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Mandado de Segurança

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
CAMPUS IV – JACOBINA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS 
 
 
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MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO 
 
 
1. Introdução. 
 
Este curso tem como objetivo apresentar aos estudantes e aos profissionais que lidam 
com o Direito diariamente, toda a disciplina jurídica do mandado de segurança 
individual e coletivo, abordando as condições de tal ação e os correspondentes 
pressupostos processuais, de uma maneira fácil e aprofundada, sem descuidar dos 
recursos que podem ser utilizados para combater as decisões lançadas nesta ação. 
 
O mandado de segurança ou ação mandamental é chamado em inglês de writ of 
mandamus. Trata-se de uma ação civil de natureza constitucional que, nos termos do 
Art. 5º, LXIX, da CRFB/1988, visa proteger direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de 
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
de Poder Público. 
 
A norma constitucional aqui referida é, atualmente, regulada pela Lei nº. 
12.016/2009, cujo Art. 1º assevera: Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver 
justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as 
funções que exerça. 
 
O mandado de segurança é direito público subjetivo de ação, que funciona como 
verdadeira garantia constitucional contra a violação dos direitos fundamentais por ato 
do Estado ou de seus delegados. 
 
Na modalidade coletivo, o mandado de segurança está previsto no Art. 5º, LXX, da 
CRFB/1988, assim redigido: 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 
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Afora outros aspectos diferenciadores, a ação mandamental coletiva destina-se a 
defesa dos direitos coletivos, transindividuais. É sua norma reguladora, qual seja, o 
Art. 21 e seu parágrafo único, da Lei nº. 12.016/2009, que lhe dá contornos mais 
precisos, inclusive quanto ao entendimento do que seja direito coletivo: 
 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com 
representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus 
integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de 
direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos 
seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização 
especial. 
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de 
que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem 
comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros 
do impetrante. 
 
É importante asseverar, por fim, que o mandado de segurança, em sendo utilizado 
para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas 
data, atingido ou em vias de o ser por ato ilegal ou abusivo de poder de autoridade 
pública ou de agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público, 
é medida que deve ser levada ao conhecimento do Judiciário de forma urgente, 
devendo ter prioridade de tramitação sobre as demais ações (inclusive os recursos 
dele derivados), exceto o habeas corpus (Art. 20 da Lei nº. 12.016/2009), daí a razão 
de poder ser impetrado por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de 
autenticidade comprovada, podendo o juiz notificar a autoridade coatora, inclusive 
sobre o deferimento da liminar, por tais meios (telegrama, radiograma ou outro meio 
que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade), 
sendo que o texto original da inicial deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis 
seguintes à impetração do mandamus (Art. 4º, caput e §§ 1º e 2º, da Lei nº. 
12.016/2009). 
 
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Com a criação do Processo Judicial Eletrônico – PJE, a impetração do mandado de 
segurança pode ser feita por advogado que dispõe de cadastro no sistema e assinatura 
eletrônica, medida já prevista no Art. 4º, §3º, da Lei nº. 12.016/2009. 
 
2. Hipóteses de cabimento do mandado de segurança – condição da ação – 
interesse processual (adequação/utilidade e necessidade). 
 
Para impetrar mandado de segurança, o sujeito de direito personalizado (pessoa física 
ou jurídica) ou despersonalizado precisa demonstrar que tem interesse processual, ou 
seja, que a ação mandamental é a via adequada (útil) e que tem necessidade do 
provimento jurisdicional. 
 
Desta forma, devem ser observados os seguintes aspectos: 
 
a) a causa deve versar sobre direito líquido e certo, ou seja, aquele que deriva de fato 
que pode ser comprovado com documentos, portanto, o mandado de segurança não 
admite outro tipo de prova a não ser a documental (não admite dilação probatória). 
 
Quanto a este aspecto, caso o impetrante não esteja de posse dos documentos, já que 
se acham em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se 
recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, deve-se pedir que o juiz ordene, 
preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia 
autêntica, marcando, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias, de 
modo que possam ser extraídas cópias do documental para juntá-las ao processo e à 
segunda via da petição do mandamus, sendo certo que se estiverem os documentos na 
posse da autoridade coatora, a ordem de exibição será lançada na própria notificação 
desta para apresentar informações (Art. 6º, §§ 1º e 2º, da Lei nº. 12.016/2009); 
 
b) o direito líquido e certo não pode ser amparado por habeas corpus ou habeas data, 
ou seja, não pode ser atinente à liberdade de locomoção da pessoa que está sofrendo 
ou se acha ameaçada de sofrer violência ou coação por ato ilegal ou abusivo de 
poder, nem mesmo pode ser ligado à prerrogativa de conhecer, retificar ou 
acrescentar informações sobre a pessoa do impetrante, constantes de registros ou de 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
 
c) o ato ilegal ou abusivo de poder que se quer afastar pela via do mandado de 
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segurança tem que ser de autoridade pública ou de agente delegado do Estado; 
 
d) § 2º do Art. 1º da Lei nº. 12.016/2009: Não cabe mandado de segurança contra os atos de 
gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de 
economia mista e de concessionárias de serviço público – Entretanto, cabe ação 
mandamental contra ato administrativo ilegal ou abusivo de poder da alçada das 
empresas estatais, conforme a Súmula 333 do STJ: CABE MANDADO DE SEGURANÇA 
CONTRA ATO PRATICADO EM LICITAÇÃO PROMOVIDA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA OU EMPRESA PÚBLICA; 
 
e) Art. 5º, I, da Lei nº. 12.016/2009: Não se concederá mandadode segurança quando se 
tratar: (...) I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, 
independentemente de caução – Aqui deve ser observado que, ultrapassado o prazo para o 
julgamento do recurso administrativo pela autoridade competente, sem resposta, nada 
impede a impetração da ação mandamental, conforme os termos da Súmula 429 do 
STF: A EXISTÊNCIA DE RECURSO ADMINISTRATIVO COM EFEITO SUSPENSIVO NÃO 
IMPEDE O USO DO MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA OMISSÃO DA AUTORIDADE. 
 
Da mesma forma, se a pessoa perdeu o prazo para ajuizar o recurso administrativo, 
pode manejar o mandado de segurança, já que não se beneficiará da suspensão que a 
via recursal lhe proporcionaria; 
 
f) Art. 5º, II, da Lei nº. 12.016/2009: Não se concederá mandado de segurança quando se 
tratar: (...) II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo – Este 
dispositivo aperfeiçoou o teor da Súmula 267 do STF, que assevera: NÃO CABE 
MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL PASSÍVEL DE RECURSO OU 
CORREIÇÃO, já que explicou que o recurso judicial tem que ter efeito suspensivo, 
pois, caso contrário, permite-se o uso do mandamus; 
 
g) Art. 5º, III, da Lei nº. 12.016/2009: Não se concederá mandado de segurança quando se 
tratar: (...) III - de decisão judicial transitada em julgado – Esta norma repetiu o que a 
Súmula 268 do STF estabelece: NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA 
DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. Em face de decisão judicial cível 
transitada em julgado deve-se manejar, se existir razão para tanto, a ação rescisória, 
conforme os termos dos Arts. 966/975 do CPC, ou impugnar o cumprimento de 
sentença, seguindo o disposto no Art. 513 e seguintes do CPC (vai depender da 
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hipótese – cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, de entregar coisa ou de 
pagar quantia certa); 
 
h) não é possível propor mandado de segurança, inclusive o coletivo, no lugar de 
ação popular, já que esta, sobre ser manejada apenas pelo cidadão (titular, pelo 
menos, do direito político ativo), visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, enquanto que a ação mandamental coletiva é 
impetrada por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa 
de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou 
por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e 
em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos 
da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus 
estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, 
autorização especial. Veja-se a respeito a Súmula 101 do STF: O MANDADO DE 
SEGURANÇA NÃO SUBSTITUI A AÇÃO POPULAR; 
 
