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SISTEMA DIGESTÓRIO

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1 Renan Lopes Fernandes – MED104 
SISTEMA DIGESTÓRIO: TUBO DIGESTIVO 
 
1. PLANO GERAL DO TUBO DIGESTIVO 
O tubo digestivo, a continuação da cavidade oral, é a porção tubular do trato digestivo que se estende do 
esôfago até o canal anal. Nele, os alimentos são agitados, liquefeitos e digeridos; os alimentos nutricionais 
e a água são absorvidos; e seus componentes não-digeríveis são eliminados. O tubo digestivo é subdividido 
em regiões morfologicamente conhecidas: o esôfago, o estômago, o intestino delgado (duodeno, jejuno e 
íleo) e o intestino grosso (ceco, colo, reto, canal anal e apêndice). 
O tubo digestivo é constituído por 4 camadas concêntricas: mucosa, submucosa, túnica muscular externa e 
serosa (ou adventícia). Essas camadas são inervadas pelo sistema nervoso entérico e moduladas por nervos 
simpáticos e parassimpáticos; elas também são supridas por fibras sensitivas. 
1.1- MUCOSA 
 
 Revestimento Epitelial Da Mucosa 
 
- O epitélio difere por todo o canal alimentar e é adaptado para 
a função especifica de cada parte do canal. A mucosa tem três 
funções principais: proteção, absorção e secreção. 
- PROTEÇÃO: O epitélio da mucosa serve como uma barreira 
que separa a luz do canal alimentar do resto do organismo. A 
barreira ajuda na proteção do indivíduo contra a entrada de 
antígenos, patógenos e outras substancias nocivas. No esôfago, 
um epitélio estratificado pavimentoso fornece proteção contra 
a abrasão física pelos alimentos ingeridos. Na porção GI, as 
zônulas de oclusão entre as células epiteliais simples colunares 
da mucosa servem como uma barreira seletivamente permeável. Primeira linha de defesa imune do 
corpo. 
- ABSORÇAÕ: A absorção é possível por causa das projeções da mucosa e submucosa no lúmen do trato 
digestivo. Essas projeções aumentam muito a área de superfície disponível para a absorção e variam 
quanto ao tamanho e à orientação. 
 As pregas circulares são pregas submucosas orientadas 
circunferencialmente, presentes ao longo da maior parte 
da extensão do intestino delgado. 
 As vilosidades são projeções da mucosa que revestem 
toda a superfície do intestino delgado, o principal local de 
absorção dos produtos da digestão. 
 As microvilosidades são projeções microscópicas da 
superfície apical das células absortivas intestinais firmente 
compactadas. Elas aumentam ainda mais a superfície 
disponível para a absorção. 
 
2 Renan Lopes Fernandes – MED104 
 Além disso, o glicocálice consiste em glicoproteínas que 
se projetam da membrana plasmática apical das células 
absortivas epiteliais 
 O epitélio absorve seletivamente os produtos da 
digestão tanto para as suas próprias células quanto para 
transporte para o sistema vascular para distribuição a 
outros tecidos. 
 Duas células com os glicocálices se tocando.... 
 
- SECREÇÃO: A função secretora da mucosa propicia a lubrificação e fornece enzimas digestivas, hormônios 
e anticorpos à luz do tubo alimentar. Os vários produtos secretores fornecem muco para a lubrificação 
protetora, bem como para tamponamento do revestimento do trato e substancias que ajudam na 
digestão, incluindo enzimas, ácido clorídrico, hormônios peptídicos e água. As glândulas do trato alimentar 
desenvolvem-se a partir de invaginações do epitélio luminal e incluem: 
 As glândulas mucosas que se estendem até a lamina própria; 
 As glândulas submucosas que liberam suas secreções diretamente na luz das glândulas mucosas ou 
através de ductos que atravessam a mucosa para a superfície luminal; 
 As glândulas extramurais, que se situam fora do trato digestivo e liberam suas secreções através de 
ductos que atravessam a parede do intestino para adentrar na luz. Ex: fígado e pâncreas, liberam 
secreções no duodeno; 
 
 Lâmina Própria Da Mucosa 
A lâmina própria contém glândulas, vasos que transportam substancias absorvidas e componentes do 
sistema imune. 
As glândulas mucosas estendem-se até a lâmina própria por toda a extensão do canal alimentar. Além 
disso, em várias partes do canal alimentar, a lâmina própria contém agregados de glândulas secretoras de 
muco pois elas lubrificam a superfície epitelial para proteger a mucosa contra lesão mecânica e química. 
No intestino delgado e grosso, os produtos absorvidos da digestão difundem-se para os vasos linfáticos da 
lâmina própria para serem distribuídos. Possuem capilares sanguíneos. 
Os tecidos linfáticos na lâmina própria funcionam como uma barreira imunológica integrada que protege 
contra os patógenos e outras substâncias antigênicas que poderiam potencialmente penetrar através da 
mucosa da luz do canal alimentar. O tecido linfático é representado por: 
 Tecido linfático difuso consistindo em numerosos linfócitos e plasmócitos, localizados na lâmina 
própria, e linfócitos residindo transitoriamente nos espaços intercelulares do epitélio; 
 Nódulos linfáticos com centros germinativos bem desenvolvidos; 
 Eosinófilos, macrófagos e, algumas vezes, neutrófilos; 
 
