 
mantendo as mãos na mesma posição anterior, girar o paciente, colocando-o sentado no 
leito. 
- Para fazer a retirada do leito para a cadeira, o cuidador deve posicionar as mãos do 
paciente sobre seus ombros e alinhar os membros inferiores do paciente para 
proporcionar o apoio no solo corretamente. A partir desta posição o cuidador irá 
posicionar uma das suas mãos nas costas do paciente (sob as escápulas) e a outra na 
região acima do quadril (região lombar da coluna vertebral). Em seguida o paciente 
deve ser puxado na direção do cuidador, até encostar os pés no chão e conseguir ficar 
em ortostase. 
- A cadeira deverá estar próxima a leito, possibilitando ao cuidador um movimento 
giratório em sua direção, colocando o paciente sentado. 
- Posicionar o paciente na cadeira, colocando um apoio para os membros superiores, 
evitando que o paciente fique com as mãos flexionadas, e para os membros inferiores, 
para que o paciente fique com os joelhos e os pés posicionados corretamente (90 graus 
de flexão da articulação do quadril, joelhos e tornozelos. 
Figuras 11 a 18 – Posicionamento de mudança decúbito um paciente e retirada do leito. 
 
 
Fonte: Gil Fachini 
 
 
Fonte: Gil Fachini 
Objetivos do Caso 
 
Revisar os cuidados dispensados a idosos com sequela de AVC e orientações ao 
cuidador sobre o correto uso da mecânica corporal. 
Referências 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Traumatologia e 
Ortopedia. Queda de idosos. Brasília, DF: Biblioteca Virtual em Saúde. 2009. 
Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/184queda_idosos.html> . Cópia 
local Acesso em 2014. 
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da 
pessoa com acidente vascular cerebral. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/184queda_idosos.html
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/184queda_idosos.html
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/184queda_idosos.html
2013a. Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitaca.
..> . Cópia local Acesso em 2014. 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. Brasília, DF: Ministério da 
Saúde, 2013b. 205 p. (Melhor em casa: a segurança do hospital no conforto do 
seu lar, v. 2). Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_
mel...> . Cópia local Acesso em 2014. 
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, DF: 
Ministério da Saúde, 2007. 192 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos. 
Cadernos de Atenção Básica, n.19). Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf> . Cópia 
local Acesso em 2014. 
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Prevenção clínica de doença cardiovascular, 
cerebrovascular e renal crônica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. 58 
p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 14. Série A. Normas e Manuais Técnicos). 
Disponível 
em: <http://www.prosaude.org/publicacoes/diversos/cad_AB_CRONICAS.pdf> 
. Cópia local Acesso em 2014. 
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC. Brasília, 
DF: Ministério da Saúde, 2013c. 50 p. Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rotinas_para_atencao
_av...> . Cópia local Acesso em 2014. 
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de 
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador. 
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008. 64 p. (Série A. Normas e Manuais 
Técnicos). Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf> . 
Cópia local Acesso em 2014. 
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento 
de Atenção Básica. Área Técnica de Dermatologia Sanitária. Manual de 
condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas. Brasília, DF: Ministério 
da Saúde, 2002. 55 p. (Série J. Cadernos de Reabilitação em Hanseníase; n. 2). 
Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_feridas_final.pdf> . C
ópia local Acesso em 2014. 
9. DUARTE, Yeda A. O. Manual dos formadores de cuidadores de pessoas 
idosas. São Paulo: Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social: 
Fundação Padre Anchieta, 2009. 135 p. Disponível 
em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-
saude/gr...> . Cópia local Acesso em 2014. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_acidente_vascular_cerebral.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_acidente_vascular_cerebral.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/diretrizes_atencao_reabilitacao_acidente_vascular_cerebral.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf
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