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Maria Teresa Perroni Câmara POPULAÇÃO (N) Conjunto de todos os elementos relativos a um determinado fenômeno que possuem pelo menos uma característica em comum, a população é o conjunto. Se uma pesquisa incluir todos os membros da população em estudo, todas as diferenças e taxas encontradas serão verdadeiras. AMOSTRA É um subconjunto extraído da população. Parte da população. amostra constitui uma redução da população a dimensões menores, sem perda das características essenciais. A amostra deve ser representativa da população da qual foi extraída, ser parecida com ela (qualitativa e quantitativamente), devendo obedecer a dois princípios básicos: © Deve ser suficientemente grande; © Seus constituintes devem ter sido selecionados ao acaso. SELEÇÃO AO ACASO – RANDOM Significa que cada um dos componentes da população estudada tem a mesma chance de ser incluído na amostra, e foi selecionado independentemente. Se isso não ocorrer, diz-se que a amostra é não randomizada ou viciada. Uma maneira prática para essa seleção é a utilização de números aleatórios, em forma de tabelas, ou planilhas eletrônicas, nos quais é possível delimitar algumas características desses números, como o intervalo de variação desejado. AMOSTRAGEM Processo de obtenção de amostras. MÉTODOS DE AMOSTRAGEM A amostragem será probabilística se todos os elementos da população tiverem probabilidade conhecida, e diferente de zero, de pertencer à amostra. Caso contrário, a amostragem será não probabilística. MÉTODOS PROBABILÍSTICOS © Aleatória Simples; © Sistemática; © Estratificada; © Áreas; © Conglomerados AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES (AAS) Dado um conjunto, enumeramos seus elementos e realizamos um sorteio, os elementos sorteados constituirão nossa amostra. Podem ser com ou sem repetição dos elementos. Procedimento: 1. Enumerar os N elementos da população; 2. Sortear, sem reposição, n números compreendidos entre 1 a N; 3. Os elementos correspondentes aos números escolhidos formarão a amostra de n elementos;” Maria Teresa Perroni Câmara AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA Dado um conjunto de elementos ordenados retiramos periodicamente um elemento para a amostra. (Não recomendada para eventos sazonais) Ex.: Linhas de montagem Procedimento: 1. Definir a quantidade de elementos da amostra 2. Obter um intervalo de amostragem K 3. Sortear um número r inteiro entre 1 e K. 4. A amostra será ́composta pelos elementos na ordem: (r, r + k, r + 2k ...) AMOSTRAGEM POR ÁREA A população é dividida em áreas, a partir das áreas coletaremos as amostras. AMOSTRAGEM ESTRATIFICADA Quando uma população pode ser dividida em subgrupos (estratos) que são mais ou menos homogêneos. Após a determinação dos estratos, seleciona-se uma amostra aleatória simples de cada estrato. © Amostragem Estratificada Proporcional: A proporcionalidade do tamanho de cada estrato da população é mantida na amostra. © Amostragem Estratificada Uniforme: Selecionamos o mesmo número de elementos em cada estrato. É o processo usual quando se deseja comparar os diversos estratos. Procedimento: 1. Dividir a população em L subpopulações chamadas estratos. 2. Calcular a fração f da amostragem dada por f = n/N 3. Calcular o número de elementos a serem sorteados em cada estrato n 1 = N 1 .f 4. Realizar a amostragem aleatória simples dentro de cada estrato. Maria Teresa Perroni Câmara AMOSTRAGEM POR CONGLOMERADOS A população é dividida em conglomerados, onde cada conglomerado é representativo da população. Selecionamos aleatoriamente um conjunto de conglomerados e a amostra é constituída por todos os elementos dos conglomerados selecionados. Quanto mais heterogeneidade melhor. Suponha que se pretende estudar o nível de satisfação dos trabalhadores têxteis, das empresas do Norte do País. Método AAS nos conglomerados Procedimentos: 1. Há vários estágios de seleção até atingirmos a população desejada para o estudo; 2. Em cada estágio utiliza-se um tipo de seleção probabilística. (Normalmente AAS); CONGLOMERADOS X ESTRATIFICADA A principal diferença entre a amostragem de conglomerados e a amostragem estratificada é a unidade de amostragem. © Conglomerados: Todos os conglomerados existentes; (Todas as cidades, empresas, etc.) © Estratificada: Os elementos da população; DADOS ESTATÍSTICOS Qualquer característica que possa ser observada ou medida de alguma maneira. As matérias-primas da estatística são os dados observáveis. Os dados podem ser classificados em: SECUNDÁRIOS Quando utilizamos em nossas análises dados levantados e divulgados por instituições públicas ou privadas. PRIMÁRIOS Quando usamos dados levantados por nós para um estudo específico. DADOS QUALITATIVOS Os dados qualitativos representam uma característica da qualidade (ou atributo) associado ao item pesquisado. Por exemplo, podemos classificar um produto em: bom, razoável ou ruim. Os dados qualitativos podem ser divididos em dois tipos: DADO QUALITATIVO NOMINAL Para o qual não existe nenhuma ordenação nas possíveis realizações. Exemplo: sexo, raça, cor.. DADO QUALITATIVO ORDINAL Para o qual existe uma ordem em seus resultados. Exemplo: números.. DADOS QUANTITATIVOS Neste caso, a característica observada assume valores numéricos que podem ser classificados em "discretos" ou "contínuos". DADOS QUANTITATIVOS DISCRETOS Os dados quantitativos discretos assumem valores dentro de um conjunto com os números especificados. Por exemplo, o número de produtos produzidos por uma máquina em um determinado período de tempo pode ser 0,1,2,3,4,... Neste caso, os dados observados formam um conjunto finito (ou enumerável) de números. Geralmente, quando contamos defeitos, temos dados quantitativos discretos. Maria Teresa Perroni Câmara DADOS QUANTITATIVOS CONTÍNUOS Os dados quantitativos contínuos assumem valores em um intervalo contínuo de números. Em geral, este tipo de dado é proveniente de medições de uma característica da qualidade de uma peça ou produto. Os possíveis valores incluem "todos" os números do intervalo de variação da característica medida. Por exemplo, ao medirmos os diâmetros dos eixos de determinados motores com uma célula eletrônica, obtemos dados quantitativos contínuos. VARIÁVEL Cada uma das características da população amostrada, como peso, altura, sexo ou idade, é denominada de uma variável. As variáveis podem assumir diferentes valores, que podem ser separados em diferentes tipos, são elas: VARIÁVEIS QUANTITATIVAS OU NUMÉRICAS São representadas por meio de números resultantes de uma contagem ou mensuração. Podem ser classificadas em dois tipos: VARIÁVEIS DISCRETAS Assumem apenas valores inteiros. Exemplos: número de irmãos, número de passageiros, número de bactérias por amostra, número de copos de cerveja tomados por dia. VARIÁVEIS CONTÍNUAS Os valores pertencem a um intervalo de números reais e representam uma mensuração. Exemplos: altura ou peso de uma pessoa, altura, tempo e pressão arterial, batimentos cardíacos. VARIÁVEIS QUALITATIVAS, NÃO NUMÉRICAS, OU CATEGÓRICOS Representam uma qualidade (ou atributo) de um indivíduo pesquisado, são definidas por várias categorias. São características que não possuem valores quantitativos. Essas variáveis podem ser classificadas em dois tipos: VARIÁVEL NOMINAL Quando não existe nenhuma ordenação nas possíveis representações. Exemplos: sexo, cor dos olhos, cor do cabelo, fumante/não fumante. VARIÁVEL ORDINAL Quando apresentam uma ordem nos seus resultados. Exemplos: grau de escolaridade, grau de instrução (básico, médio, graduação, pós-graduação) tamanho (pequeno, médio, grande), classe social (baixa, média, alta), mês de observação.MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL MÉDIA ARTMÉTICA A média (Me) é calculada somando-se todos os valores de um conjunto de dados e dividindo-se pelo número de elementos deste conjunto. Me: média x1, x2, x3,..., xn: valores dos dados n: número de elementos do conjunto de dados MODA A Moda (Mo) representa o valor mais frequente de um conjunto de dados, sendo assim, para defini-la basta observar a frequência com que os valores aparecem. Um conjunto de dados é chamado de bimodal quando apresenta duas modas, ou seja, dois valores são mais frequentes. Maria Teresa Perroni Câmara MEDIANA A Mediana (Md) representa o valor central de um conjunto de dados. Para encontrar o valor da mediana é necessário colocar os valores em ordem crescente ou decrescente. Quando o número elementos de um conjunto é par, a mediana é encontrada pela média dos dois valores centrais. Assim, esses valores são somados e divididos por dois, para encontrar a posição da mediana: (n+1)/2 n= números de valores © n ímpar: mediana é o valor correspondente à posição exatamente no meio © n par: mediana é a MÉDIA entre os dois valores em torna da posição do meio MEDIDAS DE DISPERSÃO AMPLITUDE Essa medida de dispersão é definida como a diferença entre a maior e a menor observação de um conjunto de dados, isto é: A = Xmaior - Xmenor VARIÂNCIA A variância é determinada pela média dos quadrados das diferenças entre cada uma das observações e a média aritmética da amostra. O cálculo é feito com base na seguinte fórmula: V: variância xi: valor observado MA: média aritmética da amostra n: número de dados observados DESVIO PADRÃO O desvio padrão é definido como a raiz quadrada da variância. Desta forma, a unidade de medida do desvio padrão será a mesma da unidade de medida dos dados, o que não acontece com a variância. Assim, o desvio padrão é encontrado fazendo-se: Quando todos os valores de uma amostra são iguais, o desvio padrão é igual a 0. Sendo que, quanto mais próximo de 0, menor é a dispersão dos dados. COEFICIENTE DE VARIAÇÃO O coeficiente de variação é uma forma de expressar a variabilidade dos dados excluindo a influência da ordem de grandeza da variável. O cálculo do coeficiente de variação é feito através da fórmula: Onde, s → é o desvio padrão X → é a média dos dados CV → é o coeficiente de variação COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO O coeficiente de correlação mede o grau da correlação entre duas variáveis. ERRO PADRÃO DA MÉDIA É uma medida de variação de uma média amostral em relação à média da população. Ajuda a verificar a confiabilidade da média amostral calculada. Para calcular é preciso dividir o desvio padrão pela raiz quadrada do tamanho amostral. EPM = s Ön Maria Teresa Perroni Câmara MÉDIA GEOMÉTRICA A média geométrica entre um conjunto de n dados é a raiz n-ésima da multiplicação desses dados. Considere um conjunto de n dados (x1, x2, x3, ..., xn). A média geométrica entre estes dados será: