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ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia ESTO017-17 Métodos Experimentais em Engenharia AULA 19 ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia � Conversão Analógico-Digital (AD) � Amostragem e Taxa de Amostragem Aliasing � Quantização: passo de quantização; níveis de quantização Erro de quantização � Função de transferência do Conversor AD Erro de offset e Erro de ganho � Estimativa de incertezas devido à conversão AD � Conversão DA � Experimento 4 : Conversão AD/DA ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Conversor Analógico/Digital Todo sistema de instrumentação digital possui, em sua entrada, um conversor Analógico/Digital que é responsável pela amostragem , quantização e codificação deste sinal. Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l a n a ló g ic o s (t ) – ( V ) Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l d is cr e to n o t e m p o s (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l q u a n ti za d o x (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 001 010 011 100 101 110 111 C ó d ig o e m b it s Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 000 000 010 000 011 101 111 101 Sinal digital 110 T = 1/fa=Período de amostragem Passo de quantização Níveis de quantização 000 ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Amostragem O processo de amostragem é responsável pela conversão de um sinal contínuo no tempo em um sinal discreto no tempo, ou seja, é responsável pela discretização do sinal no domínio do tempo. 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l a n a ló g ic o s (t ) – ( V ) Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l d is cr e to n o t e m p o s (k ) – ( V ) 1 2 3 4 5 6 7 8 T = 1/fa=Período de amostragem ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Amostragem No processo de amostragem, as amostras são obtidas a cada intervalo de tempo T, também conhecido como período de amostragem . Já a taxa de amostragem é dada pelo seu inverso, ou seja, fa=1/T. Quanto maior a taxa de amostragem , maior será a capacidade de um dispositivo de capturar as variações de amplitude do sinal ao longo do tempo. 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l a n a ló g ic o s (t ) – ( V ) Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l d is cr e to n o t e m p o s (k ) – ( V ) 1 2 3 4 5 6 7 8 T = 1/fa=Período de amostragem ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Amostragem Pergunta: Qual deve ser a taxa de amostragem de um sinal para que não haja perda da informação? Para responder esta pergunta é necessário conhecer a maior componente de frequência do sinal medido. Por exemplo, um sinal de voz possui componentes de frequência que vão de 300 a 3400Hz. Já a faixa de frequência de sinais audíveis pelo ser humano está entre 20Hz a 20kHz. ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Taxa (ou frequência) de Amostragem O Teorema de amostragem de Nyquist explica a relação entre a taxa de amostragem e a frequência do sinal medido. Esse teorema diz que a frequência de amostragem fa (ou taxa de Nyquist) deve ser maior que o dobro da componente de maior frequência que se quer analisar no sinal medido, ou seja: fa > 2fN A taxa ou frequência de amostragem deve ser maior que duas vezes a maior componente de frequência do sinal. O que acontece se um sinal for amostrado com uma taxa menor do que 2fN ? ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Efeito de Aliasing Efeito de aliasing (rebatimento): Um sinal amostrado a uma taxa menor que a taxa de Nyquist na conversão AD poderá ser interpretado como um sinal de frequência mais baixa que a real. Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l d is cr e to n o t e m p o s (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 T = 1/fa=Período de amostragem Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l d is cr e to n o t e m p o s (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 T = 1/fa=Período de amostragem Aliasing ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Efeito de Aliasing https://svi.nl/AntiAliasing Efeito de Aliasing em uma imagem que foi re-amostrada a uma taxa menor que a taxa de Nyquist. ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Quantização Já o processo de quantização é responsável pela discretização da amplitude do sinal, onde a amplitude (contínua) passa a assumir valores discretos (quantizados). Neste processo, é necessário definir tanto os níveis de quantização quanto o passo de quantização . Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l d is cr e to n o t e m p o s (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l q u a n ti za d o x (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 T = 1/fa=Período de amostragem Passo de quantização Níveis de quantização ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Codificação Na codificação, cada um dos níveis é escrito como uma palavra de n- bits, onde N é o número de bits desta palavra e 2N é o número de níveis de quantização. Exemplo para codificação com N=3 bits 2N = 8 níveis 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l q u a n ti za d o x (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 001 010 011 100 101 110 111 C ó d ig o e m b it s Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 000 000 010 000 011 101 111 101 Sinal digital 110 Passo de quantização Níveis de quantização 000 ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Níveis de quantização O número de níveis de quantização depende exclusivamente do número de bits n que será utilizado na codificação. Desta forma, quanto maior o número de bits, maior será a quantidade de níveis . Neste caso, não existe um valor mínimo de níveis como existe para a taxa de amostragem . Ou seja, sempre haverá perda da informação. Esta perda é dada pela diferença entre o sinal discreto no tempo ���� e o sinal quantizado ���� , i.e., ���� � ���� � ���� . Esta diferença é também conhecida como erro de quantização . Quanto menor for o erro de quantização melhor será o processo de quantização. Notar também que quanto maior a quantidade de níveis de quantização, melhor será a resolução do sistema, e portanto maior será a precisão da medida realizada a partir do sinal digitalizado. ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Erro de quantização e a incerteza no processo de quantização • Enquanto podemos definir o erro de quantização como sendo a diferença entre o sinal discreto no tempo ���� e o sinal quantizado ����: ���� � ���� � ����, a incerteza no processo de quantização está relacionada com o intervalo de confiança que esperamos encontrar o valor de s ��� partindo do pressuposto que só conhecemos x���. Tanto o erro de quantização quanto a incerteza no processo de quantização estão relacionadas com o passo de quantização . ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Passo de quantização • O passo de quantização pode ser fixo ou variável . No caso de assumir valores fixos, eles podem assumir valores iguais ou diferentes . • Em um quantizador linear o passo de quantização é fixo e igual para todos os níveis de quantização e pode ser definido como sendo ∆ e calculado a partir do número de níveis de quantização 2� e de um valor de referência �� através da seguinte relação: ∆� � ���� 2� ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia • No exemplo abaixo ilustramos o processo de quantização através de um codificador linear de 3 bits, com ����� 2� e ∆� � 0,25�. Neste exemplo, como é possível saber que ��2� irá corresponder a 0,50� e não a 0,25�? → Função de transferência do conversor AD Tempo t – (s) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l d is cr e to n o t e m p o s (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 S in a l q u a n ti za d o x (k ) – ( V ) Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 T = 1/fa=Período de amostragem Passo de quantização Níveis de quantização ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia • A função de transferência de um conversor AD é uma curva que ilustra a variação do código (ou do nível de tensão correspondente àquele código) em função da tensão de entrada analógica do conversor. • Note que cada código corresponde a um nível igual a: sendo n o valor decimal correspondente ao código binário, e o passo de quantização. Função de transferência de um conversor AD 001 000 010 011 Tensão de entrada analógica em volts 100 101 110 111 Código da saída digital Reta ideal 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 .n V∆ V∆ 7 6 5 4 3 2 1 0 n 1,75 1,50 1,25 1,00 0,75 0,50 0,25 0,00 Nível de tensão [V] ∆V=0,25V ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia • Esta função é representada através da reta ideal do conversor. Neste caso, iremos definir a reta ideal como sendo dada pelos níveis de tensão que marcam a transição entre um código e outro. No entanto, é comum encontrar na literatura especializada que a reta ideal é dada pelos pontos no centro de cada degrau. Função de transferência de um conversor AD 001 000 010 011 Tensão de entrada analógica em volts 100 101 110 111 Código da saída digital Reta ideal 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia A Incerteza em um conversor AD ideal 001 000 010 011 Tensão de entrada analógica em volts 100 101 110 111 Código da saída digital Reta ideal 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 • Vamos supor que a saída do conversor ideal, representado pela função de transferência ilustrado na figura ao lado é igual ao código 010. Desta forma, qual seria o valor do sinal na entrada do