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SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

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1 Renan Lopes Fernandes – MED104 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
 
1. VISÃO GERAL DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
 
O sistema reprodutor masculino é constituído 
por dois testículos suspensos dentro do 
escroto, por um sistema de ductos genitais 
intratesticulares (túbulos retos, rede 
testicular e ductos eferentes) e 
extratesticulares (epidídimo, ducto deferente 
e ducto ejaculador), pelas glândulas 
associadas (acessórias, 1 próstata, 1 par de 
vsículas seminais, 1 par de glândulas 
bulbouretais) e pelo pênis. 
 
As principais funções desse sistema são a 
contínua produção, nutrição e 
armazenamento temporário de gametas 
masculinos haploides (espermatozoides); e a 
síntese e secreção dos hormônios esteroides 
sexuais masculinos (andrógenos). 
 
Os testículos são responsáveis pela formação 
dos espermatozoides, bem como pela síntese, 
armazenamento e liberação da testosterona. 
 
As glândulas associadas ao trato reprodutor 
são as duas vesículas seminais, a próstata e as 
duas glândulas bulbouretrais. Estas glândulas 
produzem a porção não celular do sêmen, 
que não somente nutre os 
espermatozoides, mas também promove um 
veículo fluido para liberá-los no trato 
reprodutor feminino. 
 
O pênis tem dupla função: ele lança o sêmen no trato reprodutor feminino durante a cópula e serve de 
canal para a urina, conduzindo-a da bexiga para o exterior do corpo. 
 
2. TESTÍCULOS 
 
Os testículos, localizados no escroto, são órgãos ovais e pareados que produzem espermatozoides e 
testosterona. 
 
Durante a embriogênese, os testículos se desenvolvem retroperitonealmente na parede posterior da 
cavidade abdominal. À medida que eles descem para o escroto, levam junto com eles uma porção do 
peritônio. Essa evaginação peritoneal, a túnica vaginal, forma uma cavidade serosa que envolve 
parcialmente a região antero-lateral de cada testículo, permitindo um certo grau de mobilidade dentro do 
seu compartimento no escroto. Para a manutenção da gametogênse e produção dos espermatozóides é 
necessário que a temperatura esteja abaixo da temperatura corporal, por isso o escroto fica “fora do 
corpo”. 
 
Suspensos pelos cordões espermáticos e presos ao escroto pelos ligamentos escrotais. 
 
2 Renan Lopes Fernandes – MED104 
 
Cada testículo está envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso modelado, denominada túnica 
albugínea. 
 
Abaixo da túnica albugínea existe um tecido conjuntivo 
frouxo altamente vascularizado, a 
túnica vasculosa (em laranja), a qual forma a cápsula vascular 
dos testículos. 
 
A região posterior da túnica albugínea é um pouco mais 
espessada, formando o mediastino testicular, que contém 
vasos sanguíneos, linfáticos e ductos excretores, a partir do 
qual se irradiam septos de tecido conjuntivo, que subdividem 
cada testículo em compartimentos piramidais 
intercomunicantes, denominados lóbulos testiculares, 
aproximadamente 250. 
 
Cada lóbulo testicular contém de um a quatro túbulos 
seminíferos de fundo cego, envolvidos por tecido conjuntivo 
frouxo altamente vascularizado e ricamente inervado, derivado da túnica vasculosa. 
 
Dispersos por todo esse 
tecido conjuntivo estão 
pequenos conglomerados 
de células endócrinas, as 
células intersticiais (de 
Leydig), que são 
responsáveis pela síntese 
de testosterona.Os 
espermatozoides são 
produzidos pelo epitélio 
seminífero dos túbulos 
seminíferos. 
 
Os espermatozoides dirigem-se para curtos ductos 
retilíneos, os túbulos retos, que ligam a extremidade 
aberta de cada túbulo seminífero à rede testicular, um 
sistema de espaços labirínticos localizado no mediastino 
testicular. 
 
Os espermatozoides saem da rede testicular através de 
túbulos curtos, os ductos eferentes, os quais se fundem 
com o epidídimo. 
 
