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INTERMEDIÁRIA PROBLEMA 4- AAS

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PROBLEMA 4- INTERMEDIÁRIA
 SISTEMAS DE SAÚDE 
SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL 
- Os sistemas de proteção social emergiram no final 
do século XIX e consolidaram-se no pós-guerra, 
assumindo as funções de reprodução social, onde o 
Estado ocupa-se de tudo. 
- A dinâmica capitalista produz dois processos de 
formas simultânea: homogeneização social, cuja base 
é o assalariamento de massa e o de heterogeneidade, 
quando o mercado fomenta a produção de diferenças 
sociais. 
 A forma encontrada para proteger os 
cidadãos das desigualdades foi a 
responsabilização pelo estado em financiar e 
prover um grande número de bens e serviços 
que os cidadãos não poderiam acessar por 
meio da sua renda obtida no trabalho ou 
quando ,sem trabalho, necessita desses bens, 
como é o caso da saúde 
- O modelo de proteção social conseguiu que o social 
e o econômico se conjugassem em favor de uma 
maior igualdade e integração social 
 O modelo de proteção social da América 
Latina foi baseado no emprego formal, 
garantindo dois tipos básicos de benefícios: 
assistência à saúde, individual e curativa, e 
aposentadoria, pensões e benefícios ligados 
aos acidentes de trabalho. 
- A proteção social na saúde retira a visão mercantil 
do acesso aos bens e serviços (quem tem dinheiro, 
tem atendimento médico) e passa a saúde como uma 
responsabilidade de todos e direito do cidadão. 
 A proteção social não visa erradicar a pobreza 
e sim atenuar as desigualdades, pois essas 
questões são definidas e ocorrem a depender 
dos diferentes modelos econômicos. 
- O modelo de proteção social possui alguns tipos, 
sendo eles: 
 Residual ou liberal – Exemplo: EUA 
 Corporativista ou meritocrático – Exemplo: 
França 
 Institucional Redistributiva ou 
socialdemocrata -Exemplo: Inglaterra 
- A proteção social do tipo socialdemocrata ou 
institucional redistributivo busca a aplicação da 
justiça social e resultou nos sistemas nacionais de 
saúde, de caráter universal e financiado por impostos. 
 Justiça social: é uma construção baseada na 
igualdade de direitos e na solidariedade 
coletiva. Em termos de desenvolvimento, a 
justiça social é vista como o cruzamento entre 
o pilar econômico e o pilar social. 
- Um exemplo desse tipo de assistência à saúde é o 
National Health Service (NHS). Esses sistemas, 
também são conhecidos como beveridgianos, dado 
sua referência histórica ao Relatório Beveridge, de 
1942, na Inglaterra 
 No Brasil, o sistema público de proteção 
social orienta-se, atualmente, nos termos da 
Constituição Federal de 1988, por um modelo 
securitário que conjuga elementos da filosofia 
beveridgiana (seguridade social pura, 
universal e gratuita) e da filosofia 
bismarckiana (seguro social, individualização 
dos riscos) 
BRASIL 
- O Brasil representa o modelo de saúde de contrato 
público, o qual se caracteriza pela universalização do 
acesso por financiamento público com alocação de 
recursos para uma pluralidade de prestadores. 
 Se destaca, pois conseguiu unificar a 
cobertura dos serviços dos beneficiários do 
seguro social com a outra parcela da 
população que não está inserida no mercado 
formal de trabalho. 
- Atualmente, a saúde no brasil se divide em pública e 
suplementar 
 A saúde pública está estruturada dentro do 
SUS 
 A saúde suplementar é a saúde privada 
- O sistema de saúde brasileiro se divide em: 
 SUS (Público) 
 SAMS – O sistema de atenção médica 
supletiva 
 SDD (Privado) – Sistema de desembolso 
direto: As pessoas podem ir diretamente aos 
médicos, aos hospitais, às farmácias com 
dinheiro e comprar. É o sistema de 
desembolso direto, que é utilizado por 35% da 
população, 67% dos quais com renda familiar 
mensal de menos de 1 salário mínimo. A 
utilização é extremamente concentrada em 
duas áreas – medicamentos e em atenção 
odontológica. 
