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Desenvolvimento socioemocional: Teoria Ecológica e Teoria do Desenvolvimento de Duração da Vida APRESENTAÇÃO Bem vindo(a) a esta Unidade de Aprendizagem! O desenvolvimento das habilidades socioemocionais são tão importantes quanto o das habilidades cognitivas para a obtenção de bons resultados na escola, e até mesmo para o sucesso no trabalho e na vida. É sabido que o desenvolvimento de ambas as habilidades está relacionado com o contexto social do aluno. Nesta Unidade de Aprendizagem abordaremos duas teorias que buscam sistematizar o desenvolvimento socioemocional das crianças em face dos diferentes contextos sociais, elaboradas respectivamente por Urie Bronfenbrenner e por Erik Erikson. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os cinco sistemas ambientais que compõem a teoria ecológica de Bronfenbrenner. • Reconhecer os oito estágios de desenvolvimento humano que compõem a Teoria de Erikson. • Listar um conjunto de competências que auxiliam no bom desenvolvimento socioemocional dos alunos. • DESAFIO Preste atenção nos três relatos a seguir. Em apenas um deles as ações empreendidas pelo professor podem ser consideradas realmente satisfatórias. Você consegue identificar qual é este relato e, em seguida, justificar sua escolha? A. O professor Carlos sabe que deve focar-se em promover o desenvolvimento intelectual de seus alunos. Para isso ele observa, sem interferências, o modo como o comportamento de seus alunos é capaz de manifestar as experiências vividas por eles em seus respectivos contextos sociais. B. O professor Afonso já planejou e agora coloca em prática, ao longo do ano letivo, um plano de ensino que promove o desenvolvimento intelectual de seus alunos. O professor diz se pautar em sua própria sensibilidade, ao permitir que a afetividade de seus alunos se manifeste espontaneamente, ao longo de todo ano escolar. C. Em sua prática de ensino, o professor Júlio planeja e executa sua atividade profissional de modo a promover o desenvolvimento cognitivo e afetivo de seus alunos. INFOGRÁFICO As chamadas "Teoria Ecológica" (Bronfenbrenner) e "Teoria do Desenvolvimento de Duração da Vida" (Erikson) possuem um elemento comum, a saber, a noção de temporalidade. Na primeira delas, são listados cinco ambientes relativos ao desenvolvimento socioemocional dos indivíduos, do nascimento ao final da adolescência. Na segunda, oito estágios compõem uma linha temporal do desenvolvimento socioemocional. O infográfico a seguir apresenta um esquema com os principais elementos dessas teorias. CONTEÚDO DO LIVRO Aprofunde seus conhecimentos sobre o desenvolvimento socioemocional, conhecendo a "Teoria Ecológica" de Bronfenbrenner e a "Teoria do Desenvolvimento de Duração da Vida" de Erikson, por meio da leitura do capítulo Desenvolvimento socioemocional: Teoria Ecológica e Teoria do Desenvolvimento de Duração da Vida, da obra Psicologia da Educação. Boa leitura. PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Caroline Costa Nunes Lima Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os cinco sistemas ambientais que compõem a teoria eco- lógica de Bronfenbrenner. Reconhecer os oito estágios de desenvolvimento humano que com- põem a teoria de Erikson. Listar um conjunto de competências que auxiliam no bom desenvol- vimento socioemocional dos alunos. Introdução Neste capítulo, você conhecerá duas teorias relacionadas ao desenvol- vimento socioemocional humano. A primeira delas diz respeito à teoria ecológica de Bronfenbrenner, que propõe cinco sistemas ambientas que afetam o desenvolvimento e se relacionam entre si. Em seguida, conhecerá os oito estágios de desenvolvimento humano propostos por Erikson em sua teoria, assim como as principais características desse tipo de abordagem. Por fim, refletirá sobre o conjunto de competências socio- emocionais que favorecem o desenvolvimento dos alunos na aquisição e no aprimoramento de suas habilidades. Os cinco sistemas ambientais da teoria ecológica de Bronfenbrenner A criança passa a interagir com o mundo que a cerca desde seu nascimento, quando aprende por meio de experimentações e estímulos de seus cuidadores e constrói uma base para ter condições a passar por diversas etapas de seu desenvolvimento. Você já parou para refl etir sobre a complexidade que envolve a maturação biológica, física, emocional e social? O interesse por processos assim fizeram com que pesquisadores formulas- sem teorias, como é o caso da que veremos agora, chamada