Na imagem ao lado, temos: 
 Em azul escuro: túnica albúginea; 
 Em rosa: o lúmen dos tubos seminíferos; 
 Em azul-claro: túnica própria, tecido que fica entre os 
túbulos, extensão da túnica vasculosa, contém vasos 
sanguíneos, céulas interticiais. 
 
 
 
3 Renan Lopes Fernandes – MED104 
3. TÚBULOS SEMINÍFEROS 
 
Os túbulos seminíferos são túbulos ocos, que estão circundados por extensos leitos 
capilares. Cada lóbulo contém de 1 a 4 túbulos seminíferos. Cerca de 1000 túbulos 
estão presentes nos 2 testículos. 
 
A parede túbulos seminíferos é constituída por uma delgada camada de tecido 
conjuntivo, a túnica própria, e por um espesso epitélio seminífero. Contém células 
de Leydig, células intersticial, vai produzir a tetosterona. 
 
A túnica própria e o epitélio seminífero, epitélio estratificado 
complexo, estão separados um do outro por uma lâmina basal 
bem desenvolvida. 
 
As extremidades dos túbulos vão se voltar próximos ao 
mediastino. A partir o mediastino tem a formação das estruturas 
das genitais. Primeiro as intratesticulares, e depois as 
extratesticulares. 
 
O tecido conjuntivo é 
constituído por delgados 
feixes entrelaçados de 
fibras de colágeno tipo I 
contendo várias camadas de 
fibroblastos. 
 
O epitélio seminífero 
(germinativo) apresenta 
várias camadas de células, e 
é constituído de duas linhagens de células: as células de Sertoli 
e as células da linhagem seminífera (espermatogênica). 
 
Na imagem acima, temos várias camadas de células, células 
espermatogênicas, que vai ter diferentes fases, ou seja terá 
espermatogônia, espermatócito primário, espermatócito secundário, 
espemátide, até chegar na formação dos espermatozóides. As camadas 
é formada por esse processo de gametogênese. Observa-se também a 
lâmina basal sustentando, com células mioides, que são células que 
estão mais presentes nos animais que nos humanos, sustentando entre 
a lâmina basal e a túnica própria. 
 
Na imagem ao lado, temos o epitélio germinativo. Tem um epitélio 
estratificado com 2 tipos de células. A célula de Sertoli se destaca, por 
ter um núcleo mais alongado, células alta, onde conseguimos onservar 
bem o nucléolo. O núcleo ele nao é tão basófilo, tem uma coloração 
mais clara, são extremamente importantes não só para a sustentação, 
mas para a preservação dos gametas masculinos. 
 
 
 
 
 
 
4 Renan Lopes Fernandes – MED104 
4. TÚNICA PRÓPRIA 
 
 Tecido conjuntivo de múltiplas camadas 
 Fibroblastos / Fibrilas de colágeno tipo 1 entrelaçadas 
 Vasos sanguíneos 
 Extensa circulação linfática 
 Células de Leydig 
 
Toda a região que está em verde 
na imagem ao lado demarca a 
túnica própria, que é um 
extensão, projeção da túnica 
vasculosa. 
As setas apontam para as células de 
Leydig ou células intesticiais, que são 
células poliédricas, que apresentam 
algumas gotículas de gordura, pontos 
brancos. Algumas podem apresentar 2 
núcleos. Producão de testosterona. 
 
5. CÉLULAS DE SERTOLI 
 
É o tipo celular predominante no epitélio seminífero até a 
puberdade. Após isso, é de apenas 10%. Também predomina nos 
idosos. Ficam entre as células gametogênicas. A forma como elas se 
organizam é uma posição estratégica, pois essas células vão ter a 
função de secretar algumas substâncias e nutrir esses 
espermatozóides. Separa o epitélio em dois compartimentos: um 
basal e outro lumina, ou seja um mais próximo da túnica própria, e 
outro mais próximo ao lúmen. 
 