- Indicadores importantes 
 PIB: 1,605 trilhão de dólares 
 IDH: 0,761 
 Índice de Gini: 53,3% 
 Expectativa de vida: 76,3 anos 
EUA 
- O Estados Unidos possui uma organização política-
administrativa caracterizada por um governo federal, 
estados, condados e municípios. Além disso, possui o 
sistema de saúde do tipo pluralista empresarial 
permissivo. 
 Há uma variedade de instituições privadas e 
públicas, configurando um sistema plural com 
múltiplos subsistemas para clientelas 
distintas. 
 A grande importância dada ao liberalismo na 
cultura americana pode explicar, em parte, a 
diversidade de cobertura e de modalidades 
de cuidados existentes no país. 
- Século XVIII: surge uma rede hospitalar mantida por 
comitês comunitários e, depois, com hospitais 
religiosos ou de grupos étnicos. 
- No final do século XIX surgiram os hospitais privados 
com fins lucrativos, os quais recebiam subsídios e 
isenção de impostos, devido a destinarem uma parte 
de seu atendimento aos pobres. Assim, eram 
considerados filantrópicos e, atualmente, 
representam a maior parcela dos leitos existentes. 
 Nesse mesmo século, foram criados os 
Departamentos de Saúde estaduais ou locais, 
dirigidos ao controle de epidemias, doenças 
transmissíveis e para educação sanitária, se 
iniciando, assim, a estruturação das ações de 
saúde pública. 
 Essa divisão de trabalho, com o Estado 
restringindo-se às atividades preventivas e 
repassando ao setor privado a prestação de 
serviços curativos persiste até os dias atuais. 
- Atualmente, o EUA possui o Department of Health 
and Human Services (DHHS), que o órgão federal, 
equivalente ao Ministério da Saúde. O DHHS coordena 
as diversas áreas de atuação do setor público. 
 Existem intervenções clássicas de saúde 
coletiva feitas pelos Centers for Diseases 
Control and Prevention (CDC) e pelo Food 
and Drug Administration (FDA), por exemplo. 
- Os programas Medicare e Medicaid surgiram na 
década de 1960 a partir de reformas que visavam 
ampliar o acesso aos serviços, sobretudo para idosos, 
desempregados e trabalhadores de pequenas 
empresas. 
 O Medicare é um seguro social de 
responsabilidade federal, destinado à 
cobertura médico-hospitalar de aposentados 
e seus dependentes e de portadores de 
doença renal terminal. Possui 2 sistemas de 
coberturas: 
 Básico obrigatório: é o plano 
financiado pela contribuição 
compulsória de empregados e empresas 
sobre a folha de salários e cobre apenas 
parcialmente os gastos de hospitalização 
com copagamento por parte dos 
usuários. 
 Complementar de adesão 
voluntária: cobre os honorários 
médicos entre outras coisas. 
 O Medicaid é um programa assistencial sob 
responsabilidade dos governos estaduais, 
sendo financiado com fontes fiscais e 
subsídios federais. 
- A maior parcela da população americana obtém 
serviços a partir de formas de seguro saúde privado, 
sendo que ocorreram reformas de saúde nos anos 
1980 que determinaram novos arranjos financeiros e 
gerenciais no seguro privado, dando origem ao 
Managed Care. 
- Além dos serviços governamentais e do seguro 
privado, há ainda instituições não-governamentais 
que atuam no contexto de agravos ou grupos como 
câncer, saúde mental, drogas, entre outros. 
RESUMINDO 
- Um usuário americano pode recorrer aos seguintes 
serviços: 
 Clínicas de saúde pública; ambulatórios de 
hospitais; serviços de saúde escolar; serviços 
médicos de bases militares; serviços para 
militares veteranos; serviços para população 
indígena; 
 Clínicas de instituições voluntárias: incluem as 
“Free Clinics” que oferecem atenção primária 
para adultos jovens de baixa renda; 
 Centros Comunitários de Saúde 
 Centros de Pronto-atendimento- setor 
privado 
- Apesar dos avanços tecnológicos e de resultados de 
grandes pesquisas na área da saúde, o sistema de 
saúde americano possui custos crescentes e a 
desigualdade predominante no modelo assistencial. 
CANADÁ 
- Em 1957, a estruturação do sistema de saúde 
canadense iniciou-se com o seguro hospitalar,seguido 
pelo seguro universal, em 1966, chamado de Medical 
Care Act. 
