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DEFINIÇÃO Também conhecido como somatoscopia, é o exame físico geral, por meio dele são obtidos dados gerais do paciente independente do sistema corporal. É a avaliação global do doente, caracteriza a primeira etapa do exame físico. SEMIOTÉCNICA Paciente deve ser examinado em decúbito, sentado, em pé e andando. É importante também a iluminação do local e onde será realizado o atendimento. AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL Avaliação subjetiva que tem como base o conjunto de dados exibidos pelo paciente. DESCRIÇÃO DO ESTADO: Estado geral bom, estado geral regular ou levemente comprometido, estado geral ruim ou muito comprometido. Importante para compreender o nível que a doença atingiu o corpo como um todo. ↝ Serve de alerta para patologias com poucos ou muitos sintomas. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Implica dois aspectos: avaliação neurológica e psiquiátrica. ° ESTADO DE VIGÍLIA: Percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo. Coordenado pelo sistema reticulotalâmico. ° OBNUBILADO: Paciente apresenta distúrbios de ideação e certa confusão mental. ° SONOLÊNCIA: Paciente possui a tendência de manter os olhos fechados, porém, quando estimulado mantém diálogo. ° TORPOR: Paciente responde monossilabicamente à dor. ° COMA: LEVE, VÍGIL, GRAU I: Comprometimento leve da consciência, paciente atende a ordens simples, como abrir e fechar os olhos, levantar os braços e responder a perguntas pessoais, porém, não mantém contato verbal. ↝ Reage de modo apropriado aos estímulos dolorosos. ↝ Deglutição é normal. MÉDIO, GRAU II: Perda de consciência quase total, paciente possui perceptividade bastante reduzida. Só responde mediante a estímulos dolorosos enérgicos e desapropriadamente. ↝ Deglutição com dificuldade; ↝ Reflexo tendinosos, cutâneos e pupilar estão preservados. PROFUNDO, CARUS, GRAU III: Perda de consciência completa, paciente não responde a solicitações externas. Possui perceptividade zero, não deglute água e nenhum estimulo doloroso desperta reações. ↝ Arreflexia tendinosa, cutânea e pupilar, relaxamento completo da musculatura e incontinência esfinctérica. DEPASSÉ, GRAU IV: Elementos do grau III, porém, há comprometimento das funções vitais: Parada respiratória (apneia), a respiração é mecânica. ↝ Estado quase sempre irreversível, possui EEG com silêncio elétrico cerebral. ° FATORES PARA ANÁLISE: PERCEPTIVIDADE: Capacidade de responder a perguntas simples ou informar nome de familiares ou endereço, faz cálculos e atende a ordens. REATIVIDADE: Capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, como desviar os olhos e a cabeça para um local que está provocando um barulho. ↝ Pode ser avaliada em relação à dor. DEGLUTIÇÃO: Capacidade de levar os alimentos à boca e deglutir. REFLEXOS: Respostas às manobras dos reflexos tendinosos, plantares, cutâneos, abdominais e pupilares. ° ESCALA DE COMA DE GLASGOW: Possui valor mínimo de 3 e o máximo 15. Quando o paciente pontua 8 ou menos é indicativo de intubação orotraqueal e suporte ventilatório. AVALIAÇÃO DAS PUPILAS: Quando o paciente não possui reflexo pupilar, perde 2 pontos da escala. ↝ INEXISTENTE: Nenhuma pupila reage ao estímulo da luz; ↝ PARCIAL: Perde 1 ponto, apenas uma das pupilas reage a luz; ↝ COMPLETA: As duas pupilas reagem ao estimulo da luz. FALA E LINGUAGEM ° DISFONIA OU AFONIA: Alteração no timbre da voz. A