de “teoria ecológica de Bronfenbrenner”. O pesquisador que deu nome a ela formulou uma das cinco perspectivas do desenvolvimento humano, apresentada na década de 1970. Veja, no Quadro 1, a seguir, os cinco tipos de abordagens, seus autores, as principais características e diferenças dessas formulações, de acordo com Papalia e Feldman (2013). Perspectiva Teorias importantes Princípios básicos Psicanalítica Teoria psicossexual de Freud O comportamento é controlado por poderosos impulsos inconscientes. Teoria psicossocial de Erikson A personalidade é influenciada pela sociedade e se desenvolve por meio de uma série de crises. Aprendizagem Behaviorismo, ou teoria tradicional da aprendizagem (Pavlov, Skinner, Watson) As pessoas são reativas; o ambiente controla o comportamento. Teoria da aprendizagem social (social cognitiva) (Bandura) As crianças aprendem em um contexto social por meio da observação e imitação de modelos. Elas contribuem ativamente para a aprendizagem. Quadro 1. Cinco perspectivas sobre o desenvolvimento humano (Continua) Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida2 Fonte: Papalia e Feldman (2013, p. 55). Quadro 1. Cinco perspectivas sobre o desenvolvimento humano Perspectiva Teorias importantes Princípios básicos Cognitiva Teoria dos estágios cognitivos de Piaget Mudanças qualitativas no pensamento ocorrem entre a primeira infância e a adolescência. As crianças desencadeiam ativamente o desenvolvimento. Teoria sociocultural de Vygotsky A interação social é central para o desenvolvimento cognitivo. Teoria do processamento de informação Seres humanos são processadores de símbolos. Contextual Teoria bioecológica de Bronfenbrenner O desenvolvimento ocorre por meio da interação entre uma pessoa em desenvolvimento e os cinco sistemas contextuais de influências circundantes, interligados, do microssistema ao cronossistema. Evolucionista/ Sociobiológica Teoria do apego de Bowlby Seres humanos têm mecanismos adaptativos para sobreviver; períodos críticos ou períodos sensíveis são enfatizados; as bases evolucionistas e biológicas do comportamento e a predisposição para a aprendizagem são importantes. (Continuação) Agora que você teve a oportunidade de conhecer as cinco abordagens, identificando as diferenças acerca dos seus princípios básicos, focaremos na perspectiva denominada “contextual”, que é o objeto de nosso interesse nos estudos. De acordo com essa teoria, é por meio do contexto social que se pode 3Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida compreender os processos à respeito do desenvolvimento humano. Assim, compreendem o indivíduo pelo resultado de sua interação com o ambiente. A partir dessa teoria biológica, Bronfenbrenner identificou cinco níveis que podem influenciar o ambiente, que sofre variações partindo do mais íntimo para o mais amplo. A Figura 1, a seguir, apresenta um esquema da teoria bioecoló gica de Bronfenbrenner, segundo Bronfenbrenner (1995, 2000, 2004 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013) e Bronfenbrenner e Morris (1998, 2006 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013). Figura 1. Teoria bioecoló gicade Bronfenbrenner. Fonte: Papalia e Feldman (2013, p. 63). Nesse gráfico, podemos identificar os cinco sistemas ambientais que com- põem a teoria ecológica de Bronfenbrenner. Agora, vamos às explicações sobre cada um desses sistemas, no Quadro 2, a partir da adaptação de Papalia e Feldman (2013). Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida4 Fonte: Bronfenbrenner (1995, 2000, 2004 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, p. 68) e Bronfenbrenner e Morris (1998, 2006 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, p. 68). Sistema Definição Microssistema É o ambiente do dia a dia no lar, na escola, no trabalho ou na vizinhanç a, incluindo relacionamentos face a face com cô njuge, filhos, pais, amigos, colegas de classe, professores, empregadores ou colegas de trabalho. Mesossistema É o entrelaç amento de vá rios microssistemas. Poderá incluir ví nculos entre o lar e a escola ou entre a famí lia e o grupo de colegas. Por exemplo, um mau dia de um dos pais no trabalho poderá afetar as interaç õ es com o filho de um modo negativo no final do dia. Apesar de nunca ter ido ao local de trabalho, mesmo assim a crianç a é afetada. Exossistema Consiste em ví nculos entre um microssistema e sistemas de instituiç õ es externas que afetam a pessoa indiretamente. Como o sistema de trâ nsito de uma comunidade afeta as oportunidades