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AULA 4 - Patologias do sistema reprodutor feminino 25-08 01-09

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25/08/2020
ANATOMIA PATOLOGICA – 2º SEMESTRE 2020
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO:
· Anomalias de desenvolvimento:
- Hermafroditismo: 
- Alterações do desenvolvimento genital, que dá ao animal características masculinas e femininas. 
- Suínos, caprinos, cães, caprinos e felinos, são os mais acometidos, respectivamente.
- Gônadas: ovários e testículos. A classificação se baseia nisso.
- Hermafrodita verdadeiro: presença de testículo e ovário (tecido gonodal de ambos os sexos); ou ovoteste (uma única gônada que possui tecido testicular e ovariano).
· Grande produção de testosterona.
- Pseudo-hermafrodita: gônadas de um sexo e genitália tubular e externa de outro sexo. Genitália externa com características ambíguas (pode aparecer hipertrofia de clitóris, pseudo bolsa escrotal).
- Freemartismo:
-Intersexo comum em bovinos (só acomete essa espécie), desenvolve-se quando a gestação gemelar de heterosexos (masculino e feminino).
-A gestação do macho é mais rápida, portanto parte da testosterona produzida durante o desenvolvimento gestacional é passada para a fêmea, ocasionando características masculinas nessa fêmea gemelar. 
- 92% das femeas nascidas de gestação gemelar é freemartin, esses animais costumam ser estéreis (ovotesteis no lugar de ovários, vulva e vagina subdesenvolvidas, hipertrofia de clitóris, genitais internas rudimentares ou ausentes). 
- A fêmea torna-se masculinizada.
- Os machos tendem a ter maior susceptibilidade a degeneração testicular.
· OVÁRIOS:
-Anomalias de desenvolvimento: 
- Hipoplasia ovariana:
- Desenvolvimento incompleto de um ou ambos os ovários, podendo ser parcial ou total.
- Em bovinos, é comum que essa hipoplasia seja unilateral do ovário esquerdo.
- Quando unilateral, não causa infertilidade, mas grande dificuldade de engravidar. Quando bilateral, obviamente ocorre infertilidade.
- Ovário acessório
Uma ou mais gônadas adicionais, que é unido a goônada principal através de um septo conjuntivo.
- Ovário supranumérico: 
Uma ou mais gônadas adicionais, porém, completamente independente das gônadas principais. Não produz hormônios, a não ser que os ovários principais sejam retirados, ou então parem de produzir hormônios.
OBS: síndrome do ovário remanescente – quando a fêmea possui ovário supranumerico, é submetida a castração, mas não ocorre a retirada do ovário a mais (normalmente não se é sabido que ele está lá). 
- Ovário acessório e supranumerico: afuncionais, a não ser na ausência das gônadas principais; apresentam importância clinica apenas quando não retirados na OSH.
- Degeneração circulatória
- Hemorragia pós ovulação: 
- Na égua é muito mais significativa, pois desenvolve corpo hemorrágico de grandes dimensões. 
- Durante a ovulação, a ruptura do folículo ovulatorio leva a hemorragia.
- Sangue causa aderência de órgãos aos ovários, causando muita dor.
- Solução é retirada da causa (o ciclo ovulatorio): castração ou drogas que inibem os ciclos.
- Alterações inflamatórias
- Ooforite ou ovarite: 
- Brocesso inflamatório do ovário.
- Bactérias e vírus.
- Aderências entre tuba uterina e ovário.
- Tuberculose, brucelose, diarreia viral bovina, herpevirus bovino tipo 1.
- Periooforite:
- Inflamação nos tecidos envolta dos ovários.
- Processos inflamatórios ascendentes do trato genital.
- Alterações proliferativas:
- Neoplasias ovarianas: 
Ovário possui vários tipos de tecidos, então é importante enviar para histopatológico para definir qual é a neoplasia.
-TCG (tumor de células da granulosa): comum em vacas e éguas; benigno e unilateral, geralmente. Causa aumento de produção de estrógeno ou testosterona. Causa ninfomania, virilismo (masculinizarão) e anestro. 
