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Desenvolvimento socioemocional-Teoria

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Desenvolvimento socioemocional: Teoria 
Ecológica e Teoria do Desenvolvimento 
de Duração da Vida
APRESENTAÇÃO
Bem vindo(a) a esta Unidade de Aprendizagem! O desenvolvimento das habilidades 
socioemocionais são tão importantes quanto o das habilidades cognitivas para a obtenção de 
bons resultados na escola, e até mesmo para o sucesso no trabalho e na vida. É sabido que o 
desenvolvimento de ambas as habilidades está relacionado com o contexto social do aluno. 
Nesta Unidade de Aprendizagem abordaremos duas teorias que buscam sistematizar o 
desenvolvimento socioemocional das crianças em face dos diferentes contextos sociais, 
elaboradas respectivamente por Urie Bronfenbrenner e por Erik Erikson. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os cinco sistemas ambientais que compõem a teoria ecológica de 
Bronfenbrenner.
•
Reconhecer os oito estágios de desenvolvimento humano que compõem a Teoria de 
Erikson.
•
Listar um conjunto de competências que auxiliam no bom desenvolvimento 
socioemocional dos alunos.
•
DESAFIO
Preste atenção nos três relatos a seguir. Em apenas um deles as ações empreendidas pelo 
professor podem ser consideradas realmente satisfatórias. Você consegue identificar qual é este 
relato e, em seguida, justificar sua escolha?
A. O professor Carlos sabe que deve focar-se em promover o desenvolvimento intelectual de 
seus alunos. Para isso ele observa, sem interferências, o modo como o comportamento de seus 
alunos é capaz de manifestar as experiências vividas por eles em seus respectivos contextos 
sociais.
B. O professor Afonso já planejou e agora coloca em prática, ao longo do ano letivo, um plano 
de ensino que promove o desenvolvimento intelectual de seus alunos. O professor diz se pautar 
em sua própria sensibilidade, ao permitir que a afetividade de seus alunos se manifeste 
espontaneamente, ao longo de todo ano escolar.
C. Em sua prática de ensino, o professor Júlio planeja e executa sua atividade profissional de 
modo a promover o desenvolvimento cognitivo e afetivo de seus alunos.
INFOGRÁFICO
As chamadas "Teoria Ecológica" (Bronfenbrenner) e "Teoria do Desenvolvimento de Duração 
da Vida" (Erikson) possuem um elemento comum, a saber, a noção de temporalidade. Na 
primeira delas, são listados cinco ambientes relativos ao desenvolvimento socioemocional dos 
indivíduos, do nascimento ao final da adolescência. Na segunda, oito estágios compõem uma 
linha temporal do desenvolvimento socioemocional. O infográfico a seguir apresenta um 
esquema com os principais elementos dessas teorias.
CONTEÚDO DO LIVRO
Aprofunde seus conhecimentos sobre o desenvolvimento socioemocional, conhecendo a "Teoria 
Ecológica" de Bronfenbrenner e a "Teoria do Desenvolvimento de Duração da Vida" de 
Erikson, por meio da leitura do capítulo Desenvolvimento socioemocional: Teoria Ecológica e 
Teoria do Desenvolvimento de Duração da Vida, da obra Psicologia da Educação.
Boa leitura.
PSICOLOGIA DA 
EDUCAÇÃO
Caroline Costa 
Nunes Lima
Desenvolvimento 
socioemocional: teoria 
ecológica e teoria do 
desenvolvimento de 
duração da vida
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os cinco sistemas ambientais que compõem a teoria eco-
lógica de Bronfenbrenner.
  Reconhecer os oito estágios de desenvolvimento humano que com-
põem a teoria de Erikson.
  Listar um conjunto de competências que auxiliam no bom desenvol-
vimento socioemocional dos alunos.
Introdução
Neste capítulo, você conhecerá duas teorias relacionadas ao desenvol-
vimento socioemocional humano. A primeira delas diz respeito à teoria 
ecológica de Bronfenbrenner, que propõe cinco sistemas ambientas 
que afetam o desenvolvimento e se relacionam entre si. Em seguida, 
conhecerá os oito estágios de desenvolvimento humano propostos por 
Erikson em sua teoria, assim como as principais características desse tipo 
de abordagem. Por fim, refletirá sobre o conjunto de competências socio-
emocionais que favorecem o desenvolvimento dos alunos na aquisição 
e no aprimoramento de suas habilidades. 
Os cinco sistemas ambientais da teoria 
ecológica de Bronfenbrenner
A criança passa a interagir com o mundo que a cerca desde seu nascimento, 
quando aprende por meio de experimentações e estímulos de seus cuidadores 
e constrói uma base para ter condições a passar por diversas etapas de seu 
desenvolvimento. Você já parou para refl etir sobre a complexidade que envolve 
a maturação biológica, física, emocional e social?
