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Embriologia do sist digestivo

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Julia Ladeira de Moraes
10/08/2021
AMEC
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
- O sistema digestório é formado pelo trato digestório da boca ao ânus com glândulas e órgãos associados
- A parte que vai da membrana bucofaringe até a membrana cloacal é o tubo digestivo 
- A membrana bucofaringe se abre, dando origem à boca
- A área cardiogênica, além de originar o coração, também origina os pulmões, a traqueia e o fígado
- Do tubo digestivo médio/intestino médio sairá um tubo chamado ducto onfalomesentérico/ducto vitelino que ficará entre 
ele e o saco vitelínico, desaparecendo com o passar do tempo
- O ducto onfalomesentérico/vitelino será a esplancnopleura (que é o intestino embrionário formado pela junção do mesoderma 
esplâncnico lateral com o endoderma embrionário, que originará o tubo digestivo) e ao redor dele será a somatopleura (que é a 
parede do corpo do embrião formada pela junção do mesoderma somático lateral com o ectoderma embrionário, que originará a
parede anterior do tórax e abdômen ao se unir anteriormente)
- Entre a somatopleura e a esplancnopleura há o celoma intraembrionário que, durante o 2º mês se divide em três cavidades corporais: cavidade pericárdica, cavidades pleurais e cavidade peritoneal
- Quando a somatopleura se junta anteriormente, o celoma intraembrionário também se une e se torna a cavidade peritoneal 
- O tubo digestivo cresce mais do que o embrião 
- O intestino primitivo se forma durante a 4º semana, quando a cabeça, a eminência caudal (cauda), e as pregas laterais incorporam a parte dorsal da vesícula umbilical (saco vitelínico). O endoderma do intestino primitivo dá origem à maior parte do intestino, epitélio e glândulas
Conduto traqueobrônquico
Fígado 
Fígado 
Fígado 
 Conduto 
traqueobrônquico
Tubo digestivo anterior/Intestino anterior:
- Os derivados do intestino anterior são a faringe primitiva e seus derivados, o sistema respiratório inferior, o esôfago, o estômago, o duodeno, o fígado, o sistema biliar (ductos hepáticos, vesícula biliar e ducto biliar) e o pâncreas. Esses derivados do intestino anterior, exceto a faringe, o trato respiratório inferior e a maior parte do esôfago, são supridos pela artéria tronco celíaco
- O esôfago desenvolve-se a partir do intestino anterior imediatamente após à faringe e por trás da área cardiogênica. Inicialmente, o esôfago é curto, mas ele se alonga rapidamente, devido ao crescimento e reposicionamento do coração e dos pulmões, alcançando seu comprimento final relativo por volta da 7º semana, atravessando o diafragma. Seu epitélio e suas glândulas são derivados do endoderma O músculo estriado que forma a muscular externa (músculo externo) do terço superior do esôfago é derivado do mesênquima do quarto e do sexto arcos faríngeos. O músculo liso, principalmente no terço inferior do esôfago, desenvolve-se a partir do mesênquima esplâncnico circundante.