i) Súmula 266 do STF: NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA LEI EM TESE – 
Contra lei em tese, que se julga violadora de direito líquido e certo de índole 
constitucional, devem ser manejadas, pelos legitimados, as ações de controle 
concentrado de constitucionalidade, a saber, ADI, ADC e ADPF; 
 
j) Súmula 269 do STF: O MANDADO DE SEGURANÇA NÃO É SUBSTITUTIVO DE AÇÃO 
DE COBRANÇA – Se a pessoa julga-se credora da Administração pública ou de um dos 
seus delegados, deve ajuizar ação de cobrança para ter reconhecido o seu direito, 
sendo certo que os efeitos patrimoniais da ação mandamental atingem apenas as 
parcelas que forem vencendo após a impetração, nos termos da Súmula 271 do STF: 
CONCESSÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA NÃO PRODUZ EFEITOS PATRIMONIAIS EM 
RELAÇÃO A PERÍODO PRETÉRITO, OS QUAIS DEVEM SER RECLAMADOS 
ADMINISTRATIVAMENTE OU PELA VIA JUDICIAL PRÓPRIA; 
 
k) Cabe mandando de segurança mesmo que haja complexidade e controvérsia na 
matéria de direito, conforme a Súmula 625 do STF: CONTROVÉRSIA SOBRE MATÉRIA 
DE DIREITO NÃO IMPEDE CONCESSÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA; 
 
l) por fim, é preciso demonstrar ao julgador que há necessidade da ordem 
mandamental, ou seja, que existe, em verdade, um ato ilegal ou abusivo de poder 
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que está em vias de lesar ou já está lesando direito líquido e certo que o impetrante 
diz ter, sendo certo que a prova mais difícil se encontra na seara do direito que 
somente está ameaçado. 
 
3. Condição da ação – legitimidade passiva – autoridade coatora. 
 
A autoridade coatora em matéria de mandado de segurança é a que praticou o ato 
ilegal ou abusivo de poder que está ferindo ou em vias de ferir o direito líquido e 
certo do impetrante, ou, ainda, a que ordenou a prática do ato (§ 3º do Art. 6º da 
Lei nº. 12.016/2009: Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato 
impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. 
 
Somente podem figurar como autoridades coatoras em mandado de segurança 
agentes públicos ou quem a estes foi equiparado. Vejamos o quadro abaixo: 
 
a) Agente político 
 
b) Agentes administrativos: 
 
➢ b.1 – servidor público efetivo/estatutário civil e militar; 
➢ b.2 – servidor público celetista/empregado público; 
➢ b.3 – servidor público temporário; 
➢ b.4 – servidor público comissionado; 
 
c) Agente delegado 
 
d) Agente honorífico 
 
e) Agente credenciado 
 
Assim, podem figurar como autoridades coatoras os representantes ou órgãos de 
partidos políticos (equiparados a agentes públicos), os administradores de entidades 
da administração pública indireta, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as 
pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público (agentes públicos 
delegados), somente no que disser respeito a essas atribuições. Alerte-se que as 
pessoas aqui referidas, para serem alçadas a condição de autoridade coatora, devem 
ter praticado ato administrativo, portanto, sob a égide do regime jurídico de direito 
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público, carregado de prerrogativas estatais, que o impetrante diz estar violando ou 
em vias de violar o seu direito líquido e certo (§ 1º do Art. 1º da Lei nº. 12.016/2009: 
Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos 
políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas 
jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que 
disser respeito a essas atribuições. 
 
Nos termos do Art. 2º da Lei nº. 12.016/2009: Considerar-se-á federal a autoridade coatora 
se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de 
ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. 
 
Ainda quanto à questão da legitimidade passiva em mandamus é oportuno lembrar o 
teor da Sumula 510 do STF: PRATICADO O ATO POR AUTORIDADE, NO EXERCÍCIO DE 
COMPETÊNCIA DELEGADA, CONTRA ELA CABE O MANDADO DE SEGURANÇA OU A 
MEDIDA JUDICIAL, bem assim o da Súmula 627 do mesmo STF: NO MANDADO DE 
SEGURANÇA CONTRA A NOMEAÇÃO DE MAGISTRADO DA COMPETÊNCIA DO 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA, ESTE É CONSIDERADO AUTORIDADE COATORA, AINDA 
QUE O FUNDAMENTO DA IMPETRAÇÃO SEJA NULIDADE OCORRIDA EM FASE ANTERIOR 
DO PROCEDIMENTO. 
 
Definir de forma correta quem é a autoridade coatora permite, como se verá a seguir, 
estabelecer com precisão qual o juízo competente para conhecer do mandamus. 
 
Outro aspecto importante que merece relevo é a necessidade de se indicar a pessoa 
jurídica da qual a autoridade coatora faz parte no preâmbulo da peça, conforme a 
exigência do Art. 6º da Lei nº. 12.016/2009: 
 
Art. 6o A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela leiprocessual, será 
apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na 
segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha 
vinculada ou da qual exerce atribuições. 
 
 
 PESSOA X, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador 
do RG nº. xxxxxx SSP-XX, CPF nº. xxxxx, (endereço), neste ato representado pelo 
seu Advogado, constituído na forma do anexo instrumento de mandato, com endereço 
profissional (endereço), local onde receberá as comunicações desse MM. Juízo, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5o, inciso 
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LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil, c/c o art. 1º da Lei nº. 
12.016/2009, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido de liminar 
inaudita autera pars, contra ato da (autoridade coatora), (ministro, secretário, 
diretor ..., do órgão, entidade, ente ...), que (descrever sucintamente o ato), pelas 
razões de fato e de direito a seguir apresentadas. 
 
 
4. Pressuposto de regular constituição e desenvolvimento do processo - juízo 
competente – endereçamento da petição inicial. 
 
O juízo competente para conhecer do mandado de segurança é determinado em 
função de quem seja a autoridade coatora (foro por prerrogativa de função), devendo 
tal investigação ser iniciada na Constituição Federal, já que é na Carta Magna que se 
estabelece a competência absoluta do STF, do STJ, dos Tribunais Regionais Federais, 
dos Juízes Federais e da Justiça do Trabalho. 
 
Vejamos, então, a competência de cada um desses juízos em matéria de ação 
mandamental: 
 
STF – CF/88: 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
(...) 
 
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o 
mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; (Grifamos) 
 
Súmula 248 do STF: É COMPETENTE, ORIGINARIAMENTE, O SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL, PARA MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA 
UNIÃO. 
 
Contra ato de Tribunal de Justiça do Estado não se impetra ação mandamental no 
STF, senão na própria corte estadual. Veja-se, a respeito, o teor da Súmula 330 do 
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STF: O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NÃO É COMPETENTE PARA CONHECER DE 
MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATOS DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DOS ESTADOS. 
 
Súmula 623 do STF: NÃO GERA POR SI SÓ A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL PARA CONHECER DO MANDADO DE SEGURANÇA COM BASE NO 
ART. 102, I, "N", DA CONSTITUIÇÃO, DIRIGIR-SE O PEDIDO CONTRA DELIBERAÇÃO 
ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL DE ORIGEM, DA QUAL HAJA PARTICIPADO A MAIORIA 
OU A TOTALIDADE DE SEUS MEMBROS. 
Súmula 624 do STF: NÃO COMPETE AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONHECER 
ORIGINARIAMENTE DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATOS DE OUTROS 
TRIBUNAIS. 
 
STJ – CF/88: 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
(...) 
 
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Grifo nosso) 
 
Súmula 41 do STJ: O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NÃO TEM COMPETENCIA PARA 
PROCESSAR E JULGAR, ORIGINARIAMENTE, MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO 
DE OUTROS TRIBUNAIS OU DOS RESPECTIVOS ORGÃOS. 
 