 É um sistema fortemente descentralizado, 
baseado no financiamento compartilhado 
entre o governo federal e as províncias. 
- O sistema é definido como um seguro nacional de 
saúde. A maior parte dos médicos atuam de forma 
liberal, atendendo em clínicas particulares ou 
hospitais, sendo remunerados por serviços prestados 
pelas agências que gerenciam o seguro saúde. 
 Alguns poucos contratados diretamente pelo 
governo estão concentrados nos Centros de 
Saúde Comunitários, prestando serviço para 
populações mais vulneráveis. 
- A principal origem dos recursos é provincial, com 
importante parcela vinda do Governo Federal. 
- Em 1956, o governo federal aprovou legislação na 
qual passou a compartilhar em 50% os gastos 
hospitalares e de apoio diagnóstico com as províncias. 
- Em 1968, foi promulgada a lei que instituiu o 
Medicare, sistema de saúde canadense financiado 
pelo setor público com prestação e serviços privados. 
- Em 1979, foi realizada uma pesquisa para avaliar o 
sistema de saúde, que advertiu o risco de 
copagamentos em algumas províncias. 
 Assim, em 1984, foi promulgado o Canada 
Health Act (CHA), que desencorajou a 
cobrança de taxas e de faturamento 
complementar aos usuários do sistema. 
 Sob os termos do Canada Health Act, todas as 
"pessoas seguradas", basicamente todos os 
residentes legais do país, incluindo 
imigrantes recentes sem cidadania 
canadense, possuem o direito de receber 
"serviços segurados", sem precisar pagar 
diretamente pelos serviços. 
- A aprovação do CHA também demarcou os 
princípios que unificaram os planos de saúde das 
províncias e dos territórios, configurando-se 
definitivamente o Medicare como um sistema 
nacional: 
1. Administração pública: governo provincial 
ou territorial 
2. Abrangência: todos os serviços de saúde 
fornecidos devem estar assegurados 
previamente 
3. Universalidade: todos os residentes 
intitulados em uma província ou território são 
cobertos pelo seguro saúde 
4. Portabilidade: residentes que se transferem 
de uma província a outra ou mesmo para fora 
do país, sob determinado período, têm 
cobertura garantida. 
5. Acessibilidade: todos os residentes de uma 
província ou território devem obter acesso 
razoável aos serviços 
- O sistema canadense não cobre saúde bucal, 
medicamentos extra-hospitalares e outros 
profissionais de saúde, como fisioterapeutas e 
psicólogos. 
 As exceções vão variar entre as províncias, 
com cobertura parcial às vezes para crianças, 
idosos e inscritos num programa de bem-
estar. 
- A rede de atenção primária é a base do modelo e o 
profissional médico é o médico de família, com 
atuação altamente centrada na clínica e focada no 
indivíduo. 
- Indicadores importantes: 
 IDH: 0,926 em 2017 
 Expectativa de vida: 82,25 anos, em 2017 
 PIB: 1,713 trilhão de dólares em 2018, sendo 
que cerca de 7,66% é voltado para saúde 
 Taxa de mortalidade infantil: 4,6 para cada mil 
nascidos vivos, em 2016 
PROVÍNCIA DO QUÉBEC 
- Québec é a mais extensa das 10 províncias 
canadenses e foi a última a implantar o seguro saúde 
universal, mas ultrapassou em muito os princípios 
propostos pelo governo federal. 
 Na década de 70, se destacou devido ao 
caráter inovador na organização dos serviços 
de saúde. 
- Possui hospitais, centros de reabilitação e clínicas 
de repouso pertencentes à rede pública, recebendo 
orçamento anual e possuem funcionamento 
regulamentado em lei. 
 O seguro privado serve apenas para o 
financiamento de serviços não cobertos pelo 
sistema público, como cirurgias estéticas e 
tratamentos dentários. 
- A trajetória do seu sistema de saúde pode ser 
dividida em 3 fases: 
1971-1984: IMPLANTAÇÃO 
- Em 1971 foi iniciada a reforma dos serviços sociais e 
de saúde, sendo criadas 13 regiões sócio-sanitárias 
para hierarquizar uma rede de estabelecimentos 
públicos cuja porta de entrada seriam os Centros 
Locais de Serviços Comunitários (CLSC). 
- Durante esse período, a corporação médica do 
Québec era representada por duas Federações: 
1. Especialistas: queriam manter a autonomia 
2. Generalistas: buscavam ascensão de status 
devido à grande ênfase na atenção primária, 
dessa forma, concordaram em participar da 
experiência do CLSC. 
- Essas organizações foram gradativamente 
assumindo posição marginal nas redes de serviços, 
sendo que, no início da década de 1980, haviam 
apenas 100 CLSC implantados. 
 As atividades de porta de entrada acabaram 
sendo realizadas pelas policlínicas, pelo CLSC, 
pelos ambulatórios e serviços de emergência 
dos hospitais. 
 Essa fase foi marcada pelo discurso de 
expansão do acesso, integralidade da 
atenção e estímulo à participação popular. 
1984-1994: AVALIAÇÕES E AJUSTES 
- No Québec, o marco dessa etapa foi a constituição 
de uma Comissão que realizou encontros, consultou 
organismos representativos e encomendou um 
conjunto de pesquisas. Essa Comissão sugeriu uma 
nova dinâmica de poderes e a importação dos 
sistemas de informação e da alocação de recursos. 
- Posteriormente, o governo instituiu uma nova 
reforma, a partir do documento conhecido com 
Orientations, foram fixados objetivos: 
 Somar anos à vida: percentuais de reduções 
de mortalidade por doenças cardiovasculares, 
câncer de mama, acidentes, etc. 
 Somar saúde à vida: percentuais de 
redução de dor lombar, doenças sexualmente 
transmissíveis, fumantes, etc. 
 Somar bem-estar à vida: autonomia, saúde 
mental, redução da violência, etc. 
- Outro documento também foi criado articulando a 
política social com a de saúde, garantido os direitos a 
serviços mais acessíveis e contínuos num sistema 
público fortemente descentralizado. 
- Apesar desses documentos, apenas na segunda 
metade dos anos 90 que realmente ocorreram 
mudanças, através da divulgação do relatório 
chamado “A saúde no Canadá: uma herança para 
fazermos frutificar”. 
1995 EM DIANTE: CONTROLE DE 
CUSTOS 
- Com a nova reforma citada anteriormente, o número 
de regiões de saúde aumentou e os Conselhos 
passaram a ter atribuições gerenciais importantes. 
Ocorreram a implantação de diversas medidas para 
reduzir a procura de recursos voltados para doenças 
agudas: 
 Aumento da disponibilidade nos CLSC (60 
hrs/semana) 
 Informações por telefone 24 horas 
 Rede integrada de hospitais universitários 
- Houve também aumento da regulação do trabalho 
médico mediante o estabelecimento de uma lista de 
atividades obrigatórias, criando-se um Departamento 
de Medicina Geral em cada região de saúde, com 
remunerações diferenciadas para incentivar o 
exercício em locais específicos, como regiões 
distantes. 
 Foi prevista a criação de 95 redes locais de 
serviços em toda Québec. 
- Ocorreu também a criação de Grupos de Medicina 
de Família (GFM), compostos por até 10 médicos e 
pessoal de enfermagem. Esses GMFs foram 
implantados para melhorar o acesso na porta de 
entrada. 
 A análise das reformas realizadas no Québec 
mostra a manutenção de direitos em saúde 
pela redução da atenção hospitalar em favor 
de novos modos de prática de saúde, com 
ênfase na medicina de família e integração 
de serviços. 
INGLATERRA 
- O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido 
(National Health Service- NHS), desde a sua criação, 
em 1948, é considerado o modelo de socialização de 
serviços de saúde, garantindo acesso universal com 
financiamento fiscal e modelo assistencial 
regionalizado. 
 O sistema provê cobertura universal baseado 
no princípio de equidade e integralidade, 
com algumas exceções (tratamento dental, 
oftalmológico e dispensação de 
medicamentos). 
- A maior parte do financiamento do sistema de 
saúde britânico advém do setor público, 
principalmente de impostos gerais, com uma pequena 
contribuição do sistema de Seguridade Social> 
semelhante ao SUS. 
 Deacordo com documento da Organização 
para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OECD, 2003), o único gasto dos 
cidadãos britânicos no sistema público de 
saúde refere-se ao pagamento de US$ 9,00 
por prescrição medicamentosa ambulatorial. 
