Buscar

EXAME FÍSICO GERAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXAME FÍSICO GERAL
Estado geral
Em outras palavras, é o que aparenta o paciente, visto em sua totalidade.
Para descrever a impressão obtida, usa-se a seguinte nomenclatura: bom estado geral (BEG); regular estado
geral (REG); mau estado geral (MEG).
Nível de consciência
A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília, resultante da atividade
de diversas áreas cerebrais, coordenadas pelo sistema reticular ativado ascendente.
Obnubilação: quando o nível de consciência é pouco comprometido, permanecendo o paciente em estado de
alerta ainda que algo diminuído
Sonolência: o paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente, mas logo volta a
dormir
Confusão mental: configura-se por perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não
há uma percepção temporoespacial normal
Torpor ou estupor: quando a alteração de consciência for mais pronunciada, mas o paciente ainda é capaz de
ser despertado por estímulos mais fortes e tem movimentos espontâneos
Coma: quando o paciente não for despertado por estímulos fortes e não tiver movimentos espontâneos.
Coma:
Coma é um estado de inconsciência, habitualmente prolongado (com duração de horas, dias ou meses), do qual o
paciente pode ou não emergir. Esse estado de inconsciência não pode ser revertido pelos estímulos externos
comuns, critério que torna possível distinguir o coma do estado de inconsciência do sono fisiológico.
O coma é a expressão de falência das funções encefálicas, podendo ser determinado por lesões estruturais do
parênquima encefálico, disfunções metabólicas e intoxicações exógenas com repercussão no sistema nervoso
central.
Escala de Glasgow:
Perceptividade e reatividade
A perceptividade pode ser analisada da seguinte maneira:
■ Resposta a uma ordem simples – “feche os olhos e mostre a língua”
■ Orientação no tempo e no espaço – “onde está e que dia é hoje?”
■ Execução de um cálculo simples – “quanto é 2 + 2?”
■ Nomear seis flores.
A reatividade pode ser analisada por:
■ Reação de orientação e de alerta – o examinador provoca um ruído e observa se o paciente o localiza com os
olhos, com abertura e movimentação
■ Reação de piscamento à ameaça de atingir os olhos
■ Reação à dor – aplicação de estímulos dolorosos leves.
Sinais vitais
Pressão arterial
Método para aferição:
Etapas:
1. O paciente deve evitar tabagismo, consumo de cafeína ou praticar exercícios físicos 30 minutos antes da
aferição
2. Local tranquilo com temperatura agradável (ideal)
3. Paciente sentado tranquilamente por 5 min com os pés no chão
4. O braço escolhido deve estar desnudo e sem fístulas arteriovenosas para diálise, cicatrizes de dissecção de
artéria braquial prévia nem sinais de linfedema consequente a dissecação de linfonodo axilar ou radioterapia.
5. Palpar a artéria braquial para confirmar que exista pulso viável e posicione o braço do paciente de modo que a
artéria braquial, no sulco antecubital, encontre-se no mesmo nível do coração, aproximadamente ao nível do 4º
espaço intercostal em sua junção com o esterno.
Método:
Posicione o esfigmomanômetro e o braço. Com o braço do paciente no nível do
coração, coloque a bexiga inflável sobre a artéria braquial. A borda inferior da braçadeira deve
estar, aproximadamente, 2,5 cm acima do sulco antecubital. Ajuste bem o esfigmomanômetro.
Posicione o braço do paciente de modo que fique discretamente flexionado na altura do
cotovelo.
Estime a pressão sistólica e adicione 30 mmHg. Para decidir até quanto se deve elevar
a pressão na braçadeira, primeiro faça uma estimativa da pressão sistólica por meio de palpação.
Assim que palpar a artéria radial com os dedos de uma mão, insufle rapidamente a braçadeira
até o pulso radial desaparecer. Verifique a pressão no manômetro e acrescente 30 mmHg. Usar
esse valor para insuflações subsequentes evita o desconforto associado a pressões desnecessariamente elevadas na braçadeira. Isso também
evita o erro ocasional causado pelo hiato auscultatório – um intervalo de silêncio que pode ocorrer entre as pressões sistólica e diastólica.
Desinfle a braçadeira, de modo rápido e completamente; em seguida, espere de 15 a 30 segundos.
Posicione a campânula do estetoscópio na artéria
braquial. Agora, coloque a campânula do estetoscópio
delicadamente sobre a artéria braquial, tomando o cuidado de
formar um “selo de ar” com sua borda. Como os sons a serem
auscultados, os ruídos de Korotkoff, apresentam tom
relativamente baixo (grave), de modo geral são mais bem
auscultados com a campânula.