Súmula 177 do STJ: O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA É INCOMPETENTE PARA 
PROCESSAR E JULGAR, ORIGINARIAMENTE, MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO 
DE ÓRGÃO COLEGIADO PRESIDIDO POR MINISTRO DE ESTADO. 
 
TRF – CF/88: 
 
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
(...) 
 
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c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz 
federal; (Destaque não consta do original) 
 
JUÍZES FEDERAIS – CF/88: 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
 
(...) 
 
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados 
os casos de competência dos tribunais federais; (Grifamos) 
 
Súmula 511 do STF: COMPETE À JUSTIÇA FEDERAL, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, 
PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS ENTRE AUTARQUIAS FEDERAIS E ENTIDADES 
PÚBLICAS LOCAIS, INCLUSIVE MANDADOS DE SEGURANÇA, RESSALVADA A AÇÃO 
FISCAL, NOS TERMOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1967, ART. 119, § 3º. 
 
JUSTIÇA DO TRABALHO – CF/88: 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 
(...) 
 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver 
matéria sujeita à sua jurisdição; (Grifamos) 
 
As autarquias federais e as empresas públicas federais têm foro em razão da pessoa 
(ratione personae) na Justiça Federal, nos termos do Art. 109, I, da CRFB/1988. 
Logo, mandado de segurança contra ato administrativo de seus agentes será 
impetrado na Justiça Federal, ressalvada a competência da Justiça do Trabalho e 
Eleitoral: 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas 
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de 
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 
 
Já as sociedades de economia mista, inclusive as federais, tem foro em razão da 
pessoa na Justiça Estadual, sendo esta a competente para conhecer de ato 
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administrativo ilegal ou abusivo de poder de seus agentes. Neste sentido a Súmula 
556 do STF: É COMPETENTE A JUSTIÇA COMUM PARA JULGAR AS CAUSAS EM QUE É 
PARTE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA e a Súmula 42 do STJ: COMPETE A JUSTIÇA 
COMUM ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS CIVEIS EM QUE É PARTE 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E OS CRIMES PRATICADOS EM SEU DETRIMENTO. 
 
Contra o ato dito ilegal ou abusivo de poder do juizado especial, seja ele estadual ou 
federal, que esteja violando ou em vias de violar direito líquido e certo do impetrante, 
deve ser proposto mandamus na correlata turma recursal, conforme os termos da 
Súmula 376 do STJ: COMPETE A TURMA RECURSAL PROCESSAR E JULGAR O 
MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO DE JUIZADO ESPECIAL. 
 
Apesar do que se disse na passagem anterior, nos termos do Art. 3º, § 1º, da Lei nº. 
10.259/2001, não cabe a impetração de mandado de segurança no Juizado Especial 
Federal: § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas: I - referidas no 
art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de 
desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade 
administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais 
homogêneos (Destaque não consta do original). O mesmo se diga quanto ao Juizado 
Especial Estadual, nos termos do § 2º do Art 3º da Lei nº. 9.099/1995: § 2º Ficam 
excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e 
de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao 
estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial (Grifamos) e quanto ao 
Juizado Especial da Fazenda Pública, por força do disposto noArt. 2º, §1º, I, da Lei 
nº. 12.152/2009: § 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: 
I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, 
por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses 
difusos e coletivos; (Grifo nosso) 
 
Por fim, a regra de ouro: deve-se observar a competência jurisdicional da sede da 
autoridade coatora. 
 
EXMº. SR. (Juiz Estadual, Juiz Federal, Desembargador Presidente ou Ministro 
Presidente) DA(O) (Vara Cível, Vara da Fazenda Pública, Vara Federal, Vara do 
Trabalho, do STF, do STJ, do Tribunal xxxx) DA (Comarca xxxx, da Seção 
Judiciária xxxx, da Subseção Judiciária xxx). 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art109ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art109iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art109xi
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5. Condição da ação – legitimidade ativa – impetrante. 
 
Pode impetrar mandado de segurança individual qualquer pessoa física ou jurídica, 
inclusive as estrangeiras (sujeitos de direito personalizados), universalidades de 
bens (massa falida, espólio, condomínio), bem assim órgãos da administração pública 
na defesa dos seus interesses jurídicos (sujeitos de direito despersonalizados). 
 
O Ministério Público, como legitimado extraordinário, pode propor mandado de 
segurança na defesa dos direitos dos menores (Arts. 176 e 178 do CPC), dos índios 
(Art. 129, V, da CRFB/1988), dos seus próprios direitos e em matéria processual. 
 
Quando se tratar de direito indivisível, portanto, de titularidade de várias pessoas, 
qualquer delas poderá impetrar a ação mandamental para evitar ou afastar eventual 
lesão (§ 3º do Art. 1º da Lei nº. 12.016/2009 - § 3o Quando o direito ameaçado ou violado 
couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. 
 
Interessante, ainda, nesta seara é a legitimidade ativa extraordinária de que trata o art. 
3º da Lei nº. 12.016/2009: 
 
Art. 3o O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro 
poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, 
no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. 
 
Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado 
no art. 23 desta Lei, contado da notificação. 
 
Para o mandado de segurança coletivo, por outro lado, a CRFB/1988, art. 5º, inciso 
LXX, somente apresenta os seguintes legitimados: 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 
 
Conforme asseverado em passagem anterior, a ação mandamental coletiva destina-se 
a defesa dos direitos coletivos, transindividuais, conforme os precisos termos do art. 
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 15 
21 e seu parágrafo único, da Lei nº. 12.016/2009: 
 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com 
representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus 
integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de 
direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos 
seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização 
especial. 
 
É possível a formação de litisconsórcio ativo facultativo em mandado de segurança 
individual, o que não o torna idêntico a ação mandamental coletiva, já que naquele se 
busca o resguardo de direito líquido e certo de índole individual, requerido em 
litisconsórcio, e neste a tutela é de direito coletivo e individual homogêneo. 
 
Entretanto, a formação do litisconsórcio ativo facultativo no mandado de segurança 
individual encontra limite no §2º do Art. 10 da Lei nº. 12.016/2009, já que não se 
admite litisconsorte após o despacho da petição inicial, medida que visa impedir que 
a formação do litisconsórcio a qualquer momento gere prejuízo para o regular 
funcionamento da Administração Pública. 
 
6. Pressuposto de regular constituição e desenvolvimento do processo – 
capacidade de ser parte e representação processual (capacidade processual). 
 
Para a ação mandamental, o impetrante tem que estar representado por advogado, por 
faltar-lhe capacidade processual. Por outro lado, se for incapaz em termos civis, ou 
seja, se não tiver capacidade de ser parte, tem que estar representado (absolutamente 
incapaz) ou assistido (relativamente incapaz) por seus pais, tutores ou curadores (Art. 
71 do CPC c/c os Arts. 3º e 4º do Código Civil). 
 
 
 PESSOA X, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador 
do RG nº. xxxxxx SSP-XX, CPF nº. xxxxx, (endereço), neste ato representado 
pelo seu Advogado, constituído na forma do anexo instrumento de mandato, 
com endereço profissional (endereço), local onde receberá as comunicações desse 
MM. Juízo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no 
artigo 5o, inciso LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil, c/c o art. 
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 16 
1º da Lei nº. 12.016/2009, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido de 
liminar inaudita autera pars, contra ato da (autoridade coatora), que (descrever 
sucintamente o ato), pelas razões de fato e de direito a seguir apresentadas. 
 
 
7. Pressuposto de regular constituição e desenvolvimento do processo – ausência 
de decadência do direito fundamental de impetrar mandado de segurança. 
 