- Indicadores importantes 
 IDH: 0,965 em 2017 
 Expectativa de vida: 81 anos, em 2017 
 Taxa de mortalidade infantil: 4,2 para cada mil 
nascidos vivos, em 2018 
 PIB gasto em saúde: 7,6% do PIB gasto em 
saúde no ano de 2001 e, em relação ao gasto 
per capita, o Reino Unido possui um dos 
menores gastos entre países desenvolvidos. 
- Em relação às reformas do NHS da Inglaterra, o mais 
populoso dos 4 países do Reino Unido, são divididas 
em 3 períodos. 
1948 A 1982: ESTRUTURA TRIPARTITE 
À REGIONALIZAÇÃO 
- Em 1948, o NHS foi estruturado de maneira 
centralizada, composto por 3 partes independentes: 
 Hospitais 
 Serviços de saúde pública 
 Serviços de porta de entrada ou atenção 
primária 
- Em sua origem, o NHS era composto de 14 
Autoridades Sanitárias Regionais e 3 Escritórios 
Provinciais. 
- Era centrado na figura do General Practitioner (GP), 
médicos de atenção primária que recebiam por 
captação, isto é, conforme o número de pacientes que 
compunham sua lista de pacientes. 
1991: REFORMA CONSERVADORA 
- Em 1991, o Partido Conservador que estava no 
poder propôs a reforma do NHS, sendo que a principal 
alteração foi a introdução do conceito de “mercado 
interno”, separando os “compradores” dos 
“provedores” de serviços de saúde. 
 Os provedores competiriam em qualidade e 
custos, de forma a atrais os compradores, que 
estavam a partir de então livres para comprar 
serviços fora de seus limites geográficos. 
 O Partido Trabalhista, a Associação Britânica 
de Medicina e os Conselhos Comunitários de 
Saúde afirmavam que as “inovações” eram 
estratégias para acelerar o processo de 
privatização do NHS, e que o Governo estaria 
muito mais preocupado com a saúde de sua 
contabilidade financeira do que com a saúde 
da população. 
- A principal reclamação dos pacientes era quanto a 
demora na marcação de consultas e exames 
emergenciais. 
1997: NOVA REFORMA 
- O partido trabalhista assumiu o governo iniciando 
mudanças na forma de gestão do NHS, que passou a 
ser mais descentralizada e integrada. 
 Foi apresentada uma nova proposta de 
reforma do NHS, a qual foi implantada em 
1999, e buscou garantir a universalidade do 
sistema. 
 A separação entre compradores e provedores 
foi mantida, mas a ideia central era “substituir 
a competição pelo monitoramento do 
desempenho”. 
- Duas inovações foram introduzidas na atenção 
primária: 
1. NHS Walk-in Centres: centros onde não é 
necessário o agendamento, oferecendo 
conselhos de saúde e atendimentos menos 
complexos como tratamento para gripes, 
resfriados, pequenos acidentes. 
2. NHS Direct: linha telefônica operada por 
enfermeiras, que funciona 24 horas por dia 
fornecendo informações de saúde e fazendo 
encaminhamento aos serviços apropriados 
quando necessário. 
- Através dessa reforma também foi definido o nível 
de Atenção Secundária, compreendida como o 
atendimento ambulatorial especializado e os 
procedimentos de alta complexidade, a ser realizado 
em hospitais. 
FRANÇA 
- A França é uma república composta administrativa e 
politicamente por regiões (equivalente aos estados), 
departamentos, cantões e comunas (municípios). 
Possui o sistema de seguro público baseado em 3 
grandes princípios: 
1) Solidariedade: o seguro social garante um 
financiamento compartilhados, no qual a 
contribuição independe dos riscos individuais 
2) Pluralismo 
3) Medicina liberal 
- O financiamento dos serviços advém de impostos e 
contribuições de empregados e empregadores, por 
isso é um seguro público, regulamento pelo Estado. A 
atenção à saúde é garantida em consultórios privados 
e em hospitais públicos e privados (lucrativos ou 
filantrópicos). 
- Em 2000, foi votada uma lei de cobertura universal, 
a qual incluiu a pequena parcela da população que 
dependia da assistência pública e, atualmente, todos 
os residentes legais na França são cobertos por esse 
regime. 