voz pode estar rouca, fanhosa ou bitonal. ° DISLALIA: Alterações menores na fala, comum em crianças com troca das letras. DISRITMOLALIA: Distúrbio no ritmo da fala. Gagueira e taquilalia. ° DISARTRIA: Alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz arrastada), hipertonia no Parkinsonismo (voz baixa, monótona, lenta), perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar). É a dificuldade na articulação da palavra. ° DISFASIA: Perturbação na elaboração cortical da fala. Possui diversos graus, desde alterações mínimas até perda total da fala. RECEPÇÃO ou SENSORIAL: Paciente não entende o que é falado; EXPRESSÃO ou MOTORA: Paciente entende mas não consegue expressar. MISTO: É o mais frequente. PADRÃO RESPIRATÓRIO É importante avaliar a frequência respiratória do paciente e as condições, se o indivíduo está respirando de forma confortável ou não. EUPNEICO: FR normal, 14-20 irpm; DISPNEICO: Sensação desagradável de cansaço, em conjunto a insuficiência respiratória. TAQUIPNÉIA: FR aumentada > 20 irpm; BRADIPNÉIA: FR diminuída < 20 irpm. FÁCIES Conjunto de dados exibidos na face do paciente. Resultante dos traços anatômicos + expressão fisionômica. ° NORMAL/ATÍPICA: Comporta muitas variações, mas é necessário identificar no rosto do paciente sinais de tristeza, ansiedade, medo, indiferença, apreensão. ° ANORMAL/TÍPICA: Aspecto da face modificada pela doença; MONGOLOIDE: A principal característica está na fenda palpebral, sendo uma prega cutânea (epicanto), tornando os olhos oblíquos, distantes um do outro. Rosto redondo, boca entreaberta expressão de pouca inteligência. LEONINA: As lesões são produzidas pelas lesões do mal de Hansen. Pele espessa e possui grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes. Há caimento dos supercílios, espessamento e alargamento do nariz, lábios grossos e proeminentes. Bochechas deformadas, barba desaparece. PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: Assimetria da face, com a impossibilidade de fechar as pálpebras, desvio da rima oral para o lado normal, apagamento do sulco nasolabial. BASEDOWIANA: O traço mais característico está nos olhos, exoftálmicos e brilhantes, em um rosto magro. Expressão indica vivacidade, mas as vezes pode indicar espanto e ansiedade. Presença de bócio. ↝ Indica hipertireoidismo. MIXEDEMATOSA: Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessa e acentuação dos sulcos. Pálpebras infiltradas e enrugadas. Supercílios escassos e cabelos secos sem brilho. Expressão que indica desânimo e apatia. ↝ Indica hipotireoidismo. HIPOCRÁTICA: Olhos fundos, parados, inexpressivos, nariz afilado e lábios delgados. Observa-se batimento das asas do nariz. Rosto coberto por suor, palidez cutânea e discreta cianose labial. ↝ Indica doença grave RENAL: Edema predominante ao redor dos olhos, palidez cutânea. ↝ Observada em doenças difusas dos rins, como síndrome nefrótica e glomerulonefrite difusa aguda. ADENOIDIANA: Nariz pequeno e afilado, boca entreaberta ↝ Indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides. PARKINSONIANA: Cabeça inclinada para frente e imóvel, olhar fixo, supercílios elevados e a fronte enrugada, com expressão de espanto. Figura de máscara. ACROMEGÁLICA: Saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, aumento do nariz, lábios e orelhas. Olhos pequenos. CUSHINGOIDE/LUA CHEIA: Arredondamento do rosto, atenuação dos traços faciais e aparecimento de acne (secundário). DEPRESSÃO: Cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante, sulco nasolabial acentuado e canto da boca rebaixado. Expressões de indiferença, tristeza, sofrimento moral. PSEUDOBULBAR: Súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, as quais o paciente tenta conter e dá um aspecto espasmódico a face. ↝ Aterosclerose cerebral. MIASTÊNICA/HUTCHINSON: Ptose palpebral bilateral, com isso o paciente vai franzir a testa e levantar a cabeça. ↝ Miastenia gravis. DEFICIENTE MENTAL: Difícil descrição, traços faciais apagados e grosseiros, boca entreaberta com salivação. Hipertelorismo e estrabismo, olhar desprovido de objetivo e olhos se movimentam sem se fixar. Voz grave com meias-palavras. ETÍLICA: Olhos avermelhados e ruborização da face, hálito etílico, voz pastosa e sorriso meio indefinido. ESCLERODÉRMICA/MÚMIA: Imobilidade facial, devido a alterações na pele, que torna-se apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. Fisionomia inexpressiva. ATITUDE E DECÚBITO NO LEITO Atitude é a posição adotada pelo paciente no leito ou fora, devido a comodidade, habito ou alivio. As posições podem ser conscientes (voluntarias) e outras são involuntárias pois são resultantes dos estímulos cerebrais. ° VOLUNTÁRIAS: ORTOPNEICA: Paciente fica nessa posição devido a falta de ar devido a insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascites volumosas. As mãos estão normalmente apoiadas na cama para melhorar a respiração. Em estados graves, o paciente deita-se com os pés estendidos e deixa o tórax mais ereto possível. GENUPEITORAL/PRECE MAOMETANA: Paciente de joelho com o tronco fletido sobre as coxas e peito em contato com o chão. Rosto sobre as mãos, que estão apoiada no chão. ↝ Facilita o enchimento do coração no caso de derrame pericárdico. DE CÓCORAS: Observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica. Alivia a hipóxia generalizada, devido a diminuição do retorno venoso para o coração. PARKINSONIANA: Em pé apresenta semiflexão da cabeça, tronco e MMII e quando caminha parece estar correndo atrás do seu eixo de gravidade. DECÚBITO: ↝ LATERAL (D ou E): Normalmente é adotada quando há dor de origem pleurítica, reduzindo a movimentação dos folhetos pleurais, deita-se sobre a dor. ↝ DORSAL: Pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia. Observa-se em processos inflamatórios pelviperitoneais. ↝ VENTRAL: Comum em casos de cólica intestinal, paciente deita-se de bruços. ° INVOLUNTÁRIAS: PASSIVA: Paciente fica na posição que foi colocado no leito, não há contratura muscular. ↝ Pacientes inconscientes ou comatosos. ORTÓTONO: Todo o tronco e membros encontram- se rígidos, sem se curvarem. OPISTÓTONO: Atitude decorrente da contratura da musculatura lombar. O corpo se apoia na cabeça e calcanhares. ↝ Tétano, meningite. EMPROSTÓTONO: Ocorre no tétano, meningite, raiva, o corpo fica em concavidade voltada para frente. PLEUROSTÓTONO: Raro, observado no tétano, meningite e raiva. Corpo se curva lateralmente. POSIÇÃO DE GATILHO: Observa-se na irritação meníngea, mais comum em crianças, apresenta-se com hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco para frente. TORCICOLO E MÃO PÊNDULA DA PARALISIA RADIAL: Involuntárias de determinado segmento. MARCHA Muito importante para verificar afecções neurológicas. A marcha normal pode apresentar variações, pois cada indivíduo tem sua forma de andar. SENIL: Aumento da flexão dos cotovelos, cintura e