 Camada Muscular Da Mucosa 
A musculatura da mucosa forma o limite entre a mucosa e a submucosa. A muscular da mucosa, porção 
mais profunda da mucosa, consiste em células musculares lisas dispostas em uma camada circular interna 
e em uma camada longitudinal externa. A contração desse músculo produz movimento da mucosa, 
formando cristas e vales que facilitam a absorção e secreção. Esse movimento independe do movimento 
peristáltico de toda a parede do trato digestivo. 
 
3 Renan Lopes Fernandes – MED104 
1.2- SUBMUCOSA 
A submucosa consiste em uma camada de tecido conjuntivo denso irregular contendo vasos sanguíneo 
(estes que são os maiores vasos que enviam ramos para a mucosa, a muscular externa e a serosas) e 
linfáticos, um plexo nervoso (plexo de Meissner ou plexo submucoso) e glândulas ocasionais (glândulas 
ocorrem ocasionalmente na submucosa em certos locais). 
1.3- MUSCULAR EXTERNA 
Consiste em duas camadas concêntricas e relativamente grossas de músculo liso. As células na camada 
interna formam uma espiral compacta, descrita como uma camada circular; as células da camada externa 
formam uma espiral frouxa, descrita como camada longitudinal. Localizada entre as duas camadas está 
uma camada delgada de tecido conjuntivo. Nesse tecido conjuntivo, situa-se o plexo mioentérico (plexo de 
Auerbach), contendo corpos celulares (células ganglionares) de neurônios parassimpáticos pós-
ganglionares e neurônios do sistema nervoso entérico, bem como vasos sanguíneos e vasos linfáticos. 
A camada circular de musculo liso forma esfíncteres em localizações especiais ao longo do trato digestivo. 
 Esfíncter faringoesofágico 
 Esfíncter esofágico inferior – impede o refluxo do conteúdo gástrico do estomago para o esôfago. O 
relaxamento anormal desse esfíncter permite que o conteúdo gástrico retorne para dentro do 
esôfago. Se não tratada, essa condição pode progredir para doença do refluxo gastresofágico 
(DRGE). 
 Esfíncter pilórico - controla a liberação do quimo 
 Valva ileocecal 
 Esfíncter interno do ânus 
 
1.4- SEROSA E ADVENTÍCIA 
A serosa ou adventícia constituem a camada mais externa do canal alimentar. A serosa é uma membrana 
serosa que consiste em uma camada de epitélio simples pavimentoso, denominado mesotélio, e em uma 
pequena quantidade de tecido conjuntivo subjacente. Equivalente ao peritônio visceral da anatomia. 
Partes do trato digestivo não possuem uma serosa, ou seja possuem apenas tecido conjuntivo, 
denominamos de adventícia. Tecido conjuntivo que se funde com o tecido conjuntivo da parede. 
2. CAVIDADE ORAL 
A cavidade oral consiste na boca e em suas estruturas, que 
incluem a língua, os dentes e suas estruturas de sustentação 
(periodonto), as glândulas salivares maiores e menores e as 
tonsilas. 
A cavidade oral é dividida em um vestíbulo e a cavidade 
própria da boca. O vestíbulo é o espaço entre os lábios, 
bochechas e dentes. A cavidade própria da bocasitua-se 
entre os dentes e é limitada superiormente pelos palatos 
duro e mole, inferiormente pela língua e pelo assoalho da 
boca e posteriormente pela entrada para a orofaringe. 
A cavidade oral é revestida pela mucosa oral que consiste na 
mucosa mastigatória, em uma mucosa de revestimento e em 
uma mucosa especializada. 
 
4 Renan Lopes Fernandes – MED104 
A mucosa mastigatória é encontrada sobre a gengiva e o palato duro. O palato duro, que contém osso, é 
dividido em metades direita e esquerda por uma rafe. 
Anteriormente, na zona adiposa, a submucosa do palato 
duro contém tecido adiposo; posteriormente, na zona 
glandular, existem glândulas mucosas dentro da submucosa. 
Nem a rafe nem a gengiva contam com uma submucosa; em 
vez disso, a mucosa é fixada diretamente ao osso. O palato 
mole tem músculo no lugar de osso, e suas glândulas são 
contínuas com as do palato duro na submucosa. 
A mucosa de revestimento é encontrada nos lábios, nas 
bochechas, na superfície mucosa alveolar, no assoalho da 
boca, nas superfícies inferiores da língua e no palato mole. 
A mucosa especializada está associada à sensação do 
paladar e se limita à superfície dorsal da língua. Ela contém papilas e botões gustativos responsáveis pela 
geração da sensação química do paladar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1. PALATO 
- O palato, compreendendo o palato duro, o palato mole, e a úvula, separa a cavidade oral da cavidade 
nasal. O palato duro é imóvel e é sustentado por uma estrutura óssea. O palato mole é móvel, e seu eixo é 
ocupado por músculo esquelético, responsável por seus movimentos. 
2.2. PALATO MOLE 
- A parte da esquerda é a cavidade oral (epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado) e a da 
direita é a cavidade nasal( pseudo-estratificado cilíndrico ciliado- epitélio respiratório). O palato mole não 
tem osso mas possui um esqueleto muscular. Possui também tecido conjuntivo denso não-modelado e 
glândulas salivares mucosas. 
 