de trabalho? A programaç ã o na televisã o que encoraja o comportamento pró -social torna as crianç as mais prestativas? Macrossistema Consiste em padrõ es culturais abrangentes, como as crenç as e ideologias dominantes, e sistemas econô micos e polí ticos. Como um indiví duo é afetado por viver numa sociedade capitalista ou socialista? Cronossistema Adiciona a dimensã o do tempo: a mudanç a ou constâ ncia na pessoa e no ambiente. Isso pode incluir mudanç as na estrutura da famí lia, no lugar de residê ncia ou no emprego, e també m mudanç as culturais abrangentes, como guerras e ciclos econô micos (perí odos de recessã o ou de relativa prosperidade). Quadro 2. Cinco sistemas ambientais da teoria ecológica de Bronfenbrenner. É importante enfatizar que Bronfenbrenner (1995, 2000, 2004 apud PAPA- LIA; FELDMAN, 2013) considera que o indivíduo não é somente o resultado de seu desenvolvimento e, sim, como alguém que é capaz de moldar esse desenvolvimento de acordo com suas características biológicas e psicológicas. Analisando os resultados dessa teoria contextual, foi observado que ela se tornou popular nos anos subsequentes, oportunizando as investigações sobre os contextos sociais em nível micro e macro, trazendo mais compreensão para os 5Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida estudos das teorias comportamentais focadas em ambientes menores e as teorias antropológicas que investigavam ambientes maiores (SANTROCK, 2009). Com isso, houve uma ampliação no olhar das esferas educacionais para compreenderem os educandos de modo integral, considerando todo o contexto em que a criança está inserida, refletindo na construção da sua identidade e influenciando em seu comportamento. As novas reformulações do modelo ecológico de desenvolvimento humano, realizadas por Bronfenbrenner e Morris (1998), incluem uma nova forma de olhar as propriedades da pessoa em desenvolvimento. No modelo bioecológico, são reapresentados quatro aspectos multidirecionais inter-relacionados, o que é designado como modelo PPCT: “pessoa, processo, contexto e tempo”. Pessoa: refere-se ao fenômeno de constâncias e mudanças na vida do ser humano em desenvolvimento, no decorrer de sua existência. A abordagem reformulada ressalta a importância de se considerar as características do indivíduo em desenvolvimento, como convicções, nível de atividade, temperamento, além de metas e motivações dele. Para o autor, isso tudo tem considerável impacto na maneira pela qual os contextos são experienciados pela pessoa, tanto quanto os tipos de contextos nos quais o sujeito se insere. Características do tipo pessoais, como gênero ou cor da pele, que podem influenciar na maneira pela qual outros lidam com a pessoa em desenvolvimento, como valores e expectativas que se tem na relação social, devem ser consideradas. Processo: tem a ver com as ligações entre os diferentes níveis e está constituído por papéis e atividades diárias da pessoa em desenvolvimento. Para se desenvolver intelectual, emocional, social e moralmente, o ser humano, a criança ou o adulto requerem — para todos eles — a mesma coisa: participação ativa em interação progressivamente mais complexa, recíproca com pessoas, objetos e símbolos no ambiente imediato. Para ser efetiva, a interação tem que ocorrer em uma base bastante regular em períodos estendidos de tempo. Contexto: quando o autor fala em contexto de desenvolvimento, ele está se referindo ao meio ambiente global em que o indivíduo está inserido e onde se desenrolam os processos desenvolvimentais. Os vários ambientes subdivididos pelo autor, abran- gendo tanto os ambientes mais imediatos nos quais a pessoa em desenvolvimento vive, como os mais remotos, em que a pessoa nunca esteve, mas que se relacionam e têm o poder de influenciar o curso de desenvolvimento humano. Esses ambientes são denominados micro, meso, exo e macrossistemas, e sobre eles será escrito mais adiante. Tempo: pode ser entendido como o desenvolvimento no sentido histórico ou, em outras palavras, o modo como as mudanças ocorrem nos eventos no decorrer dos tempos, devido às pressões sofridas pela pessoa em desenvolvimento. Outro exemplo de como o tempo influencia o desenvolvimento da pessoa é a diferença na maneira de os pais criarem seus filhos na década de 40 e 80 ou na atualidade. Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida6 Os oito estágios de desenvolvimento humano da teoria de Erikson A área da Psicologia, responsável por investigar os fenômenos biológicos, físicos e psicológicos da concepção até o fi nal da vida, analisa o modo e as razões sobre como o organismo passa por transformações através do tempo, desenvolvendo, assim, teorias que possam trazer respostas sobre algumas dessas mudanças (Figura 2). Você já parou para refl etir em como se dão algumas destas? Pesquisadores de diferentes épocas se dedicaram a esses estudos, organizando suas descobertas de diferentes modos. Figura 2. Evolução humana. Fonte: radoma/Shutterstock.com. Erik Erikson (1902-1994) foi um dos pesquisadores que buscaram analisar e documentar os processos pelos quais o ser humano se desenvolve. Seus estudos deram origem a Teoria de Erikson. De acordo com o pesquisador, o desenvolvimento humano passa por diferentes estágios. As oito etapas, sin- tetizadas no Quadro 3, passam por desdobramentos ao passo que as pessoas vão evoluindo. Pelo quadro acima, você pode observar que cada um desses estágios re- presenta um momento que confronta a pessoa com uma crise intermediada por seu potencial e sua vulnerabilidade, defrontando aspectos positivos e negativos. De acordo com Erikson (1987), é fundamental, ao analisar essas fases, considerar o contexto histórico e cultural em que o indivíduo está inserido, pois, a partir dessas observações, será possível relacionar o social e o individual, visto que, na concepção do pesquisador, desse modo é que se pode construir a análise da formação da identidade. 7Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida Está gios de Erikson Características Período do desenvolvimento Confianç a versus desconfianç a É o primeiro está gio psicossocial de Erikson. Ocorre no primeiro ano de vida. O desenvolvimento da confianç a requer uma criaç ã o afetuosa e educativa. O resultado positivo é uma sensaç ã o de conforto e medo mí nimo. A desconfianç a se desenvolve quando os bebê s sã o tratados negativamente ou sã o ignorados. Infâ ncia(primeiro ano) Autonomia versus vergonha e dú vida É o segundo está gio psicossocial de Erikson. Ocorre na infâ ncia e com crianç as de um a trê s anos. Depois de ganhar confianç a em seus cuidadores, os bebê s começ am a descobrir que o comportamento deles é o seu pró prio. Eles afirmam sua independê ncia e compreendem sua vontade. Se os bebê s sã o muito reprimidos ou punidos muito severamente, desenvolvem um senso de vergonha e dú vida. Infâ ncia (de 1 aos 3 anos) Iniciativa versus culpa Corresponde à primeira infâ ncia, por volta dos trê s aos cinco anos. Como crianç as de hoje experimentam um mundo social mais amplo, sã o mais desafiadas que nós quando éramos crianç as. Para enfrentar esses desafios, precisam se empenhar num comportamento ativo e determinado. Nesse está gio, os adultos esperam que as crianç as se tornem mais responsáveis e exigem que elas assumam alguma responsabilidade no cuidado de seus corpos e pertences. O desenvolvimento de um senso de responsabilidade aumenta a iniciativa. As crianç as desenvolvem desconfortá veis sentimentos de culpa, se tê m comportamento irresponsá vel ou se deixadas muito ansiosas. Primeira infâ ncia (anos pré - -escolares, dos 3 aos 5 anos) Quadro 3. Estágios do desenvolvimento humano de acordo com a teoria de Erikson (Continua) Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida8 Quadro 3. Estágios do desenvolvimento humano de acordo com a teoria de Erikson Está gios de Erikson Características Período do desenvolvimento Esforç o versus inferioridade Corresponde aproximadamente aos anos do ensino fundamental, dos seis anos de idade até a puberdade ou iní cio da adolescê ncia. A iniciativa das crianç as faz com que elas tenham contato com uma riqueza de novas experiê ncias. Ao entrarem para o ensino fundamental, direcionam sua energia para dominar o conhecimento e as habilidades intelectuais. Em nenhuma é poca as crianç as sã o mais entusiasmadas com relaç ã o à aprendizagem do que ao final da primeira infâ ncia, quando sua imaginaç ã o é expansiva. O perigo dos anos do ensino fundamental é desenvolver um senso de inferioridade, improdutividade e incompetê ncia. Infâ ncia mé dia e tardia (anos do ensino fundamental, dos 6 à puberdade) Identidade versus confusã o de identidade Corresponde aos anos da adolescê ncia. Os adolescentes tentam descobrir quem sã o, o que sã o e para onde estã o indo na vida. Eles sã o confrontados com muitos novos papé is e status de adultos (tais como o vocacional e o amoroso). É preciso permitir que os adolescentes explorem diferentes caminhos para alcanç ar uma identidade saudá vel. Se eles nã o explorarem adequadamente diferentes papé is e nã o estabelecerem um caminho futuro positivo, poderã o permanecer confusos sobre sua identidade. Adolescê ncia (dos 10 aos 20 anos) (Continua) (Continuação) 9Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida Fonte: Erikson (1968 apud SANTROCK, 2009, p. 73). Quadro 3. Estágios do desenvolvimento humano de acordo com a teoria de Erikson Está gios de Erikson Características Período do desenvolvimento Intimidade versus isolamento Corresponde aos anos da juventude, dos 20 aos 30 anos. A tarefa desenvolvimental é estabelecer relacionamentos pró ximos positivos com os outros. Erikson descreve a intimidade como se encontrar, mas se perder em outra pessoa. O risco desse está gio é que se pode falhar ao estabelecer uma relaç ã o í ntima com um companheiro amoroso ou amigo e se tornar socialmente isolado. Para tais indiví duos, a solidã o pode se tornar uma nuvem negra sobre suas vidas. Idade adulta primá ria (20, 30 anos) Produtividade versus estagnaç ã o Corresponde aos anos da idade adulta mé dia, dos 40 aos 50 anos. A produtividade significa transmitir algo positivo para a pró xima geraç ã o. Isso pode envolver papé is como criaç ã o e ensino, por meio dos quais os adultos auxiliam a pró xima geraç ã o a desenvolver vidas proveitosas. Erikson descreve a estagnaç ã o como a sensaç ã o de nã o ter feito nada para ajudar a pró xima geraç ã o. Idade adulta mé dia (40, 50 anos) Integridade versus desespero Corresponde aos ú ltimos anos da maturidade, dos 60 anos até a morte. Adultos idosos revê em suas vidas, refletindo sobre o que fizeram. Se a avaliaç ã o retrospectiva é positiva, desenvolvem um senso de integridade. Ou seja, eles vê em sua vida como positivamente integrada e vá lida. Do contrá rio, os idosos ficam desesperados se seu olhar para trá s é especialmente negativo. Maturidade (dos 60 anos em diante) (Continuação) Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida10 À medida que o indivíduo for capaz de administrar essas circunstâncias com equilíbrio, mais condições terá de ter uma vida saudável, aprendendo com cada vivência, transformando experiências em aprendizagem para se autoconhecer e relacionar com o outro. Competências essenciais para o desenvolvimento socioemocional dos alunos A palavra “competência” passou a estar cada vez mais presente em nosso dia a dia, nas esferas acadêmicas e profi ssionais, no decorrer dos últimos anos. Assim, para que possamos iniciar nossos estudos a respeito de quais competências apoiam o desenvolvimento socioemocional dos alunos, veremos, por meio de Perrenoud et al. (2007, p. 19), como esse termo é defi nido hoje: Atualmente, define-se uma competê ncia como a aptidã o para enfrentar uma famí lia de situaç õ es aná logas, mobilizando de uma forma correta, rá pida, pertinente e criativa, mú ltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades, microcompetê ncias, informaç õ es, valores, atitudes, esquemas de percepç ã o, de avaliaç ã o e de raciocí nio. Assim, também nas palavras do autor (PERRENOUD et al., 2007), ter determinada competência não significa apenas identificar qual situação, problema e decisão devem ser resolvidos, e, sim, deve-se ter a explicitação de quais saberes, capacidades e pensamentos serão requisitados para lidar com a circunstância dessa situação. Quando nos focamos na análise das competências voltadas para o de- senvolvimento dos alunos em nosso cenário educacional, devemos levar em consideração as mudanças no decorrer dos últimos anos. Com as transforma- ções sociais e tecnológicas, as “[...] informações propagam-se à velocidade da luz [...]” (ABED, 2014, p. 5 apud ABED, 2016, p. 9), e as relações entre o conhecimento e o aluno passaram por ressignificações espaciais e temporais. Refletindo sobre essas mudanças, você acredita que as instituições educa- cionais acompanharam essas transformações? Os problemas e resultados que acompanhamos em âmbito nacional demonstram que, apesar dos esforços, temos, em nossa realidade, práticas de ensino-aprendizagem que ainda não se adequaram ao novo perfil dos alunos. De acordo com Abed (2016, p. 11), “[...] a mudança nas concepções de ser humano, de ensino, de aprendizagem e de conhecimento realoca os papéis 11Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida e as responsabilidades dos principais protagonistas da escola: o professor e o aluno [...]”