As células de Sertoli são células cilíndricas altas, cujas membranas 
plasmáticas laterais possuem complexas invaginações, as quais 
tornam impossível a distinção de seus limites celulares laterais. 
Suas membranas plasmáticas apicais também são muito 
pregueadas e se projetam para os lumens dos túbulos 
seminíferos. 
 
Estas células têm um núcleo oval, pouco corado, e localizado no 
citoplasma basal, com um grande nucléolo central. O citoplasma 
apresenta inclusões, denominadas cristaloides de Charcot-
Bottcher. 
 
O citoplasma das células de Sertoli está repleto de túbulos e vesículas de RDL, contudo, a quantidade de 
REG é limitada. Também apresenta numerosas mitocôndrias, um aparelho de Golgi bem desenvolvido e 
numerosas vesículas que pertencem ao complexo endolisossomal. 
 
As membranas plasmáticas lateraisdas células de Sertoli formam junções de oclusão umas com as outras e 
subdividem o lúmen do túbulo seminífero em dois compartimentos concêntricos, isolados um do outro. 
 
O compartimento basal (espermatogônias e espermatócitos primários) é mais estreito, está localizado 
basalmente às zônulas de oclusão e circunda o compartimento luminal (espermatócitos secundários, 
 
5 Renan Lopes Fernandes – MED104 
espermátides e espermatozoides), mais largo. 
As células de Sertoli, estarão entre as células 
espermatogênicas, além de secretar 
substâncias vão separar em dois 
compartimentos. As membranas plasmáticas 
laterais formam projeções e se unem com as 
células de sertoli adjacentes. No momento 
que ela forma essa evaginações, ela envolve 
as células espermatogênicas separando o 
epitélio em dois compartimentos. 
 O compartimento basal : encontramos 
as células esprmatgônicas e espermatócitos 
primários; 
 Compartimento luminal: encontramos 
espermatócitos secundários e espermátides e sptz; 
 
As zônulas de oclusão dessas células estabelecem uma 
barreira hematotesticular que isola o compartimento 
luminal das influências do tecido conjuntivo, protegendo os 
gametas em desenvolvimento do sistema imunológico. 
 
Quando acontece essa separação dos compartimentos, 
criando a barreira hematotesticular, garante a sobrevivência 
das células. Intensa vascularização no tecido conjuntivo 
frouxo, com células de defesa. Os espermatozóides 
começam a ser produzidos na puberdade, o indivíduo já tem 
o sistema imune todo formado quando chega na puberdade, 
porém começa a produzir as células novas, os 
espermatozóides, e o tecido conjuntivo circundante se não 
tivesse a barreira 
hematotesticular poderiam 
destruir essas células. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1. AS CÉLULAS DE SERTOLI REALIZAM DIVERSAS FUNÇÕES 
 
 Suporte físico e nutricional das células germinativas em desenvolvimento. 
 Fagocitose do citoplasma eliminado pelas espermátides durante a espermatogênese. 
 Estabelece uma barreira hematotesticular através da formação de zônulas de oclusão entre 
as células de Sertoli adjacentes. 
 Síntese e liberação da proteína de ligação a andrógeno (ABP), uma macromolécula que facilita o 
aumento da concentração de testosterona nos túbulos seminíferos através de sua ligação a ela, 
impedindo que ela deixe os túbulos. 
 Síntese e liberação do hormônio antimulleriano, o qual impede a formação dos ductos de Muller, e 
 
6 Renan Lopes Fernandes – MED104 
assim estabelece a “masculinidade” do embrião em desenvolvimento. 
 Síntese e secreção de inibina, um hormônio que inibe a liberação do hormônio FSH pela adeno-
hipófise. 
 Secreção de um meio rico em frutose que nutre e facilita o transporte dos espermatozoides para os 
ductos genitais. 
 Síntese e secreção da transferrina testicular, uma apoproteína que capta o ferro da transferrina do 
soro e conduz para os gametas em maturação. 
 
6. CÉLULAS DA LINHAGEM GERMINATIVA (SEMINÍFERA) 
 
Constitui a maioria das células do 
epitélio seminífero após a puberdade. 
 
