vertente de privatização) 2000 – O Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE foi regulamentado, consolidando a distinção entre as atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. Foram estabelecidas as regras de organização do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, para substituir o Grupo Coordenador para Operação Interligada - GCOI. Lançamento do Programa Prioritário de Termelétricas visando a implantação no país de diversas usinas a gás natural. Entrou em operação a usina hidrelétrica Itá (construída pela Gerasul, em consórcio formado por Odebrecht Química, CSN e Cimentos Itambé). Foi instituído pela Lei nº 9.478, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a atribuição de formular e propor as diretrizes da política energética nacional. 27 Histórico (cont.) História recente (ainda na vertente de privatização) 2001 – Entram em operação usinas termelétricas incluídas no PPT (Macaé Merchant – El Paso, Eletrobolt – Enron, ambas agora da Petrobrás). Entra em operação a primeira unidade da Usina Hidrelétrica Lajeado (TO), construída pela Investco, consórcio liderado pelas empresas Rede Lajeado Energia, do Grupo Rede, e EDP Brasil. Racionamento. 28 Mercado (demanda) de energia elétrica 29 Histórico (cont.) História recente (ainda na vertente de privatização) Em oposição ao ocorrido nos países desenvolvidos, o processo de privatização do sistema elétrico brasileiro não foi iniciado com a criação do órgão regulador e regulamentação dos setores precedendo a venda do controle acionário das empresas sob o poder do Estado para a iniciativa privada; Preocupado com a crise fiscal, o governo priorizou nitidamente a privatização, em detrimento tanto da criação de condições adequadas para o investimento privado quanto da melhora da eficiência econômica do sistema elétrico. 30 Histórico (cont.) História recente (ainda na vertente de privatização) As características específicas da indústria elétrica – tais como impossibilidade de estocagem e equilíbrio em tempo real – não permitem que os sinais de mercado (preço) orientem a totalidade das decisões, criando a necessidade de instrumentos de coordenação. Processo de privatização, que começou pelas distribuidoras, não chegou a ser concluído, gerando um setor elétrico “Frankenstein”: algumas empresas privatizadas, outras estatais. 31 O Modelo Atual O modelo atual foi concebido com a orientação de revisar o modelo anterior buscando os seguintes objetivos principais: promoção da modicidade tarifária; garantia do suprimento de energia elétrica; estabilidade do marco regulatório; promoção da inserção social. 32 O Modelo Atual Tem como elementos fundamentais: o redirecionamento da contratação de energia para longo prazo, compatível com a amortização dos investimentos realizados; a coexistência de dois ambientes de contratação de energia, um regulado (Ambiente de Contratação Regulada – ACR), protegendo o consumidor cativo, e outro livre (Ambiente de Contratação Livre – ACL), estimulando a iniciativa dos consumidores livres; instituição de um pool de contratação regulada da energia a ser adquirida pelos concessionários de distribuição; a desvinculação do serviço de distribuição de qualquer outra atividade; 33 Marcos Regulatórios do Novo Modelo Lei 10.847, de 15/03/04 – Autoriza a criação da EPE Lei 10.848, de 15/03/04 – Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica Decreto 5.163, de 30/07/04 – Regulamenta a comercialização de energia elétrica Decreto 5.177, de 12/08/04 – Autoriza a criação da CCEE Resolução ANEEL nº 109, de 26/10/04 – Institui a Convenção de Comercialização de Energia Elétrica 34 35 Modelo Institucional do Setor Elétrico CCEE ONS ANEEL CNPE EPE CMSE MME CNPE – Conselho Nacional de Política Energética. Homologação da política energética, em articulação com as demais políticas públicas. CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Monitoramento das condições de atendimento e recomendação de ações preventivas para garantir a segurança do suprimento. MME – Ministério de Minas e Energia. Formulação e implementação de políticas para o setor energético, de acordo com as diretrizes do CNPE. EPE – Empresa de Pesquisa Energética. Execução de estudos para definição da Matriz Energética e planejamento da expansão do setor elétrico (geração e transmissão) ONS – Operador Nacional do Sistema. Coordenação e controle da operação da geração e da transmissão no sistema elétrico interligado. CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Administração de contratos, liquidação do mercado de curto prazo, Leilões de Energia. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Regulação e fiscalização, zelando pela qualidade dos serviços prestados, universalização do atendimento e pelo estabelecimento de tarifas para consumidores finais, preservando a viabilidade econômica e financeira dos Agentes de Comercialização. Agentes Principais Agentes Institucionais e suas Atribuições EPE CMSE ONS MME CCEE ANEEL - Política energética nacional - Definição de projetos especiais - Critérios para garantia do suprimento CNPE - Planejamento setorial - Poder Concedente - Licitações para aquisição de energia pelas Distribuidoras - Coordenação e controle da operação do Sistema Interligado Nacional - Ações preventivas para segurança do suprimento -Regulação e fiscalização - Estudos necessários para o planejamento da expansão - Administração dos contratos no âmbito do ACR - Contabilização e liquidação de diferenças no curto prazo - Monitoramento da segurança do suprimento 37 38 39 Sistema Elétrico Nacional Sistemas Interligado Nacional – SIN Constituído pelas instalações responsáveis pelo suprimento de energia elétrica, formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, interligados eletricamente. É um sistema hidrotérmico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e de proprietários múltiplos (estatais e privados). Sistemas Isolados Sistemas de geração de energia predominantemente térmicos e majoritariamente localizados e dispersos na Região Norte, atendendo a uma área de 45% do território e a cerca de 3% da população nacional, ou seja, a aproximadamente 1,2 milhão de consumidores. Sistemas Isolados 41 Sistema Elétrico Nacional Sistemas Interligado Nacional – SIN A integração eletroenergética permite o aproveitamento ótimo da água, gerando energia ou armazenando nos reservatórios do SIN (onde for mais conveniente). A malha de transmissão existente funciona, neste caso, como verdadeiras usinas virtuais, transferindo energia entre as regiões geo-elétricas do país e tirando o melhor proveito da diversidade hidrológica entre as mesmas. A utilização dos recursos de geração e transmissão dos sistemas interligados permite reduzir os custos operativos, minimizando a produção térmica e o consumo de combustíveis, sempre que houver superávits hidrelétricos em outros pontos do sistema. O Sistema Elétrico Brasileiro: Aspectos Hidrológicos Importância de se considerar os usos múltiplos das águas. Risco Hidrológico: MRE Importância da Complementação Térmica Sistema Interligado Nacional Sistema Interligado Nacional Integração Eletroenergética 46 Agentes do setor - ONS O Operador Nacional do Sistema Elétrico é a organização responsável pela operação centralizada e integrada das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional. Atribuições do ONS realizar o planejamento, programação e despacho centralizados dos recursos de geração e transmissão;