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GOVERNO DO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE JI-PARANÁ ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NOVA BRASÍLIA Rua Cedro, 3981 – Bairro Parque dos Parecis – Fone: (069) 3424-5906 - CEP 76909- 724 – Ji-Paraná – RO - E-mail: eeefnovabrasilia@seduc.ro.gov.br PROJETO: Todo dia é dia de ler – “Doces palavras, palavras doces: poesias e cordéis como forma de fotografar, degustar e ler o mundo. A poesia sensibiliza qualquer ser humano. É a fala da alma, do sentimento. E precisa ser cultivada. Afonso Romano de Sant’Ana 1 - IDENTIFICAÇÃO Nome do projeto: “Doces palavras, palavras doces: a poesia como forma de fotografar, degustar e ler o mundo”. Responsáveis: Professores de 4º e 5º ano, de Língua Portuguesa de 6º ao 9º ano e Orientador Locimar Massalai Nível de Ensino: Ensino Fundamental I e II - 4º ao 9º ano Vigência do Projeto: Junho à outubro de 2018 2- APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA Sabemos da importância da poesia e dos cordéis na vida do povo brasileiro. Porém, há muito tempo que, muitas escolas insistem em não trabalhá-la na sala de aula, escolhendo trabalhar com‚ coisas mais “sérias e importantes” , principalmente no Ensino Fundamental. E ainda quando se trabalha literatura na escola , a opção pende para os textos prosódicos, o que tem privado os aluno de uma experiência inigualável, conforme atenta Zancan Frantz (1998, p.8 0 ) . Pretendemos com este projeto oportunizar aos alunos o contato com poesias e cordéis resgatando assim o prazer da leitura póetica e fruída de tais gêneros textuais. Compreendemos poesia como linguagem na sua carga máxima de significado e de reflexão: ritmo, dança, música, sentimento, revolução. Linguagem que tem função social, de caráter humanizador, ético, capaz de mudar o mundo. E para tudo isso é necessário que haja o contato, caso contrário estaríamos falando às paredes, devido o quase inexistente contato que o aluno tem na escola com esse tipo de gênero literário. Acreditamos que a literatura de cordel só poderá se transformar numa cultura de massa a partir do momento que a escola passar a estimular o seu uso, ou seja, a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários) adotar o hábito da leitura de tal. Levar a literatura de cordel até a escola significa oferecer um importante e motivante meio de educação aos alunos dos ensinos fundamental e médio. Através da poesia popular o aluno poderá conhecer aspectos da história do nordestino, pois o cordel retrata a cultura, o cotidiano, a realidade do povo e suas peculiaridades. Mas pode versar sobre qualquer assunto e ser utilizado como recurso pedagógico para debater temas relacionados à educação escolar como cidadania, solidariedade, preconceito, discriminação racial, consciência ambiental, dentre outros. Defendemos que os professores devem trabalhar poesia e literatura de cordel com seus alunos porque tais modalidades literárias vem sendo indicadas como um dos meios mais eficazes para trabalhar o desenvolvimento das habilidades de percepção sensorial, musical e sonora das crianças e adolescentes, provocando neles o aprimoramento do sentido estético e suas competências simbólicas e literárias, quando se trata do entendimento do mundo, da vida e o prazer de percebê-los. Com poesia e com cordel, a escola fica mais ritmada, viva e dinâmica. Eis a razão maior do desdobramento do projeto para tais gêneros. 3 - OBJETIVOS Intensificar o hábito da leitura de poesias e cordéis como meio privilegiado de acesso a estas modalidades textuais; Estimular leitura oral e dramatizada de poesias e cordéis; Desenvolver a oralidade através da rimas, pontuações e suas sonoridades; Provocar momento de apresentações ao público onde os alunos possam se manifestar, desafiando-os a perder a timidez através deste tipo de atividade; Possibilitar acesso a outros gêneros textuais; Reconhecer a importância da literatura de cordel como patrimônio histórico e cultural do povo brasileiro; Utilizar a poesia de corde, como recurso pedagógico para debater temas relacionados à cidadania, solidariedade, preconceito, discriminação racial, consciência ambiental, dentre outros; Realizar exposição de poesia e cordéis na escola. 4- METODOLOGIA Utilizaremos na realização deste projeto, leituras dramatizadas de poesias e cordéis, privilegiando o contato dos alunos com estes gêneros textuais e suas ricas manifestações. Primeiro momento: contato e seleção de poesias e cordéis, de professores juntamente com os alunos. Tal escolha vem precedida de todo um trabalho de definição e identificação de poesia e cordel na vida e história do provo brasileiro e suas linguagens imagéticas, utilizando textos impressos e audiovisuais. Segundo momento: produções textuais de jograis, poesias e cordéis Terceiro momento: prévias e ensaios em sala de aula. Quarto momento: exposição dos textos através de varais poéticos e cordelistas. Quinto momento: apresentação de poesias, cordéis e jograis para toda comunidade escolar. 5- AVALIAÇÃO O processo de avaliação se dará ao longo de todo o tempo da vigência do projeto sempre privilegiando o avanço do aluno no sentido de ajuda-lo a compreender a importância de se conhecer os diversos gêneros textuais presentes na comunicação concreta de cada dia e no uso da Língua Portuguesa. Toda e qualquer retomada de textos, quando de suas construções, se dará no intuito de ajudar o aluno aprender que é preciso respeitar, e utilizar quando se escreve, a língua padrão ou seja, a língua culta. 6- CRONOGRAMA Maio à setembro: seleção de materiais, contatos com os gêneros textuais e produções textuais com retomada coletiva dos mesmos a partir dos padrões da língua oral e culta. Outubro: culminância do projeto através das apresentações e performances dos alunos de poesias, cordéis, jograis e repetentes e exposição de slogans sobre a importância da leitura de tais textos na vida das pessoas como fator de humanização e construção da cidadania. 7- RECURSOS Livros de poesias e cordéis, varal literário, laboratório de informática educativa, aparelho de som, dentre outros. 8- REFERÊNCIAS BRASIL. Secretaria da educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais/língua portuguesa. Brasília. MEC/SEF. 1998. JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia para levar a poesia às escolas. São Paulo: Paulus, 2003. LIMA, F. Leidiane. A literatura de cordel na sala de aula: uma reflexão sobre a experiência no estágio de literatura ensino fundamental. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br. Acesso em 06 de agosto de 2018. MARINHO, Ana Cristina. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortex. 2012. MICHELETTI, Guaraciaba (Coord.). Leitura e Construção do real: o lugar da poesia e da ficção. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. PINHEIRO, Helder; BANBERGER, Richard. Poesia na sala de aula. 2ª ed., João Pessoa: Idéia, 2002.
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