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Fisiologia Endócrina HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE

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Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
FISIOLOGIA 
AULA 1 FISIOLOGIA ENDÓCRINA 
RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 
1ª-6ª SEMANA - AULA 1-6 
 
01 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA 
ENDÓCRINO 
Regulação das funções metabólicas, do 
crescimento, da termogênese, do controle do 
meio interno e da função reprodutiva, garantindo 
a manutenção do indivíduo em diferentes 
ambientes e a preservação da espécie. 
A interação dos Sistemas Endócrino e Nervoso 
garantem os processos regulatórios para a 
sobrevivência do indivíduo e da espécie. 
 Sistema Nervoso: mediado por 
potenciais de ação. 
 Sistema Endócrino: mediado por 
hormônios (nem todo molécula 
sinalizadora é um hormônio, mas todo 
hormônio é uma molécula sinalizadora). 
 
Existem 3 tipos de hormônios quanto a sua 
estrutura química: 
a) Proteicos (+ 100) ou polipeptídios (-100) 
(mecanismo específico): são chamados de 
proteicos aqueles que apresentam mais de 100 
aas (exemplo, o hormônio do crescimento, 191 
aas); abaixo de 100 são os polipeptídios. Não 
são lipossolúveis, precisam de um receptor de 
membrana (chave e fechadura). 
Pré-pró hormônio (RER)  Pré-hormônio 
(Golgi)  Hormônio (vesículas secretoras e 
secreção por exocitose na circulação). 
b) Esteroides: apresentam uma via comum de 
biossíntese a partir do éster de colesterol, são 
lipossolúveis e sua capacidade de 
armazenamento é limitada; por armazenar o seu 
precursor, a biossíntese é muito rápida. 
Pequenas variações em sua estrutura química 
produz hormônios com efeitos fisiológicos 
totalmente distintos. É o caso entre os 
hormônios testosterona e o estradiol. Estocados 
na forma de colesterol. Localizados no 
citoplasma. 
c) Aminas ou derivados da tirosina: são duas 
classes distintas de hormônios, os tireoidianos - 
permeáveis- (T3 e T4) e os da medula adrenal 
(adrenalina e noradrenalina). A velocidade da 
biossíntese dos hormônios tireoidianos é lenta 
como também a sua ação (até cerca de 3 
meses), enquanto que as catecolaminas são 
produzidas e agem muito rapidamente (somente 
alguns segundos). Os hormônios da tireoide 
agem no núcleo da célula alvo. Localização dos 
receptores é distinta. 
 