De acordo com o art. 23 da Lei nº. 12.016/2009, o direito de requerer mandado de 
segurança, sendo potestativo, decai em 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, 
pelo interessado, do ato impugnado: 
 
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) 
dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
 
Quanto a este pressuposto, é importante relembrar que os atos coatores (ilegais ou 
abusivos de poder) que justificam a impetração do mandamus, já que estão lesando 
ou em vias de lesar direito líquido e certo do impetrante, são atos da Administração 
Pública, em regra atos administrativos que, conforme exige a lei, são publicados, no 
mais das vezes, em Diários Oficiais. Entretanto, alguns destes atos são de publicação 
mais restrita, contentando-se a norma de regência com a simples afixação deles em 
murais, átrios, etc. 
 
No que pertine, ainda, a problemática da decadência, o STF editou duas importantes 
Súmulas, quais sejam, a 430 e a 632. 
 
A Súmula 430 assevera que pedido de reconsideração na via administrativa não 
interrompe o prazo para impetrar ação mandamental: PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO 
NA VIA ADMINISTRATIVA NÃO INTERROMPE O PRAZO PARA O MANDADO DE 
SEGURANÇA. Como já se disse, apenas recurso administrativo com efeito suspensivo 
impede o ajuizamento de mandado de segurança. Relembre-se: Art. 5º, I, da Lei nº. 
12.016/2009: Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: (...) I - de ato do qual 
caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução. Ultrapassado 
o prazo para o julgamento do recurso administrativo pela autoridade competente, sem 
resposta, nada impede a impetraçãoda ação mandamental, conforme os termos da 
Súmula 429 do STF: A EXISTÊNCIA DE RECURSO ADMINISTRATIVO COM EFEITO 
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 17 
SUSPENSIVO NÃO IMPEDE O USO DO MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA OMISSÃO 
DA AUTORIDADE. 
 
Já a Súmula 632 diz ser constitucional a fixação de prazo decadencial para a ação 
mandamental: É CONSTITUCIONAL LEI QUE FIXA O PRAZO DE DECADÊNCIA PARA A 
IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA. 
 
Tratando-se da legitimidade ativa extraordinária de que trata o art. 3º da Lei nº. 
12.016/2009 (substituição processual), deve-se atentar para o fato de que a contagem 
do prazo decadencial se inicia após a notificação do titular originário do direito 
líquido e certo, verbis: 
 
Art. 3o O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro 
poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, 
no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. 
Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo 
fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. (Grifamos) 
Ainda na seara da decadência, no caso da ação mandamental ter sido extinta, sem 
resolução do mérito (por exemplo, ausência de prova documental do fato de que 
resulta o direito líquido e certo), e sendo o caso de mandado de segurança, nada 
impede que a impetração seja novamente efetivada dentro do prazo decadencial (Art. 
6º, §6º, da Lei nº. 12.016/2009). 
 
8. Dos fatos e do direito. 
 
Após o cabeçalho da peça, devem ser historiados os fatos que geraram a impetração 
da segurança, de modo que o Juiz os conheça de forma integral. 
 
No item ou nos itens utilizado(s) para apresentar a fundamentação jurídica do pedido 
de segurança, o impetrante deve demonstrar que a lei, a doutrina e a jurisprudência 
estão do lado da tese que esboça. 
 
9. Provimento liminar. Vedações. Agravo de instrumento. Agravo regimental. 
Suspensão da liminar. 
 
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 18 
Demonstrados os requisitos da plausibilidade jurídica do pedido (fumus boni iuris) e 
do perigo da demora (periculum in mora), o impetrante do mandado de segurança 
pode requerer um provimento liminar acautelatório no início do litígio (initio litis), de 
maneira a tornar útil o resultado final do processo (Art. 7º, III, da Lei nº. 
12.016/2009): 
 
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
 
(...) 
 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato 
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado 
exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à 
pessoa jurídica. 
 
Deve-se ter atenção quanto a este aspecto, já que um dos pontos avaliados nas provas 
dos concursos, no que tange a confecção de uma inicial de mandado de segurança, é 
saber se o candidato atentou-se para a necessidade de pedir o provimento liminar no 
caso em estudo e, ademais, se soube fazer tal pleito. 
 
A primeira regra importante a ser seguida, neste particular, é relatar os fatos e o 
direito aplicado à espécie antes de se requerer o pleito liminar cautelar, já que, com 
isso, é possível apresentar ao magistrado que vai julgar a causa a gravidade da 
situação gerada pelo ato coator (ilegal ou abusivo de poder), e, assim, o periculum in 
mora, demonstrando, da mesma forma, os fundamentos fático e jurídico do pedido de 
cautela. 
 
Portanto, somente abra espaço para o pedido liminar já no final de sua peça, 
antes dos pedidos de mérito. 
 
Não serão deferidas liminares cautelares em sede de mandado de segurança que 
tenham por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e 
bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos 
e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer 
natureza (§ 3º do Art. 7º da Lei nº. 12.016/2009). 
 
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 19 
Para os casos de deferimento ou indeferimento da tutela liminar em mandado de 
segurança, o recurso cabível depende da instância que conheceu originariamente da 
ação. 
 
Se a ação foi ajuizada na primeira instância, o deferimento ou indeferimento da 
liminar poderá ser combatido pela pessoa jurídica da qual faz parte a autoridade 
coatora, ou por esta mesmo, ou pelo impetrante, via agravo de instrumento (Art. 7º, 
§1º, da Lei nº. 12.016/2009). 
 
Veja-se que a legitimidade para a autoridade coatora ajuizar agravo de instrumento, 
quando deferida liminar que suspenda ato de sua autoria, decorre do estabelecido no 
Art. 14, §2º, da Lei nº. 12.016/2009, aqui aplicado analogicamente. 
 
O agravo de instrumento ajuizado deve seguir as normas jurídicas extraídas dos Arts. 
1.015 a 1.020 do Código de Processo Civil - CPC, aqui aplicado por força do Art. 7º, 
§1º, da Lei nº. 12.016/2009. 
 
Se a ação mandamental foi ajuizada originariamente na segunda instância ou em 
instância superior (STF e Tribunais Superiores), tendo em vista o foro por 
prerrogativa de função da autoridade coatora, caberá ao relator do processo deferir ou 
indeferir a tutela liminar pleiteada, cabendo de sua decisão o chamado agravo interno 
para o órgão fracionário (sessão, turma, câmara, etc.), conforme os termos do Art. 
1.021 do CPC. 
 
Detalhes importantes, no que se refere às liminares em mandado de segurança, são as 
determinações dos Arts. 8º e 9º da Lei nº. 12.016/2009, verbis: 
 
 
Art. 8o Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex officio ou a requerimento 
do Ministério Público quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal 
andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as 
diligências que lhe cumprirem. 
 
Art. 9o As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notificação da 
medida liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-
Geral da União ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da 
entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim como 
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 20 
indicações e elementos outros necessários às providências a serem tomadas para a eventual 
suspensão da medida e defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder. 
 
Veja-se que a primeira evita a eternização da ação mandamental por ato do 
impetrante que, por algum motivo, teme o julgamento de mérito da ação. A segunda 
medida visa garantir à Fazenda Pública que tenha ação expedita no combate a decisão 
liminar que lhe é desfavorável, podendo, ainda, além de optar pela via do agravo de 
instrumento, requerer a suspensão da medida ao Presidente do tribunal ad quem, 
providencia franqueada, também, ao Ministério Público, e que tem por objeto evitar 
grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. Vejamos a redação 
do Art. 15 da Lei nº. 12.016/2009: 
 
Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério 
Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o 
presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão 
fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito 
suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua 
interposição. 
 
§ 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que serefere o caput deste artigo, 
caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual 
recurso especial ou extraordinário. 
 
§ 2o É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1o deste artigo, quando negado 
provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo. 
 
§ 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra 
o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão 
a que se refere este artigo. 
 
§ 4o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em 
juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida. 
 
§ 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo 
o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante 
simples aditamento do pedido original. 
 