Identifique a pressão arterial sistólica. Mais uma vez,
insufle rapidamente o esfigmomanômetro até o nível-alvo e,
depois, desinfle lentamente (cerca de 2 a 3 mmHg por
segundo). Observe o nível tensional enquanto ausculta os sons
de, pelo menos, dois batimentos consecutivos. Essa é a pressão
sistólica.
Identifique a pressão arterial diastólica. Continue
desinflando a braçadeira lentamente até os ruídos se tornarem
abafados e desaparecerem. Para confirmar o ponto de
desaparecimento, ausculte a pressão cair por outros 10 a 20 mmHg. A seguir, desinfle a braçadeira rapidamente até zero. O ponto de
desaparecimento, que, habitualmente, é apenas alguns mmHg abaixo do ponto de abafamento dos ruídos, propicia a melhor estimativa da
pressão diastólica verdadeira em adultos.
Faça a média de duas ou mais aferições. Arredonde os níveis tensionais (sistólico e diastólico) para os 2 mmHg mais próximos.
Espere 2 min e repita o procedimento. Em seguida, faça a média das suas aferições. Se as duas primeiras diferirem em mais de 5 mmHg,
faça outras aferições.
Caso haja hiato auscultatório, deverá ser feito o registro (por exemplo: 200/98 com hiato auscultatório de 170 a
150) -> associado a rigidez arterial e doença aterosclerótica.
Classificação da PA:
Situações especiais: hipertensão do jaleco branco, pacientes obesos (fazer uso de braçadeira maior), pacientes
magros (uma opção é usar a braçadeira pediátrica.
Frequência e ritmo cardíacos
Comprimir a artéria radial com a polpa dos dedos -> caso a frequência pareça ser normal conte por 30s e
multiplica por 2, se não, conte por 60s.
Normalidade nos adultos: 60 a 100 bpm
Frequência e ritmo respiratório
Observe a frequência, o ritmo, a profundidade e o esforço respiratórios. Conte o número de incursões respiratórias
durante um minuto, seja por inspeção visual ou pela ausculta sutil com o estetoscópio pousado na traqueia
durante seu exame da cabeça e do pescoço ou do tórax. Normalmente, a frequência respiratória normal dos
adultos é de 20 incursões por minuto em um padrão regular e tranquilo. Um suspiro ocasional é normal. Verifique
se a expiração é prolongada.
Temperatura
As medições da temperatura oral e retal permanecem comuns. As temperaturas orais são, em geral, inferiores à
temperatura corporal central. Elas também são inferiores à temperatura retal em média de 0,4 a 0,5°C (0,7 a
0,9°F), e superiores às temperaturas axilares em aproximadamente 1°. São necessários 5 a 10 minutos para aferir
as temperaturas axilares e estas são consideradas menos acuradas do que as outras aferições
Valores normais
■ Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a 36,5°C.
■ Temperatura bucal: 36 a 37,4°C.
■ Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C maior que a axilar.
Febre
Características semiológicas:
Início: súbito ou gradual
Intensidade: leve -> até 37,5. Moderada -> 37,6 a 38,5. Alta -> Acima de 38,6
Duração: febre prolongada -> persiste por mais de uma semana. Principais doenças que causam febre
prolongada: tuberculose, septicemia, malária, endocardite infecciosa, febre tifoide, colagenoses, linfomas,
pielonefrites, brucelose e esquistossomose.
Modo de evolução:
Febre contínua: permanece sempre acima do normal sem grandes variações (até 1ºC)
Febre irregular ou séptica: picos altos intercalados com apirexia/temperaturas baixas
Febre remitente: hipertermia diária com variações de mais de 1ºC sem períodos de apirexia.
Febre intermitente: hipertermia intercalando com períodos de temperatura normal,podendo ser cotidiana (ex:
febre amanhã e período da tarde normal), terçã (1 dia com febre outro dia sem) e quartã (1 dia com febre e 2
sem).
Febre recorrente ou ondulante: períodos de temperatura normal durando dias ou semanas e interrompidos por
hipertermia.
Término: em crise (febre desaparece subitamente) ou em lise (temperatura vai diminuindo gradualmente até
atingir valores normais)
Fala e linguagem
Alterações na fala:
Disfonia ou afonía: é uma alteração do timbre da voz causada por alguma alteração no órgão fonador. A voz pode
tornar-se rouca, fanhosa ou bitonal.