Todos os hormônios: encontrados no plasma de 
duas formas, ligado a proteína, sem efeito 
biológico, livre, não conjugado a proteína, 
biologicamente ativa (pedir as duas formas em 
exames. 
Núcleo atuam independente da localização - 
resposta nuclear- . 
A regulação da função endócrina é feita por um 
sistema de retroalimentação negativa, mas 
eventualmente e durante um curto tempo, pode 
haver uma retroalimentação positiva, depende 
da concentração plasmática, é o caso do pico 
do LH para ocorrer a ovulação. 
Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
Em algumas regiões encefálicas não existe 
“barreira” que separa o sistema nervoso do 
endócrino; uma região central pode ser, 
simultaneamente, nervosa ou endócrina, é o 
caso do hipotálamo. Perifericamente também 
isso ocorre na glândula supra renal, pois produz 
hormônios (aldosterona e cortisol) e 
neurotransmissores (adrenalina e 
noradrenalina), por isso adota-se também a 
denominação de neuroendócrino. 
02 CONCEITO E TIPOS DE HORMÔNIOS 
Hormônio é uma substância química que é 
produzida por um grupo de células especiais e 
que transfere informações a outro grupo de 
células. É transportado pelo sangue, em baixas 
concentrações, age à distância e apresenta um 
adequado sistema de retroalimentação 
(regulação). 
Classificação quanto aos locais de ação 
 LOCAIS: ação pontual numa célula ou 
tecido, exemplos: acetilcolina, secretina. 
 GERAIS: ação ampla em diversos 
tecidos, exemplos: catecolaminas, 
hormônios tireoidianos, hormônio do 
crescimento. 
Classificação quanto a estrutura química 
 HORMÔNIOS AMINAS: originam-se da 
tirosina e mantém o grupo alfa-amino 
(hormônios da tireoide e catecolaminas). 
 HORMÔNIOS PROTEICOS OU 
PEPTÍDEOS: sequência de aminoácidos 
de tamanho variado (hormônio do 
crescimento, hormônio 
adrenocorticotrófico, hormônio 
antidiurético). 
 HORMÔNIOS ESTERÓIDES: tem como 
precursor o colesterol e apresentam 
modificações do anel básico (cortisol, 
estrogênios, testosterona, aldosterona). 
Tipos de glândulas 
CONCEITO: glândula é grupo de células que 
tem a capacidade de secretar uma substância 
ou hormônio. Divide- se em dois tipos: 
 GLÂNDULA EXÓCRINA: libera sua 
secreção para o exterior. Exemplos: 
glândulas sudoríparas, salivares, 
gástricas e do pâncreas exócrino 
(enzimas digestivas). 
 GLÂNDULA ENDÓCRINA: libera seu 
hormônio para a circulação. Exemplos: 
tireoide, adrenais, ovários, testículos e 
pâncreas endócrino (insulina e 
glucagon). 
Conceitos importantes em endocrinologia 
Meia vida de um hormônio: tempo necessário 
para que sua concentração seja reduzida à 
metade. A meia vida depende da velocidade de 
saída do hormônio da circulação, de sua 
degradação e da eliminação do organismo. 
Tempo de Ação: é o tempo que o hormônio 
continua produzindo suas ações; pode ser muito 
baixo (adrenalina, poucos segundos) ou elevado 
(T3 e T4, semanas ou meses). 
Potência do Efeito: a magnitude do efeito em 
função de uma concentração unitária. 
Especificidade Hormônio-Receptor: um 
mecanismo chave- fechadura, grau de afinidade 
do hormônio com seu receptor que pode afetar 
o tempo ou potência da ação. O complexo 
hormônio-receptor pode ser agonista (potenciar 
uma resposta) ou antagonista (anular uma 
resposta). 
Receptor: é uma molécula de alto peso 
molecular presente em uma célula que interage 
com um hormônio (ou substância) de forma 
específica e desencadeia uma (ou várias) 
respostas celulares. 
Densidade de Receptores: o número de 
receptores por área em uma célula (algumas 
centenas ou milhares) e este valor não é 
constante (fixo) e sim variável. 
Down e Up Regulation: uma célula alvo pode 
diminuir o número de receptores e sua afinidade 
quando aumenta a concentração do hormônio 
específico ou seu efeito fisiológico (down 
regulation – regulação negativa) OU pode 
aumentar o número e afinidade dos receptores 
(up regulation – regulação positiva) quando há 
Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
redução da concentração de seu hormônio 
específico ou ao baixo efeito fisiológico. 
Comunicação hormonal entre células 
AUTÓCRINA: as células respondem a estímulos 
(sinais) de suas próprias secreções. 
PARÁCRINA: as células estão muito próximas e 
compartilham o mesmo interstício, então os 
sinais são transferidos de uma célula para a 
outra por difusão simples. 
ENDÓCRINA: comunicação entre células que 
estão muito distantes, o sinal é transmitido via 
circulação e entra em contato com todas as 
células do organismo, mas somente algumas 
(com receptores específicos para aquele 
hormônio) são ativadas/informadas. 
 
03 RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 
A HIPÓFISE (ou pituitária) é um órgão/glândula 
endócrino regula o metabolismo, crescimento e 
manutenção anatomofuncional das glândulas 
endócrinas, função reprodutiva, parto e lactação 
e controle da diurese, entre outras. 
A hipófise está situada na sela túrcica do osso 
esfenoide, apresenta alto fluxo sanguíneo e é 
constituída por duas partes: a adenohipófise (ou 
anterior) e a neurohipófise (ou posterior). 
Embriologicamente a adenohipófise tem origem 
na evaginação do ectoderma da região 
orofaríngea e a neurohipófise como uma 
projeção do terceiro ventrículo (hipotálamo). 
A hipófise liga-se ao hipotálamo (SNC) pelo 
trato ou pedículo hipotalâmico-hipofisário. 
A adenohipófise é constituída por 3 partes: 
distal, intermédia (atrófica no homem) e tuberal. 
A neurohipófise também tem 3 partes: processo 
infundibular, haste neural e eminência média. 
 
