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Fenômenos Transformativos - Tanatologia

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Medicina Veterinária 
Tanatologia 
Ramo da patologia que estuda a morte!
Com o exame pós-morte é possível definir 
quais condições levaram o animal a morte. Porém, 
para isso, é preciso conhecer o conceito de morte 
e quais são os fenômenos cadavéricos. 
 Morte: “Ruptura do equilíbrio biológico e 
físico-químico, fundamentais à 
manutenção da vida, caracterizando-se 
pela cessação dos fenômenos vitais 
decorrente da perda das funções 
cerebrais, respiratória e circulatória.”; 
 Os fenômenos cadavéricos se classificam 
em abióticos (sem agentes biológicos) e 
transformativos (com agentes biológicos). 
 
Fenômenos Transformativos 
Classificam-se em fenômenos destrutivos e 
fenômenos conservadores; 
 Destrutivos: Promove completa destruição do 
cadáver e redução esquelética  Suas 
alterações conduzem a decomposição do 
cadáver. 
 Autólise 
 Putrefação 
 Maceração 
 Conservadores: Mantém as características 
gerais do cadáver. 
 Mumificação 
 Saponificação 
 Calcificação 
 
DESTRUTIVOS 
Autólise 
 Quando a célula morre, ela libera enzimas 
presentes em seus lisossomos que darão 
inicio ao processo de autólise. É 
desencadeado de forma gradativa a auto 
digestão tissular; 
 Inicia poucas horas após a morte, ainda na 
fase abiótica e persiste até a fase 
transformativa; 
 Causa profundas alterações nas estruturas 
dos tecidos; 
 Começa com as células nervosas, seguida 
pelo trato intestinal e epitélios 
especializados de vísceras. Pele, tecido 
fibroso, cartilagens e ossos apresentam 
maior resistência a esse fenômeno. 
 
Putrefação 
 Decomposição da matéria, 
“apodrecimento”; 
 Surge quando encerra o rigor mortis; 
 Produz sulfometahemoglobina  Gás 
sulfídico + hemoglobina, fruto dos gases 
Exame pós-morte = necropsia. 
Possuem ação 
autolítica e 
bacteriana. 
 
Medicina Veterinária 
produzidos pelas bactérias associados com a 
hemoglobina pela hemólise; 
 Em vida, o intestino possui uma microbiota 
mantida em seu interior, elas garantem que 
caso algum microorganismo ultrapasse as 
barreiras do intestino, sejam rapidamente 
destruídas. Porém, quando no cadáver os 
microorganismos conseguem ultrapassar essa 
barreira e facilmente invadir outros tecidos e 
se multiplicarem. O metabolismo bacteriano 
começa a produzir gases, o que quando em 
cavidades fechadas geram uma pressão capaz 
de empurrar o sangue contendo bactérias 
que vai se difundindo pelo organismo e 
formando o que chamamos de “circulação 
cadavérica” ou post-mortem. Essa circulação 
é passiva e capaz de estabelecer a 
generalização da putrefação; 
 
 
 O desenvolvimento da putrefação varia 
conforme condições extrínsecas e intrínsecas: 
 Temperatura: Quando inferior a 0°, o 
cadáver é conservado quase 
totalmente. Pouco maior que 25° 
acelera o processo. 
 
