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Resumo-Medicina Legal-Aula 12-Traumatologia_Asfixiologia-Paulo Vasques

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Delegado de Polícia 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Medicina legal 
Professor: Paulo Vasques 
Aula: 12| Data: 04/05/2018 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
TRAUMATOLOGIA FORENSE 
1. Energia de Ordem Física – continuação 
2. Energia de Ordem Química 
3. Energia de Ordem Biodinâmica 
 
ASFIXIOLOGIA 
1. Conceitos 
2. Características 
 
TRAUMATOLOGIA 
1. Energia de Ordem Física – continuação 
 
1- Temperatura: calor e frio 
2- Eletricidade: atmosférica ou industrial. 
3 – Pressão Atmosférica 
4 – radioatividade 
5 – Luz e Som 
 
 PRESSÃO ATMOSFÉRICA: É a pressão exercida pelo ar sobre qualquer corpo. As baropatias* são as 
alterações provocadas no organismo pela permanência em ambientes de pressão muito elevada ou muito 
baixa. A nível do mar corresponde a 1036 kg/cm2 de superfície, ou uma coluna de mercúrio de 76 cm de 
altura, denominada de uma atmosfera. 
 
*Baropatias: são doenças causadas por exposição a alterações da pressão atmosférica. 
 
 Diminuição da pressão atmosférica: Denominada de “mal das montanhas”, incapacidade do sangue 
de transportar quantidade suficiente de oxigênio. São as perturbações que ocorrem no organismo pela 
rarefação do ar e consequente hipoxemia, que por sua vez, são agravadas pelo esforço físico. O sangue 
produz mais glóbulos vermelhos de forma compensatória, o que é denominado de poliglobulia das 
alturas. 
 
 
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Abaixo de 3000 metros não se detectam alterações cardiorrespiratórias significativas; entre 3000 e 
4600 metros, ocorre uma ‘hipoxia compensada’; entre 4600 e 6100 metros ocorre um entorpecimento 
dos sentidos, alucinações, letargia ou euforia. Acima de 6100 metros surgem apneia (parada 
respiratória) e morte. 
 
 Aumento da pressão atmosférica: Denominado de “mal dos caixões” ou “mal dos escafandristas”, 
comum em mergulhadores. As alterações orgânicas advindas da compressão e intoxicação pelo 
oxigênio, nitrogênio e gás carbônico, e da descompressão súbita após o corpo estar sob alta pressão 
atmosférica, responsável pela ocorrência de hemorragia interna e externa e embolias gasosas e morte. 
Pode haver baropatias decorrentes de explosões pela força expansiva dos gases liberados. Blast – 
impacto da onda de choque gerada por explosões. 
 
 RADIOATIVIDADE: 
 
 As principais fontes radioativas responsáveis por dano são: o RX, o rádio e a energia atômica. O RX é 
responsável por lesões cutâneas chamadas de radiodermites. 
 
 Quando agudas podem ser divididas em três graus distintos: 
 1º grau: forma eritematosa, temporária, associada a queda de pelos ou perda dos cabelos. 
 
 2º grau: forma pápulo-eritematosa com formação de ulceras recobertas por secreção 
serosanguinolenta e sequela cicatricial. 
 
 3º grau: forma ulcerosa com áreas de necrose conhecidas como úlceras de Röentgen. Além dessas, 
na forma aguda podem originar queimaduras. 
 
 Na forma crônica podemos ter a ocorrência de câncer por raio-X, alterações genéticas (alteração do 
cromossomo) e infertilidade. 
 
 LUZ E SOM 
 Som: Epilepsia acustogênica – surdez por trauma acústico. 
 
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 A luz de alta intensidade pode provocar lesões no nervo ótico com perda visual completa. Outras formas 
de radiação como o infravermelho e o ultravioleta podem lesar o cristalino, assim como o raio laser que 
pode provocar lesão na córnea. 
2. Energia de Ordem Química: são todas as substâncias que, por sua ação química, são capazes de, entrando em 
reação com os tecidos vivos, causar danos à vida ou à saúde. 
 
 Predominantemente acidental ou criminosa e raramente suicida. Quando criminosa a sede mais comum 
das lesões é a face e as regiões do pescoço e tórax, com a intenção de desfigurar a vítima por uma 
deformidade aparente e permanente. 
 
 Antigamente usava-se o óleo de vitríolo (ácido sulfúrico) para desfigurar as vítimas. Esta forma de lesão 
tornou-se conhecida como vitriolagem. 
 
 Vitriolagem: lesões externas (cutâneas) ou internas (viscerais) causadas por substâncias cáusticas que 
produzem queimaduras químicas podendo ser classificadas como ácidos ou bases. 
 
 
 Ácidos: produzem coagulação das albuminas e desidratação dos tecidos com formação de ulcerações 
secas. Ex.: ac. sulfúrico, ac. clorídrico, ac. nítrico, hipoclorito de sódio, permanganato de potássio. 
 
 Bases: substâncias liquefaciantes que produzem ulcerações úmidas. Ex.: potassa, soda, amônia. 
 