conversor? • Neste caso, é possível verificar que o valor do sinal estaria necessariamente entre o intervalo de [0,50 0,75[, com um nível de confiança de 100% . Desta forma, assumindo uma distribuição retangular dos dados, poderíamos dizer que o valor médio seria: �,����,�� � � �, ��� , com uma incerteza associada de � �,�� � � � �, ��� ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia A reta real vs. a reta ideal – Erro de offset • Vimos que, em um conversor ideal, a incerteza na leitura dos dados poderia ser dada, de forma geral, por � ∆� ! . No entanto, em um conversor real, pode haver alguns erros que induzem a uma maior incerteza no nosso processo de conversão. • Um deste erros é o chamado de erro de offset "�: é definido como sendo a diferença entre o início da reta real e o início da reta ideal , conforme ilustrado na figura ao lado. 001 000 010 011 Tensão de entrada analógica em volts 100 101 110 111 Código da saída digital Reta ideal Reta real 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 Erro de offset ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia A reta real vs. a reta ideal – Erro de ganho • Outro erro que é comumente observado em conversores AD é o chamado erro de ganho "# , definido como sendo a diferença entre o fim da reta real e o fim da reta ideal do conversor após a correção de offset da reta real, conforme ilustrado na figura ao lado. 001 000 010 011 Tensão de entrada analógica em volts 100 101 110 111 Código da saída digital Reta ideal Reta real após a correção de offset 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 Erro de ganho ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Estimando o erro de offset e o erro de ganho 0,25 0,00 0,50 0,75 Tensão de entrada analógica em volts 1,00 1,25 1,50 1,75 Tensão correspondente ao código digital em volts Reta ideal y=x Reta real após a correção de offset y=ax’ 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 Erro de ganhoErro de offset Reta real y = ax+b 0 -b/a 5-ΔV(5-ΔV)/a %& � � ' ( %) � ( � 1 ( ���� � ∆� Erro de offset: Erro de ganho: (Vrf-∆V)/a (Vref-∆V) Erro de ganho y=ax ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Estimando o passo de quantização de um conversor real 0,25 0,00 0,50 0,75 Tensão de entrada analógica em volts 1,00 1,25 1,50 1,75 Tensão correspondente ao código digital em volts Reta ideal y=x Reta real após a correção de offset y=ax’ 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 Erro de ganhoErro de offset Reta real y = ax+b 0 -b/a 5-ΔV(5-ΔV)/a ∆��+,� ∆�-�. ( ∆�-�.� ∆� � ���� 2�/012 onde: (Vrf-∆V)/a (Vref-∆V) Erro de ganho y=ax ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia O valor do sinal em um conversor real 0,25 0,00 0,50 0,75 Tensão de entrada analógica em volts 1,00 1,25 1,50 1,75 Tensão correspondente ao código digital em volts Reta ideal y=x Reta real após a correção de offset y=ax’ 0 ,2 5 0 ,7 5 1 ,2 5 1 ,5 0 2 ,0 0 1 ,0 0 1 ,7 5 0 ,5 0 Erro de ganhoErro de offset Reta real y = ax+b 0 -b/a 5-ΔV(5-ΔV)/a � 3 � ∆� ∗ �3 5 0,5� � 3, %6 � ∆� ∗ 3 5 0,5 5 %6 � Conversor ideal: � Conversor considerando o erro de offset: � Conversor considerando o erro de offset e o passo de quantização experimental: � 3, %6, ∆��+, � ∆��+, ∗ 3 5 0,5 5 %6 y=ax (Vrf-∆V)/a (Vref-∆V) Erro de ganho ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Conversor Digital/Analógico Após a digitalização do sinal, pode ser necessário convertê-lo novamente para a sua forma original, i.e., torná-lo analógico de novo. Isto pode ser feito através de um conversor digital/analógico. Em um Conversor DA cada código binário é então transformado em um nível de tensão, como pode ser visto através da figura abaixo. 0,25 0,00 0,50 0,75 Código em bits 1,00 1,25 1,5 1,75 Tensão de saída em volts Reta ideal 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 000 010 000 011 101 111 101 Sinal digital 110 Amostra k 1 2 3 4 5 6 7 8 000 010 000 011 101 111 101 Sinal digital 110 0,25 0,00 0,50 0,75 1,00 1,25 1,5 1,75 000 000 0 Conversor Digital/AnalógicoEntrada Saída ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Os efeitos da conversão AD e DA num sinal representando uma grandeza de interesse ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia Experimento 4 : Conversão AD/DA Parte 1 – Avaliação da Conversão AD � Determinação do passo de quantização teórico e experimental � Função de transferência, Erro de offset e Erro de ganho Parte 2 – Avalição da Conversão AD e DA de um sinal representando uma grandeza física real Parte 3 – Determinação das incertezas relacionadas a um instrumento de medição digital ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia 27 Multímetro portátil – Minipa ET-2510 seletor de função � Voltímetro Escala: V (volts DC) Incerteza ±(0,5% + 2 unidades)
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