O interesse por processos assim fizeram com que pesquisadores formulas-
sem teorias, como é o caso da que veremos agora, chamada de “teoria ecológica 
de Bronfenbrenner”. O pesquisador que deu nome a ela formulou uma das 
cinco perspectivas do desenvolvimento humano, apresentada na década de 
1970. Veja, no Quadro 1, a seguir, os cinco tipos de abordagens, seus autores, 
as principais características e diferenças dessas formulações, de acordo com 
Papalia e Feldman (2013).
Perspectiva Teorias importantes Princípios básicos
Psicanalítica Teoria psicossexual 
de Freud
O comportamento é 
controlado por poderosos 
impulsos inconscientes.
Teoria psicossocial 
de Erikson
A personalidade é 
influenciada pela sociedade 
e se desenvolve por meio 
de uma série de crises.
Aprendizagem Behaviorismo, ou 
teoria tradicional da 
aprendizagem (Pavlov, 
Skinner, Watson)
As pessoas são reativas; 
o ambiente controla o 
comportamento.
Teoria da aprendizagem 
social (social 
cognitiva) (Bandura)
As crianças aprendem em 
um contexto social por 
meio da observação e 
imitação de modelos. Elas 
contribuem ativamente 
para a aprendizagem.
 Quadro 1. Cinco perspectivas sobre o desenvolvimento humano 
(Continua)
Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida2
 Fonte: Papalia e Feldman (2013, p. 55). 
 Quadro 1. Cinco perspectivas sobre o desenvolvimento humano 
Perspectiva Teorias importantes Princípios básicos
Cognitiva Teoria dos estágios 
cognitivos de Piaget
Mudanças qualitativas 
no pensamento ocorrem 
entre a primeira infância e 
a adolescência. As crianças 
desencadeiam ativamente 
o desenvolvimento.
Teoria sociocultural 
de Vygotsky
A interação social é central 
para o desenvolvimento 
cognitivo.
Teoria do 
processamento 
de informação
Seres humanos são 
processadores de símbolos.
Contextual Teoria bioecológica 
de Bronfenbrenner
O desenvolvimento ocorre 
por meio da interação 
entre uma pessoa em 
desenvolvimento e os cinco 
sistemas contextuais de 
influências circundantes, 
interligados, do microssistema 
ao cronossistema.
Evolucionista/
Sociobiológica
Teoria do apego 
de Bowlby
Seres humanos têm 
mecanismos adaptativos 
para sobreviver; períodos 
críticos ou períodos sensíveis 
são enfatizados; as bases 
evolucionistas e biológicas 
do comportamento 
e a predisposição 
para a aprendizagem 
são importantes.
(Continuação)
Agora que você teve a oportunidade de conhecer as cinco abordagens, 
identificando as diferenças acerca dos seus princípios básicos, focaremos na 
perspectiva denominada “contextual”, que é o objeto de nosso interesse nos 
estudos. De acordo com essa teoria, é por meio do contexto social que se pode 
3Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida
compreender os processos à respeito do desenvolvimento humano. Assim, 
compreendem o indivíduo pelo resultado de sua interação com o ambiente. 
A partir dessa teoria biológica, Bronfenbrenner identificou cinco níveis que 
podem influenciar o ambiente, que sofre variações partindo do mais íntimo 
para o mais amplo. A Figura 1, a seguir, apresenta um esquema da teoria 
bioecoló gica de Bronfenbrenner, segundo Bronfenbrenner (1995, 2000, 2004 
apud PAPALIA; FELDMAN, 2013) e Bronfenbrenner e Morris (1998, 2006 
apud PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Figura 1. Teoria bioecoló gicade Bronfenbrenner.
Fonte: Papalia e Feldman (2013, p. 63).
Nesse gráfico, podemos identificar os cinco sistemas ambientais que com-
põem a teoria ecológica de Bronfenbrenner. Agora, vamos às explicações 
sobre cada um desses sistemas, no Quadro 2, a partir da adaptação de Papalia 
e Feldman (2013). 
Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida4
 Fonte: Bronfenbrenner (1995, 2000, 2004 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, p. 68) e Bronfenbrenner e 
Morris (1998, 2006 apud PAPALIA; FELDMAN, 2013, p. 68). 
Sistema Definição
Microssistema É o ambiente do dia a dia no lar, na escola, no trabalho 
ou na vizinhanç a, incluindo relacionamentos face a face 
com cô njuge, filhos, pais, amigos, colegas de classe, 
professores, empregadores ou colegas de trabalho.
Mesossistema É o entrelaç amento de vá rios microssistemas. Poderá incluir 
ví nculos entre o lar e a escola ou entre a famí lia e o grupo 
de colegas. Por exemplo, um mau dia de um dos pais no 
trabalho poderá afetar as interaç õ es com o filho de um 
modo negativo no final do dia. Apesar de nunca ter ido 
ao local de trabalho, mesmo assim a crianç a é afetada.
