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AÇÃO PROCESSUAL

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Ação 
 
 
 Ação é o direito de exigir do Estado a prestação jurisdicional na resolução de uma determinado 
caso. 
 A ação seria o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou poder de exigir esse exercício). 
Invocar esse direito implica provocar a jurisdição (provocação necessária, visto que, em regra, ela é 
inerte), o que se faz através de um complexo de atos denominado processo. 
 Em poucas palavras, a ação trata-se de um direito à jurisdição, desde que preenchidas algumas 
condições. 
EXERCÍCIO  DIREITO DE AÇÃO  GERADEMANDAPERANTEÓRGÃO COM JURISDIÇÃO 
QUE EXERCE PODER MEDIANTEPROCESSO (INSTRUMENTO) FINALIDADEEFETIVA TUTELA DO 
DIREITO MATERIAL. 
 
TEORIAS 
 
 Diversas teorias surgiram para explicar a natureza jurídica da ação, abaixo as principais com 
destaque para que vigora no ordenamento jurídico: a teoria eclética. 
 Teoria Eclética (adotada pelo nosso ordenamento, arts. 3º e 267, VI, do CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA CONCRETA TEORIA ABSTRATA TEORIA ECLÉTICA 
A ação seria o direito a uma 
sentença favorável. 
Não haveria direito de ação se, ao 
final do processo não existisse ou 
não fosse reconhecido o direito 
material. 
Para esta, ação é o direito 
abstrato de se obter um 
pronunciamento judicial 
favorável ou desfavorável 
ao autor. O direito de ação 
não se submeteria a nenhum 
exame prévio de 
admissibilidade (como 
condições da ação). 
Liebeman temperou 
as duas teorias 
anteriores, 
misturando-as. O 
direito de ação seria 
abstrato como na 
teoria abstrata, mas 
não seria 
incondicionado. A 
ação seria portanto, o 
julgamento do mérito, 
desde que existentes 
as condições da ação. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE AÇÃO 
Abaixo as principais características da ação com um maior destaque a característica mais marcante da 
ação: A instrumentalidade. 
 Subjetividade 
 Publicidade 
 Garantia constitucional 
 Instrumentalidade - Tem por finalidade solucionar uma pretensão de direito material. Em virtude da 
intensa produção doutrinária, essa característica tem assumido grande importância no cenário jurídico 
atual pois privilegia um processo civil de resultados e o considera não como um fim em si mesmo, mas 
como instrumento capaz de garantir a máxima efetividade da tutela jurisdicional. 
CONDIÇÕES PARA O REGULAR EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO 
 
De acordo com a doutrina tradicional, são três as condições genéricas para o regular exercício do direito 
de ação a serem preenchidas pelo autor a fim de obter uma decisão de mérito por meio da 
jurisdição. O novo CPC reduziu esse rol para apenas duas condições. 
 
1-Legitimidade das partes: É a capacidade de estar em juízo. Ao verificá-la, o juiz deverá examinar se os 
sujeitos que figuram como autor e réu no processo são aqueles que, considerando os fatos narrados na 
petição inicial, deveriam realmente figurar como autor e réu. 
Deve ser verificada em dois planos: a legitimidade ativa se refere ao autor e pode ser ordinária ou 
extraordinária, e a legitimidade passiva diz respeito ao demandado. A regra é a legitimidade ordinária, 
isto é, a equivalência entre os sujeitos da relação processual com os sujeitos da relação material deduzida 
em juízo. É necessário destacar que há diversas espécies e subespécies de legitimidade, como a primária e 
a secundária, a originária e a superveniente, a privativa e a concorrente, que terão grande aplicação 
prática, sobretudo, na tutela coletiva. 
2-Interesse processual em agir: Representado pelo binômio necessidade-adequação do provimento 
judicial solicitado. Nesse sentido, a necessidade decorreria da impossibilidade de obter a satisfação do 
alegado direito sem a atuação do Estado. 
Refere-se à necessidade, à utilidade e ao proveito da tutela jurisdicional para que o autor obtenha a 
satisfação do direito pleiteado e justifica-se na medida em que não convém ao Estado acionar o aparato 
judicial sem que dessa atividade possa ser extraído algum resultado útil.Para alguns doutrinadores, a 
compreensão do interesse de agir além do binômio necessidade-adequação, também contempla a 
utilidade: 
a) Necessidade: traduz-se na ideia de que somente o processo é o meio hábil à obtenção do bem da 
vida almejado pela parte; 
b) Utilidade: significa que o processo deve propiciar, ao menos em tese, algum proveito ao demandante; 
c) Adequação: por ele, entende-se que a parte deve escolher a via processual adequada aos fins que 
almeja 
 
 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
 
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO 
 
Além das mencionadas condições genéricas, que devem estar presentes em todas as ações, há que se 
falar, ainda, nas condições específicas, previstas para determinadas ações, como, por exemplo: 
 Mandado de segurança: sua condição específica é o ajuizamento da ação no prazo máximo de 
120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado (art. 23 da lei n. 12.016/2010) 
 Ação rescisória: (ação especial utilizada para desconstituir a coisa julgada): duas são as condições 
específicas nesse caso: o depósito de 5% sobre o valor da causa pelo autor no momento em que ele 
propõe a demanda rescisória (art. 488, II, do CPC) e o ajuizamento da demanda dentro do prazo 
de dois anos contados do trânsito em julgado da decisão (art. 495 do CPC).Aferição das condições 
da ação. 
 
