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Prática moderna A prescrição consiste em sobrescrição, inscrição, subscrição, signa e nome e assinatura do médico que prescreve, todos incluídos em uma mesma folha impressa. - A sobrescrição inclui a data na qual a prescrição foi escrita; nome, endereço, peso e idade do paciente, e a prescrição propriamente dita (Tomar). - A inscrição, contém o nome e a quantidade ou concentração do fármaco a ser dispensado, ou o nome e a concentração de cada composto a ser preparado. - A subscrição é a instrução ao farmacêutico, que geralmente consiste em uma frase curta, como “preparar uma solução”, “misturar e acondicionar em 30 cápsulas” ou “dispensar 30 comprimidos”. - O signa, ou Sig, é a instrução para o paciente sobre como ele deve usar a prescrição, interpretada e transcrita no rótulo da prescrição pelo farmacêutico. Prescrição de medicamentos A prescrição de medicamentos é uma ordem escrita dada por profissional capacitado, e deve conter: •Data; nome; Hospital; UBS ou centro médico; •Nome do medicamento; •Dose do medicamento; •Horário e/ou intervalo das doses; •Via de administração do medicamento; •Assinatura e carimbo contendo o seu registro no conselho do médico; odontólogo, ou de outro profissional qualificado. •O nome do medicamento deve estar em letra legível. Os componentes de uma boa prescrição 1. Nome e endereço do profissional prescritor, ou da instituição onde trabalha; 2. Nome e endereço residencial completo do paciente; Idade, quando necessário 3. Nome genérico do medicamento; • Via de administração; • Dosagem; • Quantidade total a ser fornecida; • Forma Farmacêutica; • Apresentação do medicamento. 4. Posologia; Duração total do tratamento. 5. Data; Assinatura do profissional; Carimbo constando o número no Conselho Regional de Classe. 6. Peso, altura do paciente. 7. Orientações de repouso, dietas, possíveis reações adversas ou informações referentes ao tratamento, se necessário. Tipos de Prescrição Médica ou Receita médica: •Prescrição Padrão: Contém o quanto de medicamento o paciente deve receber e por quanto tempo, permanece em efeito por tempo indefinido ou por período especificado. •Prescrição Única: Deve conter a prescrição de um medicamento que o paciente deve usar apenas uma vez. •Prescrição Imediata: Deve conter a prescrição de um medicamento o qual o paciente deve receber imediatamente, em geral usada em problema urgente. •Prescrição Permanente: Contém a PM de forma permanente, essas prescrições são elaboradas e executadas por equipes de uma determinada instituição de saúde, sendo atualmente bem difundidas como protocolos. •Prescrição Verbal e Telefônica: Não é o tipo de prescrição médica ideal, deve ser evitada, pois este tipo traz riscos iminentes de erros, pode ocorrer em situações de urgência e deve ser transcrita pelo médico o quanto antes. Medicamentos sujeitos a Controle Especial A Portaria 344 de 12 de maio de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde é a principal legislação nacional sobre o comércio de medicamentos sujeitos a controle especial. Nela, as substâncias estão distribuídas em listas que determinam a forma como devem ser prescritas e dispensadas. • Denominação Comum Brasileira (DCB) é a denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária (Lei n.° 9.787/1999). Atualmente, com o advento do registro eletrônico, adquiriu uma concepção mais ampla e inclui também a denominação de insumos inativos, soros hiperimunes e vacinas, radiofármacos, plantas medicinais, substâncias homeopáticas e biológicas. • Denominação comum internacional (DCI) ou International Nonproprietary Names (INN): É a denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS (Lei 9787/1999; Decreto n.° 3.961/2001; Resolução – RDC n.° 84/2002)), que identifica a substância por um nome genérico, de uso público e reconhecimento global. Cada denominação apresenta-se em diversos idiomas, como o latim, espanhol, francês, inglês e russo. A finalidade da Denominação Comum Internacional é conseguir uma boa identificação de cada fármaco no âmbito mundial. A DCI não tem caráter oficial, a menos que a autoridade sanitária de um determinado país a aceite assim. O país pode acatá-la em sua totalidade ou com certas variações. As denominações genéricas oficiais nos Estados Unidos, no Reino Unido, no Japão e nos outros países que reconhecem a Farmacopeia Europeia recebem o nome de USAN, BAN, JAN e Farmacopeia Europeia, respectivamente. Significado das Tarjas de Medicamentos Medicamentos sem tarja São isentos de prescrição médica, ou seja, não necessitam de receita médica para serem adquiridos. Com retenção de receita Entre os medicamentos que necessitam de prescrição médica, alguns possuem um controle especial dos órgãos sanitários do governo, devendo ter a sua prescrição retida no momento da compra. Apresentam TARJA