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Farmacologia- Prescrições médicas e RDC 344

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Prática moderna 
A prescrição consiste em sobrescrição, 
inscrição, subscrição, signa e nome e assinatura 
do médico que prescreve, todos incluídos em 
uma mesma folha impressa. 
- A sobrescrição inclui a data na qual a prescrição 
foi escrita; nome, endereço, peso e idade do 
paciente, e a prescrição propriamente dita 
(Tomar). 
- A inscrição, contém o nome e a quantidade ou 
concentração do fármaco a ser dispensado, ou 
o nome e a concentração de cada composto a 
ser preparado. 
- A subscrição é a instrução ao farmacêutico, 
que geralmente consiste em uma frase curta, 
como “preparar uma solução”, “misturar e 
acondicionar em 30 cápsulas” ou “dispensar 30 
comprimidos”. 
- O signa, ou Sig, é a instrução para o paciente 
sobre como ele deve usar a prescrição, 
interpretada e transcrita no rótulo da prescrição 
pelo farmacêutico. 
Prescrição de medicamentos 
 A prescrição de medicamentos é uma ordem 
escrita dada por profissional capacitado, e deve 
conter: 
•Data; nome; Hospital; UBS ou centro médico; 
•Nome do medicamento; 
•Dose do medicamento; 
•Horário e/ou intervalo das doses; 
•Via de administração do medicamento; 
•Assinatura e carimbo contendo o seu registro 
no conselho do médico; odontólogo, ou de outro 
profissional qualificado. 
•O nome do medicamento deve estar em letra 
legível. 
Os componentes de uma boa prescrição 
 1. Nome e endereço do profissional prescritor, 
ou da instituição onde trabalha; 
2. Nome e endereço residencial completo do 
paciente; Idade, quando necessário 
3. Nome genérico do medicamento; 
• Via de administração; 
• Dosagem; 
• Quantidade total a ser fornecida; 
• Forma Farmacêutica; 
• Apresentação do medicamento. 
4. Posologia; Duração total do tratamento. 
5. Data; Assinatura do profissional; 
Carimbo constando o número no Conselho 
Regional de Classe. 
6. Peso, altura do paciente. 
7. Orientações de repouso, dietas, possíveis 
reações adversas ou informações referentes ao 
tratamento, se necessário. 
 
 
 
Tipos de Prescrição Médica ou Receita médica: 
•Prescrição Padrão: Contém o quanto de 
medicamento o paciente deve receber e por 
quanto tempo, permanece em efeito por tempo 
indefinido ou por período especificado. 
•Prescrição Única: Deve conter a prescrição de 
um medicamento que o paciente deve usar 
apenas uma vez. 
•Prescrição Imediata: Deve conter a prescrição 
de um medicamento o qual o paciente deve 
receber imediatamente, em geral usada em 
problema urgente. 
•Prescrição Permanente: Contém a PM de 
forma permanente, essas prescrições são 
elaboradas e executadas por equipes de uma 
determinada instituição de saúde, sendo 
atualmente bem difundidas como protocolos. 
•Prescrição Verbal e Telefônica: Não é o tipo de 
prescrição médica ideal, deve ser evitada, pois 
este tipo traz riscos iminentes de erros, pode 
ocorrer em situações de urgência e deve ser 
transcrita pelo médico o quanto antes. 
Medicamentos sujeitos a Controle Especial 
A Portaria 344 de 12 de maio de 1998 da 
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da 
Saúde é a principal legislação nacional sobre o 
comércio de medicamentos sujeitos a controle 
especial. Nela, as substâncias estão distribuídas 
em listas que determinam a forma como devem 
ser prescritas e dispensadas. 
• Denominação Comum Brasileira (DCB) é a 
denominação do fármaco ou princípio 
farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão 
federal responsável pela vigilância sanitária (Lei 
n.° 9.787/1999). Atualmente, com o advento do 
registro eletrônico, adquiriu uma concepção mais 
ampla e inclui também a denominação de 
insumos inativos, soros hiperimunes e vacinas, 
radiofármacos, plantas medicinais, substâncias 
homeopáticas e biológicas. 
• Denominação comum internacional (DCI) 
ou International Nonproprietary Names 
(INN): É a denominação do fármaco ou princípio 
farmacologicamente ativo, de acordo com a 
Organização Mundial de Saúde – OMS (Lei 
9787/1999; Decreto n.° 3.961/2001; Resolução – 
RDC n.° 84/2002)), que identifica a substância por 
um nome genérico, de uso público e 
reconhecimento global. Cada denominação 
apresenta-se em diversos idiomas, como o latim, 
espanhol, francês, inglês e russo. A finalidade da 
Denominação Comum Internacional é conseguir 
uma boa identificação de cada fármaco no 
âmbito mundial. A DCI não tem caráter oficial, a 
menos que a autoridade sanitária de um 
determinado país a aceite assim. O país pode 
acatá-la em sua totalidade ou com certas 
variações. As denominações genéricas oficiais 
nos Estados Unidos, no Reino Unido, no Japão e 
nos outros países que reconhecem a 
Farmacopeia Europeia recebem o nome de 
USAN, BAN, JAN e Farmacopeia Europeia, 
respectivamente. 
Significado das Tarjas de 
Medicamentos 
Medicamentos sem tarja 
São isentos de prescrição médica, ou seja, não 
necessitam de receita médica para serem 
adquiridos. 
Com retenção de receita 
Entre os medicamentos que necessitam de 
prescrição médica, alguns possuem um controle 
especial dos órgãos sanitários do governo, 
devendo ter a sua prescrição retida no 
momento da compra. 
Apresentam TARJA VERMELHA ou TARJA 
PRETA na embalagem contendo o seguinte 
texto: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SÓ 
PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA 
RECEITA 
 