 Para ser reembolsado ou coberto por um 
serviço, ele tem de ser prescrito por médico, 
dentista ou instituição cadastrada. Isso se 
aplica aos serviços de hospitais privados e 
consultórios onde o paciente paga a consulta, 
remetendo o comprovante para fins de 
reembolso. 
- Há um copagamento para um conjunto de 
procedimentos com taxas variadas pagas diretamente 
pelos usuários, como 30% para consulta com 
generalista e especialistas, 0 a 65% para 
medicamentos, entre outros. Isso explica o fato que 
em 2000, 86% da população possuía algum seguro 
complementar voluntário. 
COMO SE DÁ ACESSO? 
 Os Hospitais Universitários e os hospitais 
regionais pertencem ao setor público, 
constituindo uma rede coordenada pelo 
Ministério da Saúde. Esse setor assume os casos 
mais sérios, que exigem hospitalização 
prolongada e de alto custo. 
 Mais da metade dos leitos do setor privado situa-
se em hospitais de médio e pequeno porte 
dirigidos para cirurgia e obstetrícia. 
 Existem ainda os hospitais filantrópicos, com perfil 
semelhante ao setor público. 
CONTEXTO HISÓRICO 
- A medicina francesa desenvolveu-se com base numa 
estrutura hospitalar, dessa forma, os hospitais 
parisienses foram muito importantes para a 
constituição do saber médico. 
- Somente em 1958, ocorreu uma reforma da saúde 
francesa, criando os Centros Hospitalares 
Universitários (CHUs) que combinam pesquisas, 
ensino e atendimento médico. 
- Antes, o acesso era baseado na livre escolha, sem 
necessidade de referência e limite de consultas. A 
partir de julho de 2005, foi introduzida a necessidade 
de referência para consultas especializadas. 
CUBA 
- Antes da do triunfo da Revolução Cubana de 1959, 
Cuba possuía um quadro sanitário caracterizado pelo 
tétano, sarampo, poliomielite, tuberculose e outras 
doenças. 
 A taxa de mortalidade infantil era superior a 
60 por cada 1000 nascimentos e a expectativa 
de vida era de apenas 60 anos, para uma 
população de cerca de seis milhões de 
habitantes. 
 Em 2010, Cuba atingiu uma taxa de 
mortalidade infantil de 4,5 por cada 1000 
nascimentos, a mais baixa das Américas. A 
expectativa dos cubanos atingia quase 80 
anos. 
- A taxa de mortalidade infantil é o mais crítico para a 
sobrevivência de um ser humano e expressa a 
qualidade com a qual o país atende e protege suas 
crianças, sua saúde, sua segurança material, sua 
educação e sua socialização. 
- Um dos fatores que contribuíram para esses 
resultados favoráveis foi a vontade política do 
governo de oferecer atendimento sanitário gratuito 
para todos os cidadãos, com especial esmero para as 
mães e seus filhos e um programa nacional de 
vacinação com uma cobertura de praticamente 100% 
das crianças. 
 Dependendo da situação social das gestantes, 
elas ingressam em um Hogar Materno 
(Maternidade) onde recebem apoio 
nutricional e um amplo programa de 
educação para a saúde. 
 A atenção com as crianças começa desde o 
nascimento, com uma amostra de sangue do 
cordão umbilical e do calcanhar para 
determinar a possível existência de doenças 
que, diagnosticadas a tempo, podem ser 
tratadas com sucesso, como o hipotireoidismo 
congênito. 
 O desenvolvimento de um programa nacional 
de vacinação permite manter o país livre de 
15 doenças transmissíveis, como o sarampo e 
a rubéola. 
- Assim, Cuba possui um Sistema Nacional de Saúde 
constituído na década de 1960 e tem as seguintes 
diretrizes: 
 É único, integral, universal e regionalizado 
 Entende a saúde pública como de caráter 
estatal e social 
 Acessibilidade e gratuidade nos serviços 
 Orientação profilática com aplicação dos 
avanços da ciência e da técnica 
 Participação da comunidade 
- A Constituição de Cuba, publicadaem 1976, e 
revisada em 1992, dispõe que todos têm direito à 
atenção e proteção da sua saúde, cabendo ao Estado 
garanti-la por meio de prestação de assistência 
médica e hospitalar gratuita. 
 O Sistema Nacional de Saúde é 
fundamentado na estratégia de atenção 
primária, que é baseada no modelo da 
Medicina Familiar. 