Exossistema Consiste em ví nculos entre um microssistema e 
sistemas de instituiç õ es externas que afetam a pessoa 
indiretamente. Como o sistema de trâ nsito de uma 
comunidade afeta as oportunidades de trabalho? A 
programaç ã o na televisã o que encoraja o comportamento 
pró -social torna as crianç as mais prestativas?
Macrossistema Consiste em padrõ es culturais abrangentes, como 
as crenç as e ideologias dominantes, e sistemas 
econô micos e polí ticos. Como um indiví duo é afetado 
por viver numa sociedade capitalista ou socialista?
Cronossistema Adiciona a dimensã o do tempo: a mudanç a ou 
constâ ncia na pessoa e no ambiente. Isso pode 
incluir mudanç as na estrutura da famí lia, no lugar 
de residê ncia ou no emprego, e també m mudanç as 
culturais abrangentes, como guerras e ciclos econô micos 
(perí odos de recessã o ou de relativa prosperidade).
 Quadro 2. Cinco sistemas ambientais da teoria ecológica de Bronfenbrenner. 
É importante enfatizar que Bronfenbrenner (1995, 2000, 2004 apud PAPA-
LIA; FELDMAN, 2013) considera que o indivíduo não é somente o resultado 
de seu desenvolvimento e, sim, como alguém que é capaz de moldar esse 
desenvolvimento de acordo com suas características biológicas e psicológicas. 
Analisando os resultados dessa teoria contextual, foi observado que ela se 
tornou popular nos anos subsequentes, oportunizando as investigações sobre os 
contextos sociais em nível micro e macro, trazendo mais compreensão para os 
5Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida
estudos das teorias comportamentais focadas em ambientes menores e as teorias 
antropológicas que investigavam ambientes maiores (SANTROCK, 2009).
Com isso, houve uma ampliação no olhar das esferas educacionais para 
compreenderem os educandos de modo integral, considerando todo o contexto 
em que a criança está inserida, refletindo na construção da sua identidade e 
influenciando em seu comportamento.
As novas reformulações do modelo ecológico de desenvolvimento humano, realizadas 
por Bronfenbrenner e Morris (1998), incluem uma nova forma de olhar as propriedades 
da pessoa em desenvolvimento. No modelo bioecológico, são reapresentados quatro 
aspectos multidirecionais inter-relacionados, o que é designado como modelo PPCT: 
“pessoa, processo, contexto e tempo”.
  Pessoa: refere-se ao fenômeno de constâncias e mudanças na vida do ser humano em 
desenvolvimento, no decorrer de sua existência. A abordagem reformulada ressalta 
a importância de se considerar as características do indivíduo em desenvolvimento, 
como convicções, nível de atividade, temperamento, além de metas e motivações dele. 
Para o autor, isso tudo tem considerável impacto na maneira pela qual os contextos 
são experienciados pela pessoa, tanto quanto os tipos de contextos nos quais o sujeito 
se insere. Características do tipo pessoais, como gênero ou cor da pele, que podem 
influenciar na maneira pela qual outros lidam com a pessoa em desenvolvimento, 
como valores e expectativas que se tem na relação social, devem ser consideradas. 
  Processo: tem a ver com as ligações entre os diferentes níveis e está constituído 
por papéis e atividades diárias da pessoa em desenvolvimento. Para se desenvolver 
intelectual, emocional, social e moralmente, o ser humano, a criança ou o adulto 
requerem — para todos eles — a mesma coisa: participação ativa em interação 
progressivamente mais complexa, recíproca com pessoas, objetos e símbolos no 
ambiente imediato. Para ser efetiva, a interação tem que ocorrer em uma base 
bastante regular em períodos estendidos de tempo. 
  Contexto: quando o autor fala em contexto de desenvolvimento, ele está se referindo 
ao meio ambiente global em que o indivíduo está inserido e onde se desenrolam os 
processos desenvolvimentais. Os vários ambientes subdivididos pelo autor, abran-
gendo tanto os ambientes mais imediatos nos quais a pessoa em desenvolvimento 
vive, como os mais remotos, em que a pessoa nunca esteve, mas que se relacionam e 
têm o poder de influenciar o curso de desenvolvimento humano. Esses ambientes são 
denominados micro, meso, exo e macrossistemas, e sobre eles será escrito mais adiante.
  Tempo: pode ser entendido como o desenvolvimento no sentido histórico ou, 
em outras palavras, o modo como as mudanças ocorrem nos eventos no decorrer 
dos tempos, devido às pressões sofridas pela pessoa em desenvolvimento. Outro 
exemplo de como o tempo influencia o desenvolvimento da pessoa é a diferença 
na maneira de os pais criarem seus filhos na década de 40 e 80 ou na atualidade.
Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida6
Os oito estágios de desenvolvimento humano 
da teoria de Erikson
A área da Psicologia, responsável por investigar os fenômenos biológicos, 
físicos e psicológicos da concepção até o fi nal da vida, analisa o modo e as 
razões sobre como o organismo passa por transformações através do tempo, 
desenvolvendo, assim, teorias que possam trazer respostas sobre algumas 
dessas mudanças (Figura 2). Você já parou para refl etir em como se dão 
algumas destas? Pesquisadores de diferentes épocas se dedicaram a esses 
estudos, organizando suas descobertas de diferentes modos. 
Figura 2. Evolução humana.
Fonte: radoma/Shutterstock.com.
Erik Erikson (1902-1994) foi um dos pesquisadores que buscaram analisar 
e documentar os processos pelos quais o ser humano se desenvolve. Seus 
estudos deram origem a Teoria de Erikson. De acordo com o pesquisador, o 
desenvolvimento humano passa por diferentes estágios. As oito etapas, sin-
tetizadas no Quadro 3, passam por desdobramentos ao passo que as pessoas 
vão evoluindo. 
Pelo quadro acima, você pode observar que cada um desses estágios re-
presenta um momento que confronta a pessoa com uma crise intermediada 
por seu potencial e sua vulnerabilidade, defrontando aspectos positivos e 
negativos. De acordo com Erikson (1987), é fundamental, ao analisar essas 
fases, considerar o contexto histórico e cultural em que o indivíduo está 
inserido, pois, a partir dessas observações, será possível relacionar o social 
e o individual, visto que, na concepção do pesquisador, desse modo é que se 
pode construir a análise da formação da identidade. 
7Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida
Está gios de 
Erikson
Características
Período do 
desenvolvimento
Confianç a 
versus 
desconfianç a
É o primeiro está gio psicossocial 
de Erikson. Ocorre no primeiro ano 
de vida. O desenvolvimento da 
confianç a requer uma criaç ã o afetuosa 
e educativa. O resultado positivo é 
uma sensaç ã o de conforto e medo 
mí nimo. A desconfianç a se desenvolve 
quando os bebê s sã o tratados 
negativamente ou sã o ignorados.
Infâ ncia(primeiro ano)
Autonomia 
versus 
vergonha 
e dú vida
É o segundo está gio psicossocial 
de Erikson. Ocorre na infâ ncia e 
com crianç as de um a trê s anos. 
Depois de ganhar confianç a em seus 
cuidadores, os bebê s começ am a 
descobrir que o comportamento 
deles é o seu pró prio. Eles afirmam 
sua independê ncia e compreendem 
sua vontade. Se os bebê s sã o muito 
reprimidos ou punidos muito 
severamente, desenvolvem um 
senso de vergonha e dú vida.
Infâ ncia (de 1 
aos 3 anos)
Iniciativa 
versus culpa
Corresponde à primeira infâ ncia, por 
volta dos trê s aos cinco anos. Como 
crianç as de hoje experimentam 
um mundo social mais amplo, sã o 
mais desafiadas que nós quando 
éramos crianç as. Para enfrentar esses 
desafios, precisam se empenhar num 
comportamento ativo e determinado. 
Nesse está gio, os adultos esperam 
que as crianç as se tornem mais 
responsáveis e exigem que elas 
assumam alguma responsabilidade no 
cuidado de seus corpos e pertences. 
O desenvolvimento de um senso 
de responsabilidade aumenta a 
iniciativa. As crianç as desenvolvem 
desconfortá veis sentimentos de culpa, 
se tê m comportamento irresponsá vel 
ou se deixadas muito ansiosas.
Primeira infâ ncia 
(anos pré -
-escolares, dos 
3 aos 5 anos)
 Quadro 3. Estágios do desenvolvimento humano de acordo com a teoria de Erikson 
(Continua)
Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida8
 Quadro 3. Estágios do desenvolvimento humano de acordo com a teoria de Erikson 
Está gios de 
Erikson
Características
Período do 
desenvolvimento
Esforç o versus 
inferioridade
Corresponde aproximadamente aos 
anos do ensino fundamental, dos 
seis anos de idade até a puberdade 
ou iní cio da adolescê ncia. A iniciativa 
das crianç as faz com que elas tenham 
contato com uma riqueza de novas 
experiê ncias. Ao entrarem para o 
ensino fundamental, direcionam sua 
energia para dominar o conhecimento 
e as habilidades intelectuais. Em 
nenhuma é poca as crianç as sã o 
mais entusiasmadas com relaç ã o 
à aprendizagem do que ao final 
da primeira infâ ncia, quando sua 
imaginaç ã o é expansiva. O perigo 
dos anos do ensino fundamental é 
desenvolver um senso de inferioridade, 
improdutividade e incompetê ncia.
Infâ ncia mé dia 
e tardia (anos 
do ensino 
fundamental, dos 
6 à puberdade)
Identidade 
versus 
confusã o de 
identidade
Corresponde aos anos da adolescê ncia. 