5 Renan Lopes Fernandes – MED104 
2.3. PALATO DURO 
- Há uma parte dessa mucosa que possui um 
epitélio, tem um tecido conjuntivo fibroso e 
outro frouxo entre os bolsões do epitélio, 
embaixo um tecido conjuntivo adiposo 
(submucosa). 
- Em outras partes teremos o epitélio mais o 
conjuntivo frouxo e fibroso prendendo 
diretamente no periósteo do osso. 
 
 
 
 
 
 
2.4. GLÂNDULAS SALIVARES 
 
 MAIORES: 
- Parótidas 
- Subdmandibulares 
- Sublinguais 
 MENORES 
 
2.5. LÁBIOS 
O lábio possui três regiões: a face externa (formada por 
pele delgada, glândulas e folículos), a zona de transição 
(borda vermelha, tendo as alças do capilares muito 
próximas a superfície da pele) e a face interna ( formada 
pela mucosa do vestíbulo oral, glândulas salivares 
mucosas). 
2.6. LÍNGUA 
- A língua é o órgão muscular que se projeta para dentro 
da cavidade oral a partir de sua superfície inferior. Os 
músculos linguais são tanto extrínsecos ( tendo uma 
fixação fora da língua) como intrínsecos ( confinados 
inteiramente à lingua, sem fixação externa). O músculo 
estriado da língua é disposto em feixes e geralemnre cursa em três planos, cada um deles dipostos em 
ângulos retos em relação aos outros dois. Esse arranjo permite maior flexibilidade e precisão aos 
movimentos da língua. 
- A língua possui uma superfície dorsal (dividida em dois terços anteriores e um terço posterior pelo sulco 
terminal), uma superfície ventral e duas superfícies laterais. 
 
6 Renan Lopes Fernandes – MED104 
- Numerosas irregularidades e elevações mucosas, denominadas papilas linguais, cobrem a superfície 
dorsal da língua anteriormente ao sulco terminal. As papilas linguais e os botões gustativos associados 
constituem a mucosa especializada da cavidade oral. Quatro tipos de 
papilas são descritos: 
 Papilas filiformes: são delicadas estruturas que 
concedem aparência aveludada à superfície dorsal. Essas 
papilas são cobertas por epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado e auxiliam a raspar o 
alimento de uma superfície. Não possuem botões 
gustativos. (bastante epitélio). 
 
 Papilas fungiformes: se assemelham a um cogumelo cujo pedículo 
está conectado a uma área mais larga voltada para a superfície da 
língua. O revestimento epitelial dessas papilas é estratificado 
pavimentoso não-queratinizado. As papilas fungiformes possuem 
botões gustativos na face dorsal de sua porção mais larga. 
(possuem epitélio mas tem bastante tecido conjuntivo em seu 
interior). 
 
 Papilas foliadas: também chamadas de foliáceas, estão localizadas 
ao longo da porção póstero-lateral da língua. Elas aparecem como 
sulcos verticais, semlehantes às páginas de um livro. Em indivíduos idosos, as papilas foliáceas 
podem não ser reconhecidas; em indivíduos mais jovens, elas são facilmente reconhecidas e 
contêm muitos botões gustativos. Pequenas glândulas serosas desembocam dentro dos sulcos. 
 
 Papilas circunvaladas: organizadas em forma de v 
imediatamente anterior ao sulco terminal. Essas papilas estão 
submersas na superfície da língua, de maneira a estarem 
cercadas por um sulco revestido por um epitélio, cuja base é 
perfurada pelos delicados ductos das glândulas de von Ebner. 
O revestimento epitelial do sulco e o lado (mas não o dorso) 
dessas papilas possuem botões gustativos.( tem um cálice e 
entre suas partes há um sulco). No vale da papila caliciforme 
entra saliva, e abaixo dela há glândulas salivares que 
empurram a secreção para o valum. Além disso, elas 
apresentam botões gustativos onde a saliva com alimento ao entrar no valum entra em contato 
com os botões que enviam a informação ao cérebro. 
- O botão gustativo apresenta um poro que recebe a saliva para as células neuroepiteliais. 
- Na parte mais posterior ao V lingual é rica em material linfoide. 
 
