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INDUZIMENTO, INSTIFAÇÃO OU AUXPILIO AO SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO, - < Art. 122, CP > O ultimo ponto foi incluído com a lei de 2019 - como é lei nova, até 26.12.2019 não existia o crime (vacatio legis) - O crime vai ser mto cobrado por causa da atualização legislativa. Duas condutas: suicídio ou automutilação (inclui qualquer conduta que machuque o próprio corpo) Suicídio e tentativa de suicídio NÃO é crime, assim como automutilação tbm não - A conduta somente é criminosa se praticada contra bens jurídicos alheios!!! Bens jurídicos próprios não culminam em crime - Princípio da Alteridade. Induzir ou instigar: participação moral (criar ideia na cabeça da vítima ou fomentar) Prestar auxílio: participação material (a pessoa já tinha a ideia e o agente ajuda com os meios de fazê-lo. Deve ser um auxílio secundário e eficaz); Se num mesmo contexto fático o agente tiver induzido e prestado auxílio o agente somente cometerá um crime, apesar de ter praticado duas condutas, num mesmo contexto fático e contra a mesma vítima, entende-se que ocorreu um só crime. > O crime só se perfaz quando perpetrado contra pessoas determinadas. Trata-se de um crime de menor potencial ofensivo e se submete a normas de suspensão/ conversão da pena; ANTIGAMENTE o entendimento é de que se tratava de um crime que exigia resultado naturalístico para sua configuração, contudo, atualmente entende-se que se trata de um crime formal, e responderá na modalidade consumada!!!! <Somente no modo simples> Só existe mediante dolo e admite tentativa! <<<Não existe a modalidade culposa>>> MODALIDADES QUALIFICADAS Se da automutilação ou tentativa de suicídio resultar lesão de natureza grave ou gravíssima a pena vai ser de 01 a 03 anos, passando a ser um crime de médio potencial ofensivo. ** A pena será duplicada se o crime praticado por motivo torpe/egoístico ou se vítima for menor ou tiver diminuída, por qualquer natureza, a capacidade de resistência; >>> A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede mundial de computadores, em rede social ou transmitida em tempo real (desafio baleia azul); >>> Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou rede virtual. Cuidado!!! O menor de 14 anos não se enquadra como menor, mas como vulnerável. Nesse caso, o auxílio/induzimento/automutilação se enquadra como homicídio pq o vulnerável não tem discernimento para realizar a conduta!!! ROLETA RUSSA: Os demais participantes respondem pelo crime do art. 122 DUELO AMERICANO: Os demais participantes respondem pelo crime do art. 122 DESAFIO DA BALEIA AZUL: Administradores, responsáveis e demais participantes respondem pelo art. 122, CP tbm! INFANTICÍDIO < Art. 123, CP > Matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. Detenção de 02 a 06 anos. Estado puerperal: Alterações físicas e psíquicas que ocorrem nas mulheres após o parto e podem durar de 04 a 06 semanas. Trata-se de um crime próprio. Via de regra, não pode ser praticado por homem ou mulher que não deu à luz. O crime ocorre durante ou logo após o parto. A doutrina entende que o parto começa a partir da dilatação do colo do útero. “Logo após” não está especificado na doutrina ou jurisprudência, há uma presunção de que a mãe está sob o estado puerperal, de forma que não precisa de perícia pra verificar a existência ou não do estado puerperal. EXCEÇÃO: Se os efeitos forem tão severos que ela perca a capacidade de discernimento, não responderá por crime. · Se em razão do estado puerperal, a mãe esquecer o filho na banheira e morrer adotado a doutrina diverge: uns dizem que ela deveria responder culposamente e a outra que não haveria crime. NÃO EXISTE infanticídio culposo!!!! A mãe que mata o filho durante o estado puerperal não responde pelas agravantes por ser praticado contra descendente ou criança, haja vista essas circunstâncias já integrarem o tipo penal. Seria considerado bis in idem. Se a mãe, logo após o parto, sob o estado puerperal, matar criança diversa acreditando ser o seu também praticará infanticídio, haja vista o erro material sobre a pessoa. > O agente que participa do infanticídio mas não está sob o estado puerperal, responderá pelo crime de homicídio. ABORTO < Arts. 124 a 126, CP > A lei busca proteger a vida humana, apesar do feto ainda não tê-la, mais recai sobre a mera expectativa. O termo inicial da gravidez é a fecundação, para a doutrina. Nesse sentido, métodos contraceptivos que são usados pós contracepção (diu, pds) consiste em exercício regular de direito (haja vista ser autorizado pelo direito); > Não existe aborto culposo. Somente se autoriza a caracterização do aborto quando houver dolo (ainda que eventual); > O aborto pode ser realizado através de omissão imprópria. 1. Aborto provocado pela gestante ou consentido para que alguém o provoque. · Tratam-se de crimes de mão própria (somente a mãe pode realizar ou consentir); · AUTOABORTO: Não admitem co-autoria, no entanto, admitem participação. · O consentimento para o aborto faz com que a pessoa que o execute responde pelo art. 126, CP (a pena é mais grave) - exceção pluralística; · O consentimento da gestante deve ser válido (sem ameaça, coação, discernimento) 2. Provocar aborto sem o consentimento da gestante - art. 125, CP · Nesse caso, há dupla subjetividade passiva: o feto e a gestante; · É um crime comum. 3. Forma qualificada: *na verdade, são causas de aumento de pena* Acontecerá se a gestante sofrer lesão corporal de natureza grave ou gravíssima (aumento de ⅓) e serão duplicadas se por qualquer dessas causas decorrer a morte. (Não se aplicam quando ocorre o autoaborto); > Conduta preterdolosa: O dolo não é voltado para o resultado morte Art. 128 (mais cobrado em provas): São as causas especiais de exclusão da ilicitude: · Não se pune o aborto praticado por médico se não há outro meio de salvar a vida da gestante (terapêutico/necessário); é preciso ter: vida da gestante em risco (não precisa ser atual, pode ser futuro) + não há outro meio de salvá-la; · O aborto no caso de gravidezes resultantes de estupro (humanitário, ético ou sentimental) e precedido de consentimento (válido) da gestante, ou representante, pode ser realizado legalmente; Não exige autorização judicial, tampouco a condenação do autor; · A interrupção da gravidez de feto anencéfalo pode acontecer em razão de não haver perspectiva de vida humana, trata-se de um natimorto. Busca-se garantir a dignidade da pessoa humana no que tange à gestante - ADPF 54 · A interrupção da gravidez no primeiro trimestre de gestação não é crime (entendimento do STF mas que ainda não foi pacificado!!!) - Tese do Ministro Barroso - HC124306 - 1ªTurma do STF; · O homicídio de mulher visivelmente grávida responde pela pena de homicídio e gravidez provocada sem o consentimento da gestante; HIPÓTESES PROIBIDAS NA NOSSA LEGISLAÇÃO: I. Aborto eugêncico: cometido em razão de má formação do feto; II. Aborto econômico, miserável ou social: praticado pela agente que não vislumbra possuir condições financeiras paara criar um filho; III. Aborto honoris causae: Como forma de esconder a gravidez originária de relação extramatrimonial; PENDENTES: ADI 5581 - fetos com microcefalia e ADPF 442 - n punir até a 12ª semana
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