Os adolescentes tentam descobrir 
quem sã o, o que sã o e para 
onde estã o indo na vida. Eles sã o 
confrontados com muitos novos 
papé is e status de adultos (tais 
como o vocacional e o amoroso). É 
preciso permitir que os adolescentes 
explorem diferentes caminhos 
para alcanç ar uma identidade 
saudá vel. Se eles nã o explorarem 
adequadamente diferentes papé is 
e nã o estabelecerem um caminho 
futuro positivo, poderã o permanecer 
confusos sobre sua identidade.
Adolescê ncia (dos 
10 aos 20 anos)
(Continua)
(Continuação)
9Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida
Fonte: Erikson (1968 apud SANTROCK, 2009, p. 73).
Quadro 3. Estágios do desenvolvimento humano de acordo com a teoria de Erikson
Está gios de 
Erikson
Características
Período do 
desenvolvimento
Intimidade 
versus 
isolamento
Corresponde aos anos da juventude, 
dos 20 aos 30 anos. A tarefa 
desenvolvimental é estabelecer 
relacionamentos pró ximos positivos 
com os outros. Erikson descreve a 
intimidade como se encontrar, mas 
se perder em outra pessoa. O risco 
desse está gio é que se pode falhar ao 
estabelecer uma relaç ã o í ntima com 
um companheiro amoroso ou amigo 
e se tornar socialmente isolado. Para 
tais indiví duos, a solidã o pode se tornar 
uma nuvem negra sobre suas vidas.
Idade adulta 
primá ria (20, 
30 anos)
Produtividade 
versus 
estagnaç ã o
Corresponde aos anos da idade 
adulta mé dia, dos 40 aos 50 anos. A 
produtividade significa transmitir algo 
positivo para a pró xima geraç ã o. Isso 
pode envolver papé is como criaç ã o 
e ensino, por meio dos quais os 
adultos auxiliam a pró xima geraç ã o 
a desenvolver vidas proveitosas. 
Erikson descreve a estagnaç ã o como 
a sensaç ã o de nã o ter feito nada 
para ajudar a pró xima geraç ã o.
Idade adulta 
mé dia (40, 50 anos)
Integridade 
versus 
desespero
Corresponde aos ú ltimos anos 
da maturidade, dos 60 anos até 
a morte. Adultos idosos revê em 
suas vidas, refletindo sobre o que 
fizeram. Se a avaliaç ã o retrospectiva 
é positiva, desenvolvem um senso de 
integridade. Ou seja, eles vê em sua 
vida como positivamente integrada 
e vá lida. Do contrá rio, os idosos 
ficam desesperados se seu olhar 
para trá s é especialmente negativo.
Maturidade (dos 
60 anos em diante)
(Continuação)
Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida10
À medida que o indivíduo for capaz de administrar essas circunstâncias 
com equilíbrio, mais condições terá de ter uma vida saudável, aprendendo 
com cada vivência, transformando experiências em aprendizagem para se 
autoconhecer e relacionar com o outro. 
Competências essenciais para o 
desenvolvimento socioemocional dos alunos
A palavra “competência” passou a estar cada vez mais presente em nosso 
dia a dia, nas esferas acadêmicas e profi ssionais, no decorrer dos últimos 
anos. Assim, para que possamos iniciar nossos estudos a respeito de quais 
competências apoiam o desenvolvimento socioemocional dos alunos, veremos, 
por meio de Perrenoud et al. (2007, p. 19), como esse termo é defi nido hoje:
Atualmente, define-se uma competê ncia como a aptidã o para enfrentar uma 
famí lia de situaç õ es aná logas, mobilizando de uma forma correta, rá pida, 
pertinente e criativa, mú ltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades, 
microcompetê ncias, informaç õ es, valores, atitudes, esquemas de percepç ã o, 
de avaliaç ã o e de raciocí nio.
Assim, também nas palavras do autor (PERRENOUD et al., 2007), ter 
determinada competência não significa apenas identificar qual situação, 
problema e decisão devem ser resolvidos, e, sim, deve-se ter a explicitação de 
quais saberes, capacidades e pensamentos serão requisitados para lidar com 
a circunstância dessa situação. 
Quando nos focamos na análise das competências voltadas para o de-
senvolvimento dos alunos em nosso cenário educacional, devemos levar em 
consideração as mudanças no decorrer dos últimos anos. Com as transforma-
ções sociais e tecnológicas, as “[...] informações propagam-se à velocidade 
da luz [...]” (ABED, 2014, p. 5 apud ABED, 2016, p. 9), e as relações entre o 
conhecimento e o aluno passaram por ressignificações espaciais e temporais. 
Refletindo sobre essas mudanças, você acredita que as instituições educa-
cionais acompanharam essas transformações? Os problemas e resultados que 
acompanhamos em âmbito nacional demonstram que, apesar dos esforços, 
temos, em nossa realidade, práticas de ensino-aprendizagem que ainda não 
se adequaram ao novo perfil dos alunos. 