Dislalia: é o termo usado para designar alterações menores da fala, comuns em crianças, como a troca de letra
(“tasa” por “casa”). Uma forma especial é a disritmolalia, que compreende distúrbios no ritmo da fala, incluindo a
gagueira e a taquilalia.
Disfasia: aparece com total normalidade do órgão fonador e dos músculos da fonação e depende de um distúrbio
na elaboração cortical da fala. Há diversos graus de disfasia, desde mínimas alterações até perda total da fala.
A disfasia pode ser de recepção ou sensorial (o paciente não entende o que se diz a ele) ou da expressão ou
motora (o paciente entende, mas não consegue se expressar), ou ainda do tipo misto, o que é mais frequente. A
disfasia traduz lesão do hemisfério dominante: o esquerdo no destro, e vice-versa, mas não tem valor localizatório
absoluto.
Outros distúrbios incluem: retardo no desenvolvimento da fala na criança, a disgrafia (perda da capacidade de
escrever) e a dislexia (perda da capacidade de ler).
Fácies
Denomina-se fácies o conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante de elementos anatômicos
associados à expressão fisionômica. Portanto, não são apenas os elementos estáticos, mas, e principalmente, a
expressão do olhar, os movimentos das asas do nariz e a posição da boca. Principais tipos de fácies:
Fácies normal ou atípica: comporta muitas variações, facilmente reconhecidas por todos, mas é preciso ensinar
o olho a ver. Mesmo quando não há traços anatômicos ou expressão fisionômica que caracterizem um dos tipos
de fácies descritas a seguir, é importante identificar, no rosto do paciente, sinais indicativos de tristeza, ansiedade,
medo, indiferença, apreensão.
Fácies hipocrática: olhos fundos, parados e inexpressivos chamam logo a atenção do
examinador. O nariz afila-se, e os lábios se tornam adelgaçados. “Batimentos das asas do
nariz” também costumam ser observados. Quase sempre o rosto está coberto de suor.
Palidez cutânea e uma discreta cianose labial completam a fácies hipocráticas. Esse tipo de
fácies indica doença grave e quase nunca falta nos estados agônicos das afecções que
evoluem de modo lento.
Fácies renal: o elemento característico é o edema que predomina ao redor dos olhos.
Completa o quadro a palidez cutânea. É observada nas doenças renais, particularmente na síndrome nefrótica e
na glomerulonefrite aguda.
Fácies leonina: as alterações que a compõem são produzidas pelas lesões da hanseníase. A pele, além de
espessa, é sede de grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes, em maior número na fronte.
Os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e proeminentes. As
bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. A barba escasseia ou desaparece. Essas
alterações em conjunto conferem ao rosto do paciente um aspecto de cara de leão, origem de sua denominação.
Fácies adenoideana: os elementos fundamentais são o nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta.
Aparece nos indivíduos com hipertrofia das adenoides, as quais dificultam a
respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas nasais.
Fácies parkinsoniana: a cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece
imóvel nessa posição. O olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada
conferem ao paciente uma expressão de espanto. A fisionomia é impassível e
costuma-se dizer que esses pacientes se parecem com uma figura de máscara.
Chama a atenção, também, a falta de expressividade facial. A fácies parkinsoniana é
observada na síndrome ou na doença de Parkinson.
Fácies basedowiana: seu traço mais característico reside nos olhos e no olhar. Os olhos
são salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira no rosto magro. A
expressão fisionômica indica vivacidade. Contudo, às vezes, tem um aspecto de espanto e
ansiedade. Outro elemento que salienta as características da fácies basedowiana é o
bócio. Indica hipertireoidismo.
Fácie mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessa e com
acentuação dos sulcos. Aparência apática e de desânimo. Ocorre em hipotireoidismo e
mixedema.
Fácie acromegálica: saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto,
desenvolvimento maior do maxilar inferior, aumento do nariz, lábios e orelhas e olhos aparecem
pequenos.
Fácie cushingoide ou lua cheia: arredondamento do rosto, atenuação dos traços faciais.
Ocorre na síndrome de Cushing por hiperfunção do córtex suprarrenal e pode ocorrer também
nos pacientes que fazem uso prolongado de corticosteróides.
Fácie mongolóide: prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem distantes um do outro, rosto
redondo, boca quase sempre entreaberta. Característico de Síndrome de Down.
Fácie esclerodérmica: também conhecida como fácie de múmia. Caracteriza-se pela imobilidade facial devido ao
endurecimento da pele. A fisionomia é inexpressiva, parada e imutável.