. Desse modo, é fundamental o esforço para que novas práticas pedagógicas venham ao encontro das novas demandas sociais. Se, no ensino tradicional, cabia ao professor atuar como o transmissor do conhecimento para os alunos que cumpriam um papel de receptor dessa figura centralizadora, hoje temos a visão de que o professor é um facilitador da aprendizagem, devendo conceber o aluno como um ser que deve ser desen- volvido de modo integral, que necessita ter diversas habilidades desenvolvidas, tais como as socioemocionais, que afetam o modo como ele constrói sua identidade e aprende. A popularização da internet, no final do século XX, e dosinstrumentos de busca e redes sociais, no início do século XXI, a globalização das econo- mias, as novas organizações sociais do trabalho e as exigências postas pela redesenhada sociedade humana fizeram com que as inquietações e reflexões quanto ao processo de formação humana e o papel da escola ultrapassassem definitivamente os muros das universidades e alcançassem outros setores da sociedade, produzindo novos saberes e mobilizando iniciativas de pesquisas e projetos de diferentes ordens (ABED, 2014, p. 107 apud ABED, 2016, p. 13). Aportes teóricos que levantam a relevância de se considerar aspectos emotivos, cognitivos e sociais voltados para o ensino-aprendizagem tiveram mais espaço nas discussões a partir da segunda metade do século XX. Diversos encontros e fóruns, tais como o que ocorreu em 2014, denominado “Fórum Internacional de Políticas Públicas – Educar para as competências do século 21”, contando com a presença de representantes de diferentes países, onde entrou em pauta discussões acerca das competências e habilidades socioe- mocionais, partilhando experiências e alternativas para pais, professores e escola fazerem uso. A seguir, um trecho do que foi tratado nesse encontro (FÓRUM INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAR PARA AS COMPETÊNCIAS DO SÉCULO 21, 2014, p. 1-3): Acreditamos que as competências socioemocionais precisam ser incluídas em políticas públicas educativas ambiciosas e vamos sistematizar e financiar iniciativas que incentivem e desenvolvam as competências socioemocionais nos estudantes”, afirmou Paim [José Henrique Paim, Ministro da Educação]. Viviane Senna complementou a reflexão ao afirmar que “Todos temos um currículo oculto com esse tipo de competências, um conjunto de habilidades que às vezes nem sabemos que temos, e o desafio é tornar esse conjunto visível e desenvolvido intencionalmente. [...] Os formuladores e os atores de políticas públicas destacaram que, para entender o processo de desenvolvimento das Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida12 competências, precisamos reconhecer o contexto social e político em que se desenvolvem as crianças: violência, pobreza e desigualdade têm alto impacto na vida de crianças em muitos países. Os participantes concordaram que as competências socioemocionais podem ser ensinadas junto com as compe- tências cognitivas. Momentos assim são relevantes para a troca de práticas e resultados obtidos em diferentes países, levando em consideração o contexto e a especificidade de cada local. Para que essas mudanças sejam implementadas, é fundamental uma formação de professores que tenham incorporadas as competências so- cioemocionais. A partir dessa formação, mais instrumentalizados eles estarão para refletirem sobre suas práticas, levando em consideração o contexto dos locais onde atuam. Passados esses esclarecimentos, listaremos, a seguir, no Quadro 4, algumas mediações que desenvolvem competências socioemocionais dos alunos. Mediação para desenvolvimento de competências Definição Intencionalidade e reciprocidade Quanto mais claros são os objetivos do professor, quanto mais as metas são transformadas em ações concretas para serem alcançadas, mais será gerada a reciprocidade (o desejo de aprender) no estudante. Significado Explicar claramente o conceito, as implicações, as interligações com outros conceitos e outras áreas do conhecimento e da experiência humana. Garantir que seja significativo para o aluno, que ele perceba valor na aprendizagem. Conferir sentidos, verificar se aquilo que o aluno está entendendo é o que se imagina que ele esteja entendendo. Transcendência Ultrapassar o “aqui e agora”, articular as aprendizagens com outros contextos e saberes. Aplicar o que se aprende na vida. Regulação e controle do comportamento Ajudar o aluno a regular suas próprias ações, adequando-as às exigências da situação; promover o pensamento autorreflexivo. Quadro 4. Mediações que desenvolvem as competências socioemocionais dos