De acordo com Abed (2016, p. 11), “[...] a mudança nas concepções de ser 
humano, de ensino, de aprendizagem e de conhecimento realoca os papéis 
11Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida
e as responsabilidades dos principais protagonistas da escola: o professor e 
o aluno [...]”. Desse modo, é fundamental o esforço para que novas práticas 
pedagógicas venham ao encontro das novas demandas sociais.
Se, no ensino tradicional, cabia ao professor atuar como o transmissor 
do conhecimento para os alunos que cumpriam um papel de receptor dessa 
figura centralizadora, hoje temos a visão de que o professor é um facilitador 
da aprendizagem, devendo conceber o aluno como um ser que deve ser desen-
volvido de modo integral, que necessita ter diversas habilidades desenvolvidas, 
tais como as socioemocionais, que afetam o modo como ele constrói sua 
identidade e aprende. 
A popularização da internet, no final do século XX, e dosinstrumentos de 
busca e redes sociais, no início do século XXI, a globalização das econo-
mias, as novas organizações sociais do trabalho e as exigências postas pela 
redesenhada sociedade humana fizeram com que as inquietações e reflexões 
quanto ao processo de formação humana e o papel da escola ultrapassassem 
definitivamente os muros das universidades e alcançassem outros setores da 
sociedade, produzindo novos saberes e mobilizando iniciativas de pesquisas 
e projetos de diferentes ordens (ABED, 2014, p. 107 apud ABED, 2016, p. 13).
Aportes teóricos que levantam a relevância de se considerar aspectos 
emotivos, cognitivos e sociais voltados para o ensino-aprendizagem tiveram 
mais espaço nas discussões a partir da segunda metade do século XX. Diversos 
encontros e fóruns, tais como o que ocorreu em 2014, denominado “Fórum 
Internacional de Políticas Públicas – Educar para as competências do século 
21”, contando com a presença de representantes de diferentes países, onde 
entrou em pauta discussões acerca das competências e habilidades socioe-
mocionais, partilhando experiências e alternativas para pais, professores e 
escola fazerem uso. A seguir, um trecho do que foi tratado nesse encontro 
(FÓRUM INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAR PARA 
AS COMPETÊNCIAS DO SÉCULO 21, 2014, p. 1-3):
Acreditamos que as competências socioemocionais precisam ser incluídas 
em políticas públicas educativas ambiciosas e vamos sistematizar e financiar 
iniciativas que incentivem e desenvolvam as competências socioemocionais 
nos estudantes”, afirmou Paim [José Henrique Paim, Ministro da Educação]. 
Viviane Senna complementou a reflexão ao afirmar que “Todos temos um 
currículo oculto com esse tipo de competências, um conjunto de habilidades 
que às vezes nem sabemos que temos, e o desafio é tornar esse conjunto visível 
e desenvolvido intencionalmente. [...] Os formuladores e os atores de políticas 
públicas destacaram que, para entender o processo de desenvolvimento das 
Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida12
competências, precisamos reconhecer o contexto social e político em que se 
desenvolvem as crianças: violência, pobreza e desigualdade têm alto impacto 
na vida de crianças em muitos países. Os participantes concordaram que as 
competências socioemocionais podem ser ensinadas junto com as compe-
tências cognitivas.
Momentos assim são relevantes para a troca de práticas e resultados obtidos 
em diferentes países, levando em consideração o contexto e a especificidade 
de cada local. Para que essas mudanças sejam implementadas, é fundamental 
uma formação de professores que tenham incorporadas as competências so-
cioemocionais. A partir dessa formação, mais instrumentalizados eles estarão 
para refletirem sobre suas práticas, levando em consideração o contexto dos 
locais onde atuam. 
Passados esses esclarecimentos, listaremos, a seguir, no Quadro 4, algumas 
mediações que desenvolvem competências socioemocionais dos alunos. 
Mediação para 
desenvolvimento 
de competências
Definição
Intencionalidade e 
reciprocidade
Quanto mais claros são os objetivos do 
professor, quanto mais as metas são 
transformadas em ações concretas para serem 
alcançadas, mais será gerada a reciprocidade 
(o desejo de aprender) no estudante.
Significado Explicar claramente o conceito, as implicações, 
as interligações com outros conceitos e outras 
áreas do conhecimento e da experiência humana. 
Garantir que seja significativo para o aluno, que ele 
perceba valor na aprendizagem. Conferir sentidos, 
verificar se aquilo que o aluno está entendendo 
é o que se imagina que ele esteja entendendo.
Transcendência Ultrapassar o “aqui e agora”, articular as 
aprendizagens com outros contextos e 
saberes. Aplicar o que se aprende na vida.
Regulação e controle 
do comportamento
Ajudar o aluno a regular suas próprias ações, 
adequando-as às exigências da situação; 
promover o pensamento autorreflexivo.
 Quadro 4. Mediações que desenvolvem as competências socioemocionais dos alunos 
(Continua)
13Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida
 Fonte: Adaptado de Abed (2016, p. 19-21). 