 Veneno: De acordo com Calabuig (1998) considera-se como venenos aquelas substâncias químicas de 
qualquer natureza que possuem a capacidade de produzir efeitos nocivos sobre o organismo. 
 
 
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 tóxico ou veneno: “como todo agente químico que, introduzido no organismo, altera elementos 
bioquímicos fundamentais para a vida” (Calabuig, p.598). 
 
 “veneno é toda substância que, por sua natureza, em dose relativamente pequena, quando 
ingerida ou introduzida no organismo, tem, como efeito habitual, em pessoas sadias, provocar o 
desequilíbrio das funções orgânicas, ou desorganizar os tecidos, acarretando grave perturbação 
da saúde, ou a morte”. Heitor Vasconcellos 
 
 Todo envenenamento é uma intoxicação exógena, mas nem toda intoxicação exógena é um 
envenenamento. 
 
 O melhor critério que define a capacidade tóxica de uma substância é a: 
 Dose efetiva: quando suficiente para produzir seus efeitos tóxicos. 
 Dose letal: quando suficiente para provocar a morte do receptor. 
 
 Natureza: 
 Mineral 
 Vegetal 
 Animal 
 
 Vias de introdução: Interferem na capacidade de absorção. 
 Parenteral: endovenosa 
 Intramuscular 
 Subcutânea 
 Intradérmica 
 Cavidades abdominal, torácica e do Sistema nervoso 
 Cutânea 
 Oral: influenciada pela presença de alimentos. 
 
 Vias de eliminação: 
 Renal: é a mais importante. 
 Fígado, pulmões, pele, saliva, intestinos. 
 
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 Fatores modificadores da ação tóxica: 
 
 Susceptibilidade individual 
 Hiperreatividade 
 Hiporreatividade. 
 
 Tolerância 
 Hiporreatividade: 
 Adquirida: por indução enzimática - “mitridatismo” - Imunização de um paciente contra os efeitos de 
um veneno, que se adquire aplicando doses gradualmente crescentes do mesmo veneno. Ex.: bebida 
alcoólica. 
3. Energia de Ordem Biodinâmica 
 
 CHOQUE: é uma síndrome, um conjunto de sinais e sintomas relacionados com uma queda acentuada da 
pressão arterial. É a queda de pressão que leva o indivíduo a morte. 
 primário 
 Qnto ao momento de instalação 
 secundário 
 cardiogênico 
 obstrutivo 
choque hemorrágico 
 Qnto a origem hipovolêmico 
 hidropênico 
 infeccioso 
 periférico anafilático 
 neurogênico 
 
 
ASFIXIOLOGIA 
1. Conceitos: 
 
 Asfixia indica “falta de pulso” e é utilizado para indicar a supressão da respiração. 
 Estudo dos mecanismos da ASFIXIA e suas consequências. ASFIXIA: é a cessão da respiração. 
 
 Página 6 de 8 
 
 Asfixia é considera pelo direito penal como meio cruel, principalmente pelo tempo necessárioa produção 
da morte, cerca de três minutos ou mais, levando a vítima a grande sofrimento físico e mental. 
Art. 121, § 2°, III-CP: - com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa 
resultar perigo comum. 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. (Grifo nosso) 
 Tem interesse jurídico como determinante etiológico primário violento da causa mortis. 
 causa primária da morte: quanto ao tempo 
 violentas: quanto ao modo 
 mecânicas: quanto ao meio 
 
2. Características gerais: 
 
 Sinais Externos: 
 
 Cianose: cor arroxeada da pele decorrente do acumulo de gás carbônico no sangue. 
 Equimose conjuntival: na área dos olhos. 
 
 Cogumelo de espuma: mais frequente no afogado. 
 
 Procidência da língua: no enforcamento e no estrangulamento. 
 
 Hipóstases cadavéricas mais escuras ou livores de hipóstases ou livores: são manchas decorrentes do 
depósito de sangue pela ação da gravidade nas partes mais baixas do corpo de acordo com a posição 
do cadáver. 
 
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 Sinais Internos 
 
 Sangue fluido e negro: róseo no afogamento e vermelho no monóxido de carbono (aspirar fumaça). 
 
 Congestão polivisceral: pulmão, rins com sangue. Quase todos os órgãos do corpo são passíveis de 
congestão nos diferentes tipos de asfixia. O fígado, rins e pulmões são os de maior interesse na asfixia. 
 
 Equimoses viscerais: 
 
 Equimoses de Tardieu: superfície pleural (pulmão) e epicárdica (coração). São pequenos pontos 
esquemáticos no pulmão e coração, sinal de asfixia. Manchas avermelhadas (petéquias 
hemorrágicas), encontradas em quase todos os casos de asfixia mecânica, principalmente nos 
pulmões, e decorrem da ruptura dos capilares pela alta pressão arterial provocada pelo 
aumento de concentração de gás carbônico no sangue. 
 
 Equimoses de Paltauf: nos afogados. Se diferem das de Tardieu por serem maiores e terem 
origem nas roturas do parênquima pulmonar devidas a penetração brusca de líquido. 
 
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Os pontos vermelhos no coração são as equimoses de Tardieu. Manchas de Paltauf em afogados.

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