7 Renan Lopes Fernandes – MED104 
 
 
3. ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo muscular, 
25 cm de comprimento, que 
transporta o bolo alimentar 
(alimento mastigado) da 
orofaringe para o estômago. 
O esôfago não possui nenhum 
esfíncter anatômico, mas possui 
dois esfíncteres fisiológicos – o 
esfíncter faringoesofágico e os 
esfíncteres gastroesofágicos 
interno e externo – que previnem 
o refluxo do esôfago para a 
faringe e do estômago para o 
esôfago, 
respectivamente. 
As paredes do 
esôfago são 
formadas por uma 
mucosa, seguida por 
uma submucosa, 
seguida pela túnica 
muscular e por fim 
uma camada 
adventícia. 
 
 
8 Renan Lopes Fernandes – MED104 
3.1. MUCOSA 
A mucosa do esôfago é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado (o lúmen 
do esôfago geralmente encontra-se colabado, abrindo-se somente durante o processo de deglutição). Esse 
epitélio é apoiado por uma camada de tecido conjuntivo, a lâmina própria. Nesta lâmina própria 
encontramos as glândulas cárdicas esofágicas (produzem um muco que cobre o revestimento do esôfago, 
lubrificando-o para proteger o epitélio), as quais são encontradas em duas regiões do esôfago, um grupo 
próximo da faringe e outro próximo à sua junção com o estômago. Abaixo temos a camada muscular da 
mucosa, que é constituída de apenas uma camada de fibras musculares lisas orientadas longitudinalmente 
que vai se tornando mais espessa nas proximidades do estômago. 
 
3.2. SUBMUCOSA 
A submucosa do esôfago é 
constituída de tecido conjuntivo 
fibroelástico, mais fibroso que o 
tecido conjuntivo frouxo da 
lâmina própria, que contém as 
glândulas esofágicas 
propriamente ditas. Elas 
possuem dois tipos de células: 
células mucosas, que contém 
muco e células serosas, que 
contém a proenzima 
pepsinogênio e o agente 
antibacteriano lisozima. Os 
ductos destas glândulas lançam 
suas secreções no lúmen do 
esôfago. O esôfago e 
 
9 Renan Lopes Fernandes – MED104 
o duodeno são as duas únicas regiões do tubo digestivo com glândulas na submucosa. 
3.3. TÚNICA MUSCULAR EXTERNA E ADVENTÍCIAA túnica muscular externa do esôfago está disposta em duas camadas: circular interna e longitudinal externa. 
Entretanto, estas camadas musculares não são usuais, pois são compostas tanto por fibras musculares lisas 
quanto por estriadas esqueléticas. A túnica muscular externa do terço superior do esôfago possui 
essencialmente músculo esquelético; o terço médio possui músculo esquelético e liso; e o terço inferior 
possui somente fibras musculares lisas. O plexo de Auerbach ocupa sua posição de costume entre as 
camadas musculares circular interna e longitudinal externa da túnica muscular externa. O esôfago é coberto 
por uma adventícia até ultrapassar o diafragma, após o órgão é coberto por uma serosa, o peritônio visceral. 
 
 
 
 
10 Renan Lopes Fernandes – MED104 
3.4. CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
A síndrome de Barret é, provavelmente, uma condição pré-maligna devida, inicialmente, ao refluxo 
gastroesofágico. Parte do epitélio estratificado pavimentoso não – queratinizado do esôfago, geralmente na 
sua região mais inferior, é substituída por epitélio simples cilíndrico semelhante ao revestimento do 
estômago. Sob ponto de vista endoscópico, esta área metaplástica é de tonalidade avermelhada. 
À medida que o esôfago passa pelo diafragma, ele é reforçado por fibras desta estrutura muscular. Em 
algumas pessoas, o desenvolvimento anormal causa uma brecha no diafragma em torno da parede do 
esôfago, permitindo hibernação do estômago para a caixa torácica. Essa condição, conhecida como hérnia 
de hiato, enfraquece o esfíncter gastroesofágico, 
permitindo o refluxo do conteúdo gástrico para o 
esôfago. 
 
 
 
 
 
 
 
4. TRANSIÇÃO ESÔFAGO-ESTÔMAGO 
O epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado passa a 
assumir a conformação do epitélio do estômago, cilíndrico/colunar 
(2). As glândulas da submucosa vão deixando de existir (3). Um 
espessamento da camada muscular para formação de um esfíncter 
(4). 
 