Sistema porta hipotálamo-hipófise 
Há uma formação de rede de capilares no 
hipotálamo que se reúnem e vão em direção à 
hipófise (pelo pedículo hipofisário), e formam 
nova rede de capilaresantes de seguirem para 
uma veia. Este mecanismo é chamado de 
Sistema Porta Hipotálamo-Hipófise e é bem 
desenvolvido na adenohipófise. Assim, 
hormônios hipotalâmicos são secretados neste 
sistema porta e vão promover o estímulo ou 
inibição da secreção de hormônios da 
adenohipófise. 
O hipotálamo também produz hormônios que 
são transportados por rede neural (transporte 
axoplasmático) em direção a neurohipófise onde 
são armazenados. Quando for necessário sua 
secreção, potenciais de ação hipotalâmicos 
trafegam pelo pedículo hipofisário e promovem 
a secreção do hormônio da neurohipófise. 
Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
 
 
 
ADH - Vasopressina 
 
 
Os hormônios da neurohipófise (hipófise 
posterior) são produzidos no hipotálamo, 
armazenados na neurohipófise e liberados pela 
ação de potenciais de ação. 
Os hormônios da adenohipófise (hipófise 
anterior) são produzidos e liberados sob a ação 
dos hormônios (fatores) hipotalâmicos. 
Hormônios da neurohipófise 
Hormônio Antidiurético (ADH) ou Vasopressina: 
aumenta a reabsorção renal de água (retenção 
hídrica no organismo) e discreta elevação da 
pressão arterial (constrição). 
Ocitocina: promove contração do miométrio 
(trabalho de parto) e das células mioepiteliais 
das glândulas mamárias (ejeção do leite na 
amamentação). 
Hormônios da adenohipófise 
Hormônio do Crescimento (GH): promove o 
crescimento de quase todas as células/tecidos 
do organismo. 
Adrenocorticotropina (ACTH): promove a 
secreção dos hormônios do córtex adrenal 
(glicocorticoides). 
Hormônio Tireoestimulante (TSH): promove a 
secreção dos hormônios tireoidianos (tiroxina ou 
T4) e triiodotironina (T3). 
Hormônio Folículoestimulante (FSH): promove o 
crescimento do folículos primários (ovário) e 
espermatogênese (testículo). 
Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
Hormônio Luteinizante (LH) ou Hormônio 
Estimulante das Células Intersticiais (ICSH): 
promove a ovulação e secreção de estrogênios 
e progesterona (ovário) e de testosterona 
(testículo). 
Prolactina (PRL): promove o desenvolvimento 
das mamas e secreção de leite (lactogênese). 
 
04 MECANISMOS DE AÇÃO E 
REGULAÇÃO HORMONAL 
Transporte e eliminação dos hormônios 
Transporte: 
a) Livre no plasma (ativo) 
b) Ligado à proteína (não ativo) 
Eliminação: 
A degradação hormonal é realizada pelo fígado 
(principal) e rins e a eliminação é via renal e 
biliar. 
Tempo médio de ação de um hormônio (quanto 
maior sua ligação, maior o tempo de 
metabolização). 
 
Localização do receptor de um hormônio 
Receptor na Membrana Celular: hormônios 
proteicos 
AMPc como segundo mensageiro 
Cálcio como segundo mensageiro 
Receptor no Citoplasma: hormônios esteroides 
Receptores no Núcleo: hormônios amina 
 