Biotipo ou tipo morfológico
Conjunto de características morfológicas apresentadas pelo indivíduo.
Brevilíneo: pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros
curtos em relação ao tronco, ângulo de Charpy maior que 90 graus,
musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso e tendência para baixa estatura.
Mediolíneo: equilíbrio entre membros e tronco, desenvolvimento harmônico da musculatura e panículo adiposo e
ângulo de Charpy em torno de 90 graus.
Longilíneo: pescoço longo e delgado, tórax afilado e chato, membros alongados com franco predomínio sobre o
tronco, ângulo de Charpy menor que 90 graus, musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido,
tendência para estatura elevada.
Postura ou atitude na posição de pé
Uma postura defeituosa pode ser consequência de hábitos posicionais ou
comprometimento da coluna vertebral.
A: boa postura
Cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para diante, peito erguido, fazendo
adiantar ao máximo essa parte do corpo
Abdome inferior achatado ou levemente retraído, curvas posteriores nos limites
normais
B: postura sofrível
Cabeça levemente inclinada para diante, peito achatado, abdome algo
protruso, passando a ser a parte mais saliente do corpo, curvas posteriores
exageradas
C: Má postura
Cabeça acentuadamente inclinada para diante, peito deprimido, abdome
saliente e relaxado, curvas posteriores exageradas.
Atitude e decúbito preferido no leito
Definição: posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele. É importante para verificar se alguma posição
melhora ou piora os sintomas ou posição feitas de forma involuntária, por exemplo.
Atitudes voluntárias
Ortopneica: paciente fica sentado à beira do leito, com os pés no chão e mãos apoiadas no colchão para facilitar
a respiração devido a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascite volumosa.
Casos graves: paciente deitado, mas com vários travesseiros como forma de manter o
tórax mais ereto possível.
Genupeitoral: paciente posicionado de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas e a
face anterior do tórax (peito) fica em contato com o chão/colchão. Essa posição
favorece o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico.
Posição Parkinsoniana: quando em pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros
inferiores e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade.
Posição de cócoras: observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica.
Decúbitos: lateral, dorsal e ventral
Atitudes involuntárias
Atitude passiva:o paciente fica na posição em que é colocado no leito
Ortótono: tronco e membros ficam rígidos sem movimentação
Opistótono: contratura da musculatura lombar, em que o paciente passa a se apoiar na cabeça e nos
calcanhares -> tétano e meningite.
Emprostótono: o paciente forma uma concavidade voltada para diante -> tétano, meningite e raiva.
Pleurostótono: corpo se curva lateralmente -> raro: tétano, raiva e meningite.
Posição em gatilho: hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com
concavidade para diante.
Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial
Medidas antropométricas
Semiotécnica da avaliação do peso corporal: paciente deve estar descalço, com a menor quantidade de roupa
possível, posicionado no centro da balança e com os braços ao longo do corpo. A leitura é feita com o avaliador à
frente da balança e à esquerda do paciente.
Em pacientes incapazes de deambular ou de ficar na posição ortostática: cama-balança.
Peso ideal: pode ser calculado a partir do IMC -> peso/altura ao quadrado (importante ressaltar que IMC não
distingue massa gordurosa de massa magra)
Peso seco: desconta-se o edema e ascite
Semiotécnica para avaliação da altura/estatura: na criança, recomenda-se medir a altura na posição deitada.
Em adultos capazes de ficar na posição ortostática: é importante que calcanhares, panturrilhas, glúteos, ombros e
escápulas estejam próximos à parede/estadiômetro. Os joelhos devem estar esticados, os pés juntos e os braços
ao longo do corpo.
Semiotécnica para avaliar circunferência abdominal e da cintura: fita métrica é posta no ponto médio entre a
crista ilíaca e última costela. Valores muito altos indicam obesidade abdominal.
Desenvolvimento físico
Leva-se em conta idade e o sexo, tomando como base a altura (tabelas) e a estrutura somática (inspeção global)
Pode ser classificado em: desenvolvimento normal, hiperdesenvolvimento, hipodesenvolvimento (não é sinônimo
de nanismo), infantilismo (persistência anormal de características infantis na fase adulta), gigantismo.
A altura é um elemento fundamental para reconhecer o gigantismo e o nanismo. No Brasil, a altura máxima
(adultos) é de 1,90m para homens e 1,80m para as mulheres e 1,50m de altura mínima para ambos os sexos.