 
 
11 Renan Lopes Fernandes – MED104 
5. ESTÔMAGO 
O estômago é uma parte expandida do tubo digestivo que se situa sob o diafragma. Nele irá formar o quimo, 
uma mistura líquida pastosa. 
A anatomia macroscópica subdivide o 
estômago em quatro regiões: 
1- O cárdia que circunda o orifício 
esofágico; 
2- O fundo que situa-se em cima do 
nível de uma linha horizontal traçada 
através do orifício esofágico (cárdico); 
3- O corpo que situa-se abaixo dessa 
linha; 
4- A parte pilórica que é uma região 
em formato de funil que leva ao piloro; 
região esfíncterica estreita distal entre o 
estômago e o duodeno; 
As regiões histológicas do estômago 
são: 
1- Região cárdica (cárdia): a 
parte próxima do orifício esofágico, 
que contém as glândulas cárdicas; 
2- Região pilórica (piloro): a 
parte proximal ao esfíncter pilórico, 
que contém as glândulas pilóricas; 
3- A região fúndica (fundo): a 
parte maior do estômago, que está 
situada entre a cárdia e o piloro e contém as glândulas gástricas ou fúndicas; 
Histologicamente, o fundo e o corpo são idênticos. Todas as regiões gástricas apresentam rugas, pregas 
longitudinais da mucosa e da submucosa (transversais no antro), as quais desaparecem no estômago 
distendido. 
5.1. MUCOSA DA REGIÃO FÚNDICA 
A mucosa da região fúndica do 
estômago é constituída de 3 
componentes usuais: 
1. Um epitélio revestindo o 
lúmen; 
2. Um tecido conjuntivo 
subjacente, a lâmina própria; 
3. As camadas de músculo 
liso formando a camada 
muscular da mucosa. 
 
 
12 Renan Lopes Fernandes – MED104 
5.1.1. EPITÉLIO DO ESTÔMAGO 
O lúmen da região fúndica do estômago é revestido por um epitélio simples cilíndrico composto por 
células de revestimento superficial, as quais produzem uma espessa camada de muco, conhecida como 
muco visível, uma substancia semelhante a um gel que adere ao revestimento do estômago 
protegendo-o da autodigestão. As células de revestimento superficial se continuam para o interior das 
fossetas gástricas, formando seu revestimento epitelial. 
Fossetas gástricas: O revestimento epitelial do estômago invagina-se na mucosa formando as fossetas 
(ou fovéolas, ou criptas) gástricas, as quais são mais rasas na região cárdicas e mais profundas na região 
pilórica. As fossetas gástricas aumentam a área da superfície do revestimento gástrico. 
5.1.2. LÂMINA PRÓPRIA DO ESTÔMAGO 
O tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado da lâmina própria possui uma rica população de 
plasmócitos, linfócitos, mastócitos, fibroblastos e ocasionais células musculares. Grande parte da 
lâmina própria é ocupada pelas glândulas gástricas estreitamente unidas, conhecidas como glândulas 
fúndicas (ou glândulas oxínticas) da região fúndica. 
5.1.3. GLÂNDULAS FÚNDICAS 
Cada glândula fúndica 
estende-se da camada 
muscular da mucosa à base 
de uma fosseta gástrica e é 
subdividida em três regiões: 
o istmo, o colo e a base, das 
quais a base é a mais 
comprida. O epitélio 
glandular que constitui a 
glândula fúndica é 
constituído de 6 tipos 
celulares: 
1. Células de revestimento superficial: as células mucosas produzem 
muco (fluido visível contendo mucina). 
2. Células mucosas do colo: as células mucosas do colo produzem muco 
solúvel que é misturado com o quimo, lubrificando-o reduzindo seu atrito 
à medida que se desloca pelo trato digestivo. 
3. Células regenerativas: as células regenerativas (células-tronco) 
proliferam para substituir todas as células especializadas que revestem as 
glândulas fúndicas, as fossetas gástricas e a superfície luminal. 
4. Células parietais (ou células oxínticas): as células parietais produzem o 
ácido clorídrico e o fator intrínseco gástrico; ambos são liberados no 
lúmen do estômago. Invaginação da membrana apical formam canalículos 
intracelulares revestidos por microvilos. 
5. Células principais (ou células zimogênicas): as células principais 
produzem as enzimas pepsina (cujo precursor é o pepsinogênio) renina e 
lipase gástrica, liberando-as na luz do estõmago. 
 
 
13 Renan Lopes Fernandes – MED104 
6. Células do sistema neuroendócrino difuso 
(SNED): As células do SNED podem ser do tipo aberto ou 
fechado. Elas produzem hormônios endócrinos, 
parácrinos e neurócrinos. 
 
 
5.2. MUCOSA CÁRDICA E PILÓRICA 
A mucosa da região cárdica do estômago difere da 
mucosa da região fúndica. Na região cárdica as fossetas 
gástricas são mais rasas e a base de suas glândulas é 
altamente contorcida. A população celular das glândulas 
cárdicas é composta principalmente por células de 
revestimento superficial, e algumas células mucosas do 
colo, poucas células do SNED e poucas células parietais, 
sem apresentar células principais. 
As glândulas da região pilórica contém os mesmos tipos 
celulares que as glândulas da região cárdica, mas os tipos 
celulares predominantes na região pilórica são as células mucosas do colo. Além de produzir muco, estas 
células secretam lisozima, uma enzima bactericida. As glândulas pilóricas são altamente contorcidas e 
tendem a se ramificar. Além disso, as fossetas gástricas na região pilórica são mais profundas que as 
fossetas das regiões cárdica e fúndica, estendendo-se aproximadamente até a metade da lamina própria. 
 