A ação de um hormônio sempre depende do 
acoplamento a seu receptor específico, um 
mecanismo chave-fechadura. Estes receptores 
podem estar na membrana celular, no 
citoplasma ou no núcleo, dependendo do 
tamanho e lipossolubilidade do hormônio. Os 
hormônios podem entrar (ou não) no citoplasma 
celular ou no núcleo. 
Os hormônios que encontram seus receptores 
na membrana celular são o ACTH, FSH, 
LH/ICSH, GnRH, TSH, CRH, PTH e calcitonina, 
entre outros; todos eles proteicos ou 
polipeptídios O segundo mensageiro destes 
hormônios podem ser via adenil ciclase-AMPc 
ou via cálcio calmodulina. 
Os hormônios que encontram seus receptores 
no citoplasma celular são a aldosterona, 
cortisol, estrógeno, progesterona e testosterona; 
todos eles são esteroides. 
Os hormônios que encontram seus receptores 
no núcleo das células são especialmente os 
hormônios tireoidianos, T3 e T4, e eles são 
hormônios amina, derivados do aminoácido 
tirosina. 
Etapas do segundo mensageiro - AMPc 
1- O hormônio proteico liga-se a seu receptor 
específico no exterior da membrana da célula 
alvo, num mecanismo chave-fechadura. 
2- Ocorre mudança conformacional no receptor 
do complexo hormônio- receptor que tem a 
propriedade de ativar a proteína G (nucleotídeos 
de guanina). 
3- A proteína G estimulatória tem 3 
subunidades, alfa, beta e gama. A subunidade 
alfa substitui uma molécula de GDP (guanina 
difosfato) por GTP e a subunidade alfa dissocia-
se das demais. 
Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
4- A alfa GTP ativa a enzima adenil ciclase e 
também degrada o GTP (inativação da proteína 
G). 
5- A adenil ciclase ativada converte o ATP em 
AMPc, aumentando assim suas concentrações 
no citoplasma. 
6- Níveis elevados do AMPc na célula alvo 
ativam a proteína cinase A (PKA). 
7- A PKA fosforila proteínas específicas na 
célula alvo, desencadeando reações 
bioquímicas em cascata na célula (resposta 
fisiológica). 
8- As principais respostas da célula alvo frente 
ao estímulo hormonal são: incremento da 
síntese de enzimas, biossíntese de um 
hormônio, secreção de alguma substância, 
contração ou relaxamento da fibra muscular lisa, 
alterações seletivas na permeabilidade da 
célula, produção energética (ATP) ou 
estimulação da divisão celular. 
Etapas do segundo mensageiro - cálcio 
1- O hormônio liga-se a seu receptor específico, 
mecanismo chave-fechadura, e aumenta a 
permeabilidade aos íons cálcio (abertura dos 
canais de cálcio). Este processo pode também 
ser por potenciais de membrana. 
2- Ocorre o influxo de cálcio do LEC ou do 
retículo endoplasmático e o cálcio liga-se à 
proteína calmodulina, e forma o complexo 
cálcio-calmodulina. 
3- A calmodulina altera a sua forma espacial, 
torna-se ativada e, na sequência, ativa a 
proteína cinase dependente de calmodulina. 
4- A proteína cinase promove a fosforilação de 
enzimas específicas e ativa mecanismos em 
cascata na célula alvo (resposta fisiológica) que 
é, em geral, a contração muscular lisa. 
Etapas do receptor citoplasmático - esteróides 
1- Os hormônios esteroides difundem-se 
livremente pela membrana celular (são 
lipossolúveis) e acoplam a seus receptores 
específicos no citoplasma, um mecanismo 
chave-fechadura, e forma um complexo 
hormônio-receptor. 
2- Este complexo difunde-se para o núcleo e 
assim é ativados mecanismos transcricionais 
(gênicos), via RNAm, que então irá sintetizar 
proteínas com diferentes efeitos fisiológicos. 
Etapas do receptor nuclear - aminas 
1- Os hormônios aminas (T3 e T4) difundem-se 
livremente pelas membranas citoplasmática e 
nuclear para encontrar os seus receptores no 
núcleo da célula. 
2- O hormônio ativa os receptores que são 
fatores de transcrição e estes ativam 
mecanismos genéticos (expressão gênica) para 
a formação proteica, via RNA m. 
3- Os efeitos fisiológicos estão relacionados à 
taxa metabólica celular, à termogênese e a 
outras ações na célula alvo. 
Hormônios do hipotálamo – adenohipófise - 
Glândula alvo – hormônio glandular 
 
Sistema de retroalimentação hormonal * 
 
Alça ultra-curta 
Alça curta 
Alça longa 
05 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GH 
O Hormônio do Crescimento (GH) ou 
Somatotropina (STH) é produzido pela 
adenohipófise, sob a ação estimuladora do 
GHRH (44 aas), hormônio liberador do GH, e 
inibida pelo GHIH (ou somatostatina – 14 aas) 
hipotalâmicos. 
Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
O GH não tem uma glândula alvo e sim tecidos 
alvos, é um polipeptídio de cadeia única com 
191 aas. Concentração plasmática média de 1,5 
a 5,0 ng/ml. 
Quando é realizado experimentalmente a 
administração crônica de GH em animais 
jovens, estes crescem até o dobro do tamanho. 
Porém se a administração for em animais 
adultos, quando já houve a solidificação das 
epífise ósseas, o animal não cresce mais, mas 
os tecidos sensíveis ao GH continuam 
crescendo e os ossos só crescem em largura. 
Fatores que estimulam e inibem a secreção de 
GH 
 
