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ECA - Questões da OAB

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Responda as questões abaixo.
Direito da Criança e do Adolescente
1. (OAB – 2010.2) Dentre os direitos de toda criança ou todo adolescente, o ECA
assegura o de ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, a
colocação em família substituta, assegurando-lhe a convivência familiar e
comunitária. Fundando-se em tal preceito, acerca da colocação em família
substituta, é correto afirmar que:
(A) a colocação em família substituta far-se-á, exclusivamente, por meio da tutela ou
da adoção.
(B) a guarda somente obriga seu detentor à assistência material a criança ou
adolescente.
(C) o adotando não deve ter mais que 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver
sob a guarda ou tutela dos adotantes.
(D) desde que comprovem seu estado civil de casados, somente os maiores de 21
anos podem adotar.
A resposta correta é a letra C, conforme literalidade do art. 40 do ECA.
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido,
salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. ... § 1o Não podem adotar os
ascendentes e os irmãos do adotando.
2. Acerca do estágio de convivência precedente a adoção, assinale a afirmativa
correta.
a) O período do estágio de convivência será fixado pela autoridade judiciária, sendo
dispensado na hipótese de o adotando encontrar-se sob a tutela, a guarda legal ou de
fato do adotante durante tempo suficiente para a avaliação da conveniência da
constituição do vínculo.
b) A finalidade do estágio de convivência é permitir a avaliação da conveniência da
constituição do vínculo familiar entre adotante e adotado, razão pela qual pode ser
dispensado se, cumulativamente, o adotando já encontrar-se sob a tutela, guarda
legal ou de fato do adotante e, em audiência, consentir com a adoção.
c) O período do estágio de convivência será fixado pela autoridade judiciária, em
observância as peculiaridades do caso, não podendo este ser inferior a 60 dias para os
casos de adoção internacional e de 30 dias para adoção nacional, salvo a hipótese de
convivência prévia em decorrência de tutela, guarda legal ou de fato.
d) O período do estágio de convivência prévio a adoção internacional deverá ser
cumprido no Brasil e terá prazo mínimo 30 dias, ao passo que para a adoção nacional
inexiste prazo mínimo, podendo, inclusive, ser dispensado na hipótese de prévia
convivência familiar em decorrência da guarda legal ou da tutela.
A letra D é a correta, conforme Art. 46 do ECA.
A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo
prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.
§ 1o O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela
ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo.
§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência
§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o
estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta)
dias.
§ 4o O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço
da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar, que
apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento da medida.
3. OAB 2015 - Casal de brasileiros, domiciliado na Itália, passa regularmente férias
duas vezes por ano no Brasil. Nas férias de dezembro, o casal visitou uma entidade de
acolhimento institucional na cidade do Rio de Janeiro, encantando-se com Ana, criança
de oito anos de idade, já disponível nos cadastros de habilitação para adoção nacional
e internacional. Almejando adotar Ana, consultam advogado especialista em infância
e juventude.
Assinale a opção que apresenta a orientação jurídica correta pertinente ao caso.
a)Ingressar com pedido de habilitação para adoção junto à Autoridade Central
Estadual, pois são brasileiros e permanecem, duas vezes por ano, em território
nacional.
b)Ingressar com pedido de habilitação para adoção no Juízo da Infância e da Juventude
e, após a habilitação, ajuizar ação de adoção.
c)Ajuizar ação de adoção requerendo, liminarmente, a guarda provisória da criança.
d)Ingressar com pedido de habilitação junto à Autoridade Central do país de acolhida,
para que esta, após a habilitação do casal, envie um relatório para a Autoridade
Central Estadual e para a Autoridade Central Federal Brasileira, a fim de que
obtenham o laudo de habilitação à adoção internacional.
A resposta é a letra D, conforme os artigos 51 e 52 do ECA
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal
postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da
Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legislativo
no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 de junho de
1999.
§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos
casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.
§ 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais
Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional.
Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 170
desta Lei, com as seguintes adaptações:
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou adolescente brasileiro,
deverá formular pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade Central em
matéria de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde
está situada sua residência habitual;
II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar que os solicitantes
estão habilitados e aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações
sobre a identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, sua
situação pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua
aptidão para assumir uma adoção internacional;
II - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade Central
Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira;
4. OAB 2016
Isabela e Matheus pretendem ingressar com ação judicial própria a fim de adotar a
criança P., hoje com 4 anos, que está sob guarda de fato do casal desde quando tinha
1 ano de idade. Os pais biológicos do infante são conhecidos e não se opõem à referida
adoção, até porque as famílias mantêm convívio em datas festivas, uma vez que
Isabela e Matheus consideram importante que P. conheça sua matriz biológica e
mantenha convivência com os membros de sua família originária.