- Macro: superfície lisa ou irregular, tecido branco ou amarelo, ao corte é solido, cístico ou policístico (necessário de histopatológico para definir corretamente o que é).
- Vacas: corpúsculo de Call-Exner
- Teratoma: acomete animais mais jovens, benigno; não tem influência na função reprodutiva.pode se originar das 3camadas embrionárias (ectoderma, mesoderma ou endoderma – neoplasias de vários tipos de tecido, por exemplo, ossos, pele, etc).
· Tubas uterinas:
- Anomalias do desenvolvimento:
- Aplasia segmentar: 
- Falta de desenvolvimento em um ou mais segmentos da tuba uterina, ou seja, não tem o desenvolvimento completo.
- Pode ser uni (subfertilidade- dificuldade para prenhez) ou bilateral (infertilidade).
- Agenesia:
- Ausência de formação de uma ou ambas tubas uterinas.
- Comum em animais freemartin e hermafroditas – grande produção de testosterona. 
- Alterações degenerativas
- Hidrossalpinge: 
- Acúmulo de transudato na tuba uterina, com consequente dilatação. 
- Obstrução congênita ou adquirida – fibrose do estroma em decorrência de processo inflamatório. 
- Perda de células secretórias e cílios em decorrência de longos períodos de inflamação. 
- Alterações inflamatórias:
- salpingite:
- Inflamação da tuba uterina.
- Infecção bacteriana ascendente – causado, normalmente, por endometrite.
· Útero: 
- Anomalias do desenvolvimento
- Aplasia segmentar do corpo do útero: 
- Hereditária – desenvolvimento incompleto na fase embrionária. 
- Útero unicorno: presença de apenas um corno uterino, ou seja, aplasia unilateral total (um corno uterino e metade do corpo do útero não é presente).
- Parcial: ausência de desenvolvimento de um segmento do útero.
- Útero duplo (útero duplex ou útero didelfo):
- Dois cornos uterinos independentes (são separados), com duas cervix e ausência do corpo do útero.
- A maioria das coelhas possui essa alteração.
Atividade reprodutiva normal por monta natural, porém, para inseminação artificial são subférteis, a gestação só vai acontecer se a inseminação for realizada no útero do lado que houve a ovulação.
- Dupla cérvix (dupla abertura caudal da cérvix):
- Dois canais independestes que se comunicam com a vagina e o corpo do útero.
- Não compromete fecundação e gestação, mas pode predispor a distocia na hora do parto (o feto pode introduzir os membros em diferentes canais cervicais (cada membro em um lado da cérvix).
Raramente, um dos canais cervicais não apresenta comunicação com o corpo do útero, denominado de fundo cego, ocasionando infertilidade por inseminação artificial.
- Hipoplasia uterina:
- Subdesenvolvimento do útero 
- Comum em animais freemartin ou hermafrodita, pois a testosterona faz com que o útero involua.
01/09/2020
- Alterações de posicionamento (distopias):
- Torção uterina:
-Mais relatado em animais de grande porte, principalmente em vacas com gestação gemelar (útero muito grande, pesado, aí com a movimentação do animal pode acabar torcendo);
- Gestação adiantada (no final da gestação, quando o feto é muito grande);
- Piometra, mucometra, hemometra ou hidrometra (acumulo de secreções no útero);
- Cadelas e gatas normalmente afeta o corno uterino (conformação do útero é diferente, pois a gestação é de vários filhotes) - normalmente apenas um corno uterno é acometido;
- Pode haver comprometimento circulatório, ocasionando isquemia (congestão acentuada e desvitalização da parede) e óbito dos filhotes;
- necrose: do útero e de filhotes, devido a isquemia prolongada, podendo gerar choque séptico na mãe.