- Inicialmente, a parte distal do intestino anterior é uma estrutura tubular, e, durante a 4º semana, uma ligeira dilatação indica o local do estômago primitivo que irá aumentar e alargar ventrodorsalmente. Durante as duas semanas seguintes, a margem dorsal do estômago cresce mais rapidamente do que a sua margem ventral, o que demarca a curvatura maior do estômago em desenvolvimento. O alargamento do mesentério e dos órgãos adjacentes, e o crescimento das paredes do estômago contribuem para a rotação desse órgão. À medida que o estômago aumenta e adquire a sua forma final, ele gira lentamente 90 graus no sentido horário (visto pela extremidade cranial) em torno do seu eixo longitudinal. Com essa rotação do estômago, a margem ventral (curvatura menor) se move para a direita e a margem dorsal (curvatura maior) se move para a esquerda. Assim, o lado esquerdo original torna-se a superfície ventral e o lado direito original torna-se a superfície dorsal. O nervo vago esquerdo supre a parede anterior do estômago do adulto e o nervo vago direito inerva a parede posterior dele
- O estômago está suspenso na parede dorsal da cavidade abdominal pelo mesentério dorsal, chamado mesogástrio dorsal primitivo, que se junta ao estômago, que liga o duodeno ao fígado e à parede abdominal ventral e que é originado a partir de fendas isoladas que se desenvolvem no mesênquima, que logo coalescem/se juntam para formar uma cavidade única conhecida como bolsa omental/saco peritoneal menor (grande recesso na cavidade peritoneal). Esse mesentério, que
também contém o baço e a artéria tronco celíaco, estando originalmente localizado no plano mediano, é levado para a esquerda durante a rotação do estômago, 
aumentando, assim, a bolsa omental que se expande, ficando entre o estômago e a parede abdominal posterior, facilitando os movimentos desse órgão digestivo e se
comunicando com a cavidade peritoneal por uma abertura denominada forame omental (a parte anterior do estômago vai para o lado esquerdo do corpo, enquanto
parte posterior vai para o lado direito do corpo)
 mesogástrio 
dorsal primitivo
mesogástrio ventral primitivo
- No início da 4º semana, o duodeno começa a se desenvolver a partir da parte caudal do intestino anterior, da parte cranial do intestino médio, e do mesênquima esplâncnico associado a essas partes do intestino primitivo. A junção das duas porções do duodeno ocorre imediatamente após à origem do ducto colédoco. O duodeno cresce rapidamente, formando uma alça em forma de “C” que se projeta ventralmente. Com a rotação do estômago, a alça duodenal gira para a direita e é pressionada contra a parede posterior da cavidade abdominal ou em uma posição retroperitoneal (externa ao peritônio). Devido à sua derivação do
intestino anterior e do intestino médio, o duodeno é irrigado por ramos das artérias troco celíaco e mesentérica superior que suprem essas partes do intestino primitivo. Durante o desenvolvimento normal inicial desse órgão, a luz duodenal está completamente ocluída por células epiteliais, porém mais tarde se torna canalizado por conta da vacuolização resultante da degeneração dessas células
- O fígado, a vesícula biliar e o sistema de ductos biliares surgem como um crescimento ventral, chamado divertículo hepático, a partir da porção distal do intestino anterior, dentro da área cardiogência, no início da 4º semana. A porção cranial maior do divertículo hepático é o primórdio do fígado e a porção caudal menor é o primórdio da vesícula biliar. As células endodérmicas em proliferação dão origem a cordões entrelaçados de hepatócitos e ao epitélio que reveste a porção intra-hepática do sistema biliar. Os cordões hepáticos se anastomosam ao redor dos espaços revestidos por endotélio, originando os primórdios dos capilares sinusoides hepáticos. O fígado cresce rapidamente da 5º até a 10º semanas, preenchendo uma grande parte da cavidade abdominal superior. A hematopoiese (formação e desenvolvimento de vários tipos de células sanguíneas) começa no fígado durante a 6º semana, conferindo a ele um aspecto avermelhado brilhante. Por volta da 9º semana, o fígado é responsável por aproximadamente 10% do peso total do feto. A formação de bile pelas células hepáticas começa durante a 12º semana embrionária. A pequena porção caudal do divertículo hepático torna-se a vesícula biliar e o pedúnculo do divertículo hepático forma o ducto cístico. Inicialmente, o sistema biliar extra-hepático encontra-se obstruído por células epiteliais, porém mais tarde se torna canalizado por conta da vacuolização resultante da degeneração dessas células. O pedúnculo do divertículo que liga os ductos hepático e cístico ao duodeno se torna o ducto biliar/colédoco. A entrada da bile no duodeno ocorre
através do ducto biliar/colédoco após a 13º semana
- O mesentério ventral, derivado do mesogástrio, é uma fina membrana de camada dupla que dá origemao omento menor, que vai do fígado à pequena curvatura do estômago (ligamento hepatogástrico) e do fígado ao duodeno (ligamento hepatoduodenal); ao ligamento falciforme, que se estende do fígado à parede abdominal ventral/anterior e ao peritônio visceral do fígado
 Tubo 
digestivo
Estômago 
Primórdio 
 hepático
Pâncreas
 ventral 
Pâncreas 
 dorsal
Primórdio da 
vesícula biliar
Vesícula biliar
Estômago 
Pâncreas 
Duodeno 
Veia porta
- O pâncreas se desenvolve entre as camadas do mesentério a partir dos brotos pancreáticos dorsal e ventral de células endodérmicas, que surgem da porção caudal do intestino anterior. A maior parte do pâncreas deriva do broto pancreático dorsal maior, que aparece primeiro e se desenvolve a uma pequena distância do broto ventral no duodeno. O broto pancreático ventral menor desenvolve-se próximo à entrada do ducto colédoco no duodeno e cresce entre as camadas do mesentério ventral. À medida que o duodeno gira para a direita e assume a forma de um “C”, o broto ventral do pâncreas é carregado dorsalmente com o ducto colédoco, se posicionando posteriormente ao broto pancreático dorsal e depois se funde com ele, logo o conjunto passa a ser chamado somente de pâncreas. O broto pancreático ventral forma o processo uncinado que parte da cabeça do pâncreas. Com a rotação do estômago, duodeno e mesentério ventral, o pâncreas acaba se posicionando ao longo da parede abdominal dorsal (em uma posição retroperitoneal). À medida que os brotos pancreáticos se fundem, seus ductos se anastomosam. Vários pacientes possuem o ducto pancreático acessório/de Santorini e o ducto pancreático principal/de Wirsunf, sendo que a maioria das pessoas possuem um tubo só chamado de ducto pancreático principal do longo do pâncreas, mas, mesmo assim, a presença dos dois ductos não chega a ser considerada uma patologia
- O baço, órgão linfático vascular, é derivado de uma massa de células mesenquimais localizadas entre as camadas do mesogástrio dorsal. Ele começa a se desenvolver durante a 5º semana, mas não adquire seu formato característico até o início do período fetal
Tubo digestivo médio/Intestino médio:
- Os derivados do intestino médio são o intestino delgado, incluindo o duodeno distal até a abertura do ducto colédoco, o jejuno e o íleo; o ceco; o apêndice; o cólon ascendente do intestino grosso; e uma parte do cólon transverso do intestino grosso. Esses derivados são supridos pela artéria mesentérica superior
- Do tubo digestivo médio/intestino médio sairá um tubo chamado ducto onfalomesentérico/vitelino que ficará entre ele e o saco vitelínico, desaparecendo com o passar do tempo
- À medida que o intestino médio se alonga, ele forma uma alça intestinal ventral em forma de U, chamada alça do intestino médio, que se projeta para dentro dos remanescentes do celoma extraembrionário na parte proximal do pedúnculo embrionário (que, posteriormente, será chamado de cordão umbilical). Essa alça é uma herniação umbilical fisiológica que ocorre no início da 6º semana. A alça se comunica com a vesícula umbilical/saco vitelínico através do estreito ducto onfaloentérico 
até a 10º semana. A herniação ocorre porque não há espaço suficiente na cavidade abdominal para o intestino médio em rápido crescimento devido, principalmente, 
ao fígado relativamente volumoso e aos rins. A alça do intestino médio possui uma porção cranial/proximal e uma caudal/distal, e é suspensa a partir da parede 
abdominal dorsal por um mesentério alongado, denominado mesogástrio dorsal. O ducto onfaloentérico está ligado ao ápice da alça do intestino médio onde as duas porções (proximal e distal) se juntam. A porção proximal cresce rapidamente e forma as alças do intestino delgado, já a porção distal sofre poucas mudanças, exceto pelo desenvolvimento da dilatação cecal (divertículo), que é o primórdio do ceco e do apêndice
- Enquanto a alça do intestino médio está dentro do cordão umbilical, ela gira 90° no sentido anti-horário ao redor do eixo da artéria mesentérica superior. Essa rotação traz a porção cranial/ proximal da alça (parte superior), ou seja, o intestino delgado, para a direita e a porção caudal/distal da alça (parte inferior) , ou seja, o intestino grosso, para a esquerda. Durante a rotação, a porção proximal se alonga e forma as alças intestinais (jejuno e íleo primitivos)
