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Restauração de dentes anteriores fraturados

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Dentística 1 Filhota LVIII 
Aula 8 - Restauração de dentes anteriores fraturados 
O que leva a fratura de dentes anteriores: cárie, lesões não cariosas, distúrbios na formação. 
Em qualquer procedimento restaurador estético, a capacidade e sensibilidade de observação do operador, além do 
conhecimento técnico-restaurador, são fundamentais. 
Etiologia das fraturas dentárias: 
• Quedas. 
• Acidentes automobilísticos. 
• Atividades esportivas. 
• Violência. 
 
Prevalência das fraturas dentárias: 
• Gênero masculino – 66% 
• Fraturas oblíquas. 
• Dentes permanentes. 
• Crianças e jovens. 
• Arco superior. 
• Incisivos centrais – 80-90%. 
 
Como proceder diante de uma fratura dental? 
• Imediato: controlar sangramento, dor. 
• Mediato: 
o Anamnese. 
▪ O que aconteceu? Quando aconteceu? Guardou o fragmento? 
▪ Se a polpa foi exposta há uma semana ou no mesmo dia o tratamento vai ser diferente. 
o Exame clínico: de tecidos moles e de tecidos duros. 
▪ Quantidade e qualidade do remanescente dental. 
▪ Condição pulpar. 
▪ Condição periodontal. 
▪ Disponibilidade do fragmento dental. 
▪ Oclusão do paciente. 
o Exame radiográfico. 
o Análise do remanescente dentário: 
▪ Extensão da fratura. 
▪ Comprometimento pulpar. 
o Direção da fratura: 
▪ Horizontal/Transversal. 
▪ Angulada/Oblíqua. 
▪ Vertical/Longitudinal – não tem tratamento, deve-se extrair o 
dente. 
 
Classificação das Fraturas dentárias – Baratieri, 1991: 
• Fratura de esmalte: restauração com resina composta para esmalte. 
• Fratura de esmalte e dentina. 
o Sem exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico: restauração com resina composta para 
dentina e para esmalte. 
Dentística 1 Filhota LVIII 
o Com exposição pulpar e sem invasão do espaço: se fizer pouco tempo que ocorreu, podemos fazer uma 
curetagem e proteção pulpar, mas se fizer mais tempo (doeu e parou) é necessário tratamento de 
necropulpectomia. 
o Sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico: envolve a periodontia. 
o Com exposição pulpar e com invasão do espaço biologico: envolve a periodontia, a endodontia e a 
dentística – tratamento multidisciplinar. 
 
Condição pulpar: com teste térmico. 
• Dor de declínio rápido – polpa normal. 
• Dor prolongada – alteração pulpar. 
• Ausência de resposta – necrose pulpar. 
 
Condição periodontal: 
• Ao redor do dente temos a gengiva que dá a volta em todos os dentes formando um cinturão de gengiva 
grudado na região cervical dos dentes para proteger o meio interno das bactérias que tem na boca. Essa 
gengiva gruda no dente através de 3 estruturas: epitélio do sulco (0,5mm de altura – bem fininho por dentro 
da gengiva), epitélio juncional (0,97mm de altura), inserção conjuntiva (1,07mm de altura) - essas 3 medidas 
correspondem a distância biológica. 
• Inserção conjuntiva e epitélio juncional correspondem ao meio interno (=2,0mm), e nele não pode haver 
nenhum tipo de término de prótese, cavidade, material restaurador, fratura etc., pois se tiver significa que 
houve invasão da distância biológica e será necessário a realização de cirurgia periodontal. 
 
Análise do fragmento dentário: 
• Sem alteração de cor – fratura recente, se fizer mais de 1 semana o fragmento já está desidratado. 
• Dispor do fragmento não significa necessariamente que seja sempre vantajoso o sei aproveitamento. 
 