Essas células possuem diferentes 
estágios de maturação. 
 
No compartimento basal estão 
localizadas as espermatogônias, 
enquanto no compartimento luminal 
estão a maioria das células em 
desenvolvimento, os espermatócitos 
primários, espermatócitos 
secundários, espermátides e 
espermatozoides. 
 
As espermatogônias são células diploides que sofrem divisão meiótica para formar mais espermatogônias. 
 
Os espermatócitos primários migram do compartimento basal para o compartimento luminal. Eles 
entram na primeira divisão meiótica para formar espermatócitos secundários, que sofrem a segunda 
divisão meiótica formando as espermátides (haploides). As espermátides transformam-se em 
espermatozoides pela eliminação de grande parte de seu citoplasma, do rearranjo de suas organelas e da 
formação de um flagelo. 
 
As células resultantes fazem parte do processo 
de maturação denominado espermatogênese, 
que possui três fases: 
 
 Espermatocitogênese (espermatogônia): 
diferenciação das espermatogônias em 
espermatócitos primários. Acontece no ínicio da 
puberdade sob nível crescente de gonadotrofinas 
hipofisárias. Contínuo por toda a vida. 
 
 Meiose (espermatocitica): divisão de 
redução por meio da qual espermatócitos 
primários diploides reduzem seu conteúdo 
cromossômico, formando espermátides 
haploides. 
 
 Espermiogênese (espermática): 
transformação de espermátides em 
espermatozoides. 
 
7 Renan Lopes Fernandes – MED104 
7. CÉLULAS DE LEYDIG 
 
Estão dispersas entre os elementos do tecido conjuntivo da túnica 
vasculosa. 
 
Produzem e secretam testosterona. 
 
São células poliédricas, com núcleo único. 
 
São células produtoras de esteroides, que apresentam mitocôndrias 
com cristas tubulosas, um grande acúmulo de REL e um aparelho de 
Golgi bem desenvolvido. Possuem também algum REG e numerosas 
gotículas lipídicas, mas não possuem vesículas de secreção, porque 
a testosterona é liberada logo após a sua síntese ser completada. 
 
Também possui lisossomos e peroxissomos evidentes, 
assim como pigmentos de lipocromo (especialmente em 
homens idosos). 
 
Seu citoplasma contém proteínas cristalizadas, os cristais 
de Reinke, uma característica das células intersticiais 
humanas. 
 
São ativas na diferenciação fetal (hCG) e passam por um 
período de inatividade (2 a 3 meses após o parto), 
retornando a ativa na puberdade e então permanecendo 
por toda a vida. 
 
 
 
 
 
 
7.1. TESTOSTERONA 
 
 No embrião: desenvolvimento normal das gônadas; 
 Puberdade: Início da produção dos espermatozóides/secreção das glândulas sexuais e 
desenvolvimento das características sexuais masculinas; 
 Adulto: Manutenção da espermatogênese e das características sexuais secundárias; 
 
7.2. CRIPTORQUIDIA 
 
A criptorquidia é a condição médica em que os testículos não 
descem para a bolsa escrotal, por causa de anomalias no 
desenvolvimento do abdômen inferior e órgãos genitais. É um 
problema comum entre os bebês. Assim que a criança nasce é 
importante verificar se os testículos estão situados na bolsa escrotal 
e observar como evolui o caso durante um ano. É importante atentar-
se para o diagnóstico precoce, que evitará maiores complicações, como 
esterilidade e o desenvolvimento de neoplasias. Exames durante a 
gestação e logo após o nascimento podem detectar o problema nos testículos. 
 
8 Renan Lopes Fernandes – MED104 
8. DUCTOS GENITAIS 
 
Os ductos genitais podem subdivididos em duas 
categorias: 
 
 Intratesticulares: localizados dentro dos 
testículos. Compostos pelos túbulos retos e pela rede 
testicular. 
 Os ductos eferentes faz a transição dos ductos 
intratesticulares e dos extratesticulares. 
 Extratesticulares: localizados fora dos 
testículos. Compostos pelo epidídimo, ducto 
deferente e ducto ejaculador. 
 