AFERIÇÃO DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 
As condições da ação devem ser aferidas in status assertiones, ou seja, em face da afirmação constante da 
petição inicial. 
A asserção porem não é suficiente para demonstrar a presença das condições da ação. Na verdade, ela 
deve ser examinada em conjunto com as provas que instruem a petição inicial. 
É necessário um mínimo de provas a demonstrar a verossimilhança (verossimilhança # semelhança) das 
asserções formuladas na petição inicial caso contrário criaria a possibilidade de submeter o réu ao ônus 
de defender-se de uma demanda manifestamente inviável. 
Assim, o exame das condições da ação não trata de um juízo de mérito, mas de um juízo sobre 
questões de direito material a partir da situação fática e concreta relatada pelo demandante como 
fundamento de sua pretensão, que deve estar acompanhada de um mínimo de verossimilhança e de 
provas que evidenciem a possibilidade do acolhimento. Isso porque, da mesma forma que é garantido a 
todos o direito de ação, é também assegurado o direito constitucional daquele contra quem a ação é 
exercida de não ser molestado por uma demanda inviável. 
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES 
 
AÇÃO DE COGNIÇÃO: A ação de cognição provoca a instauração de um processo de conhecimento, busca 
o pronunciamento de uma sentença que declare entre os contendores quem tem razão e quem não a 
tem, o que se realiza mediante determinação da regra jurídica concreta que disciplina o caso que formou o 
objeto do processo. Pode a ação de cognição ser desdobrada em: 
a) ação condenatória - a que busca não apenas a declaração do direito subjetivo material do autor, mas 
também a formulação de um comando que imponha uma prestação a ser cumprida pelo réu (sanção). Tende 
à formação de um título executivo; 
 
b) ação constitutiva - a que, além da declaração do direito da parte, cria, modifica ou extingue um estado 
ou relação jurídica material; 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892016/artigo-488-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891962/artigo-495-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
 
c) ação declaratória - aquela que se destina apenas a declarar a certeza da existência ou inexistência de 
relação jurídica, ou de autenticidade ou falsidade de documento, desprovida de qualquer força de 
execução compulsória, embora com plena e efetiva força de coisa julgada. Podem essas ações ser 
manejadas em caráter principal,ou incidental. No último caso, representa uma cumulação sucessiva de 
pedidos, para ampliar o alcance da coisa julgada, levando sua eficácia também para a questão prejudicial 
que se tornou litigiosa após a propositura da ação principal. 
 
 AÇÃO DE EXECUÇÃO: A ação de execução, ou execução forçada, é a que gera o processo de execução, 
no qual o órgão judicial desenvolve a atividade material tendente a obter, coativamente, o resultado 
prático equivalente àquele que o devedor deveria ter realizado com o adimplemento da obrigação. 
 AÇÃO CAUTELAR: A ação cautelar, que provoca o surgimento de um processo cautelar, tem por fim uma 
finalidade auxiliar e subsidiária frente às funções jurisdicionais de cognição e de execução. Essa função 
cautelar do processo é dirigida a assegurar, a garantir o eficaz desenvolvimento e o profícuo resultado das 
outras duas funções (execução e cognição), e concorre, por isso, mediatamente, ao atingimento do escopo 
geral da jurisdição. Com a ação cautelar não se compõe a lide e apenas se afasta o perigo de dano ao 
eventual direito subjetivo a ser tutelado jurisdicionalmente no processo principal. 
 A ação cautelar que se impõe, antes da principal, é denominada preparatória; a que ocorre durante o 
trâmite processual da ação é preventiva. 
 
ELEMENTOS DA AÇÃO 
 
 Partes - São os sujeitos que figuram respectivamente como autor e como réu na relação processual 
 Causa de pedir - é o fato jurídico com todas as suas circunstâncias que fundamenta a demanda 
(art. 319, III, do CPC/2015). Divide-se em causa de pedir próxima – fundamentos jurídicos que 
embasam o pedido – e causa de pedir remota – fatos constitutivos do direito do autor. 
 Pedido É o objeto da jurisdição que se divide em imediato – provimento jurisdicional solicitado ao 
juiz que pode ter natureza declaratória, constitutiva, condenatória, executiva ou cautelar – e mediato 
– bem da vida pretendido pelo autor, ou seja, o bem ou interesse que se busca assegurar por meio 
da prestação jurisdicional. 
 
Referências Bibliográficas: 
 
- Anotações em aula 
- Pdf´s 
- 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon564/aula6.html#0
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893817/artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893811/inciso-iii-do-artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon564/aula6.html#0

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