quadril. Diminuição do balanço dos braços, levantamento dos pés e comprimento dos passos. ATÍPICA: ↝ PARKINSONIANA: Flexão dos cotovelos e caminha como se estivesse contando dinheiro (tremor de repouso), petit pass, cambaleando, oscilando e rigidez dos membros. ↝ ATAXICA, CEREBELAR ou DO ÉBRIO: A incoordeção é de origem cerebelar ou o alcoolismo. Indivíduo alarga a base e anda cambaleando. ↝ CLAUDICANTE: Ocorre em pacientes com insuficiência vascular, diabetes + dermatite ocre, com isso, andam mancando. ↝ ESCARVANTE: Ocorre em pacientes com Hansen que tiveram lesão fibular ou no nervo ciático, o pé fica pêndulo (cavando). O pé não faz flexão. MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS ° TREMORES: Movimentos alternantes, +/- rápidos e regulares, pequena ou média amplitude, afeta principalmente as partes distais dos membros. MANOBRAS: ↝ Paciente estende a mão com as palmas para baixo e dedos separados. Coloca-se uma folha no dorso de uma das mãos, ampliando os movimentos. ↝ Pede para que coloque a ponta do dedo no nariz ou leve um copo a boca, identificando assim, a presença de tremores de repouso ou de ação. TIPOS: ↝ REPOUSO: Desaparece com os movimentos e sono, tremor oscilatório, mais evidente nas mãos. Ocorre no Parkinsonismo. ↝ ATITUDE ou POSTURA: Surge quando o membro é colocado em determinada posição, não é muito evidente no repouso ou movimento. Comum no pré-coma hepático quando é feito o flapping e na doença de Wilson. O mais comum é o tremor familiar, é regular, não muito grosseiro e acentuado com as emoções, acomete várias pessoas da família. ↝ AÇÃO: Surge ou se agrava no movimento. Ocorre em doenças cerebelares. ↝ VIBRATÓRIO: Fino e rápido, ocorre no hipertireoidismo, alcoolismo e neurossífilis, principalmente de origem emocional. ° MOVIMENTOS COREICOS: Amplos, desordenados, inesperados e arrítmicos, multiformes e sem finalidade. Ocorre na face, MMSS e MMII. Quando mais frequentes são facilmente observados. Para verificar com uma melhor precisão, o paciente fica relaxado e sentado à beira do leito com as pernas pendentes. COREIA DE SYDENHAM/INFANTIL/DANÇA DE SÃO GUIDO: Etiologia infecciosa, relacionada com a moléstia reumática. COREIA DE HUNTINGTON: Distúrbio neurológico hereditário raro, movimentos corporais anormais e incoordenação, afeta habilidades mentais e aspectos de personalidade. ° MOVIMENTOS ATETÓSICOS: Ocorrem nas extremidades, movimentos lentos e estereotipados, lembra os movimentos dos tentáculos do polvo. Uni ou bilaterais. Ocorre devido a lesões nos núcleos da base, como sequela de impregnação cerebral por hiperbilirrubinemia do recém-nascido (Kernicterus). ° HEMIBALISMO: Movimentos abruptos, violentos, grande amplitude, rápidos e limitados a uma metade do corpo. Muito raros e ocorrem devido a lesões extrapiramidais. ° MIOCLONIAS: Contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou difusas, acomete um musculo ou grupo muscular. Ocorrem devido a descargas de neurônios subcorticais, nas epilepsias (pequeno mal). ° MIOQUINIAS: Contrações fibrilares ondulatórias, em músculos íntegros, no orbicular das pálpebras, quadríceps e gêmeos. ° ASTERIX/FLAPPING: Movimentos rápidos, amplitude variável, nos segmentos distais, similar ao bater das asas. Frequente na insuficiência hepática, podendo ser encontrado no coma urêmico. ° TIQUES: Movimentos que se repetem sucessivamente, domináveis pela vontade, funcionais ou orgânicos. MOTORES: ↝ SIMPLES: Grupos musculares isolados, piscamentos, abertura da boca, balanceio da cabeça e pescoço, elevação dos braços ou fechamento dos punhos. ↝ COMPLEXOS: Padrões elaborados de movimentos, contrações faciais bizarras, desvios oculares, pulos na marcha, tocar ou cheirar objetos, gesticulação obscena. VOCAIS: ↝ SIMPLES: Limpar a garganta, grunhidos, estalos com lábios ou língua. ↝ COMPLEXOS: Palavras ou fragmentos, frases curtas, elementos musicais, repetição da última palavra ouvida ou emitida. ° CONVULSÕES: Movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos, generalizadas ou localizados. TÔNICAS: Mantidas permanentemente e imobilizam as articulações. CLÔNICAS: Rítmicas, alterna entre contrações e relaxamento, ritmo +/- rápido. TÔNICO-CLÔNICAS Ocorre na epilepsia, tétano, estados hipoglicêmicos, intoxicações exógenas, tumores cerebrais, meningite, síndrome de Adams-Stokes, febre em crianças. ° TETANIA: Crises tônicas nas mãos e pés (espasmos carpopodais). Às vezes é necessário algum mecanismo para desencadear os movimentos, como a compressão do braço, SINAL DE TROUSSEAU. Ocorre nas hipocalcemias, alcalose respiratória por hiperventilação. ° FASCICULAÇÕES: Contrações breves, arrítmicas, limitadas a um musculo. ° DISCINESIAS OROFACIAIS: Movimentos rítmicos, repetitivos e bizarros, comprometem a boca, face, mandíbula, língua, com caretas, franzir dos lábios, protrusão da língua, abertura e fechamento da boca e desvio da mandíbula. Psicoses de longa evolução, uso prolongado de fenotiazinas (clorpromazina, anti-histamínicos), idosos desdentados. ° DISTONIAS: Similares aos movimentos atetoides, envolvendo porções maiores do corpo, gerando posturas grotescas e contorcidas. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ° ALTURA: Medida planta-vértice (altura total do indivíduo- planta dos pés ao vértice da cabeça). Nas crianças, é recomendado medir a altura na posição deitada até os 4 anos. A altura do idoso é sempre menor do que ele alcançou no final da fase de crescimento, devido ao encurtamento da coluna e aumento da curvatura. ENVERGADURA: Distância entre os extremos dos MMSS com os braços abertos, normalmente equivale a altura. DISTÂNCIA PUBOVÉRTICE: Distância entre a sínfise pubiana e o ponto mais alto da cabeça. DISTÂNCIA PUBOPLANTAR: Medida entre a sínfise pubiana e planta dos pés. ↝ O ponto médio da altura do recém-nascido está ao nível da cicatriz umbilical. ↝ Normalmente: PV/PP= 0,98 A 1,0. ° DESENVOLVIMENTO FÍSICO: HIPODESENVOLVIMENTO: Pessoas menores de 1,50m; HIPERDESENVOLVIMENTO: Homens 1,90m, mulheres 1,80 m. ° PESO: Quando obtido é comparado com os valores normais de acordo com o sexo e idade. IDEAL: Valores estatísticos obtidos na população. Regra de broca: Peso ideal se aproxima do número de cm que excede um metro de altura, no sexo feminino subtrai 5% do encontrado. MÁXIMO NORMAL: Soma-se 5% a 10% ao peso ideal. MÍNIMO NORMAL: Subtraem-se 5% a 10% do peso ideal. ALTERAÇÕES DO PESO: ↝ MAGREZA: Peso excessivamente baixo da linha da normalidade. ↝ CAQUEXIA: Extrema magreza com comprometimento do estado geral; ↝ SOBREPESO ↝ OBESIDADE ° ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA: IMC= P/A2. BAIXO PESO: IMC menor que 19,99 Kg/m2; NORMAL: 20 a 24,99 Kg/m2; SOBREPESO:25 a 29,99 Kg/m2; OBESIDADE: 30 a 39,99 Kg/m2; OBESIDADE MÓRBIDA: Acima de 40 Kg/m2. Indivíduos musculosos possuem excesso de peso sem serem obesas, assim como, pessoas com pequena