- Prolapso uterino:
- Inversão ou exposição do útero através da vagina (desvitalização do tecido, vagina comprime a parte exposta, causando isquemia e necrose rapidamente);
- Acontece principalmente em animais de grande porte, principalmente vacas – grande tamanho do útero; pode ocorrer na hora do parto (fetos grandes);
- Ocorre principalmente no período pós-parto imediato;
- Em cadelas, está muito ligado em uso de anticoncepcionais;
- Distopia: força demais para expulsão de fetos grandes;
- Retenção de placenta: quando a placenta não se desloca totalmente do útero depois do parto;
- Hipocalcemia pós-parto: cálcio é importante para contração, se está em hipocalcemia, precisa de mais força para expulsar o feto;
- Cio do potro: descarga de hormônios, fazendo com que o útero tenha mais trabalho (normalmente entre 6-10 dias por parto)
- Éguas com cólica(força para expulsar os gases presente no intestino, podendo prolapsar o útero)
- Consequências: edema, congestão, isquemia, necrose da parede do útero (e lacerações por urubus – animais de vida livre; animais muito debilitados acabam tendo o tecido prolapsado sendo comido por urubus).
- ANIMAIS DE PRODUÇÃO, QUE SÃO UTILIZADAS PARA GESTAÇÃO, NORMALMENTE SÃO EUTANAZIADAS AO INVES DE SE OPTAR PELA OSH!!!
- Hérnia inguinal: 
- Geralmente, tem envolvimento do corno uterino envolto pela hérnia (normalmente em animais gestantes, pôr o útero estar maior);
- Comum em cadelas;
- Na maioria dos casos, não há alterações circulatórias significativas;
- Em caso de gestação, pode ocorrer distocia, pela implantação fetal no segmento herniado (filhote ficar preso na hérnia inguinal).
- Alterações inflamatórias:
- Classificação de acordo com a localização: 
- Endometrite: endométrio
- Miometrite: miométrio
- Perimetrite: perimétrio
- Metrite: toda a parede do útero (endo, mio e perimétrio)
- Cervicite: cérvix
- Classificação de acordo com o exsudato:
- Mucopurulento: presença de muco e pus
- Purulento: presença de pus (maioria dos casos, devido a presença de bactérias)
- Fibrinoso
- Hemorrágico
- Endometrite: via hematogena (sanguínea) ou ascendente (trato reprodutor baixo – infecção na vagina); pode acontecerpor consequência de vírus, bactérias (maioria dos casos), fungos e parasitos.
- PIOMETRA: 
- ACUMULO DE MATERIAL PURULENTO DENTRO DO LUMEN UTERINO (PUS DENTRO D UTERO);
- Aberta: abertura da cervix; exsudato fétido escorrendo pela vulva; diagnostico mais fácil.
- Fechada: cervix não aberta; só perceptível quando animal começa a entrar em choque.
- Associação de hormônios (principalmente a progesterona - anticoncepcionais) associado ao espessamento do endométrio e presença de bactérias = desenvolvimento de piometra.
- Tratamento é a realização da OSH (castração), caso não seja realizado, pode ocasionar óbito. 
Alterações proliferativas: 
- Hiperplasia endometrial cística:
- Processo não neoplásico!!!
-Ocorre principalmente em cadelas;
Causas:
• Vacas: hiperestrogenismo;
• Pequenos ruminantes: Ingestão de plantas fitoestrogênicas
• Cadela e gata: Hiperestrogenismo ou hiperprogesteronismo (injeções anticio – anticoncepcionais)
Como consequência: cistos (tem que ser maleável) no lumen do útero, fazendo com que as secreções não consigam ser eliminadas e proliferando as bactérias normais ali.
- Leiomioma uterino:
- Neoplasia mais comum, sendo benigna (sem caráter infiltrativo e metastático)
- Comum em cadelas idosas não castradas;
Possui crescimento hormônio dependente, ou seja, o tratamento é a castração (em humanos, é feito apenas a realização da retirada dos ovários, para diminuir produção de hormônios).
- Adenocarcinoma: 
- Normalmente acontece em 	 vacas idosas, normalmente de leite
- Origem epitelial
- Metástase em linfonodos regionais, pulmão e fígado
- Consistência firme (possível segurar sem que ocorra abaulamento), vários nódulos, de aspecto não lucente. 