 
Sem retenção de receita 
Apresentam TARJA VERMELHA na embalagem 
contendo o seguinte texto: VENDA SOB 
PRESCRIÇÃO MÉDICA. 
Tarja amarela 
Deve constar na embalagem dos medicamentos 
genéricos e deve conter a inscrição G e 
Medicamento Genérico escritos em azul. 
 
-Sem tarja: Isentos de prescrição, venda livre; 
-Tarja vermelha: já tem efeitos adversos mais 
significativos, precisa de conhecimento maior 
para ser prescrito, sob prescrição médica; 
-Tarja preta: efeitos adversos no SNC, são 
psicoativos e que podem desenvolver 
dependência ou potencial de abuso. 
E nesse contexto, sejam sob prescrição ou não 
– temos os medicamentos de referência, 
genéricos ou similares 
 
Prescrições 
São dois tipos de prescrição médica: 
•Ambulatorial: receita simples; e 
•Hospitalar: a prescrição médica hospitalar é um 
documento com todas as condutas que o 
médico deve passar para um paciente (exceto 
solicitações de exames) a partir do momento em 
que ele é internado ou mesmo em observação 
por um curto período em um hospital. 
Após a internação o paciente será 
supervisionado com base em um roteiro padrão 
que inclui: 
•dieta, repouso, as drogas a serem utilizadas, 
entre outros aspectos que iremos discorrer mais 
adiante. 
•essa ordem pode sofrer alterações a depender 
do problema do paciente. Entretanto, 
compreender que as condutas obedecem a um 
arranjo de itens na prescrição facilita seu 
preenchimento. 
A prescrição médica hospitalar é um documento 
onde vai ficar registrado tudo que foi feito, 
contendo: o carimbo, assinatura e CRM do 
médico e irá guiar todo o cuidado com o 
paciente. O que direciona e facilita servir tanto 
para os outros profissionais de saúde 
identificarem (e executarem) as condutas 
previamente escritas pelo médico, quanto para 
os outros residentes, médicos e internos que 
sucederem no cuidado com o paciente. Deste 
modo, a ficha facilita a sistematização do 
raciocínio, diminuindo a chance de 
esquecimentos dos itens e simplificando o 
trabalho da equipe multidisciplinar. 
Prescrição-utilização 
Essa ferramenta ficará disponível para todo o 
serviço de saúde do hospital em que esteja 
envolvida no cuidado ao paciente da prescrição 
feita. Deste modo, após realizada, uma via será 
entregue a farmácia e outra para o serviço de 
enfermagem, onde eles saberão exatamente as 
condutas que deverão ser realizadas. Todos os 
profissionais de saúde que se relacionam com o 
caso em questão, principalmente a equipe de 
enfermagem e técnicos, mas também o 
nutricionista, fisioterapeutas, farmacêuticos, 
fazem mão destedocumento. 
Os locais a se utilizar a prescrição médica são os 
Hospitais, unidades de emergência (UPA, 
hospitais, UBS), UTI, enfermarias. 
Qualquer paciente que precisar receber cuidados 
em ambiente hospitalar. Utiliza-se não 
necessariamente em casos de internação, e sim, 
para qualquer ação médica ou observação. 
No momento em que o paciente entra na 
emergência e o médico define uma conduta, já 
deve ser feita a prescrição inicial. Porém, essa 
lista pode ser ampliada e mais complexa em 
casos de internação cujo paciente ficará sob 
observação por um período maior. 
Prescrição-Organização 
A ficha de prescrição médica hospitalar varia em 
aspecto de hospital para hospital, porém, os 
dados a serem preenchidos estabelecem um 
padrão. Como uma forma de facilitar sua 
estrutura, podemos dividi-la em três 
componentes: A, B e C. As informações médicas 
contidas na prescrição podem ser sempre 
atualizadas assim que necessário: acrescentando, 
ajustando ou retirando medicações (dentro do 
horário vigente), ou sendo renovada (se já tiver 
passado o horário que o hospital em questão 
preconizou). 
 Hospitalar 
 