- Durante a 10º semana, os intestinos que estavam dentro do cordão umbilical retornam ao abdômen, já que ocorre a redução da hérnia do intestino médio, o alargamento da cavidade abdominal e a relativa diminuição no tamanho do fígado e dos rins. Com isso, a somatopleura de um lado se junta com a somatopleura do outro lado, fechando a parede anterior do abdômen. O intestino delgado (formado a partir da porção proximal) retorna primeiro, passando posteriormente à artéria mesentérica superior, e ocupa a parte central do abdômen. Quando o intestino grosso (formado a partir da porção distal) retorna, ele sofre uma rotação de 180° no sentido anti-horário, logo os cólons descendente e sigmoide se movem para o lado direito do abdômen e o cólon ascendente se torna reconhecível com o alongamento da parede abdominal posterior. O primórdio do ceco e do apêndice, a dilatação cecal (divertículo), aparece na sexta semana como uma elevação na margem antimesentérica do ramo caudal da alça do intestino médio. O ápice do divertículo cecal não cresce tão rapidamente quanto o restante dele, portanto o apêndice, inicialmente, é uma pequena bolsa/saco que se abre do ceco. Com a rotação de 180°, o intestino grosso passa a ficar na parte superior, de forma que a dilatação cecal fique embaixo do fígado. Depois disso, o ceco e o apêndice descem para o cavo pélvico direito. O apêndice aumenta rapidamente em comprimento, de modo que no período de nascimento ele é um tubo relativamente longo surgindo da extremidade distal do ceco. Após o nascimento, o crescimento desigual das paredes do ceco faz com que o apêndice posicione-se em seu lado medial
Ducto onfalomesentérico/vitelino
Tubo digestivo médio/
 Intestino médio
 Conduto 
onfalomesentérico 
Intestino médio
 Saco 
vitelínico
ceco
Intestino 
 grosso
Intestino 
 delgado
Intestino 
 delgado
Intestino 
 grosso
Tubo digestivo posterior/Intestino posterior:
- Os derivados do intestino posterior são uma parte do cólon transverso, o cólon descendente, o cólon sigmoide, o reto, a parte superior do ânus/canal anal, o epitélio da bexiga urinária e a maior parte da uretra. Todos os derivados do intestino posterior são supridos pela artéria mesentérica inferior
- A junção entre o segmento do cólon transverso derivado do intestino médio e que se origina do intestino posterior é indicada pela mudança no suprimento sanguíneo de um ramo da artéria mesentérica superior para um ramo da artéria mesentérica inferior
- Em embriões iniciais, a cloaca, porção terminal expandida do intestino posterior, é uma câmara revestida por endoderma que fica em contato com o ectoderma superficial na membrana cloacal (constituída pelo endoderma da cloaca e o ectoderma da fosseta anal) e que recebe ventralmente o alantoide, que é um divertículo digitiforme
- A cloaca é dividida nas partes dorsal e ventral por uma cunha de mesênquima, o septo urorretal, que se desenvolve no ângulo entre o alantoide e o intestino posterior. À medida que o septo cresce em direção à membrana/placa cloacal, até chegar nela, ele desenvolve extensões bifurcadas que produzem invaginações das paredes laterais da cloaca. Essas pregas crescem uma em direção à outra e se fundem, formando uma partição que divide a cloaca em três partes: o reto, a parte cranial/superior do canal anal e o seio urogenital
- A cloaca tem um papel fundamental no desenvolvimento anorretal. Após a ruptura da membrana/placa cloacal por apoptose (morte celular programada), a região passa a ser chamada de ânus/canal anal e a luz anorretal é temporariamente fechada por um tampão epitelial. A recanalização do canal anorretal ocorre pormorte celular apoptótica do tampão anal epitelial, que forma a fosseta anal (proctodeu). Os dois terços superiores do canal anal adulto são derivados do intestino posterior e o terço inferior se desenvolve a partir da fosseta anal. Devido à sua origem no intestino posterior, os dois terços superiores do canal anal são supridos, principalmente, pela artéria retal superior, a continuação da artéria mesentérica inferior (artéria do intestino posterior). A drenagem venosa dessa porção superior se dá, principalmente, através da veia retal superior, uma ramificação da veia mesentérica inferior. Por causa de sua origem na fosseta anal, o terço inferior do canal anal é suprido, principalmente, pelas artérias retais inferiores, uma ramificação da artéria pudenda interna. A drenagem venosa se dá através da veia retal inferior, uma ramificação da veia pudenda interna que drena para a veia ilíaca interna. 