- UTERO GESTANTE:
- ABORTO: expulsão do feto inviável antes do período normal da gestação!
- MUMIFICAÇÃO: Acontece quando a morte fetal não é acompanhada da expulsão do feto e o ambiente uterino permanece livre de contaminação bacteriana (bactérias não fazem digestão dos tecidos do feto, mantendo-os preservados/intactos, porem ressecados).
- MACERAÇÃO FETAL: Acontece quando a morte fetal não é acompanhada da expulsão do feto e há contaminação bacteriana do ambiente uterino que resulta na putrefação dos tecidos moles do feto – só restam os ossos, pois as bactérias fazem a digestão do restante dos tecidos!
- NATIMORTALIDADE: Morte fetal de uma gestação a termo (expulsão do feto no tempo certo de gestação) seguida de expulsão normal pelo parto.
· Vulva e vagina: 
- Leiomioma vaginal:
- Neoplasia mais comum na cadela
- Benigna
- Nódulos brancos, firmes e bem delimitados
- Possui crescimento hormônio-dependente
- TVT (tumor venéreo transmissível)
- Transmissão venérea (coito) ou contato com as feridas ou exsudatos – desenvolvimento de neoplasias em trato reprodutor, cutâneo, ou onde quer que possa ter encostado. Ou seja, de fácil implantação, tanto em conjuntiva como em pele
- Nódulos muito friáveis e hemorrágicos – desmancha facilmente ao toque!
- Neoplasia maligna, exclusiva para cães; potencial metastático, apesar de ser difícil acontecer
- Fibropapiloma vaginal:
- Comum em bovonos, 
Transmissão venérea, então acontece em área vaginal, e área de prepúcio e pênis.
Viral (papiloma vírus)
- Carcinoma de células escamosas: 
- Comum em vacas, principalmente em vacas de coloração clara ou albinas (vulva despigmentada não tem proteção contra radiação solar)
- MELANOMA: 
- Mais comum em éguas com pelagem tordilha (clara);
- Nódulos pigmentados (melanina presente nos nódulos);
- Maligno, com grande potencial metastático!
· GLÂNDULA MAMÁRIA
Anomalias do desenvolvimento
TETO SUPRANUMERÁRIO
- Na maioria dos casos está restrito a pele – sem componente glandular, portanto, não causa alterações ou disfunções.
Alterações inflamatórias
MASTITE (MAMITE)
- Inflamação da glândula mamária, extremamente dolorosa.
- Comum em vaca de leite, por precisar estar sempre em lactação
- Diminui o potencial produtivo (dor, então a vaca não permite manipulação; edema, diminuindo o espaço de saída do leite)
- Ocorre por via ascendente (maioria dos casos; falta de higiene na hora da manipulação – antes e depois da ordenha) e hematógena.
- Mastite subclínica: alterações histológicas no parênquima mamário e aumento na contagem de células somáticas (ainda não é possível observar alterações macroscópicas/olho nu). 
- Mastite clínica: alterações macroscópicas; exsudato purulento, fibrinoso e hemorrágico.
Agentes mais habituais: Streptococcus spp. (facilmente dissipada sua contaminação, quando presente em uma vaca, precisa ser retirada de ordenha), Staphylococcus spp. (normal na microbiota da pele), Escherichia coli, Enterobacter sp., Klebsiella sp., Proteus sp.
- Alterações proliferativas
- NEOPLASIA MAMÁRIA
Raro em bovinos, ovinos, caprinos e equinos
- Cadela: muito comum; carcinomas são os mais frequentes
- Cadela e gata: hormônio-dependente – castração precoce diminui exposição a hormônios, então, teoricamente, diminui as chances de desenvolvimento de neoplasias dependentes desses hormônios.
- Progestágenos (contraceptivos) e estrógenos (abortivos) na cadela: predispõe ao desenvolvimento neoplásico, hiperplasia endometrial cística e piometra.
- Progestágenos em gatas: hiperplasia fibroadenomatosa

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