- Indicadores importantes 
 IDH: 0,777 em 2017 
 Expectativa de vida: 78, 66 anos, em 2017 
 PIB: 100 bilhões de dólares em 2018, sendo 
que cerca de 10,57% é voltado para saúde 
 Taxa de mortalidade infantil: 3,9 para cada mil 
nascidos vivos, em 2018 
CHILE 
- Possui um sistema de saúde, o qual a trajetória foi 
marcada por mudanças radicais. 
- Em 1950, foi iniciado um programa voltado para a 
consolidação de um serviço nacional de saúde, o que 
até então era uma ideia precoce no continente 
americano, passando posteriormente por um 
processo de privatização e atomização (segmentação 
em porções muito pequenas). 
 Em sua origem, o Serviço Nacional de Saúde 
(SNS) incorporou todos os serviços 
assistenciais prestando atenção curativa para 
indigentes e trabalhadores formais e serviços 
de prevenção na forma universal, por meio de 
uma rede distribuída em 13 zonas de saúde. 
 A corporação médica negociou o seu apoio 
por meio da criação de um plano de cargos e 
salários com jornada de trabalho de 06 horas 
- Em 1970, a maior parte dos leitos do país pertencia 
ao SNS e os seus serviços cobriam a maior parcela da 
população. 
- 1973: Ocorreu o golpe militar chileno e houve 
profundas mudanças, como: 
 Livre escolha entre setor público ou privado 
 Criação de um Fundo Nacional de Saúde: 
FONAS, para a arrecadação, administração, 
credenciamento e honorários. 
 Criação de novas instâncias gestoras privadas 
(Instituciones de Salud Previsional- ISAPRES), 
os quais receberam estímulo para o seu 
desenvolvimento. 
 Descentralização da atenção primária para os 
municípios – Tanto os serviços regionais como 
os serviços municipalizados podiam ser 
financiados tento pela FONASA como pela 
ISAPRES 
 Aumento do valor das contribuições para a 
saúde com diminuição do aporte fiscal. 
- Foram criadas três modalidades de prestação de 
serviços: 
 Modalidade institucional 
 Modalidade de livre escolha 
 Modalidade Isapres 
- Com o processo de redemocratização do país, tem-
se uma busca concentrada na recuperação da 
capacidade instalada na rede pública com 
manutenção do sistema público- privado misto. 
 Desenvolveram ações com a finalidade de 
diminuir desigualdades com estabelecimento 
de gratuidade na APS e da atenção à saúde 
para maiores de 60 anos inscritos na FONASA 
- Em 2004, foram aprovados 02 instrumentos legais 
para consolidar uma nova reforma do sistema de 
saúde misto chileno: 
o Lei da autoridade sanitária e de gestão: 
aumenta o papel político e de direção do 
Ministério, cria subsecretarias para promover 
a integração do sistema e ações de saúde 
pública e uma superintendência para regular 
FONASA e Isapres 
o Régimen General de Garantías explicitas: visa 
a cobertura obrigatória de 56 problemas de 
saúde a serem atendidos pelos dois sistemas. 
Amplia o acesso com investimentos para que 
atenção primária sirva de porta de entrada, 
mas permite convênios com prestadores fora 
da rede pública. 
RESUMINDO 
- O sistema de saúde chilena é extremamente 
diferente do brasileiro, No Chile existem 2 sistemas de 
saúde: Fonasa, que é a rede pública e Isapre que é a 
rede particular. Todo cidadão é automaticamente 
inscrito ao sistema de saúde pública, ou seja, ao 
Fonasa. Apenas quando ele decide ter um plano de 
saúde particular, é que esse cadastro é modificado. 
 Todo cidadão, seja chileno ou estrangeiro, 
tem 7% do seu salário mensal descontado e 
destinado para a saúde. É uma lei! 
 Fonasa: Além da contribuição de 7% mensal, 
você vai pagar uma porcentagem por cada 
procedimento que realize (consultas médicas, 
exames, cirurgias e etc). Essa porcentagem, 
no caso da saúde pública, é determinada de 
acordo com o grupo de classificação que a 
pessoa esteja. 
 ISAPRE: os 7% descontados vão 
automaticamente para ela. Você vai ter uma 
clínica ou hospital como principal, onde nele 
já está incluído praticamente tudo. Quando 
você usa a clínica referência discriminada no 
seu plano, o Isapre cobre praticamente 90% 
dos gastos e você arca com 10% dos custos. 