 Quadro 4. Mediações que desenvolvem as competências socioemocionais dos alunos 
Mediação para 
desenvolvimento 
de competências
Definição
Compartilhamento Promover o desenvolvimento dos vários 
aspectos subjetivos inerentes a situações de 
interação. Cultivar um clima de respeito e ajuda 
mútua; ressaltar a importância de aprender a 
lidar com as emoções (próprias e dos outros), 
de se expressar de maneira clara, de buscar 
o equilíbrio entre os objetivos pessoais e 
os grupais, de resolver conflitos, etc.
Planejamento e busca 
por objetivos
Ajudar o aluno a identificar suas metas e traçar 
planos (concretos e realizáveis) para alcançá-las.
Sentimento de pertença Trazer à consciência dos alunos os seus 
grupos de pertencimento; “[...] ajudar o 
aluno a construir a sua personalidade por 
meio da escolha e do reconhecimento dos 
grupos com os quais pode se identificar” 
(ABED, 2014, p. 69 apud ABED, 2016, p. 21).
Observamos, pelo quadro acima, que todas essas propostas de mediação 
para o desenvolvimento de competências socioafetivas nos alunos se dão 
de forma abrangente, oportunizando a professores de diferentes realidades 
atuarem valendo-se dessa e de outras estratégias que concebam o ensino e 
a aprendizagem como momentos de interação e troca, em uma construção 
colaborativa do conhecimento.
Mais do que nunca, é necessário investir na formação do professor para 
viabilizar a adoção de práticas pedagógicas mediadas, levando em consi-
deração aspectos emocionais, cognitivos e sociais dos educandos, para seu 
desenvolvimento integral. 
(Continuação)
Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida14
ABED, A. L. Z. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho 
para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. Construção 
psicopedagógica, São Paulo, v. 24, n. 25, p. 8-27, 2016. Disponível em: <http://pepsic.
bvsalud.org/pdf/cp/v24n25/02.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2018.
BRONFENBRENNER, U.; MORRIS, M. A. The ecology of developmental processes. In: 
DAMON, W. (Ed.). Handbook of child psychology. 5th ed. New York: Wiley, 1998. v. 1.
ERIKSON, E. H. Infância e sociedade. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.
FÓRUM INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAR PARA AS COMPETÊNCIAS 
DO SÉCULO 21, 2014, São Paulo. Comunicado de Imprensa. Disponível em: <http://
www.educacaosec21.org.br/foruminternacional2014/wp-content/uploads/2014/01/
comunicado-de-imprensa-f%C3%B3rum.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2018.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2013.
PERRENOUD, P. et al. As competê ncias para ensinar no sé culo XXI: a formaç ã o dos 
professores e o desafio da avaliaç ã o. Porto Alegre: Artmed, 2007.
SANTROCK. J. W. Psicologia educacional. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2009.
Leituras recomendadas
BRONFENBRENNER, U. Developmental ecology through space and time: a future 
perspective. In: MOEN, P.; ELDER, G. H.; LUSCHER, K. (Ed.). Examining lives in context. 
Washington: American Psychological Association, 1995.
BRONFENBRENNER, U.; MORRIS, M. A. The ecology of developmental processes. In: DA-
MON, W.; LERNER, R. (Ed.). Handbook of child psychology. 6th ed. New York: Wiley, 2006.
BRONFENBRENNER, U. Ecological theory. In: KAZDIN, A. (Ed.). Encyclopedia of psychology. 
Washington: American Psychological Association, 2000.
BRONFENBRENNER, U. Making human beings human. Thousand Oaks: Sage, 2004.
ERIKSON, E. H. Identity: youth and crisis. New York: W. W. Norton, 1968.
MARTINS, E.; SZYMANSKI, H. A abordagem ecológica de Urie Bronfenbrenner em 
estudos com famílias. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, 
2004. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/11111/8805>. Acesso em: 26 abr. 2018.
15Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do desenvolvimento de duração da vida
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A dica do professor a seguir volta-se para algumas competências que auxiliam no bom 
desenvolvimento socioemocional de crianças e adolescentes, e que podem ser trabalhadas em 
sala de aula:
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Uma série de relações podem ser estabelecidas entre os contextos sociais em que os 
indivíduos estão inseridos e o desenvolvimento socioemocional dos mesmos. Entre as 
principais teorias que abarcam essas relações encontram-se a teoria ecológica de 
Bronfenbrenner e a teoria do desenvolvimento de duração da vida de Erikson, as 
quais são as que mais se destacam na contemporaneidade. Sobre elas é correto dizer 
que: 
A) A teoria do desenvolvimento de duração da vida de Erikson é oposta àquela sugerida por 
Bronfenbrenner.
B) A teoria ecológica desenvolvida por Bronfenbrenner enfoca apenas a questão temporal do 
desenvolvimento humano.
C) Cada estágio da teoria de Erikson corresponde a um contexto social da vida do indivíduo.
D) Cinco sistemas ambientais estão presentes na teoria ecológica de Bronfenbrenner.