VERMELHA ou TARJA PRETA na embalagem contendo o seguinte texto: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA Sem retenção de receita Apresentam TARJA VERMELHA na embalagem contendo o seguinte texto: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Tarja amarela Deve constar na embalagem dos medicamentos genéricos e deve conter a inscrição G e Medicamento Genérico escritos em azul. -Sem tarja: Isentos de prescrição, venda livre; -Tarja vermelha: já tem efeitos adversos mais significativos, precisa de conhecimento maior para ser prescrito, sob prescrição médica; -Tarja preta: efeitos adversos no SNC, são psicoativos e que podem desenvolver dependência ou potencial de abuso. E nesse contexto, sejam sob prescrição ou não – temos os medicamentos de referência, genéricos ou similares Prescrições São dois tipos de prescrição médica: •Ambulatorial: receita simples; e •Hospitalar: a prescrição médica hospitalar é um documento com todas as condutas que o médico deve passar para um paciente (exceto solicitações de exames) a partir do momento em que ele é internado ou mesmo em observação por um curto período em um hospital. Após a internação o paciente será supervisionado com base em um roteiro padrão que inclui: •dieta, repouso, as drogas a serem utilizadas, entre outros aspectos que iremos discorrer mais adiante. •essa ordem pode sofrer alterações a depender do problema do paciente. Entretanto, compreender que as condutas obedecem a um arranjo de itens na prescrição facilita seu preenchimento. A prescrição médica hospitalar é um documento onde vai ficar registrado tudo que foi feito, contendo: o carimbo, assinatura e CRM do médico e irá guiar todo o cuidado com o paciente. O que direciona e facilita servir tanto para os outros profissionais de saúde identificarem (e executarem) as condutas previamente escritas pelo médico, quanto para os outros residentes, médicos e internos que sucederem no cuidado com o paciente. Deste modo, a ficha facilita a sistematização do raciocínio, diminuindo a chance de esquecimentos dos itens e simplificando o trabalho da equipe multidisciplinar. Prescrição-utilização Essa ferramenta ficará disponível para todo o serviço de saúde do hospital em que esteja envolvida no cuidado ao paciente da prescrição feita. Deste modo, após realizada, uma via será entregue a farmácia e outra para o serviço de enfermagem, onde eles saberão exatamente as condutas que deverão ser realizadas. Todos os profissionais de saúde que se relacionam com o caso em questão, principalmente a equipe de enfermagem e técnicos, mas também o nutricionista, fisioterapeutas, farmacêuticos, fazem mão destedocumento. Os locais a se utilizar a prescrição médica são os Hospitais, unidades de emergência (UPA, hospitais, UBS), UTI, enfermarias. Qualquer paciente que precisar receber cuidados em ambiente hospitalar. Utiliza-se não necessariamente em casos de internação, e sim, para qualquer ação médica ou observação. No momento em que o paciente entra na emergência e o médico define uma conduta, já deve ser feita a prescrição inicial. Porém, essa lista pode ser ampliada e mais complexa em casos de internação cujo paciente ficará sob observação por um período maior. Prescrição-Organização A ficha de prescrição médica hospitalar varia em aspecto de hospital para hospital, porém, os dados a serem preenchidos estabelecem um padrão. Como uma forma de facilitar sua estrutura, podemos dividi-la em três componentes: A, B e C. As informações médicas contidas na prescrição podem ser sempre atualizadas assim que necessário: acrescentando, ajustando ou retirando medicações (dentro do horário vigente), ou sendo renovada (se já tiver passado o horário que o hospital em questão preconizou). Hospitalar O preenchimento deve ser com clareza e deve- se evitar abreviaturas/rasuras e indicações de “se necessário” na prescrição dos fármacos uma vez que a prescrição hospitalar é um ato de responsabilidade exclusiva do médico e não pode ser delegada a outros profissionais. Ademais, nem sempre um paciente que tiver febre, por exemplo, será submetido ao uso de um antitérmico “padrão”. •Como uma forma de facilitar o trabalho da do farmacêutico e da enfermagem, é de suma importância que os medicamentos sejam agrupados de acordo com a via de administração. 1º Item: repouso, dieta: A prescrição inicia-se no repouso e na dieta justamente por conta de sua complexidade. A dieta pode variar quanto a sua via de administração (enteral, parenteral, oral), quanto a sua apresentação (branda, pastosa, líquida, normal etc.), na composição (hipercalórica, isenta de lactose, livre etc.) e no fracionamento. Por este motivo, é de extrema importância o contato com o nutricionista em vista da necessidade de uma boa relação com a equipe multidisplicinar ao longo dos cuidados com o paciente. seta horizontal (→) é para relembrarmos as características mais importantes para cada item prescrito. Neste ponto é importante detalhar a posologia e a apresentação da medicação a ser prescrita. 