Quando você opta por usar qualquer outro 
local da rede credenciada do seu plano, a 
Isapre vai pagar em torno de 75% dos gastos e 
os outros 25% ficam por sua conta. 
- Indicadores importantes 
 PIB: USS 25.891,13 
 IDH: 0,843 
 Indice de GINI: 45,90% 
 Expectativa de vida: 79,7 anos 
ARGENTINA 
- Em 1993, o Banco Mundial recomendou que fosse 
dado ênfase na privatização e descentralização 
administrativa nas estruturas de saúde como forma 
de melhorar a qualidade: estado deveria apenas 
prover os serviços mais básicos e privatizaria o resto 
 Os países latino-americanos não aderiram 
essa proposta – TEVE CONSEQUÊNCIA 
NEGATIVA!  
- A prestação de serviços na argentina é por meio do 
sistema de Obras Sociais, a qual é do tipo de 
corporativa, tenda em vista que a divisão ocorre em 
função dos diferentes grupos ocupacionais. A base 
dessa forma de prestação de serviços são as 
contribuições de empregados e empregadores. 
 De forma geral, podemos dizer que é assim: 
Ao começar a trabalhar, será descontado do 
pagamento do mês o imposto integrado pela 
categoria (Educação, saúde, direito e etc) e o 
valor da obra social. Ou seja, a começar a 
trabalhar, a pessoa automaticamente estará 
inserido na Obra Social. 
 A Obra Social tem valores diferentes de 
acordo com a categoria profissional e com 
ela, além do atendimento médico hospitalar, 
a pessoa também pode solicitar uma visita 
médica domiciliar e pagar todos os remédios 
com descontos, desde que apresente a receita 
médica e o número da O. Social nas farmácias. 
- A partir de 1997, foram implementadas uma série de 
medidas foi implantado um Plano Médico Obrigatório 
(PMO), o qual deve ser oferecido tanto pelas obras 
sociais quanto por seguradoras do setor privado, com 
incentivo da competição entre esses agentes e 
liberdade de escolha para os beneficiários. 
 Aparentemente, o PMO parece ter favorecido 
melhorias nas coberturas com o 
fortalecimento de redes de atenção primaria 
e centros orientados para a medicina da 
Família. 
- O sistema de saúde continua, essencialmente, com 
foco na atenção médica curativa e centrado na 
instituição hospitalar. 
 Setor público: presta serviços por meio de 
uma rede própria, realizando também 
atividade de atenção primária com maior 
atenção em alguns municípios 
 Hospital público: possui papel fundamental 
na prestação de serviços, atendendo assim 
indigentes, beneficiários das Obras sociais, 
pacientes da rede privada, emergências e etc. 
- Desde 1991, foi iniciado um processo de 
descentralização. O ministério da saúde centrou suas 
ações em um planejamento consensuado entre as 
províncias (municípios), enfatizando a necessidade de 
mais políticas de APS com adscrição de clientela e 
melhoria no acesso, além de melhorar a distribuição 
de medicamentos. Sendo assim, o mercado de saúde 
da argentina possui 3 sistemas coexistentes: 
 Público 
 Sistema de Obras sociais 
 Sistema privado 
- Indicadores importantes 
 IDH: 0,825 > Quanto mais perto de 1, melhor 
o desenvolvimento 
 Expectativa de vida: 76,7 anos 
 PIB: USS 14.402 
 Taxa de mortalidade infantil: 9,9 bebês a cada 
1000 nascidos 
 Quase 95% da população argentina têm 
acesso à rede sanitária, índice parecido na 
área urbana e na rural 
 Índice de GINI: 38,60% (Quanto mais perto de 
100%, maior a desigualdade de renda entre a 
população) 
- Atualmente, uma das principais dificuldades a serem 
superadas no sistema de saúde argentino é a 
descentralizaçãoexacerbada, pois cada comuna 
(estado) e na capital existe um ministério da saúde 
autônomo que decide como e onde será gasto o 
dinheiro. 
 Existe ainda a questão do investimento 
federal, que é bastante polarizado, 
oferecendo muitos recursos para poucas 
comunas, sobrando poucos recursos às 
demais.

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