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Inflamação crônica Longa duração (dias a anos) e infiltrado mononuclear (macrófagos mais predominantes). Inflamação ativa, destruição tecidual e reparação por fibrose ocorrem simultaneamente. É caracterizada pela infiltração de células mononucleares, destruição tecidual e pelo reparo. Pode ocorrer anteriormente por uma inflamação aguda e origina-se por eventos variados como infecções persistentes, distúrbios de hipersensibilidade ou por exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos. Nem toda inflamação aguda evolui para uma crônica, pois as inflamações agudas tendem a serem autolimitadas. Células e mediadores A combinação de inflamação prolongada e repetida, destruição e fibrose tecidual que caracterizam a inflamação crônica envolve interações complexas entre as várias populações celulares e seus mediadores secretados. As principais células envolvidas são: · Macrófagos · Linfócitos · Eosinófilos · Mastócitos Macrófagos: são as células dominantes da inflamação crônica, são derivados dos monócitos do sangue circulante e ficam difusamente dispersos nos tecidos conjuntivos. Atuam como espécies de filtros para materiais particulados, micróbios e células senescentes. Os monócitos sofrem influência de moléculas de adesão e de quiniocinas e migram para o local de lesão, entre 24 e 48h após a inflamação aguda ter início. Então, no meio extravascular se transformam em macrófagos que são maiores, possuem uma meia-vida maior, além de possuir a capacidade de fagocitose. Os macrófagos são ativados por duas vias principais: · Macrófagos classicamente ativados M1 > relacionados com a defesa do hospedeiro contra microrganismos, são induzidos principalmente por produtos microbianos e IFNy. · Macrófagos alternativamente ativados M2 > desempenha seu principal papel no reparo tecidual, é induzido por citocinas como IL-4. Os macrófagos possuem papeis críticos na defesa do hospedeiro e na resposta inflamatória, pois: · Ingerem e eliminam micróbios e tecidos mortos · Iniciam o processo de reparo tecidual · Secretam mediadores da inflamação · Expõem antígenos aos linfócitos T e respondem aos sinais das células T. Linfócitos: são orientadores da inflamação em muitas doenças autoimunes e inflamatórias crônicas. Os linfócitos T e B migram para os locais inflamatórios e a partir de alguns pares de moléculas de adesão e quimiocinas recrutam outros leucócitos. Nos tecidos os linfócitos B podem se transformar em plasmócitos, que são os responsáveis por secretar os anticorpos. E os linfócitos T CD4+ são ativados para secretar citocinas. Eosinófilos: são encontrados em torno de infecções parasitárias ou como parte de uma reação imune mediadas por IgE, seu recrutamento é dirigido por moléculas de adesão e quimiocinas, e os grânulos contém uma proteína tóxica para parasitas, que causa necrose epitelial. Mastócitos: podem participar das respostas agudas e crônicas, as células armadas com IgE, são figuras centrais nas reações alérgicas e podem exercer ação em algumas infecções por produzir citocinas e quimiocinas. Inflamação granulomatosa É um padrão diferente de inflamação crônica, é caracterizada por agregados de linfócitos ativados com linfócitos esparsos, estão relacionadas a doenças clínicas. Pode ocorrer de três formas distintas: · Nas respostas persistentes de células T a certos microrganismos (como o M. tuberculosis) · Em doenças inflamatórias imunomediadas (doença de Crohn) · Sarcoidose e em resposta a corpos estranhos. OBS: A formação de um granuloma encerra o agente agressor, porém nem sempre. A tuberculose é uma inflamação granulomatosa que pode ser a causa da disfunção do órgão. Morfologia: · Macrófagos epitelioides · Agregados de macrófafos epitelioides circundados por um colar de linfócitos · Mais antigos: orla de fibroblastos e tecido conjuntivo · Células gigantes multinucleadas · Zona central de necrose Thaís Fernandes das Neves (@thais0831 - @studyenffernandes)
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