O GH é liberado na forma de pulsos a cada 30 
minutos, tem uma meia vida de 20 minutos e 
sua concentração basal no adulto é cerca de 2ng/ml, já no adolescente este valor é maior, de 6 
a 10 ng/ml e no idoso de apenas 0,6 ng/ml; 
durante um exercício intenso pode atingir 30 
ng/ml e durante o início do sono profundo, 
valores de 20 a 22 ng/ml. Extremamente 
variável. 
O GH promove (indiretamente) o crescimento 
de muitos tecidos, porém ele também é um dos 
principais hormônios metabólicos. 
06 AÇÕES FISIOLÓGICAS DO GH 
De maneira resumida o GH promove o 
crescimento de quase todos os tecidos, 
potencia a síntese proteica e principalmente 
incrementa a taxa metabólica. Seus efeitos 
fisiológicos mais importantes são: 
a) Efeito anabólico intenso. 
b) Aumento da síntese proteica. 
c) Aumento da lipólise e da beta oxidação. 
d) Aumento da liberação e atividade das 
somatomedinas. 
e) Aumento da atividade dos condrócitos. 
f) Aumento da taxa metabólica. 
g) Efeitos nas funções de diferentes órgãos. 
h) Crescimento e desenvolvimento somático. 
i) Redução da utilização de glicose pelos 
músculos. 
j) Reparação em certos tecidos. 
k) Aumento da captação de aminoácidos pelas 
células. 
l) Transcrição do DNA e tradução gênica (RNA) 
potenciada. 
m) Redução da gliconeogênese. 
n) Aumento da glicogênese hepática. 
o) Aumento do crescimento esquelético e dos 
ossos. 
p) Aumento da atividade osteoblástica óssea. 
O controle da secreção do GH pela 
adenohipófise é realizado por 3 fatores: 
a) Níveis circulantes no sistema porta 
hipotálamo-hipófise 
do Hormônio Liberador do Hormônio do 
Crescimento (GHRH) que estimula a sua 
secreção. É produzido no núcleo arqueado do 
hipotálamo. 
b) Níveis circulantes no sistema porta 
hipotálamo-hipófise do Hormônio Inibidor do 
Hormônio do Crescimento (GHIH) que inibe a 
sua secreção. É produzido no núcleo 
paraventricular do hipotálamo. 
c) Controle por um sistema de retroalimentação 
negativa. 
Nanismo: 
Fisiologia 5º semestre 
 
Victória Louise 
É resultante de deficiência generalizada da 
secreção da adenohipófise (pan-
hipopituitarismo) durante a infância, com o 
desenvolvimento corporal reduzido, porém 
harmonioso. No nanismo por pan-
hipopituitarismo a criança não entra na 
puberdade e não secreta os hormônios 
gonadotrópicos, porém no nanismo pela 
deficiência do GH, pode haver a função 
reprodutiva. 
Já no pigmeu africano, outro tipo de nanismo, 
os níveis de GH estão normais ou elevados, 
porém apresenta incapacidade genética para a 
secreção de somatomedina C (IGF1). O 
nanismo pode ainda ser por falta ou resistência 
dos receptores do GH (níveis normais de GH e 
baixos de IGF1) ou nos receptores do IGF1 
(níveis normais de GH e IGF1). O tratamento do 
nanismo juvenil se faz com a administração 
exógena de GH (nutropin, humatrope e 
norditropin), a partir do DNA recombinante e o 
indivíduo pode crescer até 10 a 20 cm. 
Gigantismo e acromegalia 
A presença de atividade aumentada das células 
acidófilas da adenohipófise ou a existência 
tumoral podem desencadear a produção 
excessiva de GH (e IGF1) e o crescimento 
ósseo e muscular ser exagerado, desde que 
ocorra antes ou durante a adolescência 
(epífises ósseas ainda não fechadas) e a 
síndrome é denominada de gigantismo. Se a 
causa do gigantismo ocorrer depois de 
completado a adolescência (e no adulto), 
quando as epífises ósseas já foram fechadas, 
ocorre então o espessamento dos ósseos e o 
crescimento dos tecidos moles e é denominado 
de acromegalia. 
Na acromegalia ocorre grande aumento dos 
ossos das mãos e pés, da testa, da mandíbula 
inferior, do crânio e face, vertebras e do nariz. 
Muitos indivíduos com gigantismo ou 
acromegalia desenvolvem a Diabetes Mellitus 
tipo I. O tratamento do gigantismo constitui na 
remoção cirúrgica do tumor (ou parte da 
glândula), radioterapia ou pelo uso de 
medicação. 
 
 
	FISIOLOGIA 
	AULA 1 FISIOLOGIA ENDÓCRINA 
	RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 
	01 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA ENDÓCRINO 
	02 CONCEITO E TIPOS DE HORMÔNIOS 
	03 RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 
	04 MECANISMOS DE AÇÃO E REGULAÇÃO HORMONAL 
	05 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GH 
	06 AÇÕES FISIOLÓGICAS DO GH

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