 Placa 
cloacal
Essa parte dará origem ao sistema urinário e genital
- Patologias do sistema digestório embrionário:
. Esôfago curto: É quando o esôfago é muito curto, logo o estômago fica com uma parte no tórax, fazendo com que a abertura no diafragma por onde ele passará seja maior, e o intestino, por ser continuação da região pilórica estomacal, fica mais para cima, comprimindo os pulmões (essa patologia pode provocar hérnia congênita de hiato)
. Atresia esofágica: A atresia (obstrução) do esôfago ocorre em decorrência do desvio do septo traqueoesofágico para uma direção posterior e da separação incompleta do esôfago do tubo laringotraqueal
. Estenose esofágica: O estreitamento da luz do esôfago (estenose) geralmente ocorre no terço distal e resulta da recanalização incompleta do esôfago durante a 8º semana ou de uma falha no desenvolvimento dos vasos sanguíneos esofágicos na área afetada
. Estenose hipertrófica congênita do piloro: É quando os músculos da região pilórica são hipertrofiados (aumentados em volume) por conta de uma rotação demasiada do estômago, o que resulta na grave estenose (estreitamento) do canal pilórico e na obstrução da passagem dos alimentos, deixando o estômago muito distendido
. Estenose duodenal: é a oclusão parcial da luz do duodeno que geralmente resulta da recanalização incompleta do duodeno na parte horizontal (terceira parte) e/ou a parte ascendente (quarta parte) do duodeno
. Atresia duodenal: É a oclusão completa da luz do duodeno que se dá quando não ocorre a recanalização completa dela, logo um curto segmento duodenal fica ocluído. O bloqueio ocorre quase sempre na junção dos ductos biliar/colédoco e pancreático ou na ampola hepatopancreática, que ficam na parte descendente (segunda parte) do duodeno, e, ocasionalmente, envolve a parte horizontal (terceira parte) do duodeno. Em geral, há distensão do epigástrio (área central do abdômen) em razão de o estômago e a parte superior (primeira parte) do duodeno estarem demasiadamente cheios. Essa atresia (obstrução) está associada, na maioria das vezes, à êmese biliar (vômitos de bile), porque o bloqueio ocorre após à abertura do ducto biliar, e ao polihidrâmnio, que é o excesso de líquido amniótico, já que a atresia duodenal impede a absorção normal desse líquido ingerido pelos intestinos
. Atresia biliar extra-hepática: A ausência de uma abertura normal devido a uma obstrução dos ductos biliares principais pode resultar de uma falha do processo de remodelação no hilo hepático, de infecções ou de reações imunológicas durante o desenvolvimento fetal tardio
. Baços acessórios: Uma ou mais pequenas massas esplênicas totalmente funcionais podem existir além do corpo principal do baço, em uma das dobras peritoneais, geralmente próximo ao hilo esplênico, na cauda do pâncreas ou dentro do ligamento gastroesplênico
. Poliesplenia: É a presença de vários pequenos baços acessórios em uma criança sem o corpo principal do baço e, embora eles sejam funcionais, a função imune da criança ainda pode estar comprometida, resultando em uma suscetibilidade aumentada à infecção
. Agenesia da vesícula biliar: É a ausência completa ou parcial da vesícula, estando geralmente associada à ausência do ducto cístico
. Pâncreas ectópico: É quando o pâncreas ventral roda e acaba batendo na alça do tubo digestivo, deixando um fragmento nela, resultando em uma estenose do tubo intestinal por originar um tumor nesse local
. Pâncreas anular: É quando o pâncreas ventral roda erroneamente, formando um anel que comprime o duodeno, logo há uma estenose em uma porção dessa parte do intestino delgado e há a hipertrofia desse órgão em outra parte após a estenose