Técnica restauradora: 
• Escolha da resina. 
o Hibridas ou micro-híbridas (0,6 a 1,2µm). 
▪ Partículas mistas – partículas pequenas entram nos espaços das partículas grandes, colocando 
mais carga na resina. 
▪ Maior quantidade. 
▪ Resistência mecânica. 
o Microparticuladas (0,04 µm). 
▪ Partículas pequenas. 
Dentística 1 Filhota LVIII 
▪ Menor quantidade. 
▪ Maior brilho. 
o Nanohíbridas e nanopartículas (20 a 75 nm) 
▪ Resistência das microhíbridas. 
▪ Brilho das microparticuladas. 
• Seleção da cor: 
o Ambiente com iluminação de luz branca, lâmpada fria (cor do dia), ir próximo a janela. 
o Dente úmido, paciente não pode estar isolado. 
o Cor apresenta 3 dimensoes: matiz, croma e valor. 
o Vários métodos: 
▪ Escala de cor. 
▪ Espectrofotômetro. 
▪ Aplicação direta. 
o Resina para dentina (30% da luz ultrapassa): + opacas. 
o Resina para esmalte (70% da luz ultrapassa): + translúcidas. 
o Resina de corpo (50% da luz ultrapassa): translucidez média. 
• Técnica incremental – para esculpir o dente, evitar a contração de fotopolimerização. 
• Volume e forma da resina. 
 
Passo-a-passo: 
• Escolha da cor – com o dente úmido, sem isolamento. 
• Preparo mecânico do remanescente – bisel na vestibular (maior – retenção e estética) e lingual (mais curto – 
retenção) para melhorar a interface de união entre resina e dente e melhorar a estética. 
o Favorecimento do ataque ácido – este deve ser realizado além do bisel. 
o Remoção da camada aprismática. 
o Regulariza a camada superficial do esmalte, removendo os prismas fragilizados. 
o Estética. 
• Aplicação do sistema adesivo. 
• Materiais: espátulas para inserção de resinas e pinceis. 
• Muralha palatina – utilizando matriz de poliéster tendo que, depois de fotopolimerizada, acrescentar reisna na 
lingual para regularizar. 
• Estratificação anatômica. 
• Cobertura final – na paltina, entre os mamelos e na vestibular – cobrir o bisel em 50-75% com resina opaca – 
incremento único. 
Dentística 1 Filhota LVIII 
• Se a cor da resina bater com a cor do dente quando eles estão isolados quer dizer que erramos na escolha da 
resina. 
• Acabamento e polimento: 
o Brocas multilaminadas (12 e 30 lâminas). 
o Lâmina de Bisturi. 
o Tiras de lixa. 
o Pontas de silicone. 
o Discos de feltro com pasta de polimento. 
 
Resumindo: 
 
Restaurações de dentes fraturados com pino intradentinário: 
• Técnica de colocação de pinos dentinários: fibra de vidro. 
 
Colagem de fragmento dentário: 
• Autógena: parte fraturada advém do próprio dente. 
• Homógena: fragmento obtido de um dente extraído – não existe mais. 
• Vantagens: 
o Tratamento conservador. 
o Estética. 
o Técnica simples. 
o Fator emocional. 
o Menor custo. 
• Quando não utiliza o fragmento dentário: 
o Perda considerável de estrutura dentaria. 
o Fratura de vários fragmentos. 
o Fragmento dentário com estética pobre. 
o Alteração de cor. 
• Colagem autógena: 
o Analise do estado e da adaptação do fragmento. 
o Não pode biselar, pois perde a adaptação. 
o Adaptação no fragmento – canaleta interna para caber o material de cimentação. 
o Condicionamento ácido e sistema adesivo 
o Agente de colagem: resina flow, resina composta, cimentos resinosos. 
o 1 semana após a colagem, o paciente retorna ao consultório para 
fazermos uma canaleta utilizando ponta diamantada em cima da linha de 
fratura. Essa canaleta serve para fazer um bisel tanto no dente quanto no 
fragmento. 
Dentística 1 Filhota LVIII 
Informações ao público: 
• Medidas emergenciais apropriadas – primeiros socorros em traumatismo de dentes: 
o Dente fraturado: 
▪ Encontrar o fragmento do dente e coloca-lo em um copo com soro fisiológico. 
▪ Procurar atendimento odontológico imediatamente. 
o Dente avulsionado: 
▪ Encontrar o dente e segurá-lo pela coroa. 
▪ Se estiver sujo, lavá-lo sob água corrente fria e reposicioná-lo. 
▪ Se isso não for possível, colocar em um copo com leite ou soro. 
▪ Ou transportá-lo na boca até o tratamento odontológico emergencial.

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