 
 
8.1. TÚBULOS RETOS 
 
São curtos túbulos retilíneos contínuos aos túbulos 
seminíferos. 
 
Conduzem os espermatozoides formados pelo epitélio 
seminífero para a rede testicular. 
 
São revestidos pelas células de Sertoli em sua primeira 
metade próxima aos túbulos seminíferos, e por um 
epitélio simples cúbico em sua segunda metade, 
próxima a rede testicular. 
 
As células cuboides possuem curtos microvilos 
abaulados e a maioria possui um único flagelo. 
 
8.2. REDE TESTICULAR 
 
É constituída por espaços labirínticos, revestidos por epitélio cúbico simples, localizados no interior do 
mediastino testicular. 
 
As células cuboides, que são semelhantes as dos túbulos retos, possuem numerosos microvilos curtos e um 
único flagelo. 
 
Os espermatozoides imaturos passam dos túbulos retos para a rede testicular. 
 
8.3. DUCTOS EFERENTES 
 
10 a 20 ductos, que estão localizados entre a rede testicular e o epidídimo. 
 
São túbulos curtos que drenam os espermatozoides da rede testicular e perfuram a túnica 
albugínea dos testículos, conduzindo os espermatozoides para o epidídimo. Nesse ponto, os ductos 
eferentes tornam-se confluentes com o epidídimo.O lúmen de cada ducto é revestido por um epitélio simples, que possui áreas de células cúbicas não-
ciliadas que se alternam com regiões de células cilíndricas ciliadas. Esses agrupamentos de células epiteliais 
 
9 Renan Lopes Fernandes – MED104 
baixas e altas dão um aspecto festonado ao lúmen dos ductos. 
 
As células cúbicas são ricas em lisossomos, e sua membrana plasmática apical apresenta numerosas 
invaginações indicativas de endocitose. 
 
O epitélio simples está situado sobre uma lâmina basal que o separa da delgada parede de tecido 
conjuntivo frouxo de cada ducto. O tecido conjuntivo está envolvido por uma delgada camada de músculo 
liso cujas células estão dispostas circularmente. 
 
8.4. EPIDÍDIMO 
 
Cada epidídimo é um delgado e longo túbulo altamente contorcido, dobrado, 
situado na região posterior do testículo. 
 
Pode ser dividido em três regiões: cabeça, corpo e cauda. 
 
A cabeça é formada pela união de ductos eferentes, torna-se altamente 
espiralada e continua com o corpo, de maneira igualmente espiralada. 
 
A porção distal da cauda, que armazena os espermatozoides por um curto 
espaço de tempo, perde suas convoluções à medida que se torna 
contínua com o ducto deferente. 
 
O lúmen do epidídimo é revestido por um epitélio pseudo-estratificado 
cilíndrico estereociliado, constituído por dois tipos de células: células 
basais e células principais. 
 
O epitélio do epidídimo é separado do tecido conjuntivo frouxo 
subjacente através de uma lâmina basal. Uma camada circular de 
células musculares lisas envolve a camadade tecido conjuntivo. 
 
Contrações peristálticas dessa camada auxiliam a condução dos 
espermatozoides para o ducto deferente. 
 
 O epidídimo apresenta três principais funções: 
 
 Transporte de espermatozoides (peristalse). 
 Armazenamento de espermatozoides até a ejaculação 
(cauda do epidídimo). 
 Maturação de espermatozoides (a partir do corpo do epidídimo). 
 Estabilização da cromatina condensada; 
 Modificações da carga de superfície da membrana plasmática; 
 Aquisição de novas proteínas superficiais; 
 Aquisição de motilidade para frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 Renan Lopes Fernandes – MED104 
8.4.1. CÉLULAS BASAIS 
 
São curtas e variam de piramidais a poliédricas. 
 
Apresentam núcleos arredondados com grandes 
acúmulos de heterocromatina, que dão um aspecto 
denso a essa estrutura. 
 