Não se pode esquecer que nem mesmo o indeferimento do pedido de revogação da 
liminar, objeto do agravo de instrumento ajuizado pela Fazenda Pública ou pelo 
Ministério Público, impede o pedido de suspensão de segurança aqui citado (Art. 15, 
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 21 
§2º, da Lei nº. 12.016/2009). Outrossim, caso o agravo de instrumento e o pedido de 
suspensão da liminar sejam concomitantes, o primeiro não prejudica nem condiciona 
a análise do segundo (Art. 15, §3º, da Lei nº. 12.016/2009). 
 
Calha asseverar que negado o pedido de suspensão, pelo Presidente do Tribunal de 
segunda instância (Art. 15, §4º, da Lei nº. 12.016/2009) ou pelo Colegiado da Corte, 
ainda cabe reiterar a medida perante o presidente do tribunal competente para 
conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário (Art. 15, §1º, da Lei nº. 
12.016/2009). 
 
Por fim, é importante lembrar a prerrogativa dada ao presidente do tribunal ou ao 
órgão colegiado de que participar, diante de liminares cujo objeto seja idêntico, de 
suspender todas em uma única decisão, estendendo os efeitos para as liminares 
supervenientes, desde que simples aditamento ao pedido original seja efetivado (Art. 
15, §5º, da Lei nº. 12.016/2009). 
 
10. Pedidos finais. 
 
No que se refere aos pedidos finais, deve-se observar os seguintes aspectos: 
 
a) caso o impetrante não disponha dos documentos necessários à prova do alegado, já 
que se acham em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade 
que se recuse a fornecê-los por certidão ou de terceiro, deve pedir ao juiz da causa 
que ordene, preliminarmente, por ofício, a exibição destes em original ou em cópia 
autêntica, marcando, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias (Art. 6º, 
§ 1º, da Lei nº. 12.016/2009), sendo certo que se a autoridade que se nega a fornecer 
os documentos for a coatora a ordem seguirá na sua notificação (Art. 6º, § 1º, da Lei 
nº. 12.016/2009); 
 
b) deve-se pedir a notificação da autoridade coatora e, também, a intimação da pessoa 
jurídica da qual faz parte, para dizer do seu interesse na demanda (Art. 7º, I e II, da 
Lei nº. 12.016/2009); 
 
c) deve-se pedir a oitiva do representante do Ministério Público, já que funciona 
como custos legis em ação mandamental (Art. 12 da Lei nº. 12.016/2009); 
 
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 22 
d) não se pede a condenação em honorários advocatícios em mandado de segurança, 
já que vedada legalmente (Art. 25 da Lei nº. 12.016/2009). 
 
Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos 
infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação 
de sanções no caso de litigância de má-fé. 
 
Veja-se, também, a Súmula 512 do STF: NÃO CABE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS 
DE ADVOGADO NA AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA, e a Súmula 105 do STJ: NA 
AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA NÃO SE ADMITE CONDENAÇÃO EM HONORARIOS 
ADVOCATICIOS; 
 
e) deve-se reiterar o pedido de deferimento da medida liminar requerida em tópico 
anterior e apartado, bem assim a manutenção do provimento cautelar após a sentença, 
tendo em vista os termos do § 3º do Art. 7º da Lei nº. 12.016/2009; 
 
f) deve-se pedir a segurança, inclusive o julgamento de eventual incidente de 
inconstitucionalidade. 
 
11. Sentença. Acórdão. Recursos. Suspensão da segurança. 
 
Da mesma forma que a decisão liminar em sede de mandado de segurança, a sentença 
(decisão terminativa) pode ser proferida pela primeira ou segunda instâncias ou por 
instância superior (STF e Tribunais Superiores), tendo em vista o foro por 
prerrogativa de função da autoridade coatora, situação que deve ser observada com 
cuidado pelos estudantes e profissionais do Direito. 
 
Se a sentença for proferida pela primeira instância (juízo de primeiro grau), seja 
concessiva ou não da segurança pleiteada, tal decisão desafia o recurso de apelação, 
que pode ser utilizado pela pessoa jurídica da qual faz parte a autoridade coatora e 
por esta (se o mandamus for julgado procedente) ou pelo impetrante (se a ação 
mandamental for julgada improcedente). 
 
Veja-se que a legitimidade para a autoridade coatora apelar, quando deferida a 
segurança, anulando ato de sua autoria, decorre do estabelecido no Art. 14, §2º, da 
Lei nº. 12.016/2009. 
 
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 23 
A apelação contra a sentença mandamental do juízo de primeiro grau, direcionada 
para a segunda instância (órgão colegiado de segundo grau), tem como fundamento o 
Art. 14 da Lei nº. 12.016/2009 e será processada conforme a disciplina dos Arts. 
1.009 a 1.014 do CPC, sendo certo que se concessiva da segurança poderá ser 
executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da 
medida liminar (já vistos acima – Art. 14, §3º, da Lei nº. 12.016/2009), estando 
sujeita, ademais, neste caso, ao duplo grau de jurisdição obrigatório (Art. 14, §1º, da 
Lei nº. 12.016/2009). 
 
Nesta apelação da sentença de primeiro grau podem a pessoa jurídica da qual faz 
parte a autoridade coatora e esta (sentença concessiva da segurança), caso a 
segurança possa ser executada provisoriamente (Art. 14, §3º, da Lei nº. 12.016/2009), 
com base no Art. 14, §3º, da Lei nº. 12.016/2009, combinado com o Art. 1.012, §§3º, 
I e II, e 4º, do CPC, requerer ao tribunal ou ao relator a concessão de efeito 
suspensivo da correlata decisão terminativa, provados a probabilidade de provimento 
do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de 
difícil reparação. 
 
Quando, entretanto, a ação mandamental é interposta na segunda instância ou em 
instância especial (STF ou Tribunais Superiores), tendo em vista o foro por 
prerrogativa de função da autoridade coatora, a sistemática muda radicalmente. 
 
Assim, se a ação mandamental for julgada improcedente em única instância pelo 
tribunal (decisão denegatória), pode o impetrante recorrer ordinariamente do acórdão 
para o tribunal seguinte indicado na Carta Magna, conforme os termos do Art. 18 da 
Lei nº. 12.016/2009. 
 
A Constituição Federal trata de tal competência recursal ordinária da seguinte forma: 
 
 
STF – CF/88 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
 
[...] 
 
II - julgar, em recurso ordinário: 
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 24 
 
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos 
em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (Grifo nosso) 
 
STJ – CF/88 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunalde Justiça: 
 
[...] 
 
II - julgar, em recurso ordinário: 
 
[...] 
 
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou 
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
(Destaque não consta do original) 
 
A despeito de não estar asseverado na Constituição Federal, no âmbito da Justiça do 
Trabalho e da Justiça Eleitoral a sistemática é a mesma, ou seja, do acórdão prolatado 
por Tribunal Regional do Trabalho ou por Tribunal Regional Eleitoral, denegando a 
segurança, em ação da competência originária destes tribunais, cabe recurso ordinário 
para o Tribunal Superior do Trabalho – TST ou para o Tribunal Superior Eleitoral - 
TSE, respectivamente. 
 
Por outro lado, se a ação mandamental for julgada procedente em única instância pelo 
tribunal, somente se abrem para a pessoa jurídica da qual faz parte a autoridade 
coatora e para esta as vias do recurso especial e/ou extraordinário, se houver matéria 
para tanto (nas hipóteses dos Arts. 102, III, e 105, III, da CF/88), conforme os termos 
do Art. 18 da Lei nº. 12.016/2009. 
 