ossatura e pouca massa muscular podem ser obesas sem preencherem os critérios para o excesso de peso. PADRÃO MAÇÃ: Mais comum nos homens, relacionado à gordura central/visceral, ligada ao risco cardiovascular, diabetes, IAM. É a gordura acumulada na parte superior do corpo. PADRÃO PÊRA: Mais comum em mulheres, acúmulo de gordura nas coxas e quadril. É periférica. ° CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: Logo acima da crista ilíaca, o excesso de gordura abdominal está relacionado com alterações metabólicas, como dislipidemias, resistência à insulina, DM 2 , hipertensão e doença renal coronariana. MULHERES: Até 88 cm; HOMENS: Até102 cm. ° RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL: Mede-se a circunferência da cintura em um ponto médio, entre o final dos arcos cotais e a do quadril, ao nível das espinhas ilíacas anteriores. MULHERES: RCQ< 0,8 HOMENS: RCQ< O,9. MUSCULATURA Observar o paciente em repouso, procurando o relevo das massas musculares mais volumosas. Após, palpa-se o musculo em repouso e depois em leve contração. TROFICIDADE: Massa do musculo; ↝ MUSCULATURA NORMAL; ↝ MUSCULATURA HIPERTÓFICA: Aumento da massa muscular; ↝ MUSCULATURA HIPOTRÓFICA: Diminuição da massa TONICIDADE: Estado de semicontração própria do musculo normal. ↝ TÔNUS NORMAL; ↝ HIPERTONICIDADE, ESPASTICIDADE, MUSCULATURA ESPÁSTICA, RIGIDEZ: Contração e semicontração mesmo em repouso; ↝ HIPOTONICIDADE, FLACIDEZ: Diminuição ou ausência do tônus, com perda do contorno da massa muscular. ↝ Crianças e mulheres possuem certos grau de hipotonia. AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO Ocorre de acordo com alteração abrupta do peso, alterações na umidade, elasticidade e turgor da pele, alterações na mucosa, verificar fontanelas, alterações oculares, oligúria e estado geral. Paciente é caracterizado como hidratado quando a oferta de líquidos e eletrólitos está de acordo com a necessidade do organismo e não há perdas como diarreias, febre, vômitos. DESIDRATAÇÃO: Diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, com os seguintes elementos: ↝ Sede, diminuição abrupta do peso, pele seca, diminuição do turgor e elasticidade, mucosas secas, enoftalmia e olhos hipotônicos, fontanelas deprimidas, estado geral comprometido, abatimento, oligúria. ↝ INTENSIDADE: LEVE OU 1° GRAU: Perda de peso de até 5% MODERADA OU 2° GRAU: Perda entre 5% e 10%; GRAVE OU 3° GRAU: Acima de 10%. ↝ OSMOLARIDADE: Guiado pelo nível sanguíneo de sódio. ISOTÔNICA: Sódio nos limites normais= 130- 150 mEq/l; HIPOTÔNICA: Sódio baixo <130 mEq/l; HIPERTÔNICA: Sódio acima dos limites normais >150 mEq/l. COLORAÇÃO A coloração normal é róseo-avermelhada, devido a rede vascular das mucosas (normocoradas). DESCORAMENTO DAS MUCOSAS: Palidez das mucosas, é feita a avaliação quantitativas em cruzes 1 a 4). Indicam anemia, além disso, podem estar associadas palidez da pele, fadiga, astenia, palpitações. Prega MUCOSAS HIPERCORADAS: São vermelho-arroxeadas. Ocorre nas inflamações e poliglobulias. CIANOSE: Coloração azulada das mucosas, avaliação é feita por cruzes. Acianótica ou cianótica. ICTERÍCIA: Mucosas amareladas ou amarelo- esverdeadas, devido a impregnação do pigmento bilirrubínico aumentado no sangue. Avaliação quantitativa. Anictérica e ictérica. PERFUSÃO PERIFÉRICA Feita com o auxílio de um oxímetro, porém, pode ser falha caso o paciente não tenha quantidade adequada de sangue. TESTE RÁPIDO: Apertar a