Partindo das diretrizes impostas pelo ECA e sua interpretação à luz da norma civilista
aplicáveis à situação narrada, assinale a afirmativa correta.
a)Durante o processo de adoção, Isabela, que reside fora do país, pode, mediante
procuração, constituir Matheus como seu mandatário com poderes especiais para
representar sua esposa e ajuizar a ação como adoção conjunta.
b)Dispensável a oitiva dos pais biológicos em audiência, desde que eles manifestem
concordância com o pedido de adoção por escritura pública ou declaração de anuência
com firma reconhecida.
c)Concluído o processo de adoção com observância aos critérios de regularidade e
legalidade, caso ocorra o evento da morte de Isabela e Matheus antes de P. atingir
a maioridade civil, ainda assim não se reestabelecerá o poder familiar dos pais
biológicos.
d) A adoção é medida excepcional, que decorre de incompatibilidade de os pais
biológicos cumprirem os deveres inerentes ao poder familiar, motivo pelo qual,
mesmo os pais de P. sendo conhecidos, a oitiva deles no curso do processo é mera
faculdade e pode ser dispensada.
A resposta correta é a letra C , conforme arts. 41 e 49 do ECA
Art. 41. A adoção atribui a condiçãode filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes,
salvo os impedimentos matrimoniais.
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.
5. MPE_MG 2013 Quanto ao instituto da adoção no Estatuto da Criança e do
Adolescente, analise as seguintes alternativas e assinale a assertiva INCORRETA:
a)A guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de
convivência.
b)Poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier
a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.
c)O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho que o adotando.
d)É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus
ascendentes, descendentes e colaterais até o quarto grau, observada a ordem de
vocação hereditária.
A resposta correta é a letra A, conforme art. 46, §2o, do ECA
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades
do caso.
§2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência.
6. TJ_SC Juiz (2013) Tocante ao tema adoção, assinale a alternativa correta:
a) Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos
de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos
parentes.
b)O adotante há de ser, pelo menos, 14 (quatorze) anos mais velho do que o
adotando.
c) É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante,
seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 3o grau, observada a ordem de
vocação hereditária.
d) Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o
estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 60
(sessenta) dias.
e) O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos
em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios,
garantida a sua conservação para consulta pelo prazo de 20 (vinte) anos.
A resposta correta é a letra A, conforme art. do ECA
Art. 41 ECA. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes,
salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1o Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de
filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
7. Os irmãos órfãos João, com 8 anos de idade, e Caio, com 5 anos de idade,
crescem juntos em entidade de acolhimento institucional, aguardando colocação
em família substituta. Não existem pretendentes domiciliados no Brasil interessados
na adoção dos irmãos de forma conjunta, apenas separados. Existem famílias
estrangeiras com interesse na adoção de crianças com o perfil dos irmãos e uma
família de brasileiros domiciliados na Itália, sendo esta a última inscrita no cadastro.
Considerando o direito à convivência familiar e comunitária de toda criança e de
todo adolescente, assinale a opção que apresenta a solução que atende aos
interesses dos irmãos.
Alternativas
a ) Adoção nacional pela família brasileira domiciliada na Itália.
b) Adoção internacional pela família estrangeira.
c) Adoção nacional por famílias domiciliadas no Brasil, ainda que separados.
d) Adoção internacional pela família brasileira domiciliada na Itália
A resposta correta é a letra D, conforme art. 51, §2o do ECA
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui
residência habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993,
Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional,
promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em
outro país-parte da Convenção.
§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos
de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.
8. Maria, em uma maternidade na cidade de São Paulo, manifesta o desejo de
entregar Juliana, sua filha recém nascida, para adoção. Assim, Maria, encaminhada
para a Vara da Infância e da Juventude, após ser atendida por uma assistente social
e por uma psicóloga, é ouvida em audiência, com a assistência do defensor público
e na presença do Ministério Público, afirmando desconhecer o pai da criança e não
ter contato com sua família, que vive no interior do Ceará, há cinco
anos.
Assim, após Maria manifestar o desejo formal de entregar a filha para adoção,
o Juiz decreta a extinção do poder familiar, determinando que Juliana vá para a
guarda provisória de família habilitada para adoção no cadastro
nacional.
Passados oito dias do ato, Maria procura um advogado, arrependida,
afirmando que gostaria de criar a filha.
De acordo com o ECA, Maria poderá reaver a filha?
Alternativas
A) Sim, uma vez que a mãe poderá se retratar até a data da publicação da sentença
de adoção.
B) Sim, pois ela poderá se arrepender até 10 dias após a data de prolação da sentença
de extinção do poder familiar.
C) Não, considerando a extinção do poder familiar por sentença.
D) Não, já que Maria somente poderia se retratar até a data da audiência, quando
concordou com a adoção.
A resposta correta é a letra B , conforme art. 166, §5o do ECA
Art. 166
§ 1o Na hipótese de concordância dos pais, o juiz:
II - declarará a extinção do poder familiar.
§ 5o O consentimento é retratável até a data da realização da audiência especificada no
§ 1o deste artigo, e os pais podem exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias,
contado da data de prolação da sentença de extinção do poder familiar.
