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Analgésicos Opióides: Efeitos farmacológicos Como a morfina está presente em muitos dos opioides analgésicos ela será tomada como composto de referência. · Analgesia: A morfina exerce efeito na maioria dos tipos de dores agudas e crônicas, porém é importante saber que os opioides normalmente são menos eficazes na dor neuropática do que na dor associada à lesão tecidual, inflamação ou crescimento tumoral. A morfina é antinociceptiva e também reduz o componente afetivo da dor. Outros fármacos como a pentazocina e nalorfina compartilham as ações antinociceptivas da morfina, porém têm muito menos efeitos sobre a resposta psicológica à dor. · Hiperalgesia O uso prolongado de opioides pode paradoxalmente provocar hiperalgesia, que pode evidenciada pela redução da resposta analgésica à determinada dose de opioides, contudo não deve ser confundida com tolerância que é a redução da responsividade, causada normalmente por dessensibilização do receptor μ. · Euforia Outro efeito importante da morfina é sua capacidade de causar potente sensação de contentamento e bem-estar. No entanto, esta euforia depende de algumas características. Por exemplo, em pacientes angustiados a euforia é pronunciada, porém em pacientes acostumados a dor crônica, o medicamento vai causar analgesia com mínima ou nenhuma euforia. Além disso, em alguns pacientes pode ocorrer agitação ao invés da euforia. A euforia e disforia são efeitos que não ocorrem com a codeína e pentazocina e com nalorfina ocorre disforia. IMPORTANTE Os receptores μ são responsáveis pela euforia, enquanto a ativação dos receptores κ produz disforia e alucinações. De modo que, diferentes opioides variam muito no grau de euforia que produzem. · Depressão respiratória Este efeito é mediado por receptores μ e provoca o aumento da PCO2 arterial, mesmo em doses normais de analgesia, contudo o grau de depressão respiratória possa ser menor em pacientes com dor grave. A depressão respiratória ocorre pela diminuição da sensibilidade do centro respiratório à PCO2 arterial e à inibição da geração do ritmo respiratório. NALOXONA – Tratamento da toxicidade aguda; Reverter a depressão respiratória. · Depressão do reflexo da tosse O mecanismo deste efeito a nível dos receptores ainda não está claro. Geralmente, substituições no grupo hidroxila fenólico da morfina aumentam a atividade antitussígena em relação à atividade analgésica. Substituição no grupo fenólico = codeína (suprimem o efeito da tosse), o efeito de supressão ocorre em doses sub-terapêuticas para dor e aparentemente não tem correlação com efeito analgésico ou depressor. · Náuseas e vômitos Esta ação é muito comum em pacientes que usam morfina e ocorre devido a atividade na área postrema que é uma região do bulbo na qual diversos tipos de estímulos podem induzir vômitos. Estes sintomas, normalmente são passageiros e desaparecem com a repetição da administração, contudo, em alguns pacientes possam persistir e afetar a adesão ao tratamento. Inversamente antagonistas dopaminérgicos podem ser usados para tratar a emese. · Constrição pupilar (miose) Este efeito é mediado pelos receptores μ e κ pela estimulação do núcleo do nervo oculomotor. A constrição pupilar é uma característica importantes para diagnóstico na intoxicação por opioides. Ela também é notada em usuários dependentes de opioides por longo período de tempo. · Efeitos no trato gastrointestinal Os opioides podem provocar constipação, isso ocorre devido ao aumento do tônus e redução da motilidade em muitas partes do sistema gastrointestinal. Devido a isso, os opioides devem ser evitados em pacientes que sofrem de cólicas biliares devido a cálculos, nos quais a dor pode ser aumentada em vez de aliviada. · Outras ações dos opioides A morfina provoca liberação de histamina dos mastócitos, causando urticária e prurido localmente (no local da injeção) ou efeitos sistêmicos como broncoconstrição e hipotensão. Este efeito não ocorre com a petidina e a fentanila. Também pode ocorrer hipotensão em altas doses (efeito medular), espasmo muscular e imunossupressão (após uso crônico). Devido ao efeito broncoconstritor, os asmáticos não devem utilizar morfina pois podem ocorrer sérias consequências. Em doses elevadas o paciente pode apresentar hipotensão e bradicardia devido à ação sobre a medula. Além disso, a liberação de histamina pode contribuir para a hipotensão. Dores agudas de origem traumática exemplo: MORFINA e FENTANIL Dores leves/moderadas de origem inflamatória exemplo: *CODEÍNA e PROPOXIFENO e *TRAMADOL (*em associação com paracetamol) Dores severas e crônicas, exemplo: MORFINA e OXICODONA Dor neuropática - não há boa resposta Os opioides mais comumente usados no tratamento da dor oncológica são: - Tramadol. - Hidromorfona. - Metadona. - Morfina. - Oxicodona. - Hidrocodona. - Oximorfona. - Fentanil. - Tapentadol. · Analgésicos + AINES: - Oxicodona: A oxicodona pode ser adicionada à aspirina, acetaminofeno ou ibuprofeno. Por exemplo: · Percodan contém aspirina. · Percocet, roxicet, roxilox, oxycet e tylox contém acetaminofeno. · Combunox contém ibuprofeno. - Hidrocodona: A hidrocodona pode ser adicionada ao acetaminofeno ou ibuprofeno. Por exemplo: · Vicodin, zydone, norco e lortab contêm acetaminofeno. · Vicoprofeno e reprexain têm ibuprofeno. - Loperamida tratamento sintomático da diarreia aguda, efeito adverso: depressão respiratória (efeito mais grave), constipação, estimulação do SNC – Naúseas e vômitos · Antagonistas: - Nalorfina: altas doses mimetiza morfina e produz dependência, baixas doses síndrome de abstinências em dependentes, antídoto substituído pela naloxona; - Naloxona: antagonista da analgesia por aculputura, reverte depressão respiratória por opióides, efeito curto; - Naltrexona: similar ao naloxona, porém tem duração mais longa, uso experimental, não clínico e neutraliza os efeitos dos opiáceos. · Opióides agonistas puro: Fracos – Tramadol, Codeína e Propoxifeno Potência analgésica – Morfina, Meperidina (petidina), Oxicodona, Metadona Fortes - Sufentanila, Fentanila · Principais opióides: - Diacetilmorfina (heroina): causa mais dependência que a morfina - Codeina: antitussígeno, baixa potencia analgésica (dores de cabeça, costas, etc.), induz constipação intensa - Dextropropoxifeno: similar a codeína - Meperidina: similar a morfina, produz agitação e não sedação, causa euforia e dependência, útil analgésico no parto, pode causar hipertemia e convulsões - Fentanil: ação similar a morfina de curta duração. Usos em anestesia; - Etorfina: grande potência, utilizado para imobilizar grandes animais; - Metadona: semelhante a morfina com menor efeito sedativo, menor dependência e abstinência menos severa; - Pentazocina: em baixas doses potências similar a morfina, sem produzir depressão respiratória e disforia; · Principais para dores neuropáticas: - Tramadol (metabólito da trazodona) - Tricíclicos (imipramina e amitriptilina) - Carbamazepina e Gabapentina
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