 
 
14 Renan Lopes Fernandes – MED104 
6. INTESTINO DELGADO 
Em torno de 7 metros, é a região mais longa do trato digestivo. 
Possui três regiões: duodeno, jejuno e íleo. O intestino delgado 
digere o material alimentar e absorve os produtos finais do processo 
digestivo. Para exercer suas funções digestivas, o duodeno recebe 
enzimas e um tampão alcalino do pâncreas e a bile do fígado. Além 
disso, células epiteliais e glândulas da mucosa produzem tampões e 
enzimas que facilitam a digestão. 
 
 
6.1. MODIFICAÇÕESDA SUPERFÍCIE LUMINALA área da superfície luminal do intestino delgado é modificada para ampliar sua área de superfície. Três tipos 
de modificações são encontrados: 
1- Pregas circulares: ou valvas de Kerckring são pregas 
transversais da submucosa e da mucosa que formam elevações 
semicirculares ou helicoidais. Ao contrário das rugas do 
estômago, estas pregas são estruturas permanentes do 
duodeno e do jejuno e terminam na metade proximal do íleo. 
Elas além de aumentar a área de superfície do intestino 
delgado, diminuem a velocidade do movimento do quimo ao longo do trato intestinal. 
2- Vilos: ou vilosidades, são protusões digitiformes ou foliáceas da lâmina própria cobertas por epitélio. 
São estruturas permanentes agrupadas. Sâo mais numerosos no duodeno que no jejuno ou no íleo. 
Aparência aveludada do órgão e aumentam a superfície de contato. 
3- Microvilos: ou microvilosidades, são especializações da membrana plasmática apical das células 
epiteliais que revestem os vilos intestinais e aumentam a área de superfície do intestino delgado. 
4- As invaginações do epitélio para o interior da lâmina própria por entre os vilos formam as glândulas 
intestinais, ou criptas de Lieberkuhn, as quais também aumentam a área de superfície do intestino 
delgado. 
 
6.2. MUCOSA INTESTINAL 
A mucosa do intestino delgado é 
composta pelas três camadas 
usuais: um epitélio simples 
cilíndrico, a lâmina própria e a 
camada muscular da mucosa. 
Vênulas, vãos linfáticos e 
arteríolas penetram até a região 
apical do vilo. Entre um vilo e 
outro teremos invaginações, as 
criptas de Lieberkuhn. Fibras 
musculares lisas penetram no vilo, 
conferindo movimento rítmico. Os enterócitos que compõe esses vilos tem a clássica estrutura de borda em 
escova. 
 
15 Renan Lopes Fernandes – MED104 
6.3. EPITÉLIO 
O epitélio simples cilíndrico 
recobre os vilos e a superfície 
dos espaços entres os vilos é 
constituído de células 
absortivas superficiais, células 
caliciformes e células do SNED. 
 
 
 
 
6.3.1. CÉLULAS ABSORTIVAS SUPERFICIAIS (ENTERÓCITOS) 
As células absortivas superficiais são células 
cilíndricas altas que participam da etapa final 
da digestão e absorção de água e nutrientes. 
Além disso, essas células reesterificam ácidos 
graxos, em triglicerídeos, formam 
quilomícrons e transportam a maior parte dos 
nutrientes absorvidos para a lâmina própria, 
visando a distribuição para o restante do 
corpo. Elas apresentam em suas superfícies 
microvilos, cujas pontas são cobertas por 
glicocálix (protege os microvilos da auto 
digestão). 
 
 
 
16 Renan Lopes Fernandes – MED104 
1. CÉLULAS CALICIFORMES 
As células caliciformes são 
glândulas unicelulares. O duodeno 
possui um número menor de 
células caliciformes, e seu número 
aumenta em direção ao íleo. Estas 
células secretam mucinogênio 
(glicoproteínas ácidas que quando 
liberadas na superfície apical se 
hidratam e formam uma camada 
de muco), cuja forma hidratada é a 
mucina, um componente do muco, 
uma camada protetora que reveste o lúmen. 
2. CÉLULAS M (CÉLULAS COM MICROPREGAS) 
Células epiteliais especializadas que recobrem folículos linfoides das 
placas de Peyer no íleo. Invaginações contendo linfócitos e Células 
apresentadoras de antígenos (APCs). Ela própria pode endocitar 
antígenos e transportar macrófagos adjacentes. As células M endocitam 
e transportam antígenos do lúmen para a lâmina própria. 
7. LÂMINA PRÓPRIA 
O tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria forma o eixo dos vilos, os 
quais, se elevam acima da superfície do intestino delgado. O restante da 
lâmina própria, que se estende para baixo em direção à camada muscular 
da mucosa, é comprimido pelas numerosas glândulas intestinais tubulosas, as criptas de Lieberkuhn, 
reduzindo-se a finas lâminas de tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado. 
8. CRIPTAS DE LIEBERKUHN 
As glândulas de Lieberkuhn são glândulas tubulosas simples que se abrem nos espaços intervilosos como 
perfurações do revestimento epitelial. Essas glândulas tubulosas são constituídas de células absortivas 
superficiais , células caliciformes (ambas ocupam a metade superior da glândula), células regenerativas, 
células do SNED e células de Paneth (ocupam a metade basal da glândula). 
1. CÉLULAS REGENERATIVAS: são células-tronco que sofrem uma extensa proliferação para repovoar o 
epitélio das criptas, da superfície da mucosa e dos vilos. 
2. CÉLULAS DE PANETH: essas células 
piramidais ocupam o fundo das 
criptas de Lieberkuhn e produzem o 
agente antibacteriano lisozima, 
proteínas de defesa(defensinas) e 
fator de necrose tumoral – alfa (TNF-
alfa). Secretam lisozima 
continuamente. Muitos grânulos 
eosinofílicos. É uma célula exócrina: 
imunidade inata. Controlam a 
microbiota. 
 