ponta do dedo e observar o retorno da coloração em até 2 segundos. FÂNEROS ° CABELOS: TIPO DE IMPLANTAÇÃO: Varia de acordo com o sexo, na mulher é mais baixa e com um linha característica. Nos homens é mais alta e com entradas laterais; DISTRIBUIÇÃO: Uniforme, quando há áreas sem pelos = alopecia; ↝ Calvície QUANTIDADE: Varia entre os indivíduos e com o avançar da idade; COLORAÇÃO: Varia com etnia e genética. As modificações podem ser por coloração artificial ou enfermidades. ↝ Crianças com desnutrição proteica grave, possuem cabelos ruivos. ° PELOS: Localizados nos folículos pilossebáceos, que são invaginações da epiderme. HIPERTRICOSE: Aumento exagerado de pelos terminais, congênita ou adquirida, difusa ou localizada; HIRSUTISMO: Aumento exagerado de pelos sexuais masculinos na mulher, constitucional, idiopático ou androgênico; TEMPO DE APARECIMENTO: Pode ser precoce ou com atraso; VIRILIZAÇÃO: Hirsutismo associado ao aprofundamento da voz e aumento do clitóris; QUEDA DE PELO: Desnutrição, hepatopatias crônicas, mixedema, colagenoses, quimioterapia e algumas dermatoses. ° UNHAS: Formadas de células queratinizadas; NORMAL: Forma um ângulo menor que 160°, com uma curvatura lateral nítida, lisa, róseo- avermelhada; HIPOCRATISMO DIGITAL: Ângulo de 180°. ↝ Unhas em vidro de relógio COLORAÇÃO: Pálidas, cianóticas; LEUCONÍQUIAS: Manchas brancas nas unhas; ONICÓLISE: Unhas parcialmente descoloradas, UNHAS DE PLUMMER- Hipertireoidismo; UNHAS DISTRÓFICAS: Espessas, rugosas e irregulares, frequentes em pessoas sujeitas a traumatismos, portadores de isquemia crônica dos MMII ou de onicomicose; FORMA: Pode ocorrer alterações em estados carenciais, onicomicose, nefropatias crônicas, hepatopatias crônicas, psoríase e substancias cáusticas; COILONÍQUIA: Unha em colher, estado distrófico, no qual a placa ungueal fica delgada e deprimida. ↝ Anemia ferropriva grave. INFLAMAÇÕES PARONÍQUIAS: Comum em pessoas que possuem a mão constante na água. ONICOFAGIA: Ato de roer as unhas, indicativo de ansiedade. HIPODERME/TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO Conhecido também como panículo adiposo. Reserva calórica e protege contra traumas. CELULITE: Processo inflamatório; FIBROMAS: Tumor benigno; CISTOS SEBÁCEOS: Retenção de secreção por obstrução do canal excretor das glândulas sebáceas. DISTRIBUIÇÃO: ↝ NORMAL: Característica correspondente ao sexo e idade, nas crianças predomina no rosto e tronco, nas mulheres nas nádegas e raízes das coxas; ↝ ACÚMULO ESPECIAL: Síndrome de Cushing, no qual, há acumulo na face, tórax e abdome. » GIBOSIDADE: Acumulo no início da coluna torácica; QUANTIDADE: ↝ NORMAL ↝ AUMENTADO: Presença de tecido adiposo; ↝ DIMINUÍDO/ESCASSO: Reduzido ou nulo o coxim gorduroso. ENFISEMA SUBCUTÂNEO Bolhas de ar debaixo da pele. Para identificar é feito a palpação no local, proporcionando a sensação de crepitação. Pode ser do tórax, devido a um pneumotórax ou por bactérias produtoras de gás, como nas gangrenas gasosas. LINFONODOS Fazer a avaliação de acordo com as cadeias: Occipitais, pré-auriculares, retroauriculares, submandibulares, submentonianos, cervicais anteriores (profundos e superficiais) e posteriores, infraclaviculares, trocleares, axilares, inguinais, poplíteos, tonsila palatina. DESCRIÇÃO: Local, tamanho e volume aproximado, consistência, mobilidade (adesão a planos profundos), sensibilidade, alteração da pele ao redor. CIRCULAÇÃO COLATERAL Circuito venoso