. Obturação ou estenose do ducto colédoco: É quando o ducto colédoco fica obstruído ou estenosado (estreitado)
. Duplicação da vesícula biliar: É quando há duas vesículas biliares
. Onfalocele congênita: É quando as alças do tubo digestivo que estavam dentro do cordão umbilical não voltam para a cavidade abdominal, havendo a persistência da herniação do conteúdo abdominal na parte proximal do cordão umbilical, e a somatopleura de um lado não se junta com a somatopleura do outro lado, logo a parede anterior do abdômen não se fecha e as alças intestinais ficam para fora do corpo somente pela cicatriz umbilical. Nessa anomalia a cavidade abdominal é proporcionalmente pequena porque faltou o estímulo para o seu crescimento
. Gastroquise: É quando as alças do tubo digestivo que estavam dentro do cordão umbilical não voltam para a cavidade abdominal e a somatopleura de um lado não se junta com a somatopleura do outro lado, logo a parede anterior do abdômen não se fecha e as alças intestinais ficam para fora do corpo somente em locais diferentes da cicatriz umbilical, logo pode ser em uma altura abaixo dela, aos lados dela ou, então, em toda a parede abdominal
. Rotação invertida: É quando a alça do intestino médio gira no sentido horário ao invés de girar no sentido anti-horário, logo o duodeno fica localizado anterior à artéria mesentérica superior, e não posteriormente a ela, e o colo transverso fica posterior à artéria mesentérica superior em vez de ficar anterior a ela, podendo ser obstruído pela pressão dela
. Hérnia umbilical: É quando as alças do tubo digestivo que estavam dentro do cordão umbilical voltam para a cavidade abdominal, se herniando novamente através no umbigo, mas ficam com um pedaço do lado de fora pela cicatriz umbilical 
. Hérnia interna: É quando o intestino delgado passa pelo mesentério da alça do intestino médio durante o retorno dos intestinos à cavidade abdominal, logo se forma
uma bolsa semelhante a uma hérnia
. Hérnia escrotal congênita: É quando a pressão intra-abdominal é tão grande que as alças do tubo digestivo vão para na bolsa escrotal do feto masculino
. Fístula umbilicointestinal/enteroumbilical: É um canal que vai do intestino para a cicatriz umbilical e que se abre quando há o aumento da pressão no duodeno, drenando material fecal para a cicatriz umbilical
. Vólvulo: É quando o ducto onfalomesentérico permanece ao invés de desaparecer e o intestino roda demasiadamente, formando um vólvulo, ou seja, uma oclusão do tubo digestivo provocada por uma torção ou por um nó, logo ocorre a obstrução da passagem das fezes e perturbações isquêmicas de grande gravidade. Essa condição pode causar a atresia duodenal e a abstrução da artéria mesentérica superior, resultando em infarto 
. Ceco e apêndice sub-hepáticos: É quando o ceco e o apêndice não descem para o cavo pélvico direito, permanecendo embaixo do fígado e do piloro do estômago
. Ceco móvel: É quando o ceco possui uma mobilidade anormal por conta da fixação incompleta do cólon ascendente do intestino grosso
. Divertículo ileal congênito/Divertículo de Meckel: É a parte do conduto onfalomesentérico que sai do tubo digestivo e permanece ao invés de desaparecer
. Diverticulite de Meckel: É quando o divertículo de Meckel se enche de fezes, originando uma infecção, provocando uma úlcera, o que resulta no rompimento dele
. Duplicação do intestino: A maioria é causada por falha da recanalização normal do intestinodelgado, logo são formadas dois lúmens e o segmento duplicado se localiza no lado mesentérico do intestino