Avaliação do estado nutricional
Parâmetros avaliados: peso, musculatura, panículo adiposo, desenvolvimento físico, estado geral, pele, pelos e
olhos.
Normal: elementos avaliados dentro da normalidade
Excesso de peso: peso, panículo adiposo e desenvolvimento físico acima dos valores de normalidade
Obesidade: excesso de peso decorrente do acúmulo de gordura
Hiponutrição ou desnutrição: peso abaixo dos valores mínimos normais, a musculatura é hipotrófica e o
panículo adiposo, escasso.
Desnutrição proteica: cabelos e pelos fracos e quebradiços.
Estado de hidratação
Parâmetros avaliados: alteração abrupta do peso, alterações na pele (elasticidade, umidade e turgor), alteração
da umidade das mucosas, fontanelas (crianças), alterações oculares e estado geral.
Desidratação:
Pode ser classificada de acordo com a perda de peso e a osmolaridade.
Perda de peso: leve (5%), moderada (5 a 10%) e grave (acima de 10%)
Osmolaridade: isotônica (níveis de sódio normais), hipotônica (há hiponatremia) e hipertônica (há hipernatremia).
Edema
Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas, no exame físico, é avaliado o edema cutâneo.
O edema começa a ser investigado na anamnese (tempo de duração, localização e evolução). Já no exame físico
são avaliados: localização e distribuição, intensidade, consistência, elasticidade, temperatura da pele
circunjacente, sensibilidade da pele circunjacente e outras alterações da pele circunjacente.
Localização e distribuição: edema localizado ocorre em apenas um segmento corporal, caso contrário, é
considerado edema generalizado.
Intensidade:
para medir a
intensidade do
edema faz-se uso
da seguinte
técnica: com a
polpa digital
pressiona-se uma
área de estrutura
rígida (no local do
edema). Havendo
edema, ocorre uma depressão no local pressionado (fóvea) e de acordo com a profundidade da fóvea gradua-se a
intensidade do edema em cruzes.
Outras técnicas podem ser utilizadas como pesar o paciente 1x por dia (todo paciente com edema deve ser
pesado diariamente) e medindo o perímetro da região edemaciada.
Consistência: grau de resistência ao se pressionar a região edemaciada e pode ser classificado em edema mole
ou duro.
Elasticidade:
Edema elástico: a pele retorna imediatamente à sua situação normal, ou seja, a fóvea perdura pouquíssimo
tempo. O edema elástico é típico do edema inflamatório
Edema inelástico: é aquele em que a pele comprimida demora a voltar à posição primitiva, ou seja, a depressão
persiste por certo tempo.
Temperatura: usa se o dorso dos dedos/mão e compara-se com o lado homólogo. Pode haver três
possibilidades: temperatura normal, quente (inflamação) e fria (comprometimento da circulação).
Sensibilidade: realiza-se digitopressão na área -> se houver dor = inflamação.
Outras alterações: alteração na coloração: cianose (circulação venosa comprometida), palidez (irrigação
comprometida) e vermelhidão (inflamação).
Textura e espessura da pele: lisa e brilhante (edema recente e intenso), pele espessa (longa duração) e enrugada
(edema sendo eliminado).
Fisiopatologia:
Principais causas: edema renal (síndrome
nefrótica, nefrítica e pielonefrite -> sempre é mole,
inelástico, indolor e a pele adjacente mantém
temperatura normal ou discretamente diminuída,
generalizado facial (principalmente subpalpebral) e
matutino.
Síndrome nefrótica: edema intenso (+++ a ++++).
Síndrome nefrítica e pielonefrite: discreto a
moderado (+ a ++).
Insuficiência cardíaca congestiva: generalizado e
predomina nos membros inferiores, vespertino
após paciente ficar muito tempo em pé, intensidade
variada (+ a ++++), mole, inelástico, indolor.
Cirrose hepática: generalizado, quase sempre
discreto (+ a ++), mole, inelástico e indolor.
Desnutrição proteica: generalizado, predomínio nos
membros inferiores, mole, inelástico e indolor, + a
++.
Edema alérgico: mole e elástico, costuma ser
generalizado, pele lisa e brilhante (início súbito) e
pode haver aumento da temperatura e
vermelhidão.
Edema localizado:
Varizes: + a ++, mole e em casos mais antigos torna-se cada vez mais duro, inelástico.
Trombose venosa: mole, pode ser intenso e em certos casos cianótico.
Edemas inflamatórios: localizado, + a ++, elástico, doloroso, pele adjacente lisa, vermelha, brilhante e quente.