É possível que a inicial da ação mandamental seja indeferida, quando não for o caso 
de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando 
decorrido o prazo legal para a impetração (decadência do direito de impetrar 
mandado de segurança), cabendo apelação para combater a sentença correspondente, 
caso a inicial seja indeferida por juízo de primeiro grau, ou agravo interno para o 
órgão colegiado, quando a decisão for de relator e o conhecimento do mandamus 
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 25 
couber originariamente a um tribunal (foro por prerrogativa de função). Vejamos os 
dispositivos legais correlatos na Lei nº. 12.016/2009: 
 
Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de 
mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal 
para a impetração. 
 
§ 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a 
competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos 
tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. 
 
A Fazenda Pública e o Ministério Público poderão requerer a suspensão do 
cumprimento da sentença ao Presidente do tribunal ad quem, com o objetivo de evitar 
grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. Vejamos a redação 
do Art. 15 da Lei nº. 12.016/2009: 
 
Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério 
Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o 
presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão 
fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito 
suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua 
interposição. 
 
§ 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, 
caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual 
recurso especial ou extraordinário. 
 
[...] 
 
§ 4o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em 
juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida. 
 
Negado o pedido de suspensão dos efeitos da sentença, pelo Presidente do Tribunal 
de segunda instância (Art. 15, §4º, da Lei nº. 12.016/2009) ou pelo Colegiado da 
Corte, ainda cabe reiterar a medida perante o presidente do tribunal competente para 
conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário (Art. 15, §1º, da Lei nº. 
12.016/2009). 
 
 
 
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 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS: 
 
I. DECISÕES SOBRE O MANDADO DE SEGURANÇA: 
 
1) Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e 
pagamento de precatório não têm caráter jurisdicional (Súmula n. 311/STJ) e, 
por isso, podem ser combatidos pela via mandamental. Acórdãos: AgInt no RMS 
046917/SP (DJE 19/12/2016); AgRg no REsp 1288572/AM (DJE 
26/10/2016); AgRg no RMS 049319/SP (DJE 05/09/2016); 
 
2) É incabível mandado de segurança para conferir efeito suspensivo a agravo 
em execução interposto pelo Ministério Público. Acórdãos: AgRg no HC 
380419/SP(DJE 25/04/2017); EDcl no HC 299398/SP (DJE 28/11/2016); HC 
368491/SC (DJE 14/10/2016); 
 
3) O mandado de segurança não pode ser utilizado como meio para se buscar a 
produção de efeitos patrimoniais pretéritos, uma vez que não se presta a 
substituir ação de cobrança, nos termos das Súmulas n. 269 e 271 do Supremo 
Tribunal Federal. Acórdãos: RMS 053601/RN (DJE 30/06/2017); AgInt no AgRg 
no RMS 042719/ES (DJE 22/11/2016); AgRg no AgRg no RMS 048873/MG (DJE 
26/08/2016); 
 
4) Não configura ação de cobrança a impetração de mandado de segurança 
visando a desconstituir ato administrativo que nega conversão em pecúnia de 
férias não gozadas, afastando-se as restrições previstas nas Súmulas n. 269 e 271 
do Supremo Tribunal Federal. Acórdãos: AgRg no REsp 1248427/SP (DJE 
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27046917%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27046917%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27046917%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27046917%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271288572%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RESP%27+adj+%271288572%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AROMS%27.clas.+e+@num=%27049319%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27049319%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRHC%27.clas.+e+@num=%27380419%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20HC%27+adj+%27380419%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRHC%27.clas.+e+@num=%27380419%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20HC%27+adj+%27380419%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27EDHC%27.clas.+e+@num=%27299398%27)+ou+(%27EDCL%20NO%20HC%27+adj+%27299398%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27HC%27.clas.+e+@num=%27368491%27)+ou+(%27HC%27+adj+%27368491%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27HC%27.clas.+e+@num=%27368491%27)+ou+(%27HC%27+adj+%27368491%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27ROMS%27.clas.+e+@num=%27053601%27)+ou+(%27RMS%27+adj+%27053601%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIARMS%27.clas.+e+@num=%27042719%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27042719%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIARMS%27.clas.+e+@num=%27042719%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27042719%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AAROMS%27.clas.+e+@num=%27048873%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27048873%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271248427%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RESP%27+adj+%271248427%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
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 27 
21/03/2016); AgRg no REsp 1176349/MA(DJE 15/02/2016); RMS 039867/CE (DJE 
21/11/2014); 
 
5) O mandado de segurança é meio processual adequado para controle do 
cumprimento das portarias de concessão de anistia política, afastando-se as 
restrições das Súmulas n. 269 e 271 do Supremo Tribunal Federal. Acórdãos: MS 
023468/DF (DJE 01/08/2017); MS 021378/DF (DJE 19/04/2017); MS 
019132/DF (DJE 27/03/2017); 
 
6) O termo inicial do prazo de decadência para impetração de mandado de 
segurança contra aplicação de penalidade disciplinar é a data da publicação do 
respectivo ato no Diário Oficial. Acórdãos: AgInt no RMS 051319/SP (DJE 
10/11/2016); AgInt no MS 022479/DF (DJE 08/11/2016); AgRg no RMS 
034653/RO (DJE 01/09/2014); 
 
7) O termo inicial do prazo decadencial para a impetração de ação 
mandamental contra ato que fixa ou altera sistema remuneratório ou suprime 
vantagem pecuniária de servidor público e não se renova mensalmente inicia-se 
com a ciência do ato impugnado. Acórdãos: RMS 054174/MS (DJE 
13/09/2017); AgInt nos EDcl no RMS 045125/SC (DJE 26/04/2017); AgInt no RMS 
046314/BA (DJE 06/10/2016); 
 
8) O prazo decadencial para impetração de mandado de segurança não se 
suspende nem se interrompe com a interposição de pedido de reconsideração na 
via administrativa ou de recurso administrativo desprovido de efeito 
suspensivo. Acórdãos: AgInt no RMS 050056/MS (DJE 01/02/2017); AgRg nos 
EDcl no RMS 037365/SC (DJE 16/12/2016); AgInt no RMS 051319/SP (DJE 
10/11/2016); 
 
9) Admite-se a emenda à petição inicial de mandado de segurança para a 
correção de equívoco na indicação da autoridade coatora, desde que a 
retificação do polo passivo não implique alterar a competência judiciária e que a 
autoridade erroneamente indicada pertença à mesma pessoa jurídica da 
autoridade de fato coatora. Acórdãos: AgInt no REsp 1505709/SC (DJE 
19/08/2016); AgRg no RMS 032184/PI (DJE 29/05/2012); AgRg no RMS 
035638/MA (DJE 24/04/2012); 
 
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271176349%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RESP%27+adj+%271176349%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27ROMS%27.clas.+e+@num=%27039867%27)+ou+(%27RMS%27+adj+%27039867%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27MS%27.clas.+e+@num=%27023468%27)+ou+(%27MS%27+adj+%27023468%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27MS%27.clas.+e+@num=%27023468%27)+ou+(%27MS%27+adj+%27023468%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27MS%27.clas.+e+@num=%27021378%27)+ou+(%27MS%27+adj+%27021378%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27MS%27.clas.+e+@num=%27019132%27)+ou+(%27MS%27+adj+%27019132%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27MS%27.clas.+e+@num=%27019132%27)+ou+(%27MS%27+adj+%27019132%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27051319%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27051319%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AINTMS%27.clas.+e+@num=%27022479%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20MS%27+adj+%27022479%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AROMS%27.clas.+e+@num=%27034653%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27034653%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AROMS%27.clas.+e+@num=%27034653%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27034653%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27ROMS%27.clas.+e+@num=%27054174%27)+ou+(%27RMS%27+adj+%27054174%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIEDROMS%27.clas.+e+@num=%27045125%27)+ou+(%27AGINT%20NOS%20EDCL%20NO%20RMS%27+adj+%27045125%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27046314%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27046314%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27046314%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27046314%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27050056%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27050056%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27ADROMS%27.clas.+e+@num=%27037365%27)+ou+(%27AGRG%20NOS%20EDCL%20NO%20RMS%27+adj+%27037365%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27ADROMS%27.clas.+e+@num=%27037365%27)+ou+(%27AGRG%20NOS%20EDCL%20NO%20RMS%27+adj+%27037365%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27051319%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27051319%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRESP%27.clas.+e+@num=%271505709%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RESP%27+adj+%271505709%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AROMS%27.clas.+e+@num=%27032184%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27032184%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AROMS%27.clas.+e+@num=%27035638%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27035638%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AROMS%27.clas.+e+@num=%27035638%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RMS%27+adj+%27035638%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
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 28 
10) O Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão possui 
legitimidade para figurar no polo passivo de ação mandamental impetrada com 
o intuito de ensejar a nomeação em cargos relativos ao quadro de pessoal do 
Banco Central do Brasil - BACEN. Acórdãos: AgInt no MS 022100/DF (DJE 
16/08/2017); AgInt no MS 022176/DF (DJE 22/06/2017); AgInt no MS 
022165/DF (DJE 13/06/2017); 
 