alunos (Continua) 13Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida Fonte: Adaptado de Abed (2016, p. 19-21). Quadro 4. Mediações que desenvolvem as competências socioemocionais dos alunos Mediação para desenvolvimento de competências Definição Compartilhamento Promover o desenvolvimento dos vários aspectos subjetivos inerentes a situações de interação. Cultivar um clima de respeito e ajuda mútua; ressaltar a importância de aprender a lidar com as emoções (próprias e dos outros), de se expressar de maneira clara, de buscar o equilíbrio entre os objetivos pessoais e os grupais, de resolver conflitos, etc. Planejamento e busca por objetivos Ajudar o aluno a identificar suas metas e traçar planos (concretos e realizáveis) para alcançá-las. Sentimento de pertença Trazer à consciência dos alunos os seus grupos de pertencimento; “[...] ajudar o aluno a construir a sua personalidade por meio da escolha e do reconhecimento dos grupos com os quais pode se identificar” (ABED, 2014, p. 69 apud ABED, 2016, p. 21). Observamos, pelo quadro acima, que todas essas propostas de mediação para o desenvolvimento de competências socioafetivas nos alunos se dão de forma abrangente, oportunizando a professores de diferentes realidades atuarem valendo-se dessa e de outras estratégias que concebam o ensino e a aprendizagem como momentos de interação e troca, em uma construção colaborativa do conhecimento. Mais do que nunca, é necessário investir na formação do professor para viabilizar a adoção de práticas pedagógicas mediadas, levando em consi- deração aspectos emocionais, cognitivos e sociais dos educandos, para seu desenvolvimento integral. (Continuação) Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida14 ABED, A. L. Z. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. Construção psicopedagógica, São Paulo, v. 24, n. 25, p. 8-27, 2016. Disponível em: <http://pepsic. bvsalud.org/pdf/cp/v24n25/02.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2018. BRONFENBRENNER, U.; MORRIS, M. A. The ecology of developmental processes. In: DAMON, W. (Ed.). Handbook of child psychology. 5th ed. New York: Wiley, 1998. v. 1. ERIKSON, E. H. Infância e sociedade. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1987. FÓRUM INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAR PARA AS COMPETÊNCIAS DO SÉCULO 21, 2014, São Paulo. Comunicado de Imprensa. Disponível em: <http:// www.educacaosec21.org.br/foruminternacional2014/wp-content/uploads/2014/01/ comunicado-de-imprensa-f%C3%B3rum.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2018. PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. PERRENOUD, P. et al. As competê ncias para ensinar no sé culo XXI: a formaç ã o dos professores e o desafio da avaliaç ã o. Porto Alegre: Artmed, 2007. SANTROCK. J. W. Psicologia educacional. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2009. Leituras recomendadas BRONFENBRENNER, U. 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Acesso em: 26 abr. 2018. 15Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida Conteúdo: DICA DO PROFESSOR A dica do professor a seguir volta-se para algumas competências que auxiliam no bom desenvolvimento socioemocional de crianças e adolescentes, e que podem ser trabalhadas em sala de aula: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Uma série de relações podem ser estabelecidas entre os contextos sociais em que os indivíduos estão inseridos e o desenvolvimento socioemocional dos mesmos. Entre as principais teorias que abarcam essas relações encontram-se a teoria ecológica de Bronfenbrenner e a teoria do desenvolvimento de duração da vida de Erikson, as quais são as que mais se destacam na contemporaneidade. Sobre elas é correto dizer que: A) A teoria do desenvolvimento de duração da vida de Erikson é oposta àquela sugerida por Bronfenbrenner. B) A teoria ecológica desenvolvida por Bronfenbrenner enfoca apenas a questão temporal do desenvolvimento humano. C) Cada estágio da teoria de Erikson corresponde a um contexto social da vida do indivíduo. D) Cinco sistemas ambientais estão presentes na teoria ecológica de Bronfenbrenner. E) Na teoria de Erikson, cinco estágios de desenvolvimento sócio-emocional se desdobram conforme as pessoas passam pelo tempo de duração da vida humana. 