9. O encaminhamento do menor para a guarda de terceiro encontra amparo
principiológico na proteção integral e no melhor interesse da criança e do
adolescente, previstos no art. 227, caput, da Constituição Federal de 1988, e também
no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei no 8.069/1990.
O artigo 19 do ECA dispõe que “é direito fundamental de toda criança e
adolescente ser criado e educado no seio de sua família natural, e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária”. Essa excepcionalidade estará configurada na hipótese de a família
natural não ser adequada ou não atender aos direitos e garantias vinculados ao
princípio da proteção integral.
Nos termos do artigo 28 do ECA, a colação da criança e/ou do adolescente em
uma família substituta, por meio da utilização dos instrumentos legais da guarda, da
tutela e da doação, leva sempre em conta melhor interesse do menor. Em março de
2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito de adoção por
casais homoafetivos, pelo entendimento de que “A Constituição Federal não faz a
menor diferenciação entre a família formalmente constituída e aquela existente ao
rés dos fatos.
Como também não distingue entre a família que se forma por sujeitos
heteroafetivos e a que se constitui por pessoas de inclinação homoafetiva”.
(RE/615264, Relator Min. Marco Aurélio Mello, 19/03/2015)
Tendo como base a matéria tratada, assinale a opção correta.
A. O instituto da guarda – relacionado à obrigação de se prestar assistência material,
moral e educacional à criança ou ao adolescente, visando ao seu melhor interesse –
está vinculado à curatela, para o atendimento a situações de falta dos pais ou
responsáveis.
B. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, o
que independe da situação jurídica da criança ou do adolescente, porém, em se
tratando de colocação em família substituta estrangeira, a medida é excepcional e
unicamente admissível na modalidade de acolhimento.
C. A adoção de crianças e adolescentes por casal homoafetivo, autorizada pelo STF,
que reconheceu como entidade familiar a decorrente da união estável composta por
pessoas do mesmo sexo, confere ao adotando a condiçãofilial e de dependente, para
todos os fins de direito, exceto os sucessórios, dada a lógica vedação constitucional.
D. Nos termos da legislação civil em vigor, a tutela será deferida somente nos casos
em que a criança ou o adolescente, em razão de enfermidade ou deficiência mental,
não apresentar o necessário discernimento para os atos da vida civil ou que, por outro
motivo persistente, não tiver condições de exprimir livremente a sua vontade.
E. Os ex-companheiros, os judicialmente separados e os divorciados podem adotar
conjuntamente na medida em que o estágio de convivência com o adotando tenha
sido iniciado na constância do período de convivência do casal, sendo necessária a
comprovação da existência de vínculos de afinidade e afetividade como o não
detentor da guarda que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
A resposta correta é a letra E , conforme art. do ECA 42, §5o do ECA.
Art. 42 (...)
§ 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que
o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e
que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
10. (OAB Exame XXIX). Júlio, após completar 17 anos de idade, deseja, contrariando
seus pais adotivos, buscar informações sobre sua origem biológica junto à Vara da
Infância da Juventude seu domicílio. Lá chegando, a ele é informado que não poderia
ter acesso ao seu processo, pois a adoção é irrevogável. Inconformado, Júlio procura
um amigo, advogado, afim de fazer uma consulta sobre seus direitos. De acordo com o
Estatuto da Criança do Adolescente, assinale a opção que apresenta orientação jurídica
correta para Júlio.
A) Ele poderá ter acesso ao processo, desde que receba orientação e assistência
jurídica e psicológica.
B) Ele não poderá ter acesso ao processo até adquirir a maioridade.
C) Ele poderá ter acesso ao processo apenas se assistido por seus pais adotivos.
D) Ele não poderá ter acesso ao processo, pois adoção é irrevogável.
A resposta correta é a letra A , conforme art. 48 do ECA
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter
acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes,
após completar 18 (dezoito) anos.
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao
adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência
jurídica e psicológica.
11.Questão discursiva
Ana Maria e Verônica, que estão com cerca de 40 anos de idade, são brasileiras e estão
em uma união estável homoafetiva. Elas moram na Itália, onde trabalham. Elas
desejam adotar Mariana, adolescente brasileira com 14 anos de idade, cujos pais
foram destituídos do poder familiar. Mariana vive em um acolhimento institucional no
Rio de Janeiro.
Pergunta-se:
1) é possível que Ana Maria e Verônica adotem Mariana?
É possível sim, desde que se cumpram os requisitos presentes no ECA. No caso:
Os adontantes têm mais de 18 anos de idade e estão no regime de união estável, o
que caracteriza a adoção conjunta. Os adontantes são mais velhos, superando a
diferença de mais de 16 anos exigido pela lei. Exige-se ainda o prévio cadastramento
e para a adoção é necessário se submeter ao estágio de convivência, que no caso de
adoção internacional, que é o caso da questão, será de no mínimo 30 dias e no
máximo 45 dias, no território nacional.
2) Esta adoção seria nacional ou internacional?
É caso de adoção internacional.

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