 
O preenchimento deve ser com clareza e deve-
se evitar abreviaturas/rasuras e indicações de “se 
necessário” na prescrição dos fármacos uma vez 
que a prescrição hospitalar é um ato de 
responsabilidade exclusiva do médico e não pode 
ser delegada a outros profissionais. Ademais, nem 
sempre um paciente que tiver febre, por 
exemplo, será submetido ao uso de um 
antitérmico “padrão”. 
 
•Como uma forma de facilitar o trabalho da do 
farmacêutico e da enfermagem, é de suma 
importância que os medicamentos sejam 
agrupados de acordo com a via de administração. 
1º Item: repouso, dieta: A prescrição inicia-se no 
repouso e na dieta justamente por conta de sua 
complexidade. A dieta pode variar quanto a sua 
via de administração (enteral, parenteral, oral), 
quanto a sua apresentação (branda, pastosa, 
líquida, normal etc.), na composição (hipercalórica, 
isenta de lactose, livre etc.) e no fracionamento. 
Por este motivo, é de extrema importância o 
contato com o nutricionista em vista da 
necessidade de uma boa relação com a equipe 
multidisplicinar ao longo dos cuidados com o 
paciente. 
seta horizontal (→) é para relembrarmos as 
características mais importantes para cada item 
prescrito. Neste ponto é importante detalhar a 
posologia e a apresentação da medicação a ser 
prescrita. 
 