E) Na teoria de Erikson, cinco estágios de desenvolvimento sócio-emocional se desdobram 
conforme as pessoas passam pelo tempo de duração da vida humana.
2) Os principais pensadores de uma psicologia da educação procuram elaborar suas 
teorias com objetividade e rigor científico, por isso a precisão dos conceitos é 
fundamental para que tal rigor de fato seja alcançado. Considerando os seguintes 
conceitos: microssistema, mesossistema, exossistema, macrossistema e cronossistema. 
Eles pertencem a uma das teorias que busca explicar a relação entre contextos sociais 
e o desenvolvimento emocional dos indivíduos. Com base na teoria que se utiliza dos 
referidos conceitos podemos afirmar que: 
A) A Cultura não tem muita relevância na questão do desenvolvimento sócio-emocional, pois 
é necessário aprofundar apenas aspectos subjetivos dos indivíduos.
B) Defende que o indivíduo é impactado pelas experiências da vida, em todos os sistemas, 
sem que consiga interagir com os demais indivíduos.
C) O macrossistema tem um forte papel na determinação da qualidade das escolas, parques, 
instalações recreativas e bibliotecas.
D) Os contextos sociais somente devem ser considerados pelos agentes de cada sistema. 
Assim, os professores devem considerar estritamente o que se passa em sala de aula.
E) Os fatores biológicos e cognitivos fornecem um vasto material de análise teórica, pois são 
fundamentais para se compreender a divisão dos sistemas.
3) Ao analisar a questão do desenvolvimento socioemocional dos indivíduos, Erikson 
afirmou que cada crise pela qual passa o indivíduo não é́ uma catástrofe, mas um 
momento decisivo de crescente vulnerabilidade e potencial 
intensificado. Quanto mais êxito o indivíduo experimenta ao resolver 
cada crise que se apresenta, mais psicologicamente saudável ele estará. 
Assinale a alternativa em que a faixa etária corresponda ao estágio 
psicossocial da crise a ser enfrentada: 
A) Autonomia versus vergonha e dúvida é o estágio psicossocial da vida adulta.
B) Confiança versus desconfiança e ́ o estágio psicossocial vivido pelos adolescentes.
C) Identidade versus confusão de identidade é o estágio que precede os anos da 
juventude.
D) Iniciativa versus culpa é o terceiro estágio psicossocial vivido na velhice.
E) Intimidade versus isolamento e ́ o oitavo e último estágio psicossocial de Erikson.
4) A teoria de Erikson exerceu uma importante influência na compreensão do 
desenvolvimento humano como uma realidade transformadora que perdura ao longo 
de toda a vida humana, não sendo apenas um desenvolvimento restrito ao período da 
infância dos indivíduos. Quando recordamos o modo como Erikson divide a 
existência humana em etapas ou faixas de idade, uma das críticas possíveis à sua 
teoria tem por base que: 
A) a teoria considere a velhice como um tempo de crise.
B) a teoria é pouco clara na definição de seus estágios.
C) o gênero dos indivíduos é um fator injustificado de diferenciação dos estágios.
D) os estágios não contemplam todo o período de duração da vida humana.
E) os estágios não deveriam ser tão rígidos na divisão das faixas etárias.
Bronfenbrenner pensou a relação entre o desenvolvimento humano e os vários 
contextos sociais baseando-se na visão de um ecossistema. Por isso sua teoria sobre o 
desenvolvimento dos indivíduos pode ser chamada de teoria ecológica. Nela, 
Bronfenbrenner nos apresenta cinco estratos ou sistemas. Qual dos exemplos a seguir 
melhor ilustra aquilo que, em sua teoria ecológica, Bronfenbrenner chamou de 
5) 
mesossistema? 
A) Júlio é muito bom em tecnologia. Seus pais frequentemente lhe pedem para programar 
seus aparelhos eletrônicos, porque eles não tiveram experiência com essas coisas quando 
eram crianças.
B) Lucia vai à igreja regularmente, pois participa das aulas de ensino religioso toda semana.
C) Luiz passa tantas horas do seu dia assistindo a TV que mal sobra-lhe tempo para 
desenvolver bem suas atividades escolares, mas seus pais não sabem deste seu 
comportamento.
D) Os pais de Camila expressam interesse sobre suas notas. Eles fazem parte da comissão da 
Associação de Pais e Mestres, assim como o professor de Camila.
E) Os pais de Ingrid monitoram seu comportamento de perto. Sabem onde ela está e com 
quem durante todo o tempo.
NA PRÁTICA
O ingresso na vida escolar traz muitas novidades para a criança, a qual pode reagir de várias 
maneiras, por meio de choro ou agressões aos colegas.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Contexto cultural e o desenvolvimento sócio-emocional na primeira infância.
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A influência das novas formas de comunicação no desenvolvimento sócio-emocional das 
crianças.
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A influência da televisão no desenvolvimento sócio-emocional dos adolescentes.
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