11) As autarquias possuem autonomia administrativa, financeira e 
personalidade jurídica própria, distinta da entidade política à qual estão 
vinculadas, razão pela qual seus dirigentes têm legitimidade passiva para figurar 
como autoridades coatoras em ação mandamental. Acórdãos: REsp 
1132423/SP (DJE 21/06/2010); EREsp 692840/BA (DJE 05/02/2009); REsp 
984032/ES(DJE 16/06/2008); 
 
12) Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em honorários 
advocatícios. (Súmula n. 105/STJ). Acórdãos: AgInt no RMS 052179/MA (DJE 
01/08/2017); MS 023203/DF (DJE 03/05/2017); EDcl no MS 012675/DF (DJE 
01/03/2017); 
 
13) A impetração de mandado de segurança interrompe o prazo prescricional 
em relação à ação de repetição do indébito tributário, de modo que somente a 
partir do trânsito em julgado do mandamus se inicia a contagem do prazo em 
relação à ação ordinária para a cobrança dos créditos indevidamente 
recolhidos. Acórdãos: REsp 1248077/PR (DJE 12/08/2015); AgRg no REsp 
1276022/RS(DJE 28/05/2015); REsp 1248618/SC (DJE 13/02/2015); 
 
14) A impetração de mandado de segurança interrompe a fluência do prazo 
prescricional no tocante à ação ordinária, o qual somente tornará a correr após 
o trânsito em julgado da decisão. Acórdãos: AgInt no AREsp 1047834/SP (DJE 
23/06/2017); REsp 1661583/AM (DJE 17/05/2017); AgRg no REsp 1504829/RJ 
(DJE 13/04/2016); 
 
 
II. SÚMULAS SOBREO MANDADO DE SEGURANÇA: 
 
 
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AINTMS%27.clas.+e+@num=%27022100%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20MS%27+adj+%27022100%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AINTMS%27.clas.+e+@num=%27022176%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20MS%27+adj+%27022176%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AINTMS%27.clas.+e+@num=%27022165%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20MS%27+adj+%27022165%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AINTMS%27.clas.+e+@num=%27022165%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20MS%27+adj+%27022165%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271132423%27)+ou+(%27RESP%27+adj+%271132423%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271132423%27)+ou+(%27RESP%27+adj+%271132423%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27ERESP%27.clas.+e+@num=%27692840%27)+ou+(%27ERESP%27+adj+%27692840%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%27984032%27)+ou+(%27RESP%27+adj+%27984032%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%27984032%27)+ou+(%27RESP%27+adj+%27984032%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AIRMS%27.clas.+e+@num=%27052179%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20RMS%27+adj+%27052179%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27MS%27.clas.+e+@num=%27023203%27)+ou+(%27MS%27+adj+%27023203%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27EDMS%27.clas.+e+@num=%27012675%27)+ou+(%27EDCL%20NO%20MS%27+adj+%27012675%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271248077%27)+ou+(%27RESP%27+adj+%271248077%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271276022%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RESP%27+adj+%271276022%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271276022%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RESP%27+adj+%271276022%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271248618%27)+ou+(%27RESP%27+adj+%271248618%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AINTARESP%27.clas.+e+@num=%271047834%27)+ou+(%27AGINT%20NO%20ARESP%27+adj+%271047834%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271661583%27)+ou+(%27RESP%27+adj+%271661583%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271504829%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RESP%27+adj+%271504829%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27AGRESP%27.clas.+e+@num=%271504829%27)+ou+(%27AGRG%20NO%20RESP%27+adj+%271504829%27.suce.))&thesaurus=JURIDICO
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 29 
STJ 
 
 
Súmula nº 41 – O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar e 
julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos 
respectivos órgãos. 
 
Súmula nº 105 – Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em 
honorários advocatícios. 
 
Súmula nº 169 – São inadmissíveis embargos infringentes no processo de mandado 
de segurança. 
 
Súmula nº 177 – O Superior Tribunal de Justiça é incompetente para processar e 
julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de órgão colegiado 
presidido por Ministro de Estado. 
 
Súmula nº 202 – A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se 
condiciona à interposição de recurso. 
 
“O TERCEIRO, ATINGIDO EM SEU DIREITO POR DETERMINAÇÃO 
JUDICIAL, PODERA IMPETRAR SEGURANÇA, REUNIDOS OS DEMAIS 
REQUISITOS LEGAIS, SEM QUE HAJA DE, PREVIAMENTE, INTERPOR 
RECURSO. DESNECESSIDADE, TAMBEM, DE QUE HAJA RISCO DE DANO 
IRREPARAVEL OU QUE SEJA TERATOLOGICA A DECISÃO.” (RMS 6317 SP, 
Rel. Ministro EDUARDO RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/04/1996, 
DJ 03/06/1996) 
 
Estou em que, no caso, tem razão o recorrente. Não me parece razoável, no caso, a 
exigência do prévio recurso, para abrir ensanchas ao uso da segurança. É certo que já 
se pacificou, nesta Corte, que, em se tratando de segurança contra decisão judicial, o 
impetrante deve, antes, manifestar o recurso adequado, para evitar a preclusão da 
matéria (Súmula n. 268 do STF). Todavia, não é menos certo, que a jurisprudência 
condiciona a impetração à prévia manifestação do recurso prévio, no viso de impedir 
a formação da coisa julgada – formal ou material. Mas, no caso, trata-se de 
impetração manejada por terceiro, estranho ao processo de inventário e, qualquer 
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 30 
decisão proferida neste (inventário), em relação ao impetrante – é inutiliter datur, é 
dispicienda de efeito, inexistindo preclusão.” (RMS 4822 RJ, Rel. Ministro 
DEMÓCRITO REINALDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/12/1994, DJ 
19/12/1994) 
 
Súmula nº 212 – A compensação de créditos tributários não pode ser deferida 
por medida liminar. 
 
“Esta Colenda Corte já firmou o entendimento no sentido de que a compensação de 
tributos não é possível de ser efetivada via liminar em mandado de segurança, ou em 
ação cautelar, ou em antecipação de tutela, face à ausência do conjunto dos requisitos 
previstos no art. 273, do CPC, para o seu deferimento. II – Aplicação da Súmula nº 
212/STJ: ‘A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida 
liminar.´”(AgRg no Resp 537736 SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/12/2003, DJ 22/03/2004) 
 
Súmula nº 213 – O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração 
do direito à compensação tributária. 
 
“E POSSIVEL CONCEDER-SE MANDADO DE SEGURANÇA, PARA QUE SE 
RECONHEÇA A POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO TRIBUTARIA, 
RESERVANDO-SE AO FISCO, A POSSIBILIDADE DE REVER O 
LANÇAMENTO.” (Resp 148742 SP, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE 
BARROS, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/02/1998, DJ 13/04/1998) 
 
Súmula nº 376 – Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de 
segurança contra ato de juizado especial. 
 