3º Item: controles gerais e específicos 
Nesta parte os cuidados gerais/específicos do 
paciente, se indicado: 
•Monitorização dos dados vitais de 6/6hrs; 
•Controle glicêmico, balanço hídrico (diurese), 
fisioterapia respiratória e motora, estímulo oral 
(fonoaudiologia); 
•Profilaxia para tromboembolismo: 
incentivaremos deambulação, meias de 
compressão ou medicamentos; 
•Prevenção de úlcera: vamos supor que o 
paciente está em decúbito dorsal absoluto e não 
deambula; neste caso poderemos pedir a 
mudança de decúbito ou solicitar uso de 
medicamentos; 
•Antiemético/laxante: muitos medicamentos 
cursam com náusea e vômitos; nestes casos 
deveremos prescrever medicações para evitar 
tais episódios. 
Observar que no componente B ainda temos um 
espaço destinado a anotações da enfermagem: 
o aprazamento/evolução. Essas anotações 
indicam se o medicamento foi feito ou não, em 
qual horário ele foi administrado e se houve 
alguma intercorrência na administração. 
RDC 344 
O regulamento técnico sobre substâncias e 
medicamentos sujeitos a controle especial é 
aprovado pela portaria do Ministério da Saúde no. 
344, de 12 de maio de 1998. Já o controle de 
medicamentos à base de substâncias 
classificadas como antimicrobianos, de uso sob 
prescrição, isoladas ou em associação, é 
regulamentado pela Resolução da Diretoria 
Colegiada da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA), RDC n° 20, de 9 de maio de 
2011. 
Controle especial (C1): A prescrição é realizada 
em duas vias ⇨ 1.ª via: retenção da farmácia; 2.ª 
via: orientação ao paciente. 
•Quantidade máxima por receituário: 05 ampolas 
para injetáveis e a quantidade correspondente a 
60 dias de tratamento para outras formas 
farmacêuticas. 
•Antiparkinsonianos e anticonvulsivantes: 
quantidade correspondente a seis meses de 
tratamento. 
•Observação: A receita poderá conter no 
máximo três substâncias. 
Notificação de receita tipo a: 
• Para cadastro inicial, o médico deve-se dirigir à 
Vigilância Sanitária das Secretarias Municipais ou 
Regionais de Saúde para preencher a ficha 
cadastral com seus dados e carimbo. 
• Quantidade máxima por receituário: 05 
ampolas para injetáveis e a quantidade 
correspondente a 30 dias de tratamento para 
outras formas farmacêuticas. 
Notificação de receita tipo b: 
• Para obter esse receituário, o profissional deve 
estar devidamente cadastrado e autorizado pela 
Vigilância Sanitária regional ou do município. 
Observação: durante uma emergência, a 
prescrição pode ser feita em receituário 
comum, devendo conter diagnóstico/CID e a 
justificativa do caráter emergencial do 
atendimento. 
•OS RECEITUÁRIOS TIPO A E B são, como o 
nome sugere, notificações da emissão de 
prescrição para medicamentos específicos. 
Portanto, devem ser acompanhadas por um 
receituário simples, uma vez que a via da 
notificação fica retida na farmácia e a via simples 
fica com o paciente, para comprovação de uso 
daquela medicação. 
Medicamentos sujeitos a Controle Especial 
Portaria 344 de 12 de maio de 1998 da Secretaria 
de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde 
 
 
Preenchimento 
•Deve ser preenchido com letra legível, com 
clareza absoluta nas orientações de uso, evitando 
abreviações, como, por exemplo “01 cp’’; “01 
comp’’; “VO’’, uma vez que o paciente pode não 
compreender a utilização correta da medicação, 
por desconhecimento. 
•O impresso deve conter, no cabeçalho: o nome 
e endereço do profissional ou da instituição onde 
trabalha, e o registro no conselho de medicina. 
•Devido à determinação legal, as medicações 
devem ser prescritas com o nome da sua forma 
genérica. Caso queira, o profissional médico 
poderá colocar entre parênteses, o(s) nome(s) 
sugeridos de marca. 
•Observação: O termo uso contínuo em vez da 
quantidade de apresentações necessárias 
possibilita o recebimento de maior quantidade de 
medicamentos, principalmente no tratamento de 
doenças, como hipertensão arterial sistêmica e 
diabetes mellitus. 
O carimbo 
O art. 35 da Lei 5.991/73 determina que o 
receituário possua data, assinatura do profissional, 
endereço do consultório/estabelecimento e o 
número de inscrição no conselho. 
•Dessa forma, conclui-se que não há exigência 
legal do carimbo do médico em receituário, 
apenas da assinatura com identificação clara do 
nome e respectivo número do CRM, sendo 
opcional na maioria das receitas. 
•Observação: As notificações de receitas de 
medicamentos controlados deverão ser 
carimbadas. 
Receituário em época de COVID-19 
•Devido ao período atual, de pandemia, a 
ANVISA, através da RESOLUÇÃO – RDC Nº 357, 
resolveu estender a quantidade máxima, que 
podem ser adquiridas por cada receituário e 
permitir a entrega em domicílio de 
medicamentos sujeitos a controle especial, 
mantendo a regra de retenção de uma via. 
•Inicialmente a resolução tem validade de 6 
meses, a contar a partir da data de sua 
publicação em 24/03/2020.

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