anormal visível, intensa e sinuosa. Indica dificuldade ou impedimento do fluxo venoso através dos troncos principais, com isso o sangue desvia para colaterais previamente existentes. ° BRAQUICEFÁLICA: Veias superficiais ingurgitadas bilateralmente na parte superior do tórax, o sangue flui em direção as veias mamárias, toracoaxilares e jugulares anteriores. ° CAVA SUPERIOR: Se distribui na metade superior da face anterior do tórax, pode ocorrer na parte posterior, braços e pescoço. Possui direção toracoabdominal, com o sangue procurando a veia cava inferior. Estase jugular, bilateral não pulsátil, cianose e edema localizado na parte superior do tronco, pescoço e face. ° PORTA: O obstáculo está na veias supra-hepáticas, no fígado ou na veia porta. Localiza-se na face anterior do tronco, nas regiões periumbilical, epigástrica e face anterior do tórax. Possui direção de baixo para cima, procurando a veia cava superior, ou de cima para baixo. Cirrose hepática CABEÇA DE MEDUSA: A rede colateral se concentra na região umbilical e irradia como raios. ° CAVA INFERIOR: A circulação colateral está na parte inferior do abdome, região umbilical, flancos e face anterior do tórax. O sangue flui no sentido abdome- tórax, procurando a cava superior. EDEMA Deve ser descrito com base na localização, distribuição, ascendente ou descendente, consistência e temperatura. Importante sempre classificar em cruzes (até 4) e monitorar o ganho ou perda de líquido. AVALIAÇÃO: Sinal de GODET ou cacifo; O edema ascendente (cardíaco), acomete principalmente MMII e o renal (descendente) ocorre mais na região periorbital e lábios. TEMPERATURA CORPORAL É avaliado nos sinais e sempre com um termômetro ou relatar que o mesmo é afebril ou febril ao toque. Informar ao paciente que encontra-se afebril ou febril. ° INTENSIDADE: Leve (37,5°c), moderada (37,6°c a 38,5°c), alta (acima 38,6°c); ° INÍCIO: Súbito (geralmente acompanhado de sinais e sintomas, como hipertermia) ou gradual; ° TIPO: CONTÍNUA: Permanece sempre acima do normal, com variações de até 1°C e sem muitas oscilações; REMITENTE: Hipertermia diária, com variações maiores que 1°C e sem períodos de apirexia (sem febre); INTERMITENTE: Hipertermia ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal. Ocorre a febre pela manhã, mas pela tarde não é registrada. A apirexia pode durar 2 dias. Cotidiana (24h), terçã (48h), quartã (72h); IRREGULAR OU SÉPTICA: Picos altos intercalados entre temperaturas baixas ou períodos de apirexia. ° TÉRMINO: CRISE: Desaparece subitamente, ocorre sudorese profusa e prostração; LISE: Hipertermia desaparece gradualmente, dia a dia, até alcançar níveis normais. ° DURAÇÃO: Curta, prolongada (menos de 3 semanas sem diagnostico); ° EVOLUÇÃO BIOTIPO OU TIPO MORFOLÓGICO Conjunto de características morfológicas apresentadas pelo indivíduo. ° LONGILÍNEO: Pescoço longo e delgado, tórax afilado e chato, membros alongados, ângulo de charpy menor que 90°, musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido, tendência para estatura elevada. ° MEDIOLÍNEO: Equilíbrio entre os membros e tronco, desenvolvimento harmônico da musculatura e panículo adiposo, ângulo = 90°. ° BREVILÍNEO: Pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros curtos em relação ao tronco, ângulo maior que 90°, musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso, tendência para baixa estatura.
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