3º Item: controles gerais e específicos Nesta parte os cuidados gerais/específicos do paciente, se indicado: •Monitorização dos dados vitais de 6/6hrs; •Controle glicêmico, balanço hídrico (diurese), fisioterapia respiratória e motora, estímulo oral (fonoaudiologia); •Profilaxia para tromboembolismo: incentivaremos deambulação, meias de compressão ou medicamentos; •Prevenção de úlcera: vamos supor que o paciente está em decúbito dorsal absoluto e não deambula; neste caso poderemos pedir a mudança de decúbito ou solicitar uso de medicamentos; •Antiemético/laxante: muitos medicamentos cursam com náusea e vômitos; nestes casos deveremos prescrever medicações para evitar tais episódios. Observar que no componente B ainda temos um espaço destinado a anotações da enfermagem: o aprazamento/evolução. Essas anotações indicam se o medicamento foi feito ou não, em qual horário ele foi administrado e se houve alguma intercorrência na administração. RDC 344 O regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial é aprovado pela portaria do Ministério da Saúde no. 344, de 12 de maio de 1998. Já o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação, é regulamentado pela Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), RDC n° 20, de 9 de maio de 2011. Controle especial (C1): A prescrição é realizada em duas vias ⇨ 1.ª via: retenção da farmácia; 2.ª via: orientação ao paciente. •Quantidade máxima por receituário: 05 ampolas para injetáveis e a quantidade correspondente a 60 dias de tratamento para outras formas farmacêuticas. •Antiparkinsonianos e anticonvulsivantes: quantidade correspondente a seis meses de tratamento. •Observação: A receita poderá conter no máximo três substâncias. Notificação de receita tipo a: • Para cadastro inicial, o médico deve-se dirigir à Vigilância Sanitária das Secretarias Municipais ou Regionais de Saúde para preencher a ficha cadastral com seus dados e carimbo. • Quantidade máxima por receituário: 05 ampolas para injetáveis e a quantidade correspondente a 30 dias de tratamento para outras formas farmacêuticas. Notificação de receita tipo b: • Para obter esse receituário, o profissional deve estar devidamente cadastrado e autorizado pela Vigilância Sanitária regional ou do município. Observação: durante uma emergência, a prescrição pode ser feita em receituário comum, devendo conter diagnóstico/CID e a justificativa do caráter emergencial do atendimento. •OS RECEITUÁRIOS TIPO A E B são, como o nome sugere, notificações da emissão de prescrição para medicamentos específicos. Portanto, devem ser acompanhadas por um receituário simples, uma vez que a via da notificação fica retida na farmácia e a via simples fica com o paciente, para comprovação de uso daquela medicação. Medicamentos sujeitos a Controle Especial Portaria 344 de 12 de maio de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde Preenchimento •Deve ser preenchido com letra legível, com clareza absoluta nas orientações de uso, evitando abreviações, como, por exemplo “01 cp’’; “01 comp’’; “VO’’, uma vez que o paciente pode não compreender a utilização correta da medicação, por desconhecimento. •O impresso deve conter, no cabeçalho: o nome e endereço do profissional ou da instituição onde trabalha, e o registro no conselho de medicina. •Devido à determinação legal, as medicações devem ser prescritas com o nome da sua forma genérica. Caso queira, o profissional médico poderá colocar entre parênteses, o(s) nome(s) sugeridos de marca. •Observação: O termo uso contínuo em vez da quantidade de apresentações necessárias possibilita o recebimento de maior quantidade de medicamentos, principalmente no tratamento de doenças, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. O carimbo O art. 35 da Lei 5.991/73 determina que o receituário possua data, assinatura do profissional, endereço do consultório/estabelecimento e o número de inscrição no conselho. •Dessa forma, conclui-se que não há exigência legal do carimbo do médico em receituário, apenas da assinatura com identificação clara do nome e respectivo número do CRM, sendo opcional na maioria das receitas. •Observação: As notificações de receitas de medicamentos controlados deverão ser carimbadas. Receituário em época de COVID-19 •Devido ao período atual, de pandemia, a ANVISA, através da RESOLUÇÃO – RDC Nº 357, resolveu estender a quantidade máxima, que podem ser adquiridas por cada receituário e permitir a entrega em domicílio de medicamentos sujeitos a controle especial, mantendo a regra de retenção de uma via. •Inicialmente a resolução tem validade de 6 meses, a contar a partir da data de sua publicação em 24/03/2020.
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