Têm citoplasma claro e com pouca quantidade de 
organelas. 
 
 
 
 
8.4.2. CÉLULAS PRINCIPAIS 
 
São altas e possuem núcleos 
ovais irregulares, com dois 
grandes nucléolos, que são 
mais pálidos e estão 
localizados no citoplasma basal 
da célula. 
 
O citoplasma dessas células 
contém abundante REG, 
localizado entre o núcleo e a membrana plasmática de superfície basal. 
Também apresenta grande aparelho de Golgi supranuclear, numerosos 
túbulos e vesículas de REL localizados no citoplasma apical, 
endolisossomas e corpos multivesiculares. 
 
A membrana plasmática apical apresenta um grande 
número de vesículas pinocíticas e revestidas, situadas na 
base dos estereocílios que se projetam no lúmen do 
epidídimo. 
 
As células principais reabsorvem o fluido do lúmen, que é 
endocitado pelas vesículas pinocíticas e levado para os 
endolisossomas, onde é eliminado. 
 
 
Fagocitam restos citoplasmáticos 
que não foram removidos pelas 
células de Sertoli. 
 
Produzem glicerofosfocolina, 
prevenindo que o 
espermatozoide fertilize um 
ovócito secundário antes de 
entrar no trato genital feminino. 
 
 
 
 
11 Renan Lopes Fernandes – MED104 
8.5. DUCTO DEFERENTE 
 
Cada ducto deferente é um tubo muscular de 
parede espessa, com um pequeno lúmen 
irregular, que conduz os espermatozoides da 
cauda do epidídimo para o ducto ejaculador. 
 
Possuem células musculares lisas com axônio 
de nêuronios motores simpáticos, que atuarão 
na contração (clímax) na ejaculação. 
 
Possui um epitélio pseudo-estratificado 
cilíndrico estereociliado semelhante ao do 
epidídimo, porém com células principais mais 
baixas. 
 
Uma lâmina basal separa o epitélio do 
tecido conjuntivo frouxo fibro elástico 
subjacente, que possui numerosas pregas 
que dão um aspecto irregular ao lúmen. 
 
A espessa túnica de músculo liso que 
envolve o tecido conjuntivo é constituída 
por três camadas: camadas longitudinais 
interna e externa, e uma camada circular 
média interposta entre ambas. A túnica 
muscular é revestida por uma delgada 
camada de tecido conjuntivo frouxo 
fibroelástico. 
 
A porção terminal dilatada de cada ducto é 
denominada ampola, e apresenta uma mucosa espessa e altamente pregueada. Quando a ampola se 
aproxima da próstata, ela recebe o ducto da vesícula seminal. A continuação da junção da ampola com a 
vesícula seminal é denominada ducto ejaculatório. 
 
8.6. DUCTO EJACULATÓRIO 
 
Cada ducto ejaculatório é um túbulo reto e curto, que penetra na próstata e é envolvido por ela. 
 
O ducto ejaculatório termina ao perfurar a região posterior da uretra prostática no colículo 
seminal. 
 
O lúmen do ducto ejaculatório é revestido por um epitélio simples cilíndrico. 
 
O tecido conjuntivo subepitelial é pregueado, dando aspecto irregular ao lúmen. 
 
Não possui músculo liso em sua parede. 
 
 
 
 
 
12 Renan Lopes Fernandes – MED104 
8.6.1. VASECTOMIA 
 
 Consiste em seccionar os canais deferentes, 
que conduzem os espermatozóides dos testículos em 
direção ao meio externo. 
 O esperma continua sendo produzido e os 
hôrmonios sexuais masculinos continuam sendo 
fabricados e lançados no sangue. Assim, o homem 
possui desejo sexual, é potente e ejacula 
normalmente. 
 Método de esterilização masculina definitiva 
a longo prazo. 
 Cirurgia indolor 
 Obs: Vasovasostomia é a cirurgia de reversão 
da Vasectomia. 
 
9. GLÂNDULAS GENITAIS ACESSÓRIAS 
 
O sistema reprodutor masculino possui cinco glândulas acessórias: um par de vesículas seminais, uma 
próstata e um par de glândulas bulbouretrais. 
 