17 Renan Lopes Fernandes – MED104 
 
3. CÉLULAS DO SNED: 
Sistema 
neuroendócrino 
difuso, células 
enteroendócrinas que 
secretam hormônios. 
 
 
 
 
 
 
9. CAMADA MUSCULAR DA MUCOSA 
A camada muscular da mucosa do intestino delgado é constituída por uma camada circular interna e 
longitudinal externa de células musculares lisas. As fibras musculares da camada circular interna penetram 
nos vilos estendendo-se pelo seu eixo até a ponta do tecido conjuntivo, atingindo a membrana basal. 
Durante a digestão, estas fibras musculares se contraem ritmicamente, encurtando os vilos. 
10. SUBMUCOSA 
A submucosa do intestino delgado é constituída de tecido conjuntivo fibroeslástico, com um rico suprimento 
vascular e linfático. A inervação intrínseca da submucosa provém do plexo submucoso ( de Meissner) 
parassimpático. A submucosa do duodeno é diferente, pois contém glândulas de Brunner. 
10.1. GLÂNDULAS DE BRUNNER 
As glândulas de Brunner (glândulas duodenais) são glândulas 
tubulosas ramificadas cujas porções secretoras se assemelham 
a ácinos mucosos. Os ductos destas glândulas atravessam a 
camada muscular da mucosa e geralmente perfuram a base 
das criptas de Lieberkuhn, lançando seu produto de secreção 
no lúmen do duodeno. Ocasionalmente, seus ductos abrem-se 
entre as vilosidades. As glândulas de Brunner secretam um 
fluido mucoso alcalino em resposta a um estímulo 
parassimpático. Este fluido ajuda a neutralizar a acidez do 
quimo que entra no duodeno vindo da região pilórica do 
estômago. pH ótimo para ação de enzimas pancreáticas. As 
glândulas também secretam o hormônio polipeptídico 
urogastrona (também conhecido como fator de crescimento 
epidérmico humano), o qual é liberado no lúmen duodenal 
juntamente com o tampão alcalino. A urogastrona inibe a 
produção de HCL (pela inibição direta das células parietais) e 
amplifica a velocidade da atividade mitótica das células 
epiteliais. 
 
 
 
 
18 Renan Lopes Fernandes – MED104 
10.2. TECIDO LINFOIDE ASSOCIADO AO TRATO DIGESTIVO (GALT) 
Os vilos do íleo são os mais esparsos, os mais curtos e os mais estreitos das 3 regiões do intestino delgado. 
A lâmina própria/submucosa do íleo contém grupos permanentes de nódulos linfoides , conhecidos como 
placas de Peyer. Essas estruturas estão localizadas na parede do íleo que é oposta à inserção do 
mesentério. Na região das placas de Peyer, os vilos têm sua altura reduzida, podendo até estarem 
ausentes. 
 
 
11. TÚNICA MUSCULAR EXTERNA E SEROSA 
A túnica muscular externa do intestino delgado é constituída de uma camada circular interna e uma 
camada longitudinal externa de músculo liso. O plexo mioentérico de Auerbach, localizado entre as duas 
camadas musculares, é o suprimento nervoso intrínseco da túnica muscular externa. A túnica muscular 
externa é responsável pela atividade peristáltica do intestino delgado. Excetuando a segunda e a terceira 
partes do duodeno, que possuem uma aventícia, todo o intestino delgado está envolvido por uma serosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 Renan Lopes Fernandes – MED104 
12. DIFERENÇAS REGIONAIS 
 