 
 Grau de umidade: Quanto maior o grau 
de umidade mais rápido será os 
fenômenos putrefativos, porém em 
graus muito elevados, como em 
submersão, o processo é 
retardado. 
 Higiene dos locais: Influencia devido a 
maior ou menor grau de 
contaminação. 
 Condições intrínsecas: Doenças 
desidratantes, morte rápida ou por 
asfixia (favorece o processo), doenças 
toxêmicas e septicêmicas, 
cobertura tegumentar (pode vir a 
serem isolantes térmicos). 
 Idade (mais rápida em jovens) e 
estado de nutrição também podem 
influenciar, porém de forma menos 
acentuada. 
 Período de Coloração: É o primeiro a aparecer. 
 Com coloração esverdeada, devido 
a presença de 
sulfametahemoglobina. 
 No fígado pode apresentar 
embebição biliar, devido a difusão 
da bile através da parede da 
mucosa, tingindo a superfície do 
parênquima hepático. 
 Manchas presentes na parede 
abdominal e nas serosas intestinais. 
 Período Gasoso: Inicia no intestino, pela 
fermentação do conteúdo ali  
Timpanismo 
abdominal/meteriorismo 
cadavérico (acumulo de gases). O 
timpanismo pos-mortem se 
diferencia do em vida devido a 
ausência de alterações circulatórias 
nos órgãos abdominais e torácicos. 
Acontece também o que é 
chamado de macrossomia 
cadavérica, estado em que o 
animal fica em “posição de lutador” 
Isso não acontece com fetos e recém nascidos, pois eles possuem um 
intestino estéril. Animais tratados a muito tempo com antibiótico 
oral também entram nessa exceção. 
 
Para que seja possível fazer uma necropsia com correta 
interpretação dos fatos é importante que o animal não tenha 
sido congelado, pois isso inviabiliza algumas alterações. O ideal 
é manter o corpo refrigerado, de forma que as bactérias sejam 
desaceleradas, mas ainda assim mantidas. 
 
 
Medicina Veterinária 
devido ao gás formado dentro de 
seus vasos, isso faz com que os 
globos oculares também fiquem 
expandidos. 
 Período Coliquativo (fusão pútrida): Os 
odores ficam mais intensos, 
especialmente quando os gases 
acabam as partes moles perdem 
sua estrutura e tendem a reduzir 
de tamanhos. 
 Período de Esqueletização (redução esquelétiva): 
Acontece conforme as partes 
moles sofrem com a coliquação e 
resta apenas a estrutura óssea. 
 
Maceração 
Processo séptico especial que acontece após 
a putrefação, na qual as partes moles se soltam 
dos ossos. 
 
CONCERVATIVOS 
Saponificação 
 Transformação do cadáver em substancia 
de consistência untuosa (gordurosa), mole e 
quebradiça, com tonalidade amarela 
escuro lembrando cera ou sabão; 
 O corpo deve estar em um meio com 
umidade e sem ventilação; 
 Tende a conservar o cadáver da 
decomposição; 
 Aparece em um estagio já avançado da 
putrefação, quando as enzimas bacterianas 
hidrolisam as gorduras neutras; 
 O fenômeno varia conforme o sexo, idade, 
patologias e obesidade. 
 
Mumificação 
 Quando em condições de desidratação, 
que impeça a ação microbiana; 
 Comum em cadáveres expostos ao ar e 
em regiões quentes, com rápida perda de 
água do corpo; 
 Será mais evidente em animais que 
morrem desidratados e desnutridos; 
 Cadáver apresenta redução de peso, pele 
dura, seca e enrugada e sua coloração 
enegrecida. Os dentes e anexos cutâneos 
são bem conservados; 
 Os tecidos moles endurecem ao invés de 
se decomporem. 
 
Calcificação 
 Raro na medicina veterinária; 
 Ocorre a petrificação ou calcificação de 
partes do cadáver, geralmente por estar 
exposta a grande quantidade de sais de 
calcários; 
 Pode ser visto em cadáveres encontrados 
em cavernas com solo rico em calcário ou 
cursos de água rica em sais de cálcio. 
 
 
 
 
 
Medicina Veterinária 
REFERÊNCIAS 
BANDARRA, Enio; SEQUEIRA, Júlio. Tanatologia: fenômenos cadavéricos transformativos. Revista de 
Educação Continuada CRMV-SP, São Paulo, volume 2, fascículo 1, p.59-63, 1999. Disponível em: 
https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/download/3363/2567. Acesso em: 20 de 
junho de 2021.

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