Consoante a jurisprudência do STJ, admite-se a impetração de mandado de segurança 
perante os Tribunais de Justiça dos Estados para o exercício do controle de 
competência dos juizados especiais, ficando a cargo das Turmas Recursais, a teor 
do que dispõe a Súmula nº 376 do STJ, o writ que tenha por escopo o controle de 
mérito dos atos de juizado especial. 
 
Súmula nº 460 – É incabível o mandado de segurança para convalidar a 
compensação tributária realizada pelo contribuinte. 
 
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 31 
O STJ firmou orientação de que é cabível a impetração de Mandado de Segurança 
com vistas à declaração do direito à compensação tributária, conforme o enunciado 
da Súmula 213/STJ. Contudo, esse entendimento não contempla o pleito de 
convalidação da compensação anteriormente efetuada por iniciativa do próprio 
contribuinte. 
 
Efetuada a compensação, inexiste para o contribuinte direito líquido e certo 
relativamenteao pedido de convalidação do quantum anteriormente compensado, 
pois o Poder Judiciário não pode imiscuir-se ou limitar o poder da Autoridade 
Fazendária de fiscalizar a existência de créditos a compensar, assim como examinar o 
acerto do procedimento adotado nos termos da legislação vigente. (AgRg no Resp 
725451 SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
09/12/2008, Dje 12/02/2009) 
 
 
STF 
 
 
SÚMULA Nº 101. O mandado de segurança não substitui a ação popular. 
 
SÚMULA Nº 266. Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. 
 
SÚMULA Nº 267. Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de 
recurso ou correição. 
 
SÚMULA Nº 268. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com 
trânsito em julgado. 
 
SÚMULA Nº 269. O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança. 
 
SÚMULA Nº 270. Não cabe mandado de segurança para impugnar enquadramento 
da Lei 3.780, de 12/7/1960, que envolva exame de prova ou de situação funcional 
complexa. 
 
SÚMULA Nº 271. Concessão de mandado de segurança não produz efeitos 
patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados 
administrativamente ou pela via judicial própria. 
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SÚMULA Nº 272. Não se admite como ordinário recurso extraordinário de decisão 
denegatória de mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 304. Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa 
julgada contra o impetrante, não impede o uso da ação própria. 
 
SÚMULA Nº 392. O prazo para recorrer de acórdão concessivo de segurança conta-
se da publicação oficial de suas conclusões, e não da anterior ciência à autoridade 
para cumprimento da decisão. 
 
SÚMULA Nº 405. Denegado o mandado de segurança pela sentença, ou no 
julgamento do agravo, dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, 
retroagindo os efeitos da decisão contrária. 
 
SÚMULA Nº 429. A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não 
impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade. 
 
SÚMULA Nº 430. Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o 
prazo para o mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 433. É competente o Tribunal Regional do Trabalho para julgar 
mandado de segurança contra ato de seu presidente em execução de sentença 
trabalhista. 
 
SÚMULA Nº 474. Não há direito líquido e certo, amparado pelo mandado de 
segurança, quando se escuda em lei cujos efeitos foram anulados por outra, declarada 
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
SÚMULA Nº 510. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência 
delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. 
 
SÚMULA Nº 511. Compete à Justiça Federal, em ambas as instâncias, processar e 
julgar as causas entre autarquias federais e entidades públicas locais, inclusive 
mandados de segurança, ressalvada a ação fiscal, nos termos da Constituição Federal 
de 1967, art. 119, § 3º. 
 
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SÚMULA Nº 512. Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de 
mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 597. Não cabem embargos infringentes de acórdão que, em mandado 
de segurança, decidiu, por maioria de votos, a apelação. 
 
SÚMULA Nº 623. Não gera por si só a competência originária do Supremo Tribunal 
Federal para conhecer do mandado de segurança com base no art. 102, I, “n”, da 
Constituição, dirigir-se o pedido contra deliberação administrativa do tribunal de 
origem, da qual haja participado a maioria ou a totalidade de seus membros. 
 
SÚMULA Nº 624. Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer 
originariamente de mandado de segurança contra atos de outros tribunais. 
 
SÚMULA Nº 625. Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de 
mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 626. A suspensão da liminar em mandado de segurança, salvo 
determinação em contrário da decisão que a deferir, vigorará até o trânsito em 
julgado da decisão definitiva de concessão da segurança ou, havendo recurso, até a 
sua manutenção pelo Supremo Tribunal Federal, desde que o objeto da liminar 
deferida coincida, total ou parcialmente, com o da impetração. 
 
SÚMULA Nº 627. No mandado de segurança contra a nomeação de magistrado da 
competência do Presidente da República, este é considerado autoridade coatora, ainda 
que o fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em fase anterior do 
procedimento. 
 
SÚMULA Nº 629. A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de 
classe em favor dos associados independe da autorização destes. 
 
SÚMULA Nº 630. A entidade de classe tem legitimação para o mandado de 
segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da 
respectiva categoria. 
 
SÚMULA Nº 631. Extingue-se o processo de mandado de segurança se o impetrante 
não promove, no prazo assinado, a citação do litisconsorte passivo necessário. 
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 34 
 
SÚMULA Nº 632. É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a 
impetração de mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 701. No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público 
contra decisão proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como 
litisconsorte passivo. 
 
 
III. MODELO DE PEÇA 
 
 
EXMº. SR. (Juiz de Direito, Juiz Federal, Desembargador Presidente ou Ministro 
Presidente) DA(O) (Vara Cível, Vara da Fazenda Pública, Vara Federal, Vara do 
Trabalho, do STF, do STJ, do Tribunal xxxx) DA (Comarca xxxx, da Seção 
Judiciária xxxx, da Subseção Judiciária xxx). 
 
 
 
 
 
 
 
PESSOA X, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG nº. xxxxxx 
SSP-XX, CPF nº. xxxxx, (endereço), neste ato representado pelo seu Advogado, 
constituído na forma do anexo instrumento de mandato, com endereço profissional 
(endereço), local onde receberá as comunicações desse MM. Juízo, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5o, inciso 
LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil, c/c o art. 1º da Lei nº. 
12.016/2009, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido de liminar 
inaudita autera pars, contra ato da (autoridade coatora), (ministro, secretário, 
diretor ..., do órgão, entidade, ...), que (descrever sucintamente o ato), pelas razões 
de fato e de direito a seguir apresentadas. 
 
 
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DOS FATOS (Exemplo de fatos) 
 
 
O Edital que contém o Regulamento do IX Concurso Público para Provimento de 
Cargos de Procurador do Trabalho, publicado no Diário Oficial da União de 26 de 
junho de 2000, Seção 03, cópia inclusa, é embasado na Resolução 048, de 02 de maio 
de 2000, do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, publicada no DJ 
de 09 de maio de 2000, Seção 01, cópia inclusa, e na Lei Complementar 75/93 (Lei 
Orgânica do Ministério Público da União), que estabelecem os requisitos a serem 
preenchidos pelos candidatos quando da inscrição: 
 
 
LEI COMPLEMENTAR nº 75/93 
 
"Art. 183 – Os cargos das classes iniciais serão providos por nomeação, em 
caráter vitalício, mediante concurso público específico para cada ramo. 
 
Art. 187 – Poderão inscrever-se no concurso bacharéis em Direito há pelo 
menos dois anos, de comprovada idoneidade moral. 
 
 
Art. 191 – Não serão nomeados os candidatos aprovados no concurso, que 
tenham completado sessenta e cinco anos ou que venham a ser considerados 
inaptos para o exercício do cargo em exame de higidez física e mental." 
(grifos nossos) 
 
RESOLUÇÃO 048/2000 do CSMPT 
 
Art. 39 - A inscrição definitiva deverá

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