Postural: localizado, + a ++, indolor,mole e desaparece rapidamente na posição deitada.
Veias superficiais
Circulação colateral
Circulação colateral, na semiologia, indica presença de circuito venoso anormal visível
ao exame da pele. É importante distinguir desenho venoso (normalidade) de
circulação colateral.
A circulação colateral fica visível devido a dificuldade/impedimento do fluxo venoso.
Localização: Tórax, abdome, raiz dos membros superiores e segmento cefálico.
Direção: registra os fenômenos com os seguintes termos: fluxo venoso
abdome-tórax, fluxo venoso ombro-tórax ou fluxo venoso pelve-abdome.
Existência de frêmito e/ou sopro: única condição é a recanalização da veia
umbilical.
Tipos fundamentais de circulação colateral: braquicefálica, cava superior (figuras 1,2 e 3), cava inferior (figura
5) e tipo porta (figura 4).
Musculatura
Inspeção e palpação (polpas digitais colocadas em forma de pinça)
Primeiro: palpação do músculo em estado de repouso e depois palpa-se o
músculo levemente contraído.
Classificação da musculatura
Quanto à troficidade: normal, hipertrófica ou hipotrófica.
Quanto à tonicidade: tônus normal, hipertonicidade, espasticidade, musculatura espástica ou rigidez -> músculo
contraído ou semicontraído mesmo em repouso, hipotonicidade ou flacidez.
Obs: idosos -> sarcopenia
Marcha
Modo de andar do paciente
Exemplos de tipos de marcha anormal
Marcha de pequenos passos: diminuição do comprimento da passada, deslocamento anterior do corpo e
diminuição da potência no final do apoio. Causas: senilidades,Doença de Alzheimer.
Marcha ceifante ou hemiplégica: incapacidade de aumentar a velocidade de locomoção ou de adaptar-se a
irregularidades do solo e dificuldade para elevar o pé durante a caminhada. Causa: AVC
Marcha atáxica: O paciente apresenta falta de equilíbrio ao caminhar e faz o percurso cambaleando. Anda
batendo o pé, alargando a base e com os olhos fixos no chão. Causas: esclerose múltipla, polineuropatia
periférica (diabética e alcóolica), lesões cerebelares e ataxia de Friedreich.
Marcha propulsiva: “Ao caminhar o paciente adota uma postura rígida com a cabeça e o pescoço encurvados para a
frente, enquanto os braços permanecem estendidos e imobilizados, rentes ao corpo, e os quadris e os joelhos ficam
semiencurvados. Ao andar, o centro de gravidade do corpo desloca-se para frente, prejudicando o equilíbrio, o que obriga o
paciente a dar passos curtos, cada vez mais rápidos, com aceleração involuntária da deambulação. Deve ser diferenciada
da marcha de pequenos passos.” Causas: Doença de Parkinson, esclerose múltipla.
Marcha tabética ou talonante: Marcha realizada com base alargada e o olhar fixo no chão devido a perda de
noção da proximidade do solo com o chão -> calcanhares tocam o solo pesadamente. Origem: cordão posterior
da medula ou da inervação periférica. Causas: neurossífilis, polineuropatia periférica.
Linfonodos
● Único ou múltiplos
● Tamanho ( normal 0,5 a 2,5 cm diâmetro)
● Formato ( arredondado ou alongados/ fusiformes)
● Consistência( mole ou endurecido)
● Mobilidade ( móvel ou aderidos )
● Sensibilidade (doloroso ou não)
● Alteração da pele
Icterícia
Coloração Amarelada da pele, mucosas e esclera devido acúmulo de Bilirrubinas no sangue
(>2mg/100ml)
Locais: conjuntiva ocular, derme, mucosa, íntima dos vasos e vísceras -> inspecionar e
avaliar a intensidade de + a ++++.
Cianose
Coloração azulada ou arroxeada das mucosas e pele -> aumento de hemoglobina reduzida > 5g/100ml
Avaliar locais com maior rede capilar.
Avaliar a localização (generalizada ou localizada) e intensidade (+ a ++++)
Principais tipos: periférica, central e mista.
Referências: Celeno, P. C. Semiologia Médica, 8ª edição. Grupo GEN, 2019. 9788527734998. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. Acesso em: 13 Jul 2021
S., B.L.; G., S.P. Bates - Propedêutica Médica, 12ª edição. Grupo GEN, 2018. 9788527733090. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733090/. Acesso em: 13 Jul 2021
Diretrizes
Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial

Continue navegando