1- DUODENO: segmento mais curtodo intestino delgado, com apenas 25 cm de comprimento. Ele 
recebe a bile do fígado e sucos digestivos do pâncreas através do ducto biliar comum (ducto 
colédoco) e do ducto pancreático, respectivamente. Estes ductos se abrem no lúmen do duodeno 
na papila duodenal (de Vater). O duodeno difere do jejuno e íleo pelo fato de seus vilos serem mais 
altos, largos e numerosos por unidade de área. Ele possui também menos células caliciformes, e 
possui glândulas na submucosa (glândulas duodenais ou de Brunner). 
2- JEJUNO: Os vilos do jejuno são mais estreitos, curtos e mais esparsos que os do duodeno. O número 
de células caliciformes por unidade de área é maior no jejuno que no duodeno. 
3- ÍLEO: Os vilos do íleo são os mais esparsos, os mais curtos e os mais estreitos das 3 regiões do 
intestino delgado. A lâmina própria/submucosa do íleo contém grupos permanentes de nódulos 
linfoides , conhecidos como placas de Peyer. Essas estruturas estão localizadas na parede do íleo que 
é oposta à inserção do mesentério. Na região das placas de Peyer, os vilos têm sua altura reduzida, 
podendo até estarem ausentes. 
4- 
13. INTESTINO GROSSO 
O intestino grosso, 
constituído do ceco, colo 
(ascendente, transverso, 
descendente e sigmoide), 
reto e ânus, tem 
aproximadamente 1,5 m de 
comprimento. Ele absorve a 
maior parte da água e íons do 
quimo proveniente do 
intestino delgado e compacta 
o quimo em fezes para a 
eliminação. O ceco e o colo 
são histologicamente 
indistinguíveis e são 
discutidos como uma única 
entidade denominada colo. O 
apêndice, uma evaginação em fundo cego do ceco, é descrito separadamente. 
 
20 Renan Lopes Fernandes – MED104 
 
13.1. COLO 
O colo corresponde a quase 
todo o comprimento do 
intestino grosso. Ele recebe 
o quimo do íleo através da 
valva ileocecal, um esfíncter 
anatômico e fisiológico que 
impede o refluxo do 
conteúdo do ceco para o 
íleo. 
 
13.2. HISTOLOGIA DO COLO 
 
O colo não possui vilos, mas é 
dotado de uma grande quantidade 
de criptas de Lieberkuhn, de 
composição semelhante a do 
intestino delgado, exceto pela 
ausência de células de Paneth. O 
número de células caliciformes 
aumenta do ceco para o colo 
sigmoide, mas as células 
absortivas são as mais numerosas de todos os tipos celulares. As células do SNED também estão presente, 
apesar de seu número ser pequeno. A lâmina própria, a camada muscular da mucosa e a submucosa do colo 
assemelham-se às do intestino delgado. A túnica muscular externa é diferente, pois a camada longitudinal 
externa não é contínua em toda a sua superfície; em vez disto, grande parte dela está agrupada em 3 
estreitas fitas de feixes musculares conhecidos como tênias do colo. O tônus constante mantido pelas tênias 
do colo forma pregas no intestino, as chamadas saculações do colo (haustra coli). A serosa apresenta 
numerosas bolsas formadas por tecido adiposo unilocular denominadas apêndices epiplóicos. 
14. RETO E CANAL ANAL 
Histologicamente, o reto assemelha-se ao colo, mas as criptas de Lieberkuhn são mais profundas e em menor 
número por unidade de área. O canal anal, a continuação mais estreita do reto, tem suas criptas de 
Lieberkuhn curtas e escassas e não estão mais presentes na metade distal do canal. A mucosa apresenta 
pregas longitudinais, as colunas anais (colunas retais de Morgani). Estas se encontram umas às outras 
formando evaginações semelhantes a bolsas, as valvas anais com seios anais intermediários. As valvas anais 
auxiliam o ânus a suportar a coluna de fezes. 
14.1. MUCOSA ANAL 
O epitélio que é cheio de enterócitos, criptas e células caliciforme se transforma em epitélio pavimentoso 
queratinizado no ânus. 
 
 
21 Renan Lopes Fernandes – MED104 
14.2. SUBMUCOSA ANAL E MUSCULAR EXTERNA 
Constituída de tecido conjuntivo fibroeslástico. Ela 
contém dois plexos venosos, o plexo hemorroidário 
interno, situado acima da linha pectinada e o plexo 
hemorroidário externo, localizado na junção do canal 
anal com o orificio externo, o ânus.A túnica muscular 
externa consiste em uma camada circular interna e uma 
camada longitudinal externa de músculo liso. A camada 
circular interna torna-se mais espessa ao circular a região 
da linha pectinada, formando o músculo do esfíncter anal 
interno. As células musculares lisas da camada 
longitudinal externa continuam como uma lâmina 
fibroelástica envolvendo o esfíncter anal interno. 
Músculos esqueléticos do soalho da pelve formam o músculo do esfíncter anal externo, que envolve a 
lâmina fibroelástica e o esfíncter anal interno. O esfíncter externo está sob controle voluntário e possui um 
tônus constante. 
14.3. APÊNDICE 
O apêndice vermiforme é um divertículo do ceco. A mucosa do apêndice é constituída de um epitélio 
cilindrico, composto por células absortivas superficiais, células caliciformes e células M nos locais em que 
os nódulos linfóides encostam-se no epitélio. Menor número e tamanho de glândulas/criptas. Não possui 
tênias do colon.

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