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DISPOSIÇÕES COMUNS À RECUPERAÇÃO JUDICIAL E FALÊNCIA Âmbito de incidência | Juízo competente | Intervenção do MP | Obrigações não exigíveis | Suspensões e proibições [Parte 1 de 3] Prof. Thiago Cadidé https://www.instagram.com/thiagocadide.adv/ https://www.instagram.com/thiagocadide.adv/ ÂMBITO DE INCIDÊNCIA Prof. Thiago Cadidé O âmbito de incidência se refere àqueles que estão submetidos à Lei 11.101/05, devendo atentar ao que ela preceitua e podendo gozar de seus benefícios; Trata da LEGITIMIDADE PASSIVA daqueles agentes cuja atividade está sujeita à LREF; Logo no 1º artigo a Lei indica que os legitimados são apenas os empresários (individuais e as EIRELI) e as sociedades empresárias; Prof. Thiago Cadidé ÂMBITO DE INCIDÊNCIA DA LEI Prof. Thiago Cadidé ÂMBITO DE INCIDÊNCIA DA LEI Art. 1º, Lei 11.101/05. Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do EMPRESÁRIO e da SOCIEDADE EMPRESÁRIA, doravante referidos simplesmente como devedor. 1. Profissionalmente – não é atividade esporádica, mas habitual, como profissão; 2. Atividade – não é apenas um ato isolado, mas uma sequência; 3. Econômica – produzir riqueza, gerar lucro; 4. Organizada – utilização dos meios necessários coordenados para alcançar um fim; 5. Produção ou circulação de bens ou serviços. Prof. Thiago Cadidé ÂMBITO DE INCIDÊNCIA DA LEI Conceito de empresário: Aquele que exerce profissionalmente1 atividade2 econômica3 organizada4 para a produção ou a circulação de bens ou de serviços5. (Art. 966, CC) ELEMENTOS NO CONCEITO DE EMPRESÁRIO 1. Economicidade; 2. Organização; 3. Profissionalidade; 4. Assunção do risco; 5. Direcionamento ao mercado. Prof. Thiago Cadidé 1. ECONOMICIDADE Desenvolvimento da atividade voltada à geração de riqueza, auferir lucro; Difere, por exemplo, de atividade filantrópica, religiosa ou social. 2. ORGANIZAÇÃO Expõe-se a ideia de organização dos fatores da produção para o bom exercício da atividade. Deve haver uma consideração objetiva dos frutos da atividade, e não das qualificações pessoais do sujeito. Designer freelancer x Agência de publicidade. Prof. Thiago Cadidé ELEMENTOS NO CONCEITO DE EMPRESÁRIO 3. PROFISSIONALIDADE Estabilidade e Habitualidade; “Importa que a atividade corresponda a um constante repetir-se, não podendo tratar-se da realização de um negócio ocasional de compra e venda ou de mediação” (Verçosa apud ANDRÉ SANTA CRUZ). Ex.: Prof. Thiago Cadidé ELEMENTOS NO CONCEITO DE EMPRESÁRIO 4. ASSUNÇÃO DO RISCO Toda empresa gera risco. Não importa o tamanho ou a previsibilidade dele, é o empresário quem o assume; Esse risco deve ser sopesado por aquele que pretende ser empresário. Ex.: Art. 12, CDC. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. Prof. Thiago Cadidé ELEMENTOS NO CONCEITO DE EMPRESÁRIO 5. DIRECIONAMENTO AO MERCADO Exercer a atividade voltada a atender às necessidades e desejos do mercado, não para si próprio. Ex.: Agricultura de subsistência X Agricultura empresarial Prof. Thiago Cadidé ELEMENTOS NO CONCEITO DE EMPRESÁRIO PROFISSIONAL INTELECTUAL O elemento “organização” assume papel secundário, de modo que a atividade, embora econômica (produza riqueza), é prestada de forma pessoal, estando estritamente vinculada ao profissional, mesmo com a concorrência de auxiliares; A atividade é infungível; Por isso, não estará sujeito à Lei 11.101/05! Prof. Thiago Cadidé EXCLUÍDO DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO Art. 966, CC. (...) Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 1. EMPRESÁRIO RURAL Via de regra, o que define se determinada pessoa ou sociedade é empresária é a atividade que ela exerce bem como a forma como a exerce; A legislação determina que todo empresário/sociedade empresária devem ser registrados para a sua devida regularidade; Porém, aquele que exerce atividade rural tem a faculdade de escolher se quer se submeter ao regime empresarial ou não. E ele o faz através do REGISTRO (na Junta Comercial); Caso ele esteja registrado, poderá se sujeitar à Recuperação e à Falência (regime empresarial). Se não se registrar, só estará sujeito ao regime civil. Prof. Thiago Cadidé SITUAÇÕES ESPECIAIS 2. COOPERATIVAS Por força de lei, são sempre consideradas sociedades simples (não empresárias), independentemente do objeto da sua atividade. Por isso, não são sujeitas à Recuperação Judicial! Prof. Thiago Cadidé SITUAÇÕES ESPECIAIS Art. 982, CC. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 3. EMPRESÁRIOS IRREGULARES Os empresários irregulares são aqueles que não cumprem suas obrigações decorrentes do regime jurídico empresarial, especialmente o registro na junta comercial; REGISTRO = condição de REGULARIDADE e não de caracterização de atividade empresarial. Os irregulares continuam sendo empresários; Na RJ – exigência de atividade regular, logo, não poderão requerer RJ; Na Fal – não exige regularidade Prof. Thiago Cadidé SITUAÇÕES ESPECIAIS 3. EMPRESÁRIOS IRREGULARES Prof. Thiago Cadidé SITUAÇÕES ESPECIAIS ATENÇÃO! Para a Recuperação Judicial (RJ) a lei exige 2 anos de atividade regular! Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça REGULARMENTE suas atividades há mais de 2 (dois) anos (...). Logo, ainda que seja considerado empresário, aquele que não exerce atividade regular deixará de preencher um dos requisitos para a RJ. Entretanto, nada impede que o empresário individual passe pelo processo de FALÊNCIA. 3. EMPRESÁRIOS IRREGULARES Os empresários irregulares são aqueles que não cumprem suas obrigações decorrentes do regime jurídico empresarial, especialmente o registro na junta comercial; REGISTRO = condição de REGULARIDADE e não de caracterização de atividade empresarial. Os irregulares continuam sendo empresários; Na RJ. – exigência de atividade regular, logo, não poderão requerer RJ; Na Fal. – não exige regularidade, podendo requerer. Prof. Thiago Cadidé SITUAÇÕES ESPECIAIS Tais exclusões se justificariam pela importância estratégica de certas atividades para a economia; Prof. Thiago Cadidé EXCLUÍDOS DO ÂMBITO DE INCIDÊNCIA Art. 2º, Lei 11.101/05. Esta Lei não se aplica a: I - empresa pública e sociedade de economia mista; II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. As atividades empresariais excluídas da aplicação da Lei 11.101/05, seguem dois critérios de definição: Organizadas com a participação do Estado em seu capital social; ou Desempenham alguma atividade considerada estratégica para a política econômica estatal. Prof. Thiago Cadidé EXCLUÍDOS DO ÂMBITO DE INCIDÊNCIA Gostou do material? Não esqueça que esta é apenas a 1ª parte! Acompanhe a Parte 2 (Juízo competente | Intervenção do MP) e a parte 3 (Obrigações não exigíveis | Suspensões e proibições) no meu perfil doPassei Direto: https://www.passeidireto.com/perfil/thiago-cadide/ Também lhe convido a me acompanhar no Instagram, onde compartilho um pouco mais de conhecimento: Prof. Thiago Cadidé https://www.passeidireto.com/perfil/thiago-cadide/ https://www.instagram.com/thiagocadide.adv/ https://www.instagram.com/thiagocadide.adv/ https://www.instagram.com/thiagocadide.adv/
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