. Megacolon congênito: É quando o cólon do intestino grosso fica aumentado, impedindo o movimento do conteúdo intestinal
. Estenose anal: É quando há uma estenose (estreitamento) no ânus. Esse defeito provavelmente é causado por um ligeiro desvio dorsal do septo urorretal à medida que ele cresce caudalmente
. Fosseta anal persistente: É quando a membrana/placa cloacal não se abre
. Cloaca persistente: É quando a membrana/placa cloacal se abre e a cloaca persiste, logo saem a uretra, a vagina e o ânus por um mesmo buraco
. Agenesia anorretal: É quando o reto termina superior ao músculo puborretal. A agenesia anorretal com uma fístula é o resultado da separação incompleta da cloaca do seio urogenital pelo septo urorretal
. Fístula anoperineal: É um canal que passa atrás da bolsa escrotal no sexo masculino, ligando o reto ao meio externo
. Fístula anovaginal: É um canal que passa atrás da vulva no sexo feminino, ligando o reto ao meio externo
. Fístula retovaginal: É quando há um canal que sai do reto e desemboca na vagina no sexo feminino, logo as fezes (chamadas de mecônio em recém-nascidos) vão para a vagina, saindo para o meio externo do corpo, ou vão para o útero, indo para as trompas e saindo para a cavidade peritoneal, o que ocasiona peritonite, ou seja, infecção peritoneal
. Fístula retouretral: É quando há um canal que sai do reto e desemboca na uretra, logo, no sexo masculino, as fezes vão pela uretra, saindo para o meio externo do corpo, ou vão para a bexiga, sendo chamada de fístula retovesical, indo para os ureteres e saindo para o rim, o que ocasiona glomerulonefrite, ou seja, infecção do glomérulo dos néfrons renais
. Atresia retal: É quando não há uma parte do reto, logo o canal anal e o reto estão presentes, mas são separados. A causa pode ser a recanalização anormal do colo ou, mais provavelmente, um suprimento sanguíneo defeituoso
. Situs inversus parcial: É quando o paciente tem as vísceras em espelho, ou seja, todos os órgãos que, normalmente, estão do lado direito, estarão do lado esquerdo e vice-versa
. Situs inversus completo/total: É quando o paciente tem as vísceras invertidas, de modo que as partes anteriores dos órgãos fiquem na posição posterior
. Ânus ectópico: Ânus atrás da bolsa escrotal ou da vulva
. Polihidrâmio: É o excesso de líquido amniótico que o embrião bebe e que passa pelo tubo digestivo, saindo pelo ânus, causado pela atresia duodenal, já que ela impede a absorção normal desse líquido ingerido pelos intestinos
. Ectopia da bexiga: É quando a bexiga está para fora do corpo, já que a somatopleura não se fechou
. Hipertrofia dos cólons transverso e descendente do intestino grosso: É quando esse cólon ficam com tamanho aumentado, logo o paciente fica com a barriga grande
Fístula traqueoesofágica: A, C, D e E
Atresia esofágica: B
Duplicação da vesícula biliar
Estenose esofágica
Estenose hipertrófica congênita do piloro
Onfalocele
Gastroquise
Hérnia umbilical
Hérnia escrotal congênita
Esôfago curto
Ectopia da bexiga
Hipertrofia dos cólons transverso e descendente do intestino grosso
Fístula umbilicointestinal/enteroumbilical 
Seio na cicatriz umbilical
Conduto onfalomesentérico que permaneceu ao invés de desaparecer, virando uma brida
Da brida originou um cisto que pode se romper, formando uma fístula umbilicointestinal
Ceco subhepático
Situs inversus parcial
Situs inversus completo/total
Bexiga 
Uretra 
 Vagina/
Canal vaginal
Atresia duodenal
Cloaca persistente

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