2) Os principais pensadores de uma psicologia da educação procuram elaborar suas teorias com objetividade e rigor científico, por isso a precisão dos conceitos é fundamental para que tal rigor de fato seja alcançado. Considerando os seguintes conceitos: microssistema, mesossistema, exossistema, macrossistema e cronossistema. Eles pertencem a uma das teorias que busca explicar a relação entre contextos sociais e o desenvolvimento emocional dos indivíduos. Com base na teoria que se utiliza dos referidos conceitos podemos afirmar que: A) A Cultura não tem muita relevância na questão do desenvolvimento sócio-emocional, pois é necessário aprofundar apenas aspectos subjetivos dos indivíduos. B) Defende que o indivíduo é impactado pelas experiências da vida, em todos os sistemas, sem que consiga interagir com os demais indivíduos. C) O macrossistema tem um forte papel na determinação da qualidade das escolas, parques, instalações recreativas e bibliotecas. D) Os contextos sociais somente devem ser considerados pelos agentes de cada sistema. Assim, os professores devem considerar estritamente o que se passa em sala de aula. E) Os fatores biológicos e cognitivos fornecem um vasto material de análise teórica, pois são fundamentais para se compreender a divisão dos sistemas. 3) Ao analisar a questão do desenvolvimento socioemocional dos indivíduos, Erikson afirmou que cada crise pela qual passa o indivíduo não é́ uma catástrofe, mas um momento decisivo de crescente vulnerabilidade e potencial intensificado. Quanto mais êxito o indivíduo experimenta ao resolver cada crise que se apresenta, mais psicologicamente saudável ele estará. Assinale a alternativa em que a faixa etária corresponda ao estágio psicossocial da crise a ser enfrentada: A) Autonomia versus vergonha e dúvida é o estágio psicossocial da vida adulta. B) Confiança versus desconfiança e ́ o estágio psicossocial vivido pelos adolescentes. C) Identidade versus confusão de identidade é o estágio que precede os anos da juventude. D) Iniciativa versus culpa é o terceiro estágio psicossocial vivido na velhice. E) Intimidade versus isolamento e ́ o oitavo e último estágio psicossocial de Erikson. 4) A teoria de Erikson exerceu uma importante influência na compreensão do desenvolvimento humano como uma realidade transformadora que perdura ao longo de toda a vida humana, não sendo apenas um desenvolvimento restrito ao período da infância dos indivíduos. Quando recordamos o modo como Erikson divide a existência humana em etapas ou faixas de idade, uma das críticas possíveis à sua teoria tem por base que: A) a teoria considere a velhice como um tempo de crise. B) a teoria é pouco clara na definição de seus estágios. C) o gênero dos indivíduos é um fator injustificado de diferenciação dos estágios. D) os estágios não contemplam todo o período de duração da vida humana. E) os estágios não deveriam ser tão rígidos na divisão das faixas etárias. Bronfenbrenner pensou a relação entre o desenvolvimento humano e os vários contextos sociais baseando-se na visão de um ecossistema. Por isso sua teoria sobre o desenvolvimento dos indivíduos pode ser chamada de teoria ecológica. Nela, Bronfenbrenner nos apresenta cinco estratos ou sistemas. Qual dos exemplos a seguir melhor ilustra aquilo que, em sua teoria ecológica, Bronfenbrenner chamou de 5) mesossistema? A) Júlio é muito bom em tecnologia. Seus pais frequentemente lhe pedem para programar seus aparelhos eletrônicos, porque eles não tiveram experiência com essas coisas quando eram crianças. B) Lucia vai à igreja regularmente, pois participa das aulas de ensino religioso toda semana. C) Luiz passa tantas horas do seu dia assistindo a TV que mal sobra-lhe tempo para desenvolver bem suas atividades escolares, mas seus pais não sabem deste seu comportamento. D) Os pais de Camila expressam interesse sobre suas notas. Eles fazem parte da comissão da Associação de Pais e Mestres, assim como o professor de Camila. E) Os pais de Ingrid monitoram seu comportamento de perto. Sabem onde ela está e com quem durante todo o tempo. NA PRÁTICA O ingresso na vida escolar traz muitas novidades para a criança, a qual pode reagir de várias maneiras, por meio de choro ou agressões aos colegas. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Contexto cultural e o desenvolvimento sócio-emocional na primeira infância. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A influência das novas formas de comunicação no desenvolvimento sócio-emocional das crianças. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A influência da televisão no desenvolvimento sócio-emocional dos adolescentes. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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