9.1. VESÍCULAS SEMINAIS 
 
As duas vesículas seminais são estruturas tubulosas e altamente 
contorcidas, que estão localizadas entre a região posterior do colo da 
bexiga e a próstata e se unem à ampola do ducto deferente logo 
acima da próstata. 
 
A mucosa das vesículas é altamente contorcida, formando fundos-de-
saco semelhantes a labirintos, que são observados abrindo em um 
lúmen central. 
 
O lúmen é revestido por um epitélio pseudo-estratificado cilíndrico 
composto de células basais curtas e células cilíndricas baixas. 
 
Cada célula cilíndrica possui numerosos 
microvilos curtos e um flagelo único que se 
projeta no lúmen da glândula. O citoplasma 
dessas células apresenta REG, aparelho de Golgi, 
numerosas mitocôndrias, algumas gotículas 
lipídicas e de lipocromo, e abundantes grânulos 
de secreção. A altura das células varia com os 
níveis de testosterona no sangue. 
 
O tecido conjuntivo subepitelial é fibroelástico e 
é envolvido por células musculares lisas dispostas 
em uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa. 
 
A túnica do musculo liso é circundada por uma delgada camada de tecido conjuntivo fibroelástico 
(adventícia). 
 
 
 
13 Renan Lopes Fernandes – MED104 
As vesículas seminais produzem um fluido seminal rico em frutose de cor 
amarelada. A frutose é a fonte de energia para os espermatozoides. A cor 
amarelada deve-se ao pigmento lipocromo liberado pelas vesículas. 
 
Secreção de líquido viscoso que constitui 70-80% do ejaculado humano: 
 
 Proteínas seminais coagulantes; 
 Frutose (maior fonte de energia para os espermatozóides) 
 Prostaglandinas 
 Lipocromo (confere a cor amarela-clara ao sêmen) 
 
 
 
 
 
 
9.2. PRÓSTATA 
 
É a maior das glândulas acessórias e é 
atravessada pela uretra e perfurada pelos 
ductos ejaculatórios. 
 
A delgada cápsula desta glândula é constituída 
por tecido conjuntivo denso não- modelado, 
ricamente vascularizado, entremeado por 
células musculares lisas. 
 
O estroma de tecido conjuntivo desta glândula é 
derivado da cápsula e consequentemente é 
enriquecidopor fibras musculares lisas, além 
das células normais do tecido conjuntivo. 
 
A próstata é um conglomerado de 30 a 50 
glândulas tubuloalveolares compostas 
individuais e dispõe em três camadas distintas 
concêntricas: glândulas periuretais da mucosa, 
glândulas periuretais da submucosa e glândulas principais. Cada 
glândula possui o seu próprio ducto, que lança o produto de 
secreção na uretra prostática. 
 
 Glândulas da mucosa: são as mais próximas da uretra 
e, por isso, são as glândulas mais curtas. 
 
 Glândulas da submucosa: são periféricas às glândulas da 
mucosa e são mais longas. 
 
 Glândulas principais: são as maiores e mais numerosas, e 
constituem a maior parte da próstata. 
 
 
 
 
 
14 Renan Lopes Fernandes – MED104 
As unidades secretoras da próstata são revestidas por um epitélio simples 
cilíndrico a pseudo-estratificado, cujas células são dotadas com 
organelas responsáveis pela síntese e acondicionamento de proteínas e 
consequentemente possuem REG abundante, aparelho de Golgi grande, 
numerosos grânulos de secreção e muitos lisossomos. 
 
O lúmen dos alvéolos prostáticos 
frequentemente contém concreções 
prostáticas (corpos amiláceos), 
arredondados a ovais, compostas por 
glicoproteínas calcificadas, que 
aumentam em número com o avanço 
da idade. 
 
A secreção prostática constitui uma 
parte do sêmen. É um liquido seroso, branco, rico em lipídios, enzimas 
proteolíticas, fosfatase ácida, fibrinolisina e ácido cítrico. A formação, 
síntese e liberação das secreções prostáticas são reguladas pela 
diidrotestosterona, a forma ativa da testosterona. 
 
Hiperplasia prostática benigna afeta as glândulas da mucosa 
principlamente, pois pressionam a uretra, dificultando a saída da urina. 
 
Função: Secreção de líquido alcalino que: neutraliza o conteúdo vaginal ácido, proporciona nutrientes e 
transporte para os espermatozóides e liquefaz o sêmen. A partir de uma enzima vai ter a formação da 
diidrotestoterona, a partir da testosterona. Vai ter a secreção de fosfatase ácida específica da próstata, 
amilase, fibrinolisina, antígeno prostático específico (PSA), que é um valioso marcador para detecção 
precoce do câncer de próstata. 
 
9.3. GLÂNDULAS BULBOURETRAIS 
 
As glândulas bulbouretrais são pequenas e estão 
localizadas na raiz do pênis, junto ao início da 
uretra membranosa. 
 
Sua cápsula fibroelástica contém fibroblastos, 
células musculares lisas, fibras musculares 
esqueléticas derivadas dos músculos do diafragma 
urogenital. 
 
Septos derivados da cápsula dividem cada glândula 
em vários lóbulos, cotendo porções secretoras 
tubuloalveolares e um ducto excretor que 
desemboca na uretra peniana 
 
O epitélio destas glândulas tubulosas varia de cúbico simples a 
cilíndrico simples. 
 
Função: Secreção mucosa (galactose e ácido siálico). 
Lubrificante. Precede a emissão do sêmen ao longo da uretra 
peniana. Neutralizar os ácidos da uretra. 
 
 
15 Renan Lopes Fernandes – MED104 
9.4. PÊNIS 
 
O pênis é composto por três colunas de 
tecido erétil, cada qual contida dentro de 
uma cápsula de tecido conjuntivo denso 
fibroso, a túnica albugínea. 
 
Duas das colunas de tecido erétil, os corpos 
cavernosos, estão localizadas dorsalmente; 
suas túnicas albugíneas são descontinuas 
em algumas regiões, permitindo a 
comunicação entre seus tecidos eréteis. A 
terceira coluna, o corpo esponjoso, está 
localizada ventralmente. Como o corpo 
esponjoso contém a porção peniana da 
uretra, é também denominado de corpo 
cavernoso da uretra. A região distal do 
corpo esponjoso termina em uma porção 
bulbosa dilatada, a glande do pênis. 
 
Os três corpos de tecido erétil estão envolvidos por uma 
bainha comum de tecido conjuntivo frouxo e cobertos por 
uma pele fina sem hipoderme. A pele da porção 
proximal do pênis possui numerosas glândulas sebáceas e 
sudoríparas. 
 
A porção distal do pênis apresenta apenas algumas glândulas 
sudoríparas. A pele continua distalmente em direção em 
direção à glande do pênis formando o prepúcio, o qual é 
revestido por uma membrana mucosa úmida de epitélio 
estratificado pavimentoso não-queratinizado. 
 
9.5. O TECIDO ERÉTIL 
 
Contém numerosos espaços de formato variado, revestidos 
por endotélio e separados uns dos outros por trabéculas de 
tecido conjuntivo e células musculares lisas. 
 
Os espaços vasculares dos corpos cavernosos são maiores 
no centro e menores na periferia, próximos a túnica 
albugínea. Os espaços vasculares do corpo esponjoso 
apresentam tamanhos semelhantes ao longo de toda a sua 
extensão. 
 
As trabéculas do corpo esponjoso contêm mais fibras 
elásticas e menos células musculares lisas do que as dos 
corpos cavernosos. 
 
Os tecidos eréteis dor corpos cavernosos recebem sangue dos ramos das artérias profunda e dorsal do 
pênis, os quais penetram nas paredes das trabéculas do tecido e formam plexos capilares. 
A drenagem venosa ocorre através de três